Kremlin prevê ataque ucraniano no sul do país e pode antecipar-se, porque o inverno torna o terreno difícil. A retirada de civis que a Rússia anunciou é vista por muitos analistas como uma deportação, o que é ilegal à luz da Lei Humanitária Internacional, que gere os conflitos armados

Destruição causada pelas forças russas em Sviatohirsk, na região de Donetsk
Destruição causada pelas forças russas em Sviatohirsk, na região de Donetsk© ANATOLII STEPANOV/AFP/Getty Images

Vladimir Putin está à espera de uma contraofensiva ou, pelo menos, está a preparar-se para ela. A lei marcial que o Presidente russo decretou nas quatro províncias da Ucrânia que declarou anexadas, ilegalmente, é apenas um ponto numa longa lista de ações aprovadas nesse sentido. Tal é a leitura que faz ao Expresso a investigadora Diana Soller, do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa.

“A Rússia está a preparar-se para um conjunto de eventualidades. Podem acontecer ou não, mas a preparação é clara: evacuação algo histriónica de Kherson, lei marcial nas províncias ocupadas e potencialmente em qualquer região da Rússia onde Putin a considere necessária, entrevista do responsável máximo das forças russas na Ucrânia a dizer que a situação é difícil, pedido insistente ao Irão de mais mísseis e drones... tudo são indícios de que a escalada pode estar para breve”, diz a estudiosa.

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