A consolidação do poder de Xi Jinping na liderança do Dragão Chinês não foi bem recebida pelos investidores. Depois desta terça-feira
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o principal índice de ações da bolsa de Hong Kong ter encerrado a cair 6,4% para mínimos de 13 anos, as ações da tecnológicas chinesas cotadas na bolsa de Wall Street sobre a forma de ADR estão a negociar em queda livre.

Os gigantes do comércio eletrónico Alibaba, JD.com e o gigante da internet Baidu acumulam perdas históricas de 16%, 18% e 16%, respetivamente. Também o fundo cotado iShares MSCI China ETF MCHI, que replica as ações chinesas, está hoje a acumular perdas recordes de 10%.

A pressionar as ações chinesas está a vontade expressa por Xi Jinping, no decorrer do Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC) que terminou este fim-de-semana, de que as políticas orientadas pela ideologia PCC serão prioritizadas à custa do crescimento do setor privado.

“Ao consolidar o poder, é provável que Xi enfrente pouca oposição a esta forma de nacionalização dos interesses corporativos”, refere Rick Meckler, sócio da sociedade gestora de ativos financeiros Cherry Lane Investments, citado pela Reuters

O impacto desta mensagem foi tão forte junto dos investidores que nem o fato da economia ter revelado um crescimento de 3,9% no terceiro trimestre, ficando acima dos 3,4% estimado pelos analistas, chegou para mudar o sentimento do mercado. E tão pouco valeram as palavras de Xi Jinping sobre o potencial da China, ao afirmar que “os seus fortes fundamentos [da economia chinesa] não mudarão, e continuará a ter uma trajetória positiva a longo prazo”.