quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

OBSERVADOR - 28 DE JANEIRO DE 2016


360º - A grande guerra do OE (+o problema da alimentação nas creches)

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia

O El País publicou uma entrevista com Felipe González, onde o fundador do PSOE não poupa ninguém - muito menos o líder do seu partido e o Podemos (que classifica como "leninismo 3.0"). González diz que “nem o PP nem o PSOE devem impedir que o outro governe”. Como não há ali nada igual ao que tem dito Pedro Sánchez, a situação entre os socialistas espanhóis não deve estar fácil. A síntese está aqui (com link para o original).

A Suécia anunciou a expulsão de 80.000 migrantes. O ministro do Interior da Suécia anunciou que vai expulsar dezenas de milhares de migrantes que chegaram ao país em 2015, mas cujo pedido de asilo foi rejeitado. Mais um problema na crise.

Um novo recorde para o Facebook. Os resultados do último trimestre de 2015 mostraram que o smartphone e tablet já valem 12 mil milhões de euros em publicidade para a gigante das redes sociais.

Três jogos e três derrotas. É verdade que não tinha nada a perder, mas o F.C. Porto perdeu na mesma - na Taça da Liga contra o Feirense, onde Peseiro experimentou um 4-4-2 losango. "Para a próxima, talvez dê jeito treinar a nova tática durante mais tempo", sugere o Diogo Pombo.
 
Informação relevante
A grande guerra do Orçamento começou. De Bruxelas veio uma carta para o Governo, pedindo explicações sobre o pouco esforço orçamental previsto para este ano - e com o aviso de que Portugal pode ser obrigado a refazer o OE.  A resposta do Governo terá que seguir até amanhã - mas António Costa deixou claro que não tenciona mexer nas contas (pelo menos para já).
Porém, a "confiança" do PM não tem espelho na direção do PS. Porfírio Silva disparou"É perfeitamente possível que Bruxelas esteja a tentar tramar o Governo português". Também os partidos à esquerda querem Costa a bater o pé a Bruxelas como os grandes (leia-se, os países da UE que já tiveram puxões de orelhas semelhantes - mas só um igual - ao que foi foi dado a Lisboa).
Pelo meio, já vão três agências de rating a fazer numa avaliação cética do caminho socialista; a UTAO estuda o draft do OE; eAssunção Cristas dispara sobre o "acordar de um sonho rosa avermelhado" de Costa.
Com todos estes dados na mesa, o Nuno Martins fez um texto a explicar tudo bem explicadinho - incluindo o que quer Bruxelas, os avisos anteriores a Maria Luís e o que aconteceu em Espanha, Itália e França - o 'escudo' do PS : Afinal, este é um corte significativo ou poucochinho?

É neste cenário que Marcelo janta hoje com Costa - e almoça com Cavacopreparando o arranque da sua presidência, onde a primeira promulgação terá que ser o OE (razão tinha o DN, quando o disse há meses e Costa tentou negar). Marcelo que ontem recebeu este elogio exigente de Jorge Sampaio. E que ouviu o PCP a culpar o PS pela sua eleição.
Já Cavaco Silva, respondeu ontem às notícias sobre falta de transparência nas contas de Belém. E respondeu assim.

Do Governo vêm também novidadesmais contratações na Saúde, para compensar o regresso às 35 horas (não era "sem custos adicionais?); uma subida das propinas (veremos o que dizem desta notícia do Económico o PCP e BE); e a anulação de vários concursos para dirigentes do Estado lançados por Passos (na manchete do Público). 

Muitas notícias também da bancaO BPI apresentou o seu regresso aos lucros (bons números, os de 2015) e anunciou terrejeitado a proposta de Isabel dos Santos pelo BFA. Fernando Ulrich ainda deu a bênção à compra do Banif pelo Santander.
Também o Santander apresentou bons resultados (embora muito à custa de venda de dívida pública) e falou de "situações inesperadas" no balanço do Banif  (está tudo aqui).
Precisamente sobre o Banif, temos uma data para o arranque da comissão de inquérito - e é já para a semana.
Por fim, ficou esclarecido o mistério do pedido de suspensão das ações do BCP. Foi isto.

Na 'vida real', interessante conhecer a nova geração dos Alfa Pendular que a CP ontem apresentou. Saber também que em Lisboa só há 5 radares a funcionar; e que a Câmara da capital embargou as obras nos restaurantes em Belém, à beira mar.

E ainda o futebol - com três más notícias para o Sporting.Slimani pode ser suspenso vários jogos, um processo arquivadocontra o Benfica - e Carrillo, que pode estar a caminho de Madrid. Mas sempre há uma boa: um central vindo de Inglaterra.

Os nossos Especiais

Alimentação nas creches: acha mesmo que o seu filho come bem? Salsichas, rissois, croissants, mousse de chocolate. Se pensa estar perante uma festa de aniversário, engana-se. Estes alimentos fazem parte da ementa de muitas creches. Os pequenos gostam, mas não há nada de bom na 'ementa'. E alguém fiscaliza? A Cláudia Sebastião estreia-se no Observador com esta reportagem, que é bom ler para ficar atento. (Depois, mas só depois, aproveite para descobrir porque os filhos teimosos são os melhores - o nosso texto mais partilhado de ontem).

Novo medicamento: da ideia ao ensaio clínico, o que pode correr mal? A Vera Novais andou a falar com investigadores envolvidos no processo que leva uma molécula a ser transformada num medicamento novo. O objetivo? Conhecer o processo, as boas práticas e o que pode ter falhado no caso Bial.

No amor e no dinheiro vale tudo. Até inventar crimes falsos. Nos últimos três anos a Polícia Judiciária desvendou 128 casos de crimes que tinham sido, afinal, inventados. Mas o que leva alguém a inventar que foi vítima de um crime? A resposta é simples (mas os casos não): amor e dinheiro. A Sónia Simões voltou à nossa companhia - com uma bela história.
 
Notícias surpreendentes

Uma fotogaleria pode contar uma boa história. Neste caso, uma bela história. Ora veja, que vale mesmo a pena: Estas imagens não são de nenhum país da Europa. Era mesmo assim o Afeganistão antes dos talibãs.
E agora esta, na excelente rubrica ADN da Catarina Marques Rodrigues: Meninas, a vossa roupa não pode distrair os homens. Um senador dos EUA pediu às mulheres para não usarem saias curtas nem decotes para não haver "distrações". As mulheres não gostaram nada. A história conta-se assim

Das modas para a sétima arte: Holy Hell! Um documentário gravado durante 22 anos desmascarou um guru. E conta o Hugo Tavares da Silva: "Este documentário de Will Allen foi gravado no interior de um culto religioso e passou no festival de Sundance. O guru, que outrora foi um ator porno, abusou de rapazes e obrigou mulheres a abortar." Uma história a ler aqui.

Hoje, estreia nas nossas salas de cinema um candidato a Óscar. “O Caso Spotlight” é um escândalo de primeira página, uma previsível mas eficaz crónica da investigação jornalística a um caso de abuso de menores por padres de Boston. O Eurico de Barros dá-lhe 3 estrelas. Se preferir a agenda de concertos, há nove nas recomendações do Pedro Esteves.

O 360º já vai longo, pelo que me fico por aqui. O Observador continuará atento às notícias do dia, sempre a pensar como acrescentar-lhe informação e reflexão. Passe por cá, a qualquer hora, esteja onde estiver. Estaremos de braços abertos. 

Mantenha o sorriso da manhã, tenha um bom dia de trabalho. 
Ate amanhã!
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EXPRESSO CURTO - 28 DE JANEIRO DE 2016


Voltámos ao real business?

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Luísa Meireles
POR LUÍSA MEIRELES
Redatora Principal
 
28 de Janeiro de 2016
 
Voltámos ao real business?
 
Sim, tem razão quem não gosta, é mesmo mais do que um estrangeirismo, são palavras estrangeiras. Mas não me ocorre melhor título para resumir a situação que se instalou no país esta semana. Presidenciais? Já eram. Quer dizer, foram. No domingo, e ganhou quem se previa que ganhasse. Por aí não há novidades, sem ser pela curiosidade de, por exemplo, ser hoje que, como manda a tradição das transições, se realizar o almoço dos presidentes: o Presidente eleito Marcelo Rebelo de Sousa vai a Belém partilhar a refeição com o Presidente em exercício, Aníbal Cavaco Silva.

Quem diz almoço diz também jantar: é que o mesmo tradicional encontro entre o Presidente eleito e o Primeiro-ministrotambém se realiza no mesmo dia, a convite deste. Além do lanche com Ferro Rodrigues, o presidente da Assembleia da República! Esperemos que tudo isto não resulte numa indigestão para Marcelo, que durante duas semanas de campanha se bastou a sandes e sumos.

A verdade é que o "novo tempo", melhor, o "novo ciclo" para não confundir as coisas, está prestes a começar. A contagem decrescente para a tomada de posse do novo Presidente é já ao virar da esquina, a 9 de março. Até lá, Marcelo terá o seugabinete em Queluz, onde pode começar a preparar sua presidência - outro grande motivo de curiosidade, é verdade, mas que só será saciada ao longo do tempo. As análises das votações e das motivações dos eleitores já esgotaram os leitores.

Deve ser também por isso que voltámos ao business, as usual. E ele chama-se situação económica e financeira, orçamento de Estado, troika, exigências, opiniões e pontos de vista, isto é, a nossa vidinha de todos os dias.

troika voltou a Lisboa esta semana (parece uma notícia antiga, mas não é) mas o contexto é outro - é a terceira avaliação desde o fim do memorando, a primeira deste novo Governo. A receita, essa, é que parece velha e daí a sensação de déjà vu. Que quer a troika agora e o que vai encontrar? Catroga até comentouque ela vai ser "meiguinha", e António Costa desvalorizou:"visita de técnicos sem relevância política". Será mesmo? Certo é que o novo Governo reverteu medidas que estavam em vigor (e com o acordo da troika), mas algumas delas também eram temporárias e, por outro, constam dos acordos que sustentam o próprio do Govern. Ou não?

Claro que estamos a falar aqui de políticas económicasdiferentes, e esse é o cerne da questão. A Comissão fez saber que manifesta "sérias reservas" sobre o draft do orçamento eescreveu uma carta ao Governo a pedir informações. Quer respostas até sexta-feira, mas adivinha-se que o processo negocial vai ser longo e a pressão grande. Costa diz que tem"bons argumentos", para as dúvidas da Comissão, que não está a falar de cedências, mas o problema é saber se tem força para os impor. Aparentemente, em Bruxelas, o chip não mudou, os técnicos continuam fiéis à linha de sempre, mas os políticos europeus em geral continuam?

A esperança de Costa é o exemplo de outros, já que a Comissão Europeia fechou os olhos a Itália e França, que também não reduziram o défice estrutural de acordo com as regras (mas chumbou o espanhol). Mas espreite aqui para ter uma ideia do que está em causa em Portugal, como explica o João Silvestre. O outro João, o Vieira Pereira, está cheio de dúvidas e muito descrente. O editorial do Público também toma posição (a anormalidade dentro da normalidade). E este ponto de vista do Bruno Faria Lopes no Económico é interessante. Ora leia: Costa estica a corda porque pode. Bem como o do André Macedo (DN), que também fala desta negociação.

Internamente, a luta aquece: no Parlamento a esquerda chumbou a audição de Centeno (e não é por medo, diz), mas está garantido que o novo orçamento deverá mesmo entrar em vigor até 1 de abril. Centeno ignora críticas e garante que vai corrigir desequilíbrios do país. A oposição está contra, com a candidata a futura líder do C DS, Assunção Cristas a dizer que"tocou o despertador" para Costa. Ana Catarina Mendes dizia ontem na SIC que este é um orçamento para fazer crescer a economia e criar emprego e, ao mesmo tempo, melhorar as contas públicas, coisa que as agências de rating (sim, nessas ochip não mudou mesmo) não acreditam.

real business também está ligado com a banca, que foichamada a Frankfurt pelo Banco Central Europeu, preocupado com várias situações. Curiosamente, o BPI passou de prejuízos a lucros, (e rejeitou proposta de Isabel dos Santos sobre o Banco de Fomento de Angola) enquanto o Santander Totta se queixa que, afinal, o negócio de compra do Banif por 150 milhões não foi assim tão bom - descobriu "situações inesperadas", queixou-se o presidente, o que não impediu o banco de, tal como o BPI, revelar um aumento nos lucros (50,9% em relação ao ano anterior). O ministro Centeno já avisou que quer mudar o sistema de supervisão financeira, ao mesmo tempo que já tem pronta a lista de candidatos para mudar a administração da Caixa Geral de Depósitos.
 

OUTRAS NOTÍCIAS
Também as há, mas é preciso procurá-las. Continuamos ainda tão marcados pelo tempo velho que aquilo que faz notícia continua a ser o económico. Como esta, por exemplo, da manutenção da greve da função pública para amanhã pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública ( "Os trabalhadores sentem-se revoltados e humilhados", diz a coordenadora Ana Avoila), embora a Fesap (afeta à UGT) a tenha desconvocado. Mesmo assim, espera-se para hoje uma última reunião com o Governo para tentar travar a greve.

E economia continua a ser, embora falando de saúde. O ministro da pasta diz que encontrou um "buraco" de 230 milhões de euros (o anterior ministro, Paulo Macedo, falava de um défice de 30 milhões de euros) mas também que os hospitais vão ter de recrutar mais pessoal para responder ao regresso às 35 horas (mais dinheiro?) mas, para os utentes, há uma boa notícia: os tempos de espera nas urgências passarão a estar on-line em tempo real, de modo a que aqueles possam escolher.

Mas é também no capítulo da saúde que há notícias inquietantes: o vírus zika, que está a alarmar o Brail, chegou a Portugal, com cinco casos confirmados. Ja sabe, o zika pode provocar malformações nos fetos, em particular microcefalias. E é assustador ler este texto da Christiana Martins sobre o que se está a passar no Brasil: "Os médicos nunca viram nada assim, há uma geração comprometida” naquele país, alertam. Assustados ficamos já nós.

E também mal dispostos, se atentarmos nesta outra: Portugal continua sem progressos no Índice de Perceções deCorrupção, segundo revelam os resultados publicados pela Transparency International (uma ONG anticorrupção representada em Portugal pela Transparência e Integridade). Entre os países lusófonos, o Brasil foi o que mais caiu no índice de 2015, mas é Angola o pior colocado. O campeão da transparência é a Dinamarca.

Disse Dinamarca? O tal Estado ao qual nos habituámos a relacionar com bem-estar e boa educação, alto nível não apenas de vida, mas civilizacional? Pois é de lá que vem a mais escandalosa das notícias: o confisco dos bens dos refugiados. Como diz a Atlantic, é um exemplo de como não os receber. ASuécia, entretanto, parece querer seguir-lhe as pisadas: deu ordem de expulsão até 80.000 refugiados, enquanto a Comissão Europeia acusa a Grécia de negligenciar os seus deveres de fronteira (e esta respondeu) e ameaça fechar as fronteiras com este país. O drama dos refugiados está a minar a Europa e dá origem a acontecimentos como este, em Calais, em França, em que migrantes e habitantes locais se envolveram em conflito, obrigando à intervenção do exército. Como escreve o Daniel Ribeiro, em Calais nasce uma "selva-chique", ao lado da "selva-selva". A ministra da Justiça demitiu-se também por causa dos refugiados.

Em Espanha, continua o impasse para a formação de um novo Governo, depois das eleições de dezembro, que deram um resultado de combinações múltiplas mas, até agora, todas impossíveis. Agora, falou o senador Felipe González: “Nem o PP nem o PSOE deveriam impedir que o outro governasse". Faz críticas a um e alerta para os perigos ao outro. A ler.

Vendo o que se está a passar na Europa (e olhe-se para aPolónia, que se está a transformar num Estado nacionalista, anti-ocidental e arquicatólico - e não sou eu que o digo, apenas cito a Der Spiegel), só se pode dar razão ao jornalista Jean Quatremer, o mais bem informado dos correspondentes em Bruxelas (Liberation), que diz que "crise após crise, a Europa mergulha no abismo". A União Europeia passará de 2016?, interroga-se ele. Veremos. O pior é que não é o único a pensar assim.

Nos Estados Unidos, é tempo de começar a pensar nas eleições presidenciais do final do ano. A quatro dias do início da escolha dos candidatos às Presidenciais nos EUA, Hillary Clinton intensifica o apelo ao voto, enquanto o inefável Donald Trump (republicano) boicota o debate televisivo de hoje à noite porque não gosta da moderadora (Megyn Kelly).

Outro dado inquietante diz respeito a um relatório ontem divulgado pela Human Rights Watch, sobre os Direitos Humanos em 2016. Diz: "A Política do Medo Ameaça Direitos": “o medo de ataques terroristas e o fluxo massivo de refugiados estão a levar muitos governos ocidentais a reduzir a proteção dos direitos humanos. Tais medidas retrógradas ameaçam os direitos de todos, sem qualquer demonstração de eficácia em proteger as pessoas comuns". Não conheço melhor expressão para designar o que se vive hoje em tantas partes do mundo, a política do medo. O passado já demonstrou sobejamente ao que ela conduz.

Não menos perturbadores são os dados sobre desigualdades, divulgados pela Oxfam. Bastam estes números para saber de que falamos: Em 2015, apenas 62 indivíduos detinham a mesma riqueza que 3,6 mil milhões de pessoas, a metade mais afetada pela pobreza da humanidade (o link é em inglês, mas tem uma versão em português). Talvez fosse boa altura para a Europa começar a pensar em encetar uma política que leve a acabar com os paraísos fiscais, como sugere este texto do EUobserver.

Será que é por causa disto tudo que essa invenção curiosa chamada Relógio do Apocalipse foi adiantada agora em dois minutos pelos cientistas, ficando a três minutos do fim (23h.57)? Este relógio simbólico pretende indicar que vivemos uma situação tão perigosa como a da Guerra Fria. Doomsday Clock chamam-lhe os britânicos, cuja BBC reporta que o último ano de crise grave foi em 1991. O Telegraph expõe-lhe assim o problema.

FRASES
"2016 é o ano em que a Europa irá navegar em mar alto, contra vagalhões. Esse risco (da desagregação) existe, no Reino Unido (com o Brexit), nos países de leste que fecham frotnerias unilateralmente"Maria João Rodrigues, eurodeputada, à Visão

"Temos de deixar de considerar a Europa como a professora com a caneta vermelha e azul"Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano

"O nosso primeiro-ministro, que perdeu as eleições mas ainda assim ficou primeiro-ministro, esteve a sonhar um sonho cor-de-rosa durante estes dois meses, um cor-de-rosa de tintas bastante carregadas, um cor-de-rosa bastante avermelhado, e neste momento tocou um despertador”Assunção Cristas, candidata a líder do CDS

O QUE ANDO A LER
Um livro curiosíssimo. Foi publicado há dez anos, mas só em 2015 chegou a Portugal, pela mão da Tinta da China. Chama-se"Terra Nullius, viagem aos antípodas", do latim, terra de ninguém, e faz parte da coleção de viagens da editora.É um mimo e não posso recomendá-lo mais como essencial para os tempos que correm. É sobre a "cultura da segregação", retratada através de uma viagem por esse imenso continente que é a Austrália, onde a Europa cabe inteirinha e ainda sobra. Aprendi imenso sobre esse continente onde os aborígenes foram dizimados porque ocupavam terras cobiçadas, ou simplesmente por puro preconceito. Na transição do século XIX para o século XX, os aborígenes serviram a brilhantes intelectuais europeus, como Engels, Freud, Durkheim ou Kropotkin, cada um no seu ramo, como exemplo no estudo da evolução humana. Nenhum deles, todavia, viu um aborígene na vida e o seu conhecimento baseou-se nas notas de um curioso a quem um clã fez o favor de realizar algumas cerimónias no pátio traseiro de uma estação telegráfica. "O passado não é um lugar tranquilo", escreve Carlos Vaz Marques, coordenador da coleção. Não é, não. Leia, se puder.

E por hoje chegámos ao fim. Mas antes uma advertência. O Expresso Diário (e online) traz-lhe doravante uma novidade: osweb vídeos, que denominámos 2:59. Nestes escassos minutos, fenómenos da atualidade, complexos, são explicados com base em estudos e análises quantitativos, de modo a tornarem-se de compreensão simples. O Pedro Santos Guerreiro estreou-se a esclarecer porque é que apesar do petróleo estar barato a gasolina é cara. E vai ficar mais ainda. Esperamos que lhe agrade e, sobretudo, que tire proveito. O saber não ocupa lugar, é certo, só um pouquinho de tempo.

Tenha um bom dia! Amanhã é a vez do Valdemar Cruz lhe servir um cimbalino!
 
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EL VENTANO - 28 DE JANEIRO DE 2016

Felipe González propone un Gobierno de Gas Natural con la abstención de todos los partidos

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El expresidente Felipe González tiene muy claro lo que le conviene a España. Ni un gobierno de PSOE con Podemos, ni un pacto entre PP y Ciudadanos con la abstención de su (hipotético) partido. Los que deberían gobernar son Gas Natural, empresa a la que ha estado asesorando desde que dejó la presidencia, según informa la revista El Jueves.
“Gas Natural son una gente de fiar. Creedme. Durante mi mandato privaticé la empresa y cuando lo dejé me devolvieron el favor fichándome de consejero. Solo en 2011 llegué a cobrar más de 120.000 euros por estos servicios. Unos auténticos señores” ha declarado González.
¿Pero no sería cuestionable que una empresa privada, y no un partido votado por los españoles, asumiera el gobierno del país? Para el expresidente no, ya que “en realidad las empresas energéticas ya mandan en España. Cobran lo que quieren en las facturas y dictan las leyes a los políticos a cambio de sobornos o promesas de entrar en sus consejos cuando dejen el cargo. Entregarles el gobierno es una cuestión de honestidad”.
Felipe González defiende que lo único que pretende con la propuesta de Gas Natural para la presidencia española es salvaguardar el país de Podemos. “No puedes fiarte de un partido financiado por Venezuela”, afirma el expresidente. “Y lo digo con toda la objetividad del mundo y sin ningún tipo de interés particular. Que haya cobrado más de medio millón de euros de Gas Natural, empresa en la que participa Repsol, a la que perjudicó Chávez con la nacionalización de sus recursos naturales, no tiene nada que ver con mi odio a Podemos. Qué va”, remarca.

EL VENTANO - 28 DE JANEIRO DE 2016

Acampan ante el Parlamento aragonés contra el Impuesto de Contaminación de Aguas del Ejecutivo

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Activistas de la Red Agua Pública de Aragón (RAPA) han acampado la noche de este miércoles ante la sede de las Cortes, en el Palacio de la Aljafería, para denunciar “la opacidad y los graves indicios de clientelismo y corrupción” que envuelven el Plan de Saneamiento y Depuración de Aragón, y contra la aplicación del Impuesto de Contaminación  de Aguas (ICA) a buena parte de los vecinos de la comunidad autónoma.
Esta protesta marca el inicio de una campaña para informar de este asunto, del que la ciudadanía, especialmente los vecinos de Zaragoza capital, “no son aún conscientes”, hasta que se encuentren con un notable aumento en el recibo del agua a causa del ICA que pretende aplicar el Gobierno aragonés, según señaló el diputado de Podemos Pedro Arrojo, que participó en la protesta.
El colectivo recuerda que PSOE, Podemos, IU, CHA, Equo y ZeC firmaron en septiembre un compromiso por la gestión pública del agua en Aragón,en el que se comprometían a realizar una auditoría sobre el Plan de Saneamiento y Depuración, porque “está lleno de irregularidades que proyectan sospechas fundadas de corrupción”, afirma RAPA.
Y añade que también “se comprometían a no cobrar el ICA hasta que no estuviera hecha la auditoría”, tanto a Zaragoza y municipios que ya tienen y pagan sus servicios de saneamiento, como a los casi 500 pueblos que no tienen depuradora.
El Alcalde de Zaragoza, Pedro Santisteve, ha reiterado al presidente de Aragón, Javier Lambán la oposición del Gobierno municipal a la pretendida aplicación del ICA a Zaragoza, “lo que supondría un agravio comparativo con el resto de municipios de Aragón y la multiplicación, por tres, del actual recibo que pagan los vecinos”, según un comunicado del Ayuntamiento.
El colectivo tiene previsto realizar en febrero un encuentro de municipios afectados por lo que consideran “una estafa”, para confluir con una gran movilización en Zaragoza en marzo, con motivo de la celebración, el 22 de dicho mes, del Día Mundial del Agua.

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