Boa tarde.
Ainda sem consenso em matéria de Educação, Saúde, Proteção Civil ou Cultura, a direção da Associação Nacional de Municípios Portugueses reuniu-se com Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, e com Carlos Miguel, secretário de Estado das Autarquias Locais, para exigir mais tempo para negociações e rejeitar a aprovação “apressada e às cegas”, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, dos diplomas temáticos.
É com este tema que fazemos a abertura do Expresso Diário desta quarta-feira, o dia em que Jean-Claude Juncker fez o seu último discurso sobre o estado da União perante os eurodeputados. O presidente da Comissão apelou à união, mas o voto contra a Hungriaaprovado pela maioria dos deputados expôs as fraturas no bloco. A 255 dias de umas eleições europeias que deverão deixar o Parlamento Europeu ainda mais fragmentado, e com o mais que provável crescimento da representação das forças populistas e de extrema-direita, Juncker preferiu o registo franco do “muito que ainda há a fazer” ao balanço ilusório do que conseguiu até aqui, como relata a Cristina Figueiredo, que assistiu a tudo em Estrasburgo.
Se Juncker ouviu muitas palmas dos eurodeputados e o seu discurso, no final da sessão, foi elogiado até por adversários, esta noite, quando Rui Rio entrar na sala de congressos das Caldas da Rainha onde vai decorrer o Conselho Nacional do PSD, o líder dos sociais-democratas deverá encontrar um ambiente hostil. Atendendo ao que foram garantindo os seus críticos internos nos últimos meses, a reunião de hoje do órgão máximo entre congressos será a primeira oportunidade de choque frontal numa guerra onde os que querem derrubar o líder terão de ir a jogo, como antecipa o Miguel Carrapatoso.
Em tempo de regresso às aulas, o 2:59 desta semana só podia ser dedicado a este tema. Cerca de 43 mil alunos entraram na primeira fase de acesso ao ensino superior. Fizemos as contas e apresentamos o total da fatura, que em Portugal sai quase sempre do mesmo bolso – ao contrário de outros países. Jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos. Para explicar o mundo.
As buscas executadas esta manhã por inspetores da Judiciária nas instalações da Câmara de Pedrógão Grande e na Casa Municipal da Cultura (gabinete do Fundo Revita) é só o primeiro passo na investigação deste fundo, criado pelo Governo para apoiar a reconstrução de 261 casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios de junho de 2017. As autoridades querem perceber à lupa como se processaram todos os pedidos para a reconstrução de casas. Investigação promete ser rápida e por enquanto não tem arguidos.
Nota final para os textos de Opinião, hoje da responsabilidade de Daniel Oliveira e Henrique Raposo.
Boas leituras.
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