segunda-feira, 16 de outubro de 2017

EXPRESSO

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1002
16 OUT 2017
Martim Silva
POR MARTIM SILVA
Diretor-Executivo
 
Incêndios. Outra vez. Falta de resposta. Outra vez. Disparates políticos. Outra vez
Não, hoje não é mesmo uma boa tarde.
Nem um bom dia.
Nem um bom país para se estar.
Quatro meses depois da terrível tragédia dos incêndios de Pedrógão, eis que Portugal volta a ser sacudido pela tragédia de ver o país a arder. De ver a dificuldade na resposta. E de ver novamente os políticos sem pulso para conseguir descansar os cidadãos que prometem proteger (Costa a dizer 'habituem-se', a ministra Constança a desabafar que era mais fácil estar de férias e um secretário de Estado a dar a entender que têm de ser os cidadãos a defender-se!)

Uma tragédia antes do verão começar.
A outra depois do verão acabar.
Eis a meteorologia a baralhar-nos as contas. E o Estado uma vez mais a falhar em toda a linha.

Desde ontem que acompanhamos sem parar no Expresso os desenvolvimentos dos incêndios e hoje no Diário damos naturalmente grande destaque ao assunto.

(para as próximas horas adianto-lhe desde já que está prevista uma comunicações ao país lá para a hora do jantar de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa também deverá falar em breve. E também Patrícia Gaspar, a muito segura porta-voz da Protecção Civil, deve voltar a fazer um ponto de situação por essa hora).

Primeiro, os números:
Quatro meses depois da Tragédia de Pedrógão Grande, o fogo voltou a matar. A esta hora, os números continuam a ser provisórios: 35 pessoas morreram (incluindo um bebé com um mês), 56 pessoas ficaram feridas (16 em estado grave) e há, neste momento, 50 fogos ativos, sendo que 31 são considerados importantes.

A família que salvou 14 pessoas menos o senhor Fausto:
(Este é o título da reportagem no terreno feita pelo Hugo Franco e Tiago Miranda)
Na aldeia de Vinhó, distrito de Coimbra, um casal e a filha de 22 anos acolheram os vizinhos durante a noite, enquanto tudo ardia em redor. Nem todos sobreviveram

Costa e uma demissão que "obviamente" não acontece há quatro meses:
Ministra da Administração Interna é desde a tragédia de Pedrógão um dos principais alvos de críticas por parte da oposição. Mas tanto os pedidos de demissão por parte de PSD e CDS, como as sucessivas perguntas dos jornalistas não têm alterado a resposta do Primeiro Ministro até ao momento: não é com demissões no Governo que se resolvem os problemas associados ao combate aos incêndios

Em quatro meses não se muda um país
Passaram quatro meses desde a tragédia de Pedrógão. Morreram então 65 pessoas. Nos últimos três dias as chamas voltaram a andar à solta e tiraram a vida a mais 35 pessoas. Pequenos passos foram dados desde junho. Outros aguardam decisão política
Na opinião, o Nicolau Santos insiste na tese que já tinha exposto em junho e escreve "Já não é possível manter a ministra no cargo". O Henrique Raposo escreve sobre "A teoria geral da impunidade total do PS" e o Henrique Monteirodiz "Incêndios: uma organização do século passado". Já o Daniel Oliveira sublinha "claro que se vai repetir. Durante anos"

Além disto,
Catalunha: a muito esperada não-resposta de Puigdemont. E o que se segue
O relato do nosso correspondente em Espanha, Angel Luis de la Calle, mostra que "nesta fase do filme, já quase não há lugar para surpresas. A crise catalã vai cumprindo, inexoravelmente, os passos que parecem escritos há muito tempo por um guionista visionário. Hoje era dia de assistirmos à resposta do presidente do governo regional da Catalunha ao requerimento formulado na semana passada pelo primeiro-ministro espanhol. Mariano Rajoy exigia que Carles Puigdemont clarificasse se tinha ou não proclamado a independência da região na sessão parlamentar de 10 de outubro. Como se previa, não houve resposta."

Grupo Espírito Santo: Espírito Santo Irmãos pede um milhão de euros ao Fisco
A Espírito Santo Irmãos - declarada insolvente a 16 de janeiro de 2015 - entrou com um processo de impugnação contra a Autoridade Tributária Aduaneira na passada quinta-feira, dia 12 de outubro. Em causa está a impugnação por esta empresa, que controlava a Espírito Santo Financial Group (que, por sua vez, era o principal acionista do antigo BES), de cerca de um milhão de euros de cobrança de impostos (1.030.434 euros).

Vem aí a Liga dos Campeões
E o Rui Malheiro ajuda-nos a conhecer melhor o Leipzig, a Juventus e o Manchester United, adversários esta semana respetivamente de Porto, Sporting e Benfica.
Confira os links abaixo e vá espreitar o Expresso Diário. Feito com suor e sobretudo muito amor. Para si.
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O regresso do infernoA família que salvou 14 pessoas menos o senhor Fausto
■ Costa e uma demissão que “obviamente” não acontece há quatro meses ■ Pouco ou nada mudou desde Pedrógão ■ Mapa interativo. 715 incêndios em três dias■ Opinião de Nicolau Santos, Henrique Monteiro, Henrique Raposo, daniel Oliveira
Nicolau Santos
Já não é possível manter a ministra no cargo
 
Daniel Oliveira
Incêndios: claro que se vai repetir. Durante anos
 
Henrique Raposo
OPINIÃO
 
Henrique Monteiro
Incêndios: uma organização do século passado
 
JUSTIÇA
Espírito Santo Irmãos pede um milhão de euros ao fisco
FUTEBOL
Champions. A análise aos adversários dos portugueses
CATALUNHA
A muito esperada não resposta de Puigdemont. E o que se segue

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