Presidente da República diz que utilizar fundos europeus é "urgente"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta sexta-feira, que na atual conjuntura a utilização dos fundos europeus, nomeadamente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), é "urgente" e "imperdoável" se não acontecer a tempo.
"Temos de tirar o máximo proveito possível daquilo que são fatores que são conjunturalmente, apesar de tudo, favoráveis. Um favor favorável é a disponibilidade de fundos que, pensados para compensar parcialmente a pandemia, estão disponíveis num período de guerra", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado, que discursava na cerimónia que assinalou o 50.º aniversário do grupo Solverde, disse ser "urgente" a utilização dos fundos comunitários, nomeadamente, do PRR, "em tempo".
"O que torna urgente a utilização desses fundos em tempo. E, naturalmente, imperdoável se o tempo passar e não houver essa utilização em tempo", observou.
Destacando que o termo da guerra é "imprevisível", tanto na sua duração, como na "balança de poderes", Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o país pode beneficiar de outro fator, nomeadamente, o de "ser visto como um destino seguro".
"Há outro fator que nos é favorável. Esse fator é Portugal ser visto como um destino seguro. Um destino seguro, próximo, mas suficientemente distante da área de conflito, como se fosse uma ilha no Atlântico que é europeia, mas longínqua da área onde é arriscado escolher como destino de turismo, é arriscado escolher como destino de investimento externo e é arriscado escolher como local de residência duradoura", referiu.
Dizendo que o país está a "beneficiar dessa situação", o Presidente da República lembrou, no entanto, que tal acarreta responsabilidades "para todos", lembrando que esta é uma situação "transitória" e que "deve ser aproveitada cabalmente".
"É uma oportunidade em algumas das suas facetas irrepetível", afirmou.
Aos presentes na cerimónia, o chefe de Estado disse ainda que o país tem "condições" para "cumprir" com estes desígnios.
"Dispomos de fundos europeus e condições de investimento externo, assim saibamos fomentar as condições de investimento interno suficientes para enfrentar o período de guerra que estamos a viver. Há condições para isso. Deixará de haver se formos relativamente tímidos ou incapazes no aproveitamento destas condições positivas, mas não seremos", garantiu.
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