Turquia acusa os curdos do PKK e do YPG do atentado no domingo que fez pelo menos seis mortos e mais de 80 feridos.

Fotografia divulgada pela polícia turca da detenção da suspeita de um atentado em Istambul.
Fotografia divulgada pela polícia turca da detenção da suspeita de um atentado em Istambul.© TURKISH POLICE HANDOUT

A polícia turca anunciou hoje que a principal suspeita do atentado que fez seis mortos no domingo, em Istambul, é uma cidadã síria que terá recebido em Kobane, Síria, ordens do PKK para colocar a bomba.

De acordo com as estações de televisão da Turquia, a Direção de Segurança de Istambul disse que a mulher, detida poucas horas depois da explosão, chama-se Ahlam Albashir.

O organismo refere igualmente que a suspeita foi "instruída" pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), em Kobane, no norte da Síria, a levar a cabo o atentado de domingo.

O PKK é um dos principais alvos da Turquia na zona de fronteira do Iraque e da Síria estando o partido proibido em território turco.

Detidos 22 suspeitos de atentado em Istambul

O ministro do Interior turco anunciou hoje a detenção de 22 suspeitos do atentado bombista que causou pelo menos seis mortos, no domingo, na rua comercial Istiklal, em Istambul. O ataque não foi reivindicado mas o Governo turco responsabiliza os curdos do PKK.

Entre estes suspeitos detidos conta-se a pessoa que alegadamente colocou o explosivo, disse Suleyman Soylu.

"A pessoa que colocou a bomba foi presa (...) De acordo com as nossas descobertas, a organização terrorista PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ilegalizado] é responsável" pelo ataque, acrescentou Soylu, citado pela agência de notícias oficial turca Anadolu e pelas estações de televisão locais.

O ministro também acusou as forças curdas que controlam a maior parte do nordeste da Síria, consideradas terroristas por Ancara, de estarem por detrás do ataque.

"Acreditamos que a ordem do ataque foi dada a partir de Kobane", indicou.

Na batalha de Kobane, em 2015, as forças curdas conseguiram repelir o grupo extremista Daesh. A cidade está sob controlo das Forças Democráticas Sírias (SDF), das quais as Unidades de Proteção Popular (YPG), com base no PKK, são uma componente importante.