Apoio da NATO à Ucrânia será necessário "durante muito tempo" - Stoltenberg
Madrid, 21 nov 2022 (Lusa) - O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, defendeu hoje que os países da Aliança têm de estar preparados para apoiar a Ucrânia "durante muito tempo" porque não se pode subestimar a capacidade da Rússia para manter a guerra.
"Temos de estar preparados para apoiar a Ucrânia durante muito tempo", apesar de a Rússia estar a recuar no terreno e de os ucranianos estarem a libertar territórios ocupados, afirmou Stoltenberg em Madrid, na 68.ª sessão anual da Assembleia Parlamentar da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança de defesa entre países europeus e norte-americanos).
Stoltenberg disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, quando atacou militarmente a Ucrânia, em fevereiro passado, subestimou a capacidade de defesa e de resistência dos ucranianos, assim como a unidade da comunidade internacional em torno de Kiev, mas seria agora "um grande erro subestimar a Rússia", que mantém uma "capacidade militar significativa e um elevado número de tropas" para continuar a guerra.
Após nove meses de guerra e sem conseguir derrotar a Ucrânia em "alguns dias", como era o objetivo inicial, Moscovo está neste momento a provocar um número significativo de vítimas no terreno e a infligir "um sofrimento aterrador ao povo ucraniano", com disparos de mísseis sobre cidades, casas e infraestruturas energéticas vitais, sublinhou Stoltenberg, para pedir aos membros da Aliança Atlântica que se mantenham unidos em torno da Ucrânia e no reforço do apoio a Kiev.
"Sei que este apoio tem um preço e nos nossos países muitas pessoas enfrentam uma crise de custo de visa e são tempos difíceis para muita gente. Mas os preços que nós pagamos, os aliados na NATO, medem-se em dinheiro, enquanto os ucranianos pagam um preço que se mede em sangue", afirmou.
Soltenberg acrescentou que o preço a pagar em caso de vitória da Rússia seria "mais elevado", com "regimes autoritários de todo o mundo" a saberem "que poderiam conseguir o que querem com força brutal" e a tornar o planeta "mais perigoso" e os países da NATO “mis vulneráveis”.
MP // APN
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