O antigo presidente russo e uma das principais figuras do regime afastou as notícias de que a Rússia não tem armas suficientes para combater na Ucrânia.

O antigo presidente russo e uma das principais figuras do regime afastou as notícias de que a Rússia não tem armas suficientes para combater na Ucrânia.
O antigo presidente russo e uma das principais figuras do regime afastou as notícias de que a Rússia não tem armas suficientes para combater na Ucrânia.© Reuters

Perante rumores e notícias sobre a constante falta de armamento por parte dos russos na sua invasão à Ucrânia, o antigo presidente russo e um dos maiores aliados de Vladimir Putin, Dmitri Medvedev, garantiu esta segunda-feira que a produção de armamento na Rússia "está a aumentar".

Numa publicação na rede social Telegram, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia descreveu que visitou as infraestruturas de produção de tanques no país e, no final, avisou os ucranianos para "não terem esperança"

"A produção de armas e equipamentos especiais está a multiplicar-se, desde tanques e canhões a mísseis de alta precisão e drones", afirmou.

Medvedev acrescentou que foram garantidas as condições para que não fossem registadas novas interrupções no fornecimento de material bélico, e explicou que "a conformidade continuará a ser monitorada".

Ao longo dos últimos meses, várias agências de inteligência ocidentais alertaram que os soldados russos na linha da frente estão com falta de armamento, com alguns a exporem que há soldados a partilhar armas e equipamentos de proteção individual. E, ainda durante o verão, uma reportagem do New York Times dava conta de que a Rússia estaria a comprar armas ao Irão e à Coreia do Norte.

Nos últimos dias, a Ucrânia e os aliados da NATO passaram a acusar a Rússia de recorrer ao uso de drones iranianos para atacar infraestruturas civis e de energia, com as imagens destes instrumentos de fabrico iraniano a serem partilhadas por governantes.

Tanto o Irão como a Coreia do Norte continuam a negar negócios de venda de armas com o Kremlin, com o regime de Teerão - que está a passar por uma enorme onda de contestação popular, após a morte da jovem curda Mahsa Amini ter despertado protestos por todo o país - a acusar os Estados Unidos de manchar a imagem do seu governo.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos dá conta de que já morreram mais de 6.300 pessoas na guerra, mas adverte que o número deverá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar as baixas civis em zonas tomadas ou sitiadas pelos russos.

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