sábado, 8 de setembro de 2018

EXPRESSO

PAULO LUÍS DE CASTRO
Jornalista
 
“A TAP não negoceia com segurança”. Companhia está contra alteração aos limites de vento na Madeira
Boa tarde.
O presidente executivo da TAP recusa voar para a Madeira com mais vento: “Não adianta mudar os limites, eu não vou baixar os limites dos ventos enquanto for CEO da TAP. Não vou baixar”, afirma Antonoaldo Neves ao Expresso, na sua primeira entrevista desde que assumiu a gestão da companhia área, que será publicada na íntegra este sábado na edição impressa e de que publicamos um excerto neste Diário.
Em causa está o debate lançado para eventuais alterações aos limites atmosféricos e de vento que permitem aterrar na ilha, que o regulador está a analisar a pedido do presidente local Miguel Albuquerque. O Governo Regional diz que os atuais limites, criados nos anos 60, estão ultrapassados e devem ser revistos. Mas Antonoaldo não desarma: “As pessoas estão a tratar desse assunto sem seriedade. A TAP não negoceia com segurança”, garante na conversa mantida com Pedro Lima e Pedro Santos Guerreiro.
Ainda os aviões, mas agora noutra vertente: a decisão da Ryanair de acabar com o transporte gratuito das malas e trolleys até 10 quilos dentro das cabinas não vai ser seguida pela concorrência. Easyjet, Transavia, Brussels Arlines e várias outras companhias de baixo custo contactadas pelo Nelson Marques asseguram que vão manter a política atual e permitir que os passageiros levem bagagem de mão sem terem de pagar mais.
No Bairro Americano das Lajes – um condomínio fechado com muros e gradeamentos e moradias amplas, com jardim e vista para o Atlântico –, até há um ano festejou-se o Halloween, o Dia de Ação de Graças e o 4 de Julho. Mas a grande escola frequentada por alunos da pré-primária à universidade e 300 das 400 moradias que alojavam os militares americanos da base aérea, e as suas famílias, vão ser o novo espaço de empresas tecnológicas e os seus quadros que venham morar para a ilha. O bairro vai para obras dentro de três meses e mudar de nome – Terceira Tech Island. Os jornalistas Virgílio Azevedo e Tiago Miranda estiveram no local e contam-lhe tudo sobre este projeto do Governo Regional dos Açores.
Numa entrevista que o Expresso publica este sábado e da qual respigamos algumas ideias neste Diário, Casillas fala do futebol que teve, tem e ainda se vê a ter, e gaba a vida que goza no FC Porto e na Invicta. O Diogo Pombo e ao Rui Duarte Silva acompanharam-no num passeio e puderam ver como o guardião espanhol se sente à vontade na cidade que o acolheu há três anos. “Gosto de poder estar próximo das pessoas. Gosto muito do Porto por isso: pela tranquilidade que tem e pela forma como se vive”, garante.
Mudemos de tema e de continente. “Eu não suporto esse homem mas não concordo com a violência. Dá vontade de pensar que isso tudo foi armado só para ele ter imprensa porque ele é baixo a esse nível”, diz ao Expresso a assessora de comunicação Júlia Assef, a partir de Porto Alegre. “Esse homem” é Jair Bolsonaro, candidato do Partido Social Liberal às presidenciais de outubro no Brasil, que esta quinta-feira foi esfaqueado durante uma ação de campanha. As manifestações de repúdio sucederam-se mas há também quem queira “perceber que atentado foi este”. E que consequências terá.
“Assalta-me a alucinação de que o Museu Nacional não ardeu: ele, na verdade, deixou de existir”, assim titula Renato Lessaum texto que escreveu para este Diário sobre a “catástrofe” que, segundo ele, se abateu sobre todos os brasileiros. O ex-diretor da Biblioteca Nacional do Brasil evoca as memórias dos tempos em que acompanhava o pai, catedrático de Antropologia, nas aulas que este dava no monumento do Rio de Janeiro agora dizimado pelas chamas, para dizer que o museu foi vítima da dura reversão civilizatória que se abateu sobre o Brasil.
Raphael Gamzou, embaixador de Israel em Portugal, numa entrevista ao Pedro Cordeiro, destaca as muitas semelhanças entre os dois povos, ao nível de comportamento e mentalidade, e afirma que os seus compatriotas aqui residentes e que nos visitam – 130 mil em 2017 – se se sentem facilmente em casa. Apesar disso, o diplomata refere algumas tentativas de boicote no nosso país contra o Estado hebraico, que diz serem “de pequena dimensão e, felizmente, sem êxito”. Na edição impressa desde sábado publicamos outra parte da conversa, onde entre outros assuntos se aborda o processo de paz israelo-árabe, as relações com o Irão e os planos de Donald Trump.
Nota final para os três textos de Opinião do último Expresso Diário desta semana: Bernardo Ferrão pergunta “qual é o clube do Ministério Público?”; Daniel Oliveira diz que “de tudo o que Trump fez e faz nada se compara ao abandono do Acordo de Paris”; e Henrique Raposo acha que a publicação de uma carta anónima no “New York Times” contra o Presidente dos EUA “não contribui em nada para a destruição do trumpismo; alimenta-o ainda mais”.
Boas leituras e bom fim de semana.
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LER O EXPRESSO DIÁRIO
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TAP recusa voar na Madeira com mais vento: “Quem pensa a aviação em médias vai causar um acidente catastrófico”
ANTONOALDO NEVES Presidente executivo da TAP diz que há pessoas a falar do levantamento de limites de vento na Madeira “sem seriedade”. “É muito arriscado”, sentencia
REPORTAGEM Base das Lajes. A nova vida do Bairro Americano
TERCEIRA TECH ISLAND A grande escola e 300 das 400 moradias que alojavam os militares americanos da Base das Lajes e suas famílias vão receber, de forma gratuita e com vantagens fiscais, empresas tecnológicas e os seus quadros que decidam instalar-se na ilha Terceira
REPORTAGEM E ENTREVISTA Iker Casillas em passeio pelo Porto com o Expresso. E diz por que gosta tanto da Invicta
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Bernardo Ferrão
Afinal qual é o clube do Ministério Público?
 
Daniel Oliveira
O pior crime de Trump
 
Henrique Raposo
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