O Presidente ucraniano acusa as forças russas de cometerem mais de 400 crimes de guerra durante a ocupação de Kherson, localidade do sul da Ucrânia. A acusação junta-se às alegações de que as tropas de Moscovo destruíram infraestruturas essenciais antes da retirada, provocando uma grave crise humanitária devido à falta de água, medicamentos e mesmo de pão.

Habitantes de kherson celebram partida das tropas russas
Habitantes de kherson celebram partida das tropas russas© Yevhenii Zavhorodnii/Copyright 2022 The AP. All rights reserved.

Na sua comunicação diária Volodymyr Zelenskyy afirmava que "o__s investigadores já documentaram mais de 400 crimes de guerra russos e encontraram corpos tanto de civis como de soldados". O chefe de Estado acrescentava que o exército russo deixou para trás, na região de Kherson, "as mesmas atrocidades__" que cometeu noutras regiões do nosso país por onde passou. "Encontraremos e levaremos à justiça todos os assassinos. Sem dúvida", garantia Zelenskyy.

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Tropas ucranianas encontram corpos de civis em Kherson
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Os residentes de Kherson continuam a celebrar a partida das forças russas da cidade, e vão relatando os dias de ocupação. Andriy, um jovem estudante de filosofia de 33 anos, explicava que estar sob oo domínio russo "foi horrível. Nunca se sabia o que esperar. Um dia comportavam-se normalmente, no dia seguinte prendiam pessoas. Há quem tenha desaparecido para sempre", concluia.

Outra ucraniana, Svitlana Vilna, de 47 anos, contava que assaltaram todos os apartamentos, que derrubaram as portas, que viveram nas casas e levaram todo o equipamento eletrónico. "São ladrões", desabafava.

Mas apesar dos habitantes de Kherson estarem aliviados pela retirada russa da cidade, a realidade é que as forças de Moscovo ainda controlam cerca de 70% da região.