CR7: "O que se passa comigo não vai abalar o plantel"
Questionado sobre a foto com Messi a jogarem uma partida de xadrez, numa campanha da Louis Vuitton frisou: "Será o meu quinto Mundial, estou focado e extremamente confiante que vai correr bem. Xeque-mate vamos fazendo na vida, não é só no xadrez. Gostava de ser eu a fazer o xeque-mate contra o Messi. Vamos ver. Seria bonito. Já que aconteceu num jogo de xadrez, no futebol seria mais".
CR7 garante que nada se passou com Bruno Fernandes, isto após a polémica criada em torno das imagens da chegada do médio, seu colega do Man. United, à concentração da seleção nacional, onde terá cumprimentado o capitão de Portugal de forma mais fria. "Foi mais uma que, infelizmente, nos correu mal. A minha relação com ele é excelente, o avião dele chegou tarde e eu perguntei se ele tinha vindo de barco. Tal como o Cancelo, que após uma entrada mais dura sobre o Félix, eu agarrei-lhe no pescoço e disse, ‘Então pá? bora lá!’. O ambiente na seleção é excelente. Não há problemas. O grupo está blindado. E aproveito para terminar: não perguntem por mim. Não é preciso falar mais de mim. O meu caso está encerrado. Se alguém me perguntasse do Rafa, por exemplo, eu não respondia. O selecionador já falou desse tema. Gostava que fizessem isso para a seleção estar melhor. Perguntei coisas sobre os jogadores e sobre a seleção", comentou antes do treino da formação das quinas, no centro de Al Shahaniya.
Será que Portugal é favorito ao ouro? O futebolista realçou: "Acredito que temos um potencial enorme. Eu e o staff. De ganhar… isso já veremos. Eu acredito que sim, tenho essa esperança e feeling. Há, no entanto, que pensar com calma, pensar no primeiro jogo, na minha opinião o mais difícil, contra o Gana. Queremos começar bem, com o pé direito, para ganhar confiança. A partir daí, é ir devagarinho".
Sobre a confiança no seio da seleçãodisse "Veremos no final, mas eu acredito que sim, que podemos ser a melhor seleção. Esta geração é muito boa, com um potencial enorme, uma seleção jovem. Sabemos que a exigência é muito grande, mas temos de pensar no primeiro jogo, para começar a ganhar confiança".
O capitão da seleção portuguesa disse ainda que não olha a recordes, mas admitiu que seria bonito ultrapassar uma das marcas de Eusébio.
O antigo avançado continua a ser o jogador português com mais golos em mundiais, tendo assinado nove tentos na edição de 1966, a única que disputou. Já Ronaldo conta com sete golos em quatro fases finais (2006, 2010, 2014 e 2018), podendo ultrapassar o "king" no Catar.
"Pode parecer vaidade, mas não sigo recordes. Seria muito bonito bater o recorde do nosso Eusébio. Seria especial, mas, sinceramente, não me tira o sono. Se ganhássemos a competição e eu não marcasse qualquer golo, ficaria feliz na mesma", referiu.
Apesar de se preparar para disputar o quinto Campeonato do Mundo da carreira, Ronaldo, de 37 anos, rejeitou sentir responsabilidade acrescida nesta fase da carreira.
"A responsabilidade é sempre igual, desde os 11 anos, em que saí de casa para ir para Lisboa [para jogar na formação do Sporting]. Sinto-me uma pessoa mais observada do que todas as outras, mas a responsabilidade tenho-a sempre, seja como amigo, como pai, como jogador. Gosto de ter essa responsabilidade. A pressão é quase sempre a mesma. Às vezes lido bem, outras lido mal, não sou perfeito. Sinto-me preparado para assumir as responsabilidades", asseverou.
A estreia de Portugal no Grupo H está marcada para quinta-feira, diante do Gana, no Estádio 974, em Doha, antes de defrontar o Uruguai, em 28 novembro, e a Coreia do Sul, de Paulo Bento, em 2 de dezembro.
A 22.ª edição do Campeonato do Mundo decorre até 18 de dezembro, no Catar.
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