quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

OBSERVADOR

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Startups

Por Ana Pimentel, Jornalista
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— Ana, já andaste de Uber?
— Não, ainda não.
— Temos de perceber como é que aquilo funciona.
Em janeiro de 2015, era assim que o Ricardo Oliveira Duarte – na altura editor de Sociedade do Observador – me desafiava a escrever o primeiro artigo sobre “o buraco legal” que era a Uber. Eu agarrei no telefone, fiz várias chamadas, duas viagens de táxi, uma de Uber, voltei a fazer mais chamadas, escrevi (e reescrevi) uma reportagem que por força das circunstâncias nunca me saiu da memória. Lembro-me tão bem do processo todo como da notícia que fiz ontem. Passaram dois anos.
Nos últimos dois anos, muito (ou nada) aconteceu. A ANTRAL interpôs uma providência cautelar para impedir a Uber de operar – que se transformou num processo judicial com mais de um ano -, os taxistas saíram várias vezes à rua (duas vezes numa marcha lenta que ficou na história), a concorrente Cabify entrou no mercado, a guerra passou a discussão pública, houve várias reuniões entre taxistas, Governo e autarquias, foram emitidos vários pareceres por várias entidades, a Comissão Europeia estabeleceu linhas orientadoras para o tema, o Governo mudou de cor, formou a ‘geringonça’. E quer regulamentar a Uber.
Em janeiro de 2015, havia um “mistério Uber”. Em janeiro de 2017, não há mistério nenhum. Em setembro de 2016, o Parlamento aprovou (com votos a favor do PS, PCP e BE) uma alteração legislativa que abre a porta a multas que podem chegar a 15 mil euros a quem transportar passageiros sem alvará que permita fazê-lo. E inclui “as plataformas eletrónicas”. A PSP tem instruções claras para multar até a proposta de regulamentação do Governo ser aprovada, soube o Observador. Mas vai ser?
Dois anos depois, a atividade de empresas como a Uber e a Cabify ainda não foi regulada. O Governo quer, mas os parceiros da ‘geringonça’ disseram que “assim não”. O PS depende agora do PSD. E foi o PS que votou a favor da lei que abriu a porta às fiscalizações do IMT e da PSP. Confuso? Não se perca. A Uber é o unicórnio (uma empresa que vale mais de mil milhões de dólares) mais valioso do mercado privado. Para Travis Kalanick, o que se passa no mercado português são peanuts. Mas são os nossos peanuts.
Tenham uma ótima semana. Até terça!
P.S: Enquanto espera pelo próximo capítulo desta novela uberiana, um segredo: há uma startup no Porto que trata designers como Karl Lagerfeld por tu. A Cristiana Faria Moreira (sê muito bem-vinda) conta-vos tudo.
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