sábado, 3 de março de 2018

EXPRESSO CURTO

MARTIM SILVA
DIRETOR-EXECUTIVO
 
Álvaro Sobrinho. Cimeira Portugal/Angola. O estado do SNS (os meus destaques do Expresso)
3 de Março de 2018
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Bom dia,
Já muito se disse, escreveu e falou sobre o desvio de centenas de milhões de dólares do BESA (o irmão do Banco Espírito Santo em Angola) que ajudaram fortemente a empurrar o antigo império Espírito Santo para o precipício em 2014. Mas esta é uma peça essencial que faltava: contar e explicar direitinho o esquema que terá permitido a Álvaro Sobrinho, durante anos o menino bonito de Ricardo Salgado em Luanda, desviar aquela montanha de dinheiro. Esta é uma investigação do consórcio europeu de jornalismo de investigação de que o Expresso faz parte. O que hoje pode ler no nosso jornal é o que leitores de alguns dos maiores jornais do mundo podem ler ao mesmo tempo.

Como pode um banqueiro “limpar” um banco?
Na única vez que o banqueiro e empresário angolano Álvaro Sobrinho foi filmado em público a falar sobre o misterioso buraco de 5,7 mil milhões de dólares descoberto em 2013 no banco em Luanda de que foi CEO durante 11 anos, houve um momento em que a deputada Cecília Meireles lhe lançou uma pergunta provocatória. “Era assim comum levantamentos de 525 milhões?” No Parlamento, a sala da comissão de inquérito ao colapso do grupo português Espírito Santo (GES), de que o Banco Espírito Santo Angola (BESA) fazia parte, estava cheia. Sentado perante as câmaras e os deputados, Sobrinho disse-lhe que não. “Obviamente que é... é... é um absurdo.” Essa resposta, dada a 18 dezembro de 2014, menos de meio ano depois do colapso do Banco Espírito Santo em Portugal e de todo o GES, que chegou a ter presença em mais de 20 países, incluindo Angola, é desmentida por documentos obtidos pela revista alemã “Der Spiegel” e partilhados com o consórcio EIC (European Investigative Collaborations), de que o Expresso faz parte. Entre outras coisas, a fuga de informação revela o modo como Sobrinho fez depósitos de 277 milhões de dólares em dinheiro vivo numa das contas no BESA de que era beneficiário.

Mas há mais sobre Sobrinho nesta edição. Aqui tem um perfil do banqueiro multimilionário, que faz capa da Revista esta semana.

A fórmula secreta de Álvaro Sobrinho
Só começou a trabalhar com 28 anos, mas aos 39 foi convidado para CEO de um banco português em Luanda e em pouco tempo, aos 50, quando foi forçado a sair do BESA, já era multimilionário. A história do angolano Álvaro Sobrinho e do seu extraordinário enriquecimento pessoal


O QUE SE PASSA COM A NOSSA SAÚDE?
Com o tema a surgir com força na agenda pública e política, fomos em busca de respostas. Afinal, o nosso Serviço Nacional de Saúde está mesmo a desmoronar-se, como escrevia a Clara Ferreira Alves neste jornal na semana passada?
Ouvimos especialistas, analisamos números e resultados. Para lhe fazer chegar um trabalho que procura dar o retrato mais fiél possível do que se passa atualmente. Quais as situações de rutura? Estamos a gastar mais que nunca? Os tempos de espera estão ou não a aumentar?
Vale a pena ler. E refletir
 
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Marcelo patrocina cimeira ‘quebra-gelo’
As visitas de alto nível entre Portugal e Angola continuam congeladas, a aguardar que o Tribunal da Relação de Lisboa decida sobre o envio ou não do processo contra Manuel Vicente para Luanda, mas o Presidente de Angola deu luz verde para que o Governo angolano se faça representar no megaencontro de empresários dos dois países que decorrerá em Lisboa no próximo dia 27. João Lourenço enviará um ministro (Economia?). António Costa corresponde com a presença de um ministro português. E Marcelo Rebelo de Sousa fará o discurso de encerramento.


Altice culpa AdC caso compra da TVI falhe
É uma espécie de ultimato aquele que os advogados da Meo fazem à Autoridade da Concorrência (AdC) na resposta que, a 12 de fevereiro, enviaram para o regulador em reação à investigação aprofundada à compra da Media Capital — ou há uma decisão até 13 de abril ou o negócio pode cair. “É imperativa a emissão de uma decisão por parte da AdC, até 13 de abril de 2018, sob pena de a realização do negócio ser injustificadamente impedida, limitando-se o funcionamento regular do mercado, por razões meramente processuais e não de substância.” A frase é sublinhada de forma assertiva e clara na primeira página das observações feitas pela Uría Menéndez — Proença de Carvalho à decisão do regulador. E embora a AdC não possa de forma alguma ser condicionada, já que é um regulador independente, a declaração dos representantes da Meo não pode deixar de ser lida como uma forma de pressão e de responsabilização da instituição liderada por Margarida Matos Rosa caso a compra da TVI afinal não avance. O negócio envolve um investimento de €440 milhões, e tem associado uma oferta pública de aquisição (OPA).

Negócio entre Santa Casa e Montepio recua
Está embrulhada a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no banco Montepio. Há uma mudança substancial de posicionamento, sabe o Expresso. Está comprometido o molde em que a parceria acordada entre os dois, em junho, iria avançar: uma entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa até 10% no capital do banco Montepio. Chegou a falar-se num investimento máximo de €200 milhões, o que atirava o valor do banco para €2 mil milhões. Terá sido isso que ficou apalavrado entre a Santa Casa e a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) em junho, mas o estudo de avaliação feito pelo Haitong — e já entregue — trocou-lhes as voltas. A avaliação, sabe o Expresso, é bem abaixo dos €1,6 mil milhões já referidos na imprensa. Quanto, ninguém diz, é um segredo fechado a sete chaves.


OS ÓSCARES ESTÃO A CHEGAR. E ESTE É O ANO DOS MONSTROS
Com Weinstein e Kevin Spacey banidos e “A Forma da Água” como provável triunfador, com um rigorismo politicamente correto no terreno e personagens extremados nos filmes a premiar, bem se pode dizer que este é um ano de monstros na cerimónia dos Óscares. É já amanhã à noite. Na Revista poder ler os prognósticos, como sempre, do Jorge Leitão Ramos.
 
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