OUTRAS NOTÍCIASEm Espanha,
Rajoy diz que aceita formar Governo. Mas não tem apoio parlamentar que chegue para o sustentar. Muitas semanas depois das eleições espanholas ainda não há uma solução à vista. Rivera, do partido Ciudadanos, garantiu que se abstinha mas isso não chega para segurar um Executivo do PP.
Um governo do PSOE liderado por Sánchez,
diz hoje o “El País”, dependeria de forças nacionalistas como o PNV que “condiciona qualquer apoio à defesa do ‘direito a decidir’”.
O editorial do diário de Madrid remata “Rajoy não pode, Sánchez não deve”.
O
“El Mundo”, porém, adianta que há dirigentes históricos do PSOE, como Alfonso Guerra, que não descartam a possibilidade dos
deputados socialistas se absterem perante um governo do PP permitindo assim a sua aprovação.
Governo apresenta em fevereiro candidatura de Guterres à ONU, lê-se na manchete do
“Público”. A muito propalada candidatura do ex-primeiro-ministro ao mais alto cargo das Nações Unidas terá sido a principal razão do encontro entre
António Costa e
Passos Coelho no passado dia 15 de janeiro. A diplomacia portuguesa já estará a recolher apoios.
No
“Jornal de Negócios”, pode ler-se
“Elétricas ajudam o Fisco a apanhar rendas ilegais”. O diário adianta que essas empresas estão a pedir dados aos clientes em nome das Finanças. Porém não estão previstas quaisquer sanções a quem não prestar essas informações.
Pinto da Costa anuncia recandidatura. Quando a guerra pela sucessão começa a aquecer,
o eterno líder do FC Porto diz que vai mesmo a jogo nas eleições do próximo mês de abril. Em entrevista ao Porto Canal, Pinto da Costa mostrou disponibilidade para aceitar o
14º mandato na presidência do clube, garantindo que está bem de saúde.
Vítor Baía, que recentemente criticou a estrutura portista, ainda foi subtilmente visado.
Estado de emergência em Washington, Estados Unidos. Estima-se que a tempestade de neve que hoje irá acontecer será capaz de acumular uma camada com mais de
60 centímetros de altura naquela cidade. O nevão segue depois para norte. Em Nova Iorque, a neve acumulada terá uma altura de mais de trinta centímetros, de acordo com o
“New York Times”.
Mozart e Salieri, afinal, eram amigos. Esqueça o filme “Amadeus” de Milos Forman. Mozart e Salieri chegaram a compor juntos, em 1785, como agora foi recentemente provado. No dia 10 de janeiro, o “Schwäbische Zeitung”, de Praga, deu a conhecer
um exemplar do livreto e da partitura de uma cantata para voz e acompanhamento composta por Mozart e Salieri com versos de Lorenzo da Ponte. A Fundação Mozarteum, em Salzburgo, já certificou a descoberta.
FRASES“Pode silenciar-se uma pessoa mas não o mundo inteiro”.
Martina Litvinenko“Só não gostava de ter no FC Porto um candidato apoiado pelo Correio da Manhã, isso não gostava”.
Pinto da Costa no “Porto Canal”
“Devia ter havido consenso na recondução do governador do Banco de Portugal”.
Marcelo Rebelo de Sousa, ao “Diário Económico”
“A dissolução do Parlamento deixaria António Costa de sorriso rasgado”.
Diogo Feio, ao jornal “i”
“Os deputados do Ciudadanos estão à disposição para resolver a atual situação do país, para que tenha uma legislatura e um governo que execute as reformas de que Espanha precisa”.
Albert Rivera“Não podemos continuar a permitir que a ganância empresarial das indústrias do carvão, do petróleo e do gás determinem o futuro da humanidade”.
Leonardo diCaprioem Davos
O QUE EU ANDO A LERA
história de arte portuguesa, como aliás muitas outras questões ligadas ao património, foi durante muitos anos alvo de investigação quase exclusiva por parte de estrangeiros.
Com melhores ou piores intenções foi o que sucedeu com, entre muitos outros, o
Conde de Raczynski que por cá esteve desde 1842 em representação diplomática da Prússia. A ele se devem as primeiras recensões de obras de arte, fixadas em livros pioneiros como
“Les Arts en Portugal” e
“Dictionnaire Historico-Artistique du Portugal”, carregados de imprecisões mas com o mérito de encetarem o que ainda não havia sido feito.
Depois dos estrangeiros, a pintura portuguesa também seria abordada por grandes eruditos que tinham a particularidade de serem oriundos de outros mesteres, como era o caso do enorme
Sousa Viterbo ou mesmo de
José de Figueiredo, o republicano nacionalista fundador do Museu de Arte Antiga e autor da primeira monografia sobre os Painéis de São Vicente.
A nenhum se pode disputar a categoria de académicos e investigadores de primeira água; mas o selo de verdadeiro pioneiro do estudo do património artístico português só pode ser atribuído a
Joaquim de Vasconcelos.
Foi por isso que me atirei à sua biografia não tão recentemente editada (março de 2014), assinada por
Sandra Leandro e publicada pela
Imprensa Nacional Casa da Moeda.
O livro, não tão pequeno pois tem mais de 560 páginas, leva por título
“Joaquim de Vasconcelos; historiador, crítico de arte e museólogo” e é, além de um muito exaustivo retrato do investigador, um excelente retrato da época.
Sobretudo pelas suas virtudes de
polemista: ele que era de educação germanófila e que a posteridade havia de menosprezar em favor da sua mulher,
Carolina Michaelis.
O gosto pela ópera, a erudição furiosa nas mais variadas áreas e o escárnio a que era remetido pois
arrastava o érres e dedicou-se a estudar os músicos portugueses (o que na época, no final do século XIX não era assim tão bem visto) compunham alguns dos traços de uma figura ímpar, hoje considerada fundadora da História de Arte em Portugal.
O livro de Sandra Leandro, que só comecei a ler, é exímio logo nas primeiras páginas na descrição desses ambientes e no terror que o casal Vasconcelos instigava em quem, ao seu redor, proferisse alguma banalidade ou pequeno erro de erudição.
São muitos os estudos que iniciou, tendo aliás escrito o primeiro texto, no "Comércio do Porto", sobre o famoso políptico atribuído a Nuno Gonçalves, mas o que é notável é a sua capacidade para tratar de muitas outras áreas para lá da pintura. Foi também diretor do Museu Industrial e Comercial do Porto mas a política não era o seu forte. Ficou sem ele.
Era nosso dever estimar mais estas personalidades.
Tenha um bom dia. Hoje está nas bancas o Expresso e mais logo, lá pelas 18 horas ainda há Expresso Diário. Na segunda-feira, estará por cá o Pedro Santos Guerreiro para lhe servir mais um Expresso Curto.
Bom fim de semana!
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