O presidente russo defendeu esta sexta-feira que a Rússia sempre tratou o povo ucraniano com "respeito e cordialidade", apesar da "trágica confrontação" dos dias que correm, avançou a agência russa TASS. E, numa intervenção por ocasião do Dia da Unidade da Rússia, Putin acusou ainda a Polónia de querer "engolir" partes da Ucrânia. 

Putin diz que trata o povo ucraniano com "respeito e cordialidade". E, sem apresentar provas, acusa a Polónia de querer anexar partes da Ucrânia
Putin diz que trata o povo ucraniano com "respeito e cordialidade". E, sem apresentar provas, acusa a Polónia de querer anexar partes da Ucrânia© TVI24
 

"É a Ucrânia, o povo ucraniano, que é a primeira e principal vítima da sublimação deliberada de ódio para com os russos, a Rússia. Na Rússia, tudo é exatamente o oposto. Sabem bem disto. Sempre tratámos e tratamos o povo ucraniano com respeito e cordialidade - é assim que sempre foi e continua a ser, apesar da trágica confrontação de hoje", defendeu Putin. 

Citado pela Reuters, o presidente russo disse também que a confrontação com o "regime neonazi" de Kiev era "inevitável" e defendeu ainda que os impérios do Ocidente roubaram África, assinalando que a Rússia tem uma civilização e cultura únicas.

"O choque da Rússia com o regime neonazi que emergiu no território da Ucrânia era inevitável. E se não tivéssemos levado a cabo, da nossa parte, as ações adequadas em fevereiro, tudo teria ficado na mesma, apenas numa posição pior para nós", sublinhou. "A situação na Ucrânia foi provocada pelos seus chamados 'amigos', a um ponto em que se tornou mortal para a Rússia e suicida para os próprios ucranianos", acrescentou ainda o presidente da Rússia.

Falando sobre história, o líder do Kremlin elogiou ainda a Índia, considerando que o país tem muito "potencial". 

O presidente russo disse também esta sexta-feira que a Polónia não abandonou "o sonho" de engolir partes do território ucraniano, sem apresentar quaisquer provas das suas alegações, escreve a agência Reuters.

E acusou o Ocidente de tentar incutir absurdos históricos nas cabeças de milhões de pessoas, incluindo sobre o que realmente aconteceu na Segunda Guerra Mundial e o papel da União Soviética na vitória contra a Alemanha nazi.