segunda-feira, 16 de outubro de 2017

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Helena Pereira
HELENA PEREIRA
EDITORA DE POLÍTICA
 
Um país de novo a arder. Até quando? Até quando?
16 de Outubro de 2017
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Dez mortos, 25 feridos, várias pessoas incontactáveis. A noite foi de inferno por todo o país. A meio de outubro, ontem tornou-se de repente o dia com mais incêndios de todo o ano. Oliveira do Hospital, Penacova, Sertã, Leiria, Óbidos, Braga, Tondela, a lista é grande e, mais uma vez, mortal (algumas vítimas morreram intoxicadas, outra atropelada enquanto fugia). Os carros que ficaram presos no IP3 por causa dos fogos tiveram direito a escolta policial. Cinco mil bombeiros combatiam os incêndios ainda esta manhã com as situações mais graves a acontecerem na Lousã, Alcobaça e Seia. O Governo decretouestado de calamidade pública em todos os distritos a norte do Rio Tejo.

Marcelo Rebelo de Sousa, que no sábado em Pedrógão pressionou o Governo a dar uma resposta rápida às conclusões da comissão independente, pediu esta madrugada que "se analise" a situação "anormal" que está a acontecer este ano. O Presidente não foi ao terreno, mas deixou uma nota no site da Presidência e falou à SIC durante a madrugada, chocado com o que estava a acontecer. Os políticos tiveram mais recato depois do puxão de orelhas da comissão independente à tragédia de Pedrógão, que os acusou de terem perturbado as ações de comando no local.

E o que diz o Governo? António Costa falou aos jornalistas na sede da Proteção Civil pelas duas da manhã. Pediu tempo para se passar das palavras aos atos, confessou que o Governo não tem uma "solução mágica" que evite novas tragédias e voltou a garantir que o lugar da ministra da Administração Interna não está em causa - seria"infantil" e não uma atitude madura, explicou. Enquanto isso, há 30 concelhos em risco máximo de incêndio. O país arde e não se sabe se o Governo já teve tempo para ler o relatório da comissão independente, que arrasa todo o dispositivo de combate aos fogos. Aqui no Expresso vamos continuar a acompanhar o que se passa com os incêndios em liveblog durante todo o dia.

 
OUTRAS NOTÍCIAS

Ainda o Orçamento do Estado para 2018. Saiba aqui de onde vem e para onde vai o dinheiro do OE. O Governo prevê a redução de cinco décimas no défice estrutural em 2018, quase em linha com a exigência de Bruxelas mas conta com 400 milhões de medidas extraordinárias que não explica, descobriu o João Silvestre. Se está confuso com tantos números, também lhe explicamos quanto é que, afinal, vai pagar com o novo IRS. O documento, entregue no Parlamento na sexta-feira, tem um ponto que já está a criar mal-estar na geringonça: PCP e BE admitem apresentar alterações na especialidade às mudanças que o OE prevê para os recibos verdes. Enquanto isso, o ministro das Finanças quer combater o absentismo no Estado para poupar 60 milhões, conta o Público. E estes são os riscos dos cálculos do Governo. No Negócios, o ministro do Planeamento, Pedro Marques, avisa que as cativações previstas para 2018 são iguais às deste ano. Tudo para atingir um défice histórico de 1%.

José Sócrates? O DN revela que o ex-primeiro-ministro terá usado a promessa de elogiar no seu programa na RTP a Argélia e a Venezuela como moeda de troca para garantir novas empreitadas ou o pagamento de valores devidos por este países ao Grupo Lena. O Observador mostra a conta de Sócrates na CGD em 7 gráficos que mostram onde e quanto gastou e quem lhe deu dinheiro.

Em entrevista à TVI, Rui Rio, candidato à liderança do PSD, apressou-se a desfazer a ideia que quer um Bloco Central com o PS. António Capucho, em entrevista ao DN, admite voltar a militar no PSD se o ex-autarca do Porto ganhar as eleições diretas em janeiro. Ao olhar para o PSD, o PS antecipa nova luta ao centro enquanto o futuro líder do PSD, quer seja Santana Lopes ou Rui Rio, não tira o sono a Assunção Cristas.

As ações em tribunal para travar os medicamentos genéricos caíram de mais de mil para 14, revela o DN, graças a uma lei criada no tempo da troika para facilitar a entrada de genéricos no mercado português.

Há mais um santo português. No Vaticano, o Papa proclamou como santo o sacerdote Ambrósio Francisco Ferro, morto no Brasil por tropas holandesas em 3 de outubro de 1645 durante perseguições anticatólicas. Por cá, o núncio da Santa Sé em Portugal, é acusadode não ser nada franciscano e o lugar do bispo do Porto está a tornar-se um vazio difícil de preencher.

Em Espanha, o prazo para clarificação de declaração de independência da Catalunhatermina hoje às 10h. Ontem, o presidente da Generalitat tinha declarado que a sua comunicação seria inspirada pelo “compromisso com a paz, a serenidade, e também a firmeza e a democracia”. Esta manhã, Catalunya Ràdio y RAC1 divulgaram uma carta de Carles Puigdemont em que este pede a Rajoy uma reunião para tentar chegar a um acordo que acabe com "a repressão contra o povo catalão". Pode ler aqui a carta.

Na Áustria, o Partido Popular venceu as eleições legislativas e pode vir aí uma aliança com a extrema-direita. Sebastian Kurz, com 31 anos, atualmente ministro dos Negócios Estrangeiros, será o mais jovem primeiro-ministro do mundo.

Olhando para o desporto, veja na Tribuna, a entrevista de vida à ex-atleta Manuela Machado, de 54 anos, que conta como  aulas de atletismo aos jovens das escolas de Viana do Castelo e confessa que a única mácula foi não ter conseguido ganhar uma medalha olímpica.

Para terminar, deixo-lhe uma lista das " 10 bandas desaparecidas de que o mundo precisava agora". Adivinha quais são?

E, porque pode ser útil, espreite o que precisa de saber antes de discutir com um adolescente.

MANCHETES

"Função Pública. Centeno prepara ataque às faltas no Estado", no Público
"Ações para travar genéricos caíram de mais de mil para apenas 14", no DN
"O diabo andou à solta", no JN
"No pior dia do ano em número de fogo perderam-se três vidas", no i
"Juros baixam défice", no Jornal de Negócios
"Casa de Paris rende mil euros por noite", noCorreio da Manhã

FRASES

 Não podemos ficar todos à espera que apareçam os nossos bombeiros e aviões para nos resolver o problema
Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna

"O que os portugueses querem é uma atitude madura"
António Costa, sobre uma eventual demissão da ministra da Administração Interna

 Há o dever moral e cívico de fazer uma análise sobre o que se está a passar 
Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

O QUE QUERO LER

Para o início da semana, sugiro "A sangue frio" de Fernando Esteves, que conta como o ex-primeiro-ministro José Sócrates se relacionava com o poder económico, descreve os meses que passou na prisão (através, por exemplo, de depoimentos de um ex-inspector da PJ que partilhou com ele a cela) e revela ainda alguns interrogatórios como o de Ricardo Salgado.

Amanhã está nas livrarias "Um Legado de Espiões”, o último livro de John le Carré. A Clara Ferreira Alves já o leu e garante que regressa ao fim da inocência, ao magnífico “O Espião Que Saiu do Frio”, sem deixar de refletir sobre a Europa de hoje.

E ainda um texto que fala de livros, neste caso, de Che Guevara. "Como é ser irmão do meu irmão", conta a Luciana Leiderfarb que conversou com Juan Martín, o irmão mais novo de Che, que escreveu o livro “O Meu Irmão Che”, publicado em França e acabado de sair em Portugal.

Hoje fico por aqui. Tenha uma boa segunda-feira e uma boa semana! Continue bem informado com o Expressoonline, com o Expresso Diário às 18h e com a Tribuna, o site dedicado ao desporto. Até já!
 
Gostou do Expresso Curto de hoj

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