É a justificação para os despedimentos anunciados na rede social.

Elon Musk diz que Twitter perde quatro milhões de euros por dia
Elon Musk diz que Twitter perde quatro milhões de euros por dia© DADO RUVIC

A rede social Twitter perde quatro milhões de dólares (cerca de quatro milhões de euros) por dia, o que justifica o despedimento de pessoal, disse o novo proprietário, o bilionário Elon Musk.

Sem especificar o número total de despedimentos, Musk justificou a decisão, numa mensagem publicada naquela rede: "não há escolha quando a empresa está a perder cerca de quatro milhões por dia".

De acordo com a imprensa norte-americana, mais de 3.700 trabalhadores vão ser despedidos, o que representa mais de metade da força de trabalho global da empresa.

Na sexta-feira, Musk já tinha indicado que o Twitter tinha registado uma queda drástica nas receitas, devido à saída de vários anunciantes por causa de "grupos ativistas" que alegadamente pressionavam as empresas a fazer publicidade.

Quanto aos empregados despedidos, Musk disse que a todos foi oferecida uma compensação equivalente a três meses de salário, ou "50% mais do que legalmente exigido".

No entanto, alguns trabalhadores já denunciaram a empresa por despedimento abusivo, uma vez que não receberam um pré-aviso de 60 dias, exigido pela lei laboral em vigor em São Francisco, onde o Twitter tem a sede.

"O discurso do ódio caiu abaixo dos nossos padrões anteriores"

Sobre a política de moderação de conteúdo, Musk disse "permanecer absolutamente inalterada", acrescentando: "ao contrário do que se pode ler na imprensa, vimos em certos momentos da semana que o discurso do ódio caiu abaixo dos nossos padrões anteriores".

O empresário tem defendido uma visão absolutista da liberdade de expressão, a qual, na opinião de críticos, pode levar ao ressurgimento de abusos, como assédio, discurso de ódio, ou desinformação.

Vários grupos já decidiram suspender publicidade no Twitter, como a gigante norte-americana agroalimentar General Mills, a fabricante automóvel norte-americana General Motors e a concorrente alemã Volkswagen.