Dag Vulpi
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- Apesar de desvalorização, real mantém valor frente ao euro
- Dilma diz que não tem o menor interesse em restringir manifestações
- Previsão de risco para a inflação em 2015 está “menos favorável”, diz BC
- Eduardo Cunha fala na CPI da Petrobras sobre denúncias da Operação Lava Jato
- Investigador da ONU diz que Estados Unidos impedem visitas às prisões
- ONU: Venezuela violou regras internacionais ao não impedir maus tratos a detidos
- Rio: manifestação contra Dilma termina com ato em frente à sede da Petrobras
- Cardozo acha protestos democráticos, mas não vê razões jurídicas para impeachment
- PGR anuncia repatriação de R$ 139 milhões de ex-gerente da Petrobras
- Dólar volta a subir e fecha a R$ 3,12
- Curió e a indústria que impede sua extinção
- Partido Progressista, o ‘filho’ da ditadura que coleciona escândalos
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- Inflação oficial alcança 1,22% em fevereiro
- E se a Dilma sofrer um impeachment? 5 dicas para não passar vergonha ao falar sobre o assunto
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Posted: 12 Mar 2015 02:28 PM PDT
Ruth Costas Da BBC Brasil
Em tempos de real em queda, ao menos um grupo de turistas brasileiros parece ter recebido um alento - os que vão para a Europa. A forte desvalorização do euro em relação ao dólar significa que o real quase manteve seu valor frente à moeda europeia.
Segundo Rafael Bistafa, economista da Rosenberg Associados, há um ano eram necessários R$3,28 reais para comprar um euro. Hoje, a cotação não é muito diferente: R$ 3,31. Já o dólar passou de R$2,35 para R$3,11 no mesmo período.
"A questão é que não foi só o real que se desvalorizou frente ao dólar. Costumamos acompanhar uma cesta de 21 moedas de economias relevantes - destas, 20 perderam valor neste início de ano", diz Bistafa.
"O real de fato foi a que mais caiu - perdeu 13,4% de seu valor desde janeiro. Mas o euro também teve queda de 11,5%."
Outras moedas que tiveram forte desvalorização frente ao dólar, segundo Bistafa, foram a lira turca (-9,7%), o peso colombiano (-8,9%) e a coroa sueca (-8,2%).
Thiago Biscuola, da RC Consultores diz que "evidentemente, com o real em queda, ficou mais difícil para todo mundo viajar para o exterior". "Mas ao menos as viagens para a Europa não ficaram tão mais caras, enquanto o 'sonho da Disney' de fato vai pesar muito mais no bolso", diz ele.
Razões
Na raiz da valorização do dólar está a recuperação da economia americana. Números positivos para o mercado de trabalho do país divulgados na semana passada ajudaram a reforçar a expectativa de que o FED (o Banco Central americano) deve começar a aumentar os juros - o que tende a fazer com que divisas antes aplicadas em economias emergentes voltem ao país.
"No caso do real, esse fator ainda se combinou com a crise política e econômica interna e às incertezas criadas pela (operação) Lava Jato. Como resultado, a moeda brasileira acabou se distanciando das de outros países emergentes", diz Biscuola.
Já a moeda europeia chegou ao seu menor nível em relação ao dólar em 12 anos depois que o Banco Central europeu começou a colocar em prática seu pacote de estímulos econômicos para evitar recessão e deflação na zona do euro.
Espera-se que nos próximos 18 meses sejam injetados 1,1 trilhão de euros na economia da região com esse programa, que envolve a compra de títulos públicos - uma estratégia conhecida como quantitative easing, ou "afrouxamento quantitativo" e que foi colocada em prática nos Estados Unidos até o ano passado.
Com o mercado inundado por euros, a expectativa de consultorias econômicas é que um euro chegue a valer um dólar em breve - e algumas chegam a apostar em um valor mais baixo.
Segundo Andrew Walker, analista de economia da BBC , a desvalorização do euro é uma boa notícia para os exportadores da região, cujos produtos tendem a se tornar mais competitivos no mercado internacional.
O mesmo efeito pode ser sentido no Brasil.
Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Material de Construção (Abramat), por exemplo, diz que só em janeiro as exportações do setor cresceram 26% em relação ao mesmo período do ano passado, em parte em função da desvalorização.
"Além disso, no ano passado o Brasil importou R$ 12 bilhões em material de construção e achamos que de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões dessa demanda total pode passar a ser suprida por produção interna em 2015, agora que os importados estão mais caros."
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Posted: 12 Mar 2015 09:07 AM PDT
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff voltou a comentar hoje (11) as manifestações contrárias ao governo que ocorreram nos últimos dias e as que estão programadas para o próximo domingo (15). Dilma disse que “passou a vida” protestando nas ruas e que não tem o “menor interesse” em restringir o direito à livre manifestação no país.
“Já falei para vocês que sou uma pessoa mais velha e sou de uma época em que não era possível se manifestar. As pessoas que se manifestavam iam direto para a cadeia ou eram chamadas de subversivas ou de nomes piores. Eu passei minha vida manifestando nas ruas, principalmente na minha juventude. Não tenho o menor, mas o menor interesse, o menor intuito, nem tampouco o menor compromisso com qualquer processo de restrição à livre manifestação neste país”, disse, em entrevista a jornalistas em Rio Branco, após entregar casas a famílias atingidas pela enchente no Acre.
Segundo Dilma, como o país não vive uma ditadura, os brasileiros têm o direito de se manifestar, mas sem que haja violência. “A livre manifestação é algo que o Brasil tem de defender e tem, ao mesmo tempo, de defender que ela seja feita de forma pacífica”.
No último domingo (8), enquanto o pronunciamento da presidenta em cadeia nacional de rádio e TV era exibido, moradores de cidades brasileiras protestaram contra o governo com panelaços e buzinaços. Ontem (10), durante evento em São Paulo, a presidenta foi recebida com vaias por parte dos presentes.
No domingo, Dilma deverá enfrentar uma nova onda de protestos. As manifestações estão sendo organizadas por movimentos contrários ao governo em várias cidades do país.
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Posted: 12 Mar 2015 08:30 AM PDT
Mariana Branco - Repórter da Agência Brasil
A intensificação de ajustes de preços na economia tornou o balanço de riscos da inflação “menos favorável” para 2015, avalia o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). A análise está na ata divulgada hoje (12) da última reunião do colegiado, realizada nos dias 3 e 4 de março. No encontro, o Copom decidiu aumentar em 0,5 pontos percentuais a Selic, taxa básica de juros da economia, que atingiu 12,75% ao ano. A alta deste mês foi a quarta consecutiva da Selic.
De acordo com o documento, os ajustes de preços "fazem com que a inflação se eleve no curto prazo e tenda a permanecer elevada em 2015”. A nota destaca que, reconhecendo os impactos dos ajustes sobre a inflação, “o comitê reafirma sua visão de que a política monetária pode e deve conter os efeitos de segunda ordem dela decorrentes”. Na ata da reunião anterior, de janeiro, o Copom havia projetado que a inflação tendia a permanecer elevada, mas entraria em declínio ainda este ano. No comunicado de março, não foi incluída a expectativa de queda para 2015.
Segundo o comitê, entre os fatores levados em conta para a última elevação da Selic estão os ajustes de preços administrados – regulados pelo governo –, com destaque para a gasolina e a energia elétrica. O comitê trabalhou com estimativa de alta de 10,7% nos preços administrados, considerando a hipótese de elevação de 8% no preço da gasolina, “em grande parte, reflexo da incidência da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e do PIS/Cofins” e de 38,3% nos preços da energia elétrica, em razão do repasse ao consumidor dos custos das operações de financiamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
O Copom prevê ainda que a evolução dos preços internacionais do petróleo tende a ser transmitido à economia doméstica, “tanto por meio de cadeias produtivas, como a petroquímica, quanto por intermédio das expectativas de inflação”.
O colegiado manifestou-se também sobre a questão do cumprimento da meta fiscal. Segundo o Copom, o balanço do setor público "tende à neutralidade, sem descartar a hipótese de migração para a zona de contenção". Para o comitê, uma trajetória de superávits primários estimulará o investimento e causará impacto também sobre o combate à inflação. “A literatura e as melhoras práticas internacionais recomendam uma política fiscal consistente e sustentável, de modo a permitir que as ações de política monetária sejam plenamente transmitidas aos preços”.
O Copom prevê que a demanda agregada, compra de bens e serviços por consumidores, empresas e Estado, tende a se mostrar “moderada”, bem como a expansão do crédito. De acordo com o comitê, o consumo das famílias deve se estabilizar. Por outro lado, o colegiado estima que “condições relativamente favoráveis” no caso de financiamento imobiliário, concessão de serviços públicos e ampliação de renda agrícola podem favorecer os investimentos. As exportações devem ser beneficiadas em função do cenário de alta do dólar e “maior crescimento de importantes parceiros comerciais”.
Com relação à economia global, continuam elevados os riscos para a estabilidade financeira. O colegiado pondera que “apesar de identificar baixa probabilidade de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, o ambiente externo permanece complexo”. Mas, mesmo com taxas de crescimento das economias externas menores do que se antecipava em 2014, as perspectivas são de “recuperação de algumas economias maduras (...) e intensificação do crescimento em outras”.
Para 2016, o Comitê de Política Monetária mantém a avaliação de que o cenário de convergência da inflação para o centro da meta, que é 4,5%, “tem se fortalecido”. O colegiado voltou a afirmar que os sinais benignos nesse sentido “ainda não se mostraram suficientes”. O Copom se reúne novamente nos dias 28 e 29 de abril.
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Posted: 12 Mar 2015 08:25 AM PDT
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, fala hoje (12) na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Ele comparece de forma espontânea à CPI para esclarecer denúncias de envolvimento no esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
O presidente da Câmara foi um dos parlamentares citados na lista enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com pedido de abertura de inquéritos para investigar pessoas mencionadas em depoimentos da Operação Lava Jato. Entre os nomes estão outros deputados federais, senadores, ex-governadores e ex-ministros de Estado.
Ao receber o pedido de abertura de inquéritos, o ministro do STF Teori Zavascki solicitou que Cunha seja investigado por indícios de lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O presidente do Senado, Renan Calheiros, também será alvo de inquérito para apurar as denúncias de envolvimento em caso de formação de quadrilha junto com outros agentes políticos.
Após a divulgação da lista, Cunha negou, em nota, o envolvimento com os atos ilícitos investigados pela Lava Jato. Antes, ele compareceu a uma reunião da CPI , onde se colocou à disposição da comissão.
O anúncio do depoimento de Cunha foi feito na última terça-feira (10) pelo presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), no início da reunião destinada a ouvir o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. Após o depoimento do presidente da Câmara, a CPI ouve o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
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Posted: 11 Mar 2015 05:13 PM PDT
O principal investigador da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre práticas de tortura, Juan Mendez, acusou hoje (11) os Estados Unidos de não responderem aos seus pedidos para visitar as prisões norte-americanas, incluindo o centro de detenção de Guantánamo, em Cuba. “Pedi autorização para visitar prisões no seu território”, mas a resposta não foi satisfatória, declarou Mendez durante coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça, no Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Segundo ele, foram feitos contatos com o Departamento de Estado, "mas não tiveram seguimento”.
As autoridades norte-americanas manifestaram, de acordo com Mendez, estar fora de questão a autorização para visitar prisões federais, em particular os estabelecimentos de alta segurança, nos quais os detidos podem permanecer em isolamento 22 horas ou mesmo 23 horas por dia.
Na opinião de Juan Mendez, “não é raro” que nos Estados Unidos alguns prisioneiros passem mais de 25 a 30 anos em isolamento.
“Consideramos que existem cerca de 80 mil prisioneiros em isolamento nos Estados Unidos”, indicou ainda o investigador da ONU, para quem o confinamento não deveria ultrapassar de 30 a 60 dias.
“Estudos psiquiátricos indicam que o isolamento pode provocar danos cerebrais irreversíveis”, assinalou. “Os prisioneiros podem ler, escrever, ver televisão, mas o contacto humano é essencial”, acrescentou.
O relator da ONU recordou ainda que em 2012 pediu aos Estados Unidos para visitar a prisão de Guantánamo, onde desde 2002 estão detidos suspeitos por terrorismo. “Os Estados Unidos colocaram-me condições inaceitáveis, não podia visitar toda a prisão, e não podia conversar com os detidos”, indicou Mendez, que recusou a ida a Guantánamo nessas condições.
Da Agência Lusa
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Posted: 11 Mar 2015 05:08 PM PDT
O governo da Venezuela violou as obrigações do direito internacional ao não proibir torturas em três casos associados ao uso da força durante manifestações em fevereiro de 2014, na avaliação da Organização das Nações Unidas (ONU). Em comunicado publicado hoje (11) em sua página na Internet, a ONU explica que está em causa "a aplicação de maus tratos a detidos", tendo o governo venezuelano negado uso excessivo da força que ocasionou feridos graves nos protestos, além de ressaltar que "foram casos isolados, que estão sendo investigados".
Segundo a ONU, nos três casos a Venezuela violou suas obrigações. Questionada, em um dos casos respondeu de maneira "insuficiente e não persuasiva", e nos outros dois casos sequer respondeu. Mas a ONU sustenta que investigações próprias e a análise do material recebido sobre os incidentes eram bastante convincentes.
O comunicado da ONU diz que os dois casos não respondidos pelo governo venezuelano correspondem a denúncias de tortura, incluindo a situação do líder político opositor Leopoldo López e de mais três pessoas detidas na prisão militar de Ramo Verde (sul de Caracas).
"O perito considerou credíveis [merecedoras de crédito] as alegações de que foram maltratados nesse cárcere", enfatiza o comunicado.
Para a ONU, o governo venezuelano não cumpriu "a obrigação de investigar, levar a julgamento e sancionar todos os atos de tortura e tratos cruéis, inumanos ou degradantes, contra manifestantes opositores e detidos".
O primeiro semestre de 2014 ficou marcado, na Venezuela, por violentas manifestações contra o regime de Nicolás Maduro, que provocaram pelo menos 43 mortos.
Da Agência Lusa
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Posted: 11 Mar 2015 04:51 PM PDT
Um protesto contra atos de corrupção no país e pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff reuniu um grupo de pessoas, na tarde de hoje (11), no centro do Rio. Por volta das 17h, quando a passeata passava pela Avenida Rio Branco, a reportagem da Agência Brasil contou a presença de 42 manifestantes. Eles caminhavam em direção à sede da Petrobras, na Avenida Chile. O grupo era acompanhado por policiais militares e agentes de trânsito.
Por Vladimir Platonow - da Agência Brasil
Convocada pelas redes sociais, a manifestação começou na Igreja da Candelária, percorreu a Avenida Rio Branco e terminou em frente à sede da estatal, onde foram feitos discursos contra o governo e sobre a atual situação da Petrobras. Em suas falas, eles destacavam os casos de corrupção investigados pela Operação Lava Jato.
Um dos organizadores do protesto e fundador da página Revoltados Online, no Facebook, o paulista Marcelo Reis, disse que o objetivo era fazer um "abre-alas" para a manifestação prevista para o próximo domingo (15), em várias capitais, contra a corrupção no país.
"A população está começando a acordar, a cobrar seus direitos e não só deveres. Esses atos que nós estamos fazendo são para começar a conscientizar as pessoas." Segundo ele, o objetivo não é defender uma intervenção militar, mas o impeachment da presidenta da República.
"Nós estamos passando por todos os passos democráticos. Enquanto não se esgotarem todos os passos democráticos, nós não temos que pensar em intervenção militar. O impeachment é uma coisa legal, não é golpe. Está dentro da Constituição", completou.
Fotos: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Posted: 11 Mar 2015 04:41 PM PDT
Ivan Richard - da Agência Brasil
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (11) ser próprio dos regimes democráticos as pessoas se manifestarem, mas acrescentou que não há “quaisquer razões jurídicas” para falar em impeachment, ao comentar os protestos contra o governo programados para o próximo domingo (15). Ele defendeu a liberdade de expressão, mas ponderou que os protestos devem ocorrer “dentro da lei, da ordem, do respeito às autoridades constituídas e afastando-se quaisquer posturas golpistas”.
“O governo prega a tolerância. Ser tolerante com as pessoas que não pensam como nós é uma virtude democrática, e o governo tem essa tolerância com essas pessoas que o criticam. Gostaríamos que as pessoas que criticam o governo não fizessem uma ação de ódio ou de raiva. Que expressem suas ideias democraticamente e, dentro do possível, busquem convergências. Essa é a postura que uma pessoa democrática deve ter”, argumentou Cardozo após cerimônia no Ministério da Justiça.
Perguntado sobre os pedidos de impeachment, Cardozo afirmou que não há motivação legal para o afastamento da presidenta Dilma Rousseff. “Tivemos uma eleição legitimamente feita. A democracia existe no país. Não existem quaisquer razões jurídicas para que se mude o quadro que está posto. Portanto, diria para que as pessoas expressem aquilo que devem expressar. Quem concorda [com o governo], que se manifeste, e quem discorda, manifeste-se dentro da ordem e da lei e dentro dos princípios democráticos. Isso é que é realmente algo importante.”
Para o ministro, no país não pode existir uma “ação de ódio”, em que pessoas sejam estigmatizadas pela forma como pensam ou por suas identificação partidária. “Posso viver muito bem com as pessoas que não pensam como penso, até porque ninguém é dono da verdade. O que não podemos ter, jamais, é uma ação de ódio, em que pessoas são, efetivamente, atacadas pelo simples fato de pensarem de acordo com linhas ideológicas e políticas.”
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Posted: 11 Mar 2015 04:34 PM PDT
André Richter - da Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) anunciou hoje (11) a repatriação de R$ 139 milhões pertencentes ao ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. O dinheiro estava depositado em contas na Suíça e foi transferido para uma conta-corrente da Justiça Federal em Curitiba, responsável pelas investigações da Operação Lava Jato.
Mais R$ 43 milhões ainda serão transferidos para a Justiça Federal, elevando o total de valores repatriados para R$ 182 milhões, o maior da história do país. O total é o equivalente em reais da soma de US$ 12,4 milhões, 222 mil euros e 1,11 milhão em francos suíços.
De acordo com os investigadores, o valor é oriundo de propina paga ao ex-gerente em contratos da Petrobras. A quantia é referente a apenas uma parte dos valores a serem repatriados. Após a conclusão do processo, o dinheiro será devolvido à Petrobras.
Em depoimento prestado ontem (10) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, Barusco disse que está colaborando com o processo de repatriação do dinheiro. O ex-gerente firmou um acordo de delação premiada como o Ministério Público Federal (MPF) em troca de redução de pena.
Segundo a investigação, a propina foi recebida no exterior, em contas nos bancos HS Republic, HSBC, Safra, Cramer, Royal Bank of Canada e Delta.
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Posted: 11 Mar 2015 04:30 PM PDT
Em dia de volatilidade, com variação da cotação do dólar comercial de R$ 3,08 a R$ 3,14, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,77% e encerrou as operações de hoje (11) valendo R$ 3,127. Na mínima do dia, o dólar registrou queda de 0,67% no início da tarde, mas voltou a subir, como já tinha acontecido no início da operação.
A alta acumulada no ano chegou a 17,64%. Somente no mês de março, o dólar valorizou 9,52%. Ontem (10), após uma sequência de altas, a moeda americana caiu 0,82%, cotada a R$ 3,104. Foi a primeira queda do dólar frente ao real desde 27 de fevereiro.
No início do ano, a divulgação de dados que mostram a recuperação da economia dos Estados Unidos, como o maior consumo de bens duráveis (automóveis e eletrodomésticos), acentuou a valorização do dólar em relação ao real, ao reforçar as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) aumente os juros da maior economia do planeta.
Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capital para países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar para cima. As dúvidas sobre o ajuste fiscal no Brasil'', depois que o Congresso devolveu ao governo a medida provisória que implementaria algumas das medidas necessárias, aumentaram a instabilidade sobre o real na semana passada.
Da Agência Brasil
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Posted: 09 Mar 2015 06:56 AM PDT
O comércio de aves silvestres movimenta R$ 2,7 bilhões por ano no Brasil. Nessa fauna, as celebridades são os pássaros cantores. Os melhores intérpretes custam R$ 200 mil
Por Carlos Rydlewski
Universo é um Pavarotti de penas. Um passarinho cujos dotes musicais superam as qualidades artísticas observadas em seus pares. Cientificamente, pertence ao grupo dos Oryzoborus angolensis, conhecidos como curiós (ou avinhados, em algumas regiões do Brasil). Trata-se de uma ave típica da América do Sul. A espécie, com aparência frágil e pouco mais de 10 centímetros de comprimento, canta. Não só o que a genética manda. Ela aprende a cantar melodias complexas. Os curiós reproduzem uma sequência com 28 notas. Elas são divididas em uma introdução (12 notas) e um módulo de repetição (as 16 restantes). As frases desse trecho final podem ser reproduzidas dezenas e dezenas de vezes. O limite está no fôlego ou na disposição do artista. O mais surpreendente: a partitura que os pássaros executam não é obra da natureza. Ela foi criada pelo homem. Os bichinhos a interpretam. E essa habilidade de executar uma música, idealizada por um ser estranho ao ninho, enlouquece multidões. Centenas de concursos de curiós cantores ocorrem em todo o país entre os meses de agosto e dezembro. Nesse período, uma primavera estendida, dá-se o auge da temporada lírica dos pássaros. É a época do acasalamento, quando dispara o nível de testosterona (o hormônio sexual) nos machos. Eles soltam o gogó para seduzir as fêmeas e demarcar território perante os rivais. Universo foi o vencedor de um torneio desse tipo, em setembro, na cidade de Bauru, no interior paulista. As entidades que organizam as competições estimam que a criação de aves nativas (de papagaio a tico-tico) movimente R$ 2,7 bilhões por ano no Brasil. Pelo menos 70% desse montante tem como origem o negócio dos pássaros cantores (veja quadro à pág. 118). Os curiós são os bichinhos mais populares dessa engrenagem, movida pela paixão (quase vício) e pelo desafio de criar um campeão. Por ser rara, essa façanha se torna valiosa. Os curiós que alcançam o topo da parada de sucessos chegam a valer R$ 200 mil. Esse é o caso do Cyborg, morto em 2007, que pertencia ao ex-jogador Roberto Rivelino. A vitória do Universo oferece um flagrante da emoção de criar um grande astro. Pouco mais que um filhote, ele enfrentou 45 concorrentes. No grupo havia competidores famosos como Chão de Estrelas, Eclipse, Cobiçado e o astuto Professor – um bicampeão nacional, que consegue longas séries de repetições. Antes do anúncio oficial do resultado do concurso, o dono do Universo, o empresário Francisco Copi Júnior, de Mogi Guaçu (SP), andava de um lado para o outro. Reclamava de dores no peito. Seus amigos tentavam acalmá-lo, em meio a recomendações de exercícios mais frequentes ou mesmo uma bateria de testes cardíacos. O restante da família experimentava angústia similar. Eide, a mulher de Francisco, chorou no fim da apresentação do Universo. Acreditava no sucesso do bichinho, mas, por prudência, continha o otimismo. “A gente nunca sabe como funciona a cabeça dos juízes”, dizia. Sim, os torneios de curiós são avaliados por até três juízes oficiais, escalados pelas federações regionais. O filho mais novo do casal, João Vitor, de 11 anos, era o mais confiante da estirpe. Chegou a identificar certa rouquidão na voz de um dos adversários. “O troféu é nosso”, afirmava. E era. Júlio César de Araújo, um dos três juízes da peleja, definiu como “incontestável” a vitória do pássaro. Os árbitros lhe deram nota 9,3, ante 8,5 para o Professor, o segundo colocado. “O Universo não repetiu muito, mas cantou com bom andamento, ótima melodia e notas alongadas”, disse Araújo. Para chegar a essa conclusão, ele se preparou por dez anos para ser juiz em torneios. Tudo nas horas vagas, pois trabalha no ramo de energia elétrica. “É o meu hobby”, afirma. Como toda disputa acirrada, o torneio não poderia terminar sem uma ponta de polêmica. Os donos do Professor, os gêmeos Reinaldo e Renato Souza, argumentavam que a ave executara um número maior de cantadas (repetições). Queriam o primeiro lugar. Para participar do concurso, eles rodaram 8 mil quilômetros de carro desde Itajaí, em Santa Catarina, onde moram, até Bauru. Em uma temporada com 20 etapas, percorrem 30 mil quilômetros (quase uma volta completa em torno da Terra). “Não tiro o mérito do Universo”, disse Renato. “Mas o Professor se apresentou melhor.” E é assim todo fim de semana.
Três juizes (sentados) avaliam desempenho de curió em torneio em Bauru (SP)
Aulas de canto
Uma peça importante da indústria dos curiós está baseada nas lições de canto ministradas para as aves. Os bichinhos tomam as primeiras aulas logo após o nascimento. E os professores não são os pais. Os filhotes escutam repetidas vezes CDs com o mote da espécie (a sequência de 26 notas). Essa audição é permanente. Mantém-se na fase adulta. No mercado, existem sete diferentes gravações do gênero e cada uma cumpre uma função.O “Selo Vermelho” é indicado para os recém-nascidos. Traz notas curtas do canto, intercaladas com alguns pios em staccato (toques curtos) para acordar os pequeninos. Com quatro meses, o disco muda. Nessa fase é recomendado o “Selo Laranja”, pois acrescenta à versão anterior maior requinte melódico e um novo andamento. Alguns discos corrigem falhas artísticas. A solução para interpretações duras, por exemplo, é o CD “Prata Balanço”. Em conjunto, a obra fonográfica dos curiós já vendeu 810 mil cópias. As gravações têm uma fonte em comum. É a voz do curió Ana Dias, capturado em 1955 no município homônimo, no litoral sul de São Paulo. Naquela época, essas aves não eram criadas em cativeiro. A performance do pássaro deu origem ao canto Praia Grande Clássico. Ele é considerado o tema mais nobre dos curiós. Ana Dias morreu aos 32 anos, em 1987. Forneceu o estilo, o balanço e a referência melódica para seus sucessores. Mas foi o homem (especificamente Olívio Nishiura) quem definiu a sequência de notas. Nishiura, de 63 anos, é o maestro da passarinhada. Embora trabalhe no ramo de móveis, convive com esses pequenos tenores desde criança. “É a minha vida”, diz. “Sempre vivi cercado de passarinhos.” Ele participou do registro da primeira versão do Ana Dias, em 1969. A gravação foi feita em vinil. O curió fez várias versões, algumas em estúdio. O maestro editou o material. “Eliminamos algumas repetições e acrescentamos outras notas para aumentar a dificuldade do canto”, diz Nishiura. “Com esse modelo, essa padronização, os torneios explodiram.”
Parafernália eletrônica
Os criadores não usam qualquer sistema de som para reproduzir os CDs – e, assim, ensinar os filhotes a cantar. Esse processo exige uma parafernália especial. Os aparelhos executam o Praia Clássico em uma frequência específica: 3.550 hertz. “É nesse espectro que os passarinhos escutam”, diz Divaldo Fante, dono da Grataner, empresa de produtos eletrônicos de Dracena (SP). Em 1990, a companhia estava prestes a falir. Fante, no entanto, desenvolveu um equipamento para tocar o melô dos curiós a pedido de um criador de pássaros. “Foi quando renascemos.”Os aparelhos dos principais fabricantes, que custam até R$ 600, contam com células fotoelétricas. Elas acionam a música ao raiar do dia e a desligam ao anoitecer. Simulam, assim, a rotina dos pássaros na natureza. Contam com temporizadores (ligam o CD em intervalos pré-programados), ajustes de velocidade da melodia e sensores de som (para não interromper a ave). Alguns sistemas usam várias caixas de som. Elas tocam em sequência para que o curió acredite estar cercado por coleguinhas e se anime a interagir – e a cantar.
Onde está Sinatra
Os donos de passarinhos também são ótimos clientes de empresas que realizam testes de DNA. Fazem 250 mil exames por ano para definir o sexo das aves logo após seu nascimento. Esse tipo de análise é importante, pois os machos são os mestres-cantores da espécie. Eles precisam ser separados das fêmeas, tanto para a venda como para o treinamento. O setor recorre anualmente a outros 5 mil exames do perfil genético dos pássaros. Nesse caso, o objetivo é confirmar o parentesco dos bichinhos. O filhotinho de um campeão pode custar dez vezes mais que um curió sem comprovado sangue de artista. “Apostamos que o mercado de testes genéticos vai dobrar nos próximos dois anos”, diz Juliana Paz, da Helixxa, companhia especializada nesse ramo com sede em Campinas. “Os criadores estão cada vez mais profissionais.”Hoje, a seleção da espécie é feita com base na sensibilidade dos passarinheiros. Isair Alves, de 70 anos, dedica-se há meio século ao aprimoramento genético dos curiós. Ele atua no ramo imobiliário, mas sua paixão balança nos poleiros. Vive mergulhado em uma pasta catálogo onde reúne planilhas com o resultado de cruzamentos de várias gerações de pássaros. Alves considera fácil criar uma ave com características morfológicas superiores, como o porte ou a plumagem. Ele persegue, porém, atributos sutis, como a capacidade de aprendizado e o timbre da voz. “Aí a coisa fica difícil”, afirma. “Eu busco um Frank Sinatra, mas encontro muitos Waldicks Sorianos.” Os curiós são populares porque vivem em quase todos os estados do Brasil. Mas o mundo dos pássaros cantores é maior. Inclui espécies como bicudos, coleiros, canários-da-terra e trinca-ferros. Cada um deles é comum em regiões específicas do país. Há ainda centenas de variações de canto apenas de curiós, além do Praia Clássico. Existem também outras modalidades de concurso. Nos torneios de fibra, por exemplo, as aves são dispostas em uma roda. Vence quem cantar por mais tempo, intimidando os adversários. O problema é que boa parte desse mundo, que reúne 400 mil criadores, vive às turras com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O primeiro conjunto de normas para a criação desses pássaros foi produzido em 2001. Dez anos depois, o órgão ambiental constatou que havia inúmeros abusos no setor: 90% das apreensões de animais traficados no país eram passarinhos. O Ibama decidiu apertar o cerco. Proibiu o uso de pequenas gaiolas acústicas, onde as aves são fechadas para escutar os CDs. “Recentemente, um criador trancou um pássaro em um carro para ouvir a música”, diz Maria Isabel Gomes, analista ambiental do Ibama. “Ele gastou três baterias nessa loucura.” Os donos dos passarinhos, por sua vez, criticam o órgão federal. Afirmam que o instituto não concede licenças para criadores comerciais desde 2007. “Acreditamos que a proliferação de pequenos empresários diminuiria o amadorismo e ajudaria a organizar o setor”, afirma Aloísio Tostes, presidente da Confederação Brasileira dos Criadores de Pássaros Nativos. Esse grupo formou até uma bancada de “passarinheiros” no Congresso Nacional para defender sua causa. Em um mundo com espaço para o bom-senso, cheio de passarinhos cantando, os criadores e o Ibama convergiriam para um ponto de interseção. Nesse caso, os primeiros teriam de cumprir regras, mas receberiam licenças para tocar suas empresas. O órgão público, por sua vez, usaria as técnicas de reprodução dos criadores para repovoar regiões, onde algumas espécies (caso do bicudo) foram extintas. Aparentemente, considerando as discussões em curso em Brasília, é isso que os dois lados buscam. | ||||
Posted: 08 Mar 2015 07:07 AM PDT
Por Afonso Benites no brasil.elpais.com
De filho da ditadura militar (1964-1985) a para-raios de escândalos, esse é o Partido Progressista, a sigla que teve mais políticos citados na Operação Lava Jato até o momento, 31 dos 49. Oriundo da Arena, a agremiação de direita que deu suporte ao regime militar brasileiro, o PP sempre apoiou os governos, independentemente de quem fosse. Sua principal diferença do PMDB, que também costuma ser um fiel aliado do Palácio do Planalto desde a redemocratização, é o tamanho: os progressistas são menores.
A relação dos membros do PP investigados por desvios de recursos da Petrobras é eclética. Vai de um padre baiano, o ex-deputado José Linhares da Ponte (Padre Zé), a um evangélico paulista que está na cúpula da Igreja Mundial, o missionário José Olímpio. Há ainda mensaleiros, como Pedro Henry e Pedro Corrêa, um ruralista gaúcho anti-índios, Luiz Carlos Heinze, e o vice-governador baiano que diz estar “cagando e andando” para a investigação, João Leão.
Ter a maioria dos políticos implicados no escândalo da Petrobras até agora não significa necessariamente que o PP foi o principal articulador do esquema. Conforme o Ministério Público Federal, os nomes dos progressistas apareceram mais porque os dois delatores-chave das fraudes, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, eram vinculados a esse partido por indicação do então deputado federal José Janene (morto em 2010). As figuras ligadas ao PT, o ex-diretor da petroleira Renato Duque e o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, assim como os relacionados ao PMDB, o ex-diretor Nestor Cerveró e o lobista Fernando Soares, não assinaram termos de colaboração com a Justiça. Ou seja, não entregaram quem eram os petistas e peemedebistas envolvidos nos desvios de até 20 bilhões de reais da maior empresa estatal do país.
“Evidentemente que essa lista tende a aumentar assim que as investigações se aprofundarem”, avalia o cientista político Paulo César Nascimento, professor da Universidade de Brasília.
Raio-X
Com 1,4 milhão de filiados o PP é o quarto maior partido brasileiro, está atrás de PMDB, PT e PSDB. Nos Governos de Dilma Rousseff e de Luiz Inácio Lula da Silva ganhou relevância ao comandar ministérios importantes, como o das Cidades (que agora é do PSD), entre 2005 e 2014, e desde janeiro passado o da Integração Nacional. Duas pastas com orçamentos gigantescos e programas considerados chaves para o Planalto, como o Minha Casa, Minha Vida e a obra de transposição do rio São Francisco. Atualmente, além de cargos na gestão Rousseff, os progressistas contam com a governadora de Roraima, Suely Campos, e seis vice-governadores, entre eles o do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, e o da Bahia, João Leão.
Com 40 deputados federais e cinco senadores, o PP tem uma bancada de baixo clero que já foi pega em vários escândalos. No mensalão petista, em 2006, lá estavam os deputados José Janene, Pedro Henry e Pedro Corrêa. No superfaturamento de obras em São Paulo, em 2004, aparecia o deputado federal Paulo Maluf e o filho dele, o empresário Flávio – ambos estão na lista de procurados pela Interpol e não podem deixar o país. Na máfia dos Fiscais paulistanos, em 1998, surgiu um afilhado de Maluf, o prefeito Celso Pitta (já morto).
Mais recentemente, o PP viu seus quadros envolvidos em um escândalo nacional e dois regionais. O primeiro foi em 2011, quando o então ministro das Cidades, Mario Negromonte, do PP da Bahia, foi acusado de oferecer uma mesada de 30.000 reais a seus correligionários para apoiar sua permanência no cargo. A propina não foi comprovada, mas o ministro caiu. O segundo caso foi em Campo Grande (MS), no ano passado, quando o prefeito Alcides Bernal foi cassado acusado de nove crimes, inclusive lavagem de dinheiro. O mais atual é no Governo de Roraima, comandado por Suely Campos. Eleita após a Justiça impedir a candidatura de seu marido, Neudo Campos, Suely terá de suspender a nomeação de 19 funcionários do primeiro e segundo escalão por causa de nepotismo. Eram todos seus familiares.
Na avaliação do cientista político Nascimento, os membros do PP costumam aparecer em escândalos porque geralmente são políticos com a velha prática clientelista, que foi mesclada com técnicas de corrupção do PT. “Há no PP políticos corruptos contumazes e isso se espalha pelo próprio partido. Mas essa prática não é exclusiva dele. O PMDB também vai no mesmo sentido. Só não surgiram tantos nomes ainda”, diz o estudioso da política brasileira.
"Cagando e andando"
Ao contrário de outras legendas que viram seus quadros citados no escândalo da Petrobras, o PP ainda não se manifestou oficialmente. Alguns de seus membros citados fizeram declarações de defesas isoladas, sempre negando qualquer irregularidade em suas prestações de contas eleitorais ou em relação à atividade parlamentar. Um deles foi o senador Ciro Nogueira, o presidente nacional da legenda. Em sua conta do Twitter, Nogueira diz que as acusações contra ele são “absurdas e sem fundamento” e criticou a imprensa brasileira.
Outro que falou sobre o assunto foi o vice-governador baiano, João Leão. Em nota oficial, ele disse que não estava nada preocupado com as acusações. “Estou cagando e andando, no bom português, na cabeça desses cornos todos. Sou um cara sério, bato no meu peito e não tenho culpa”, afirmou.
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Posted: 08 Mar 2015 06:51 AM PDT
Mais um crime praticado pela editora Abril; repórter de Veja invadiu casa de sobrinho do ex-presidente Lula em São Paulo para tentar confirmar reportagem fantasiosa veiculada no último dia 19/02 pela Veja Brasília sobre suposta festa nababesca de aniversário; família de Frei Chico, irmão de Lula, registrou Boletim de Ocorrência nessa quarta-feira, 25/02; segundo o BO, criminoso ligava para a casa do sobrinho do ex-presidente dizendo se passar por outra pessoa; não satisfeito, chegou a entrar no condomínio, alegando ser entregador de livros; "Quando a babá percebeu que o referido indivíduo [Ulisses] não entregou livro algum e começou a perguntar sobre os horários de chegada dos moradores, teria trancado a porta e pedido ajuda para a equipe de segurança do condomínio"; invasor fugiu das dependências do condomínio, mas foi localizado pela Polícia Militar e identificado como Ulisses Campbell, que trabalha para Veja Brasília.
A família de Frei Chico, irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou boletim de ocorrência nessa quarta-feira, 25, contra o jornalista Ulisses Campbell, da revista Veja Brasília, por persistir na tentativa de divulgar mentiras envolvendo um falso parente de Lula.
Segundo nota divulgada pelo Instituto Lula, o jornalista chegou a invadir o condomínio onde mora o sobrinho do ex-presidente, se dizendo passar por entregador de livros. "Por volta das 10:00, a babá dos filhos do declarante ligou para a esposa do declarante, dizendo que um homem teria entrado no condomínio, se passando por entregador de livros (...), quando a babá percebeu que o referido indivíduo não entregou livro algum e começou a perguntar sobre os horários de chegada dos moradores, após ter anotado nome, RG e CPF dela, a mesma teria trancado a porta e pedido ajuda para a equipe de segurança do condomínio.”
Cabe ressaltar que o repórter fugiu das dependências do condomínio, sendo localizado posteriormente pela Polícia Militar e identificado como Ulisses Campbell, jornalista da Veja.
Confira íntegra da nota do Instituto Lula sobre o episódio criminoso envolvendo a Veja.
"Família de Frei Chico registra boletim de ocorrência contra repórter da Veja
No último dia 19 de fevereiro, foi desmentida pelo Instituto Lula nota da coluna do jornalista Ulisses Campbell, da revista Veja Brasília, que mentia sobre uma festa infantil, em Brasília, de um suposto sobrinho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O desmentido afirma que "Lula não tem nenhum sobrinho com este nome residindo em Brasília" e que a suposta festa nada tinha a ver com ele.
Revelada a inverdade, o jornalista veio do Distrito Federal para o estado de São Paulo, e passou a usar nomes falsos e assediar a família de Frei Chico, irmão do ex-presidente, que reside no estado e não tem relação alguma com a festa em Brasília. A família registrou boletim de ocorrência nesta quarta-feira (25), que relata:
“... no dia 23/02/2015 Ulisses ligou para o pai do declarante, que é irmão do ex-presidente Lula, passando-se por Pedro, da USP, e buscando informações sobre a família e nomes de sobrinhos e netos do ex-presidente Lula e do pai do declarante. Afirma que após algum tempo inquirindo o pai do declarante o interlocutor finalmente se identificou como Ulisses e disse estar em busca de informações sobre a festa de aniversário, sendo informado da inexistência de tal festa.”
E segue:
“Declara que no dia 24/02/2015 a esposa do declarante recebeu uma ligação (...) de um homem que disse chamar-se Pedro, de Brasília, representando o Buffet Aeropark, questionando sobre o endereço onde deveria fazer a entrega dos presentes.”
Destaque-se aqui que a informação foi confrontada junto ao buffet que negou ter um funcionário com o mesmo nome. Na realidade, Ulisses ligou do próprio celular, fingindo ser um funcionário do buffet. Mais adiante, questionado pelo filho de Frei Chico, o colunista teria dito:
“...que necessitava de informações, e se o declarante não as fornecesse ele poderia publicar o que quisesse, tendo Ulisses, inclusive enviado pelo celular, para o declarante, uma fotografia da esposa do declarante em companhia de seu filho, a qual usaria em publicação futura na revista Veja.”
O último ato desesperado e ilegal se deu na última quarta-feira (25).
“... por volta das 10:00, a babá dos filhos do declarante ligou para a esposa do declarante, dizendo que um homem teria entrado no condomínio, se passando por entregador de livros (...), quando a babá percebeu que o referido indivíduo não entregou livro algum e começou a perguntar sobre os horários de chegada dos moradores, após ter anotado nome, RG e CPF dela, a mesma teria trancado a porta e pedido ajuda para a equipe de segurança do condomínio.”
Cabe ressaltar que o repórter fugiu das dependências do condomínio, sendo localizado posteriormente pela Polícia Militar e identificado como Ulisses Campbell, jornalista da Veja."
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Posted: 06 Mar 2015 05:28 AM PST
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
O IPCA é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo e serve de referência para o plano de metas - Agencia Brasil
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de fevereiro alcançou 1,22%, resultado próximo ao de 1,24% de janeiro. Considerando os dois primeiros meses do ano, o índice situa-se em 2,48%, acima do percentual de 1,24% registrado em igual período de 2014. O IPCA é o índice oficial de inflação utilizado pelo governo e serve de referência para o plano de metas fixado pelo Banco Central.
O IPCA mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, independentemente da fonte de rendimentos. O IPCA é usado pelo Banco Central como medidor oficial da inflação do país. O IPCA serve portanto como referência para verificar se a meta estabelecida para a inflação está sendo cumprida.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica. Indicam que - nos últimos doze meses - a taxa chegou a 7,70%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%. Em fevereiro de 2014, o IPCA ficou em 0,69%.
No mês o destaque individual foi a gasolina, cujos preços subiram 8,42%. Refletindo aumento nas alíquotas do PIS/Cofins, que entrou em vigor em 1º de fevereiro, a gasolina exerceu um impacto de 0,31 ponto percentual no IPCA do mês, sendo responsável, sozinha, por um quarto do IPCA, ou seja, 25,41%. Sob esta pressão, os gastos com transportes subiram 2,20%, grupo que apresentou o mais elevado impacto no mês: 0,41 pontos percetuais.
Ainda no grupo transportes, houve aumento também nas alíquotas do PIS/Cofins para o óleo diesel, que apresentou alta de 5,32%. Já os preços do etanol subiram 7,19%. Além dos combustíveis (7,95%), outros gastos importantes com transportes também apresentaram elevação: trem (3,10%), automóvel novo (2,88%), ônibus urbano (2,73%), metrô (2,67%), ônibus intermunicipal (1,68%), táxi (1,21%) e conserto de automóvel (1,20%).
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Posted: 25 Feb 2015 05:44 AM PST
Graças aos escândalos de corrupção na Petrobras, “impeachment“ é um dos termos políticos mais utilizados nas últimas semanas.
Se você passou algum tempo em redes sociais recentemente, deve ter visto algum amigo falando sobre o tema. Ou talvez você tenha discutido sobre o tema.
Fato é que, pela sua natureza complexa, o impeachment não é compreendido completamente pela maioria dos brasileiros. E pior: tem muita gente falando besteira por aí.
Para responder aqueles que questionam quem assume a presidência caso Dilma seja afastada, o BuzzFeed e o Catraca Livre buscaram ajuda técnica para esclarecer o assunto. Veja a seguir.
1. O que é impeachment?
O impeachment é um processo complexo que envolve a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal. Os prazos e regras estão nos artigos 85 e 86 da Constituição Federal e na Lei nº 1.079/1950 — veja em detalhes aqui.
Resumidamente o processo tem início por denúncia formulada por qualquer cidadão à Câmara dos Deputados. O Plenário, então, decide se há pertinência para instaurar o processo, decisão que exige o voto de ao menos dois terços dos Deputados Federais. Instaurado o processo, no caso de crime de responsabilidade, encaminha-se a acusação ao Senado Federal e o Presidente da República fica automaticamente afastado do cargo enquanto aguarda o desfecho. O julgamento se dá pelo Plenário do Senado Federal. Para que se conclua pela cassação, também é exigido o voto positivo de ao menos dois terços dos Senadores da República.
2. No caso de impeachment do Presidente, quem assume o lugar?
Ao contrário do que muitos estão dizendo nas redes sociais, não é Aécio Neves quem assume. De acordo com o artigo 79 da Constituição Federal, em caso de cassação do Presidente da República assume o Vice-Presidente.
Então, no cenário atual, caso a Dilma sofresse um impeachment, quem assume é Michel Temer (PMDB-SP).
3. E se o Vice-Presidente também sofrer impeachment?
O Vice-Presidente pode sofrer impeachment se, após assumir o cargo de Presidente da República, cometer crime de responsabilidade. Mas não existe propriamente impeachment de Vice-Presidente. O que há é o impeachment do Presidente da República, que pode, no caso, ser um Vice-Presidente que assumiu o mandato.
De qualquer forma, se o Vice sair, a linha sucessória prevista o artigo 80 da Constituição Federal prevê por ordem: o Presidente da Câmara dos Deputados, o Presidente do Senado Federal e o Presidente do Supremo Tribunal Federal.
No cenário atual, se Michel Temer sofresse um impeachment, quem assume é Eduardo Cunha(PMDB-RJ). Se Cunha também saísse, quem assume é Renan Calheiros(PMDB-AL). Na linha de sucessão o próximo seria Ricardo Lewandowski.
4. Em qual circunstância seria necessário realizar novas eleições?
Isso pode acontecer caso fiquem vagos os cargos do Presidente e do Vice-Presidente, por cassação, morte ou renúncia. Aqui há um tratamento diferenciado, previsto no artigo 81 da Constituição Federal e em seu parágrafo primeiro. Se os cargos ficarem vagos nos dois primeiros anos de mandato, convocam-se novas eleições diretas. Caso isso aconteça durante os dois últimos anos do mandato, há eleição, mas indireta, pelo Congresso Nacional.
5. Então é possível que um candidato nas últimas eleições possa ser presidente antes de 2018?
Vale lembrar que Dilma Rousseff só poderia ser cassada por um eventual crime cometido no mandato atual, ou seja, a partir de 1 de janeiro de 2015. Mesmo denúncias de quando ela foi ministra ou no mandato de 2010 a 2014 não serviriam como base para o impeachment. O mesmo vale para o Vice-Presidente Michel Temer, que só poderia sofrer impeachment caso cometesse um crime a partir do dia em que virasse presidente. E tudo isso teria que acontecer em até dois anos após o início do mandato.
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O Catraca Livre conversou com Fernando Neisser, mestre e bacharel pela Faculdade de Direito da USP, e o BuzzFeed consultou o advogado Renato Ribeiro de Almeida, especialista em direito eleitoral.
Dúvidas sanadas?
Você pode deixar suas considerações na área de comentários abaixo.
Se você achou o artigo útil, compartilhe com um amigo que pode estar precisando de alguns esclarecimentos.
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O caso Agripino não foi o primeiro em que o Fantástico sonegou o nome de Aécio — e não será o último
Posted: 24 Feb 2015 04:27 AM PST
Por : Kiko Nogueira no DCM
O empresário potiguar George Olímpio deu uma longa entrevista ao Fantástico relatando ter pagado propina para aprovar uma lei que o beneficiava no Detran do Rio Grande do Norte.
Contou que deu dinheiro ao ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), ao filho da ex-governadora Wilma Faria (PSB), Lauro Maia, e ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), presidente nacional do DEM.
Olímpio declarou ter desembolsado 1 milhão de reais a Agripino a pedido dele. Agripino teria feito uma chantagem, dizendo saber que o interlocutor contribuiu com 5 milhões para a campanha de Iberê de Souza (já morto).
De Miami, Agripino se defendeu: “Eu nunca pedi nenhum dinheiro, nenhum valor a George Olímpio. E conforme ele próprio declarou em cartório, não me deu R$ 1 milhão coisíssima nenhuma.”
Agripino é mais um paladino da moral que engana trouxas com um discurso atacando a corrupção. É também ex-coordenador da campanha de Aécio Neves à presidência, informação que o Fantástico sonegou aos telespectadores na matéria de 7 minutos e 40 segundos. Isso não é um detalhe de sua biografia, evidentemente.
O histórico de Aécio no Fantástico é de blindagem. Em 2012, o programa foi a Cláudio — que ficaria famosa mais tarde por causa de seu aeroporto — para falar de um esquema de venda de habeas corpus para libertar traficantes de drogas.
A polícia apreendera 60 quilos de pasta base de cocaína, parte encontrada numa camionete. O motorista foi preso com um traficante. Foram libertados por decisão de um desembargador chamado Hélcio Valentim de Andrade Filho.
Em frente à cachaçaria Mingote, o repórter falou que a sentença para libertar os homens foi negociada ali, com a presença do juiz e de Tancredo Tolentino, o Quedo.
O nome de Aécio, naquela ocasião, também não foi mencionado — nem para dizer que ele é primo de Quedo, nem para lembrar que a cachaçaria lhe pertencia e nem para esclarecer que foi ele quem nomeou Hélcio Valentim.
“Aécio tem o espírito de homem público, íntegro e, além disso, um homem que trará muita sorte para o país”, disse Agripino sobre seu candidato no ano passado. É o show da vida.
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Posted: 23 Feb 2015 08:47 PM PST
Por Cristiane Agostine | Valor
SÃO PAULO - O PT entrou na Justiça nesta segunda-feira contra o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, por ter acusado o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, de receber recursos ilegais por meio de um esquema de corrupção com contratos da companhia petrolífera. Advogados da legenda protocolaram nesta segunda-feira duas interpelações judiciais contra Barusco na Justiça Cível e na Criminal, do Rio de Janeiro.
Segundo o partido, Barusco está sendo processado cível e criminalmente por ter acusado o secretário de Finanças de intermediar a arrecadação ilegal de recursos para a sigla. Em delação premiada no âmbito da Operação Lava-Jato, o ex-dirigente da Petrobras disse que o PT recebeu até US$ 200 milhões de forma ilícita, por meio de contratos da Petrobras com empresas, e afirmou que Vaccari teria recebido US$ 50 milhões.
O PT protocolou também pedidos de sindicâncias na Corregedoria Geral da Polícia Federal e na Corregedoria Geral do Ministério Público Federal, em Brasília. Os advogados do partido pediram a apuração das corregedorias da PF e do MPF sobre os “sucessivos vazamentos seletivos e direcionados contra o PT”.
Em nota, o PT negou irregularidades e disse que “recebe apenas doações legais devidamente declaradas à Justiça Eleitoral”.
Nesta terça-feira, os advogados do PT levarão uma representação ao Ministério da Justiça, para dar ciência às interpelações apresentadas às corregedorias do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
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Posted: 24 Feb 2015 11:05 AM PST
Nada é tão bom que não possa melhorar ou ruim o bastante que não possa piorar.
Opinião de Dag Vulpi. Nascido em Maringá, no norte do Paraná, o juiz Sérgio Moro é um dos maiores “especialistas” do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi no escritório do doutor Irivaldo Joaquim de Souza, o maior tributarista de Maringá. Doutor Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto entre 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por gestão fraudulenta.
Via Plantão Brasil, com informações de O Globo, MP do estado do Paraná,
O Tribunal de Justiça do Paraná condenou o ex-prefeito de Maringá em 2010 a devolver cerca de R$500 milhões aos cofres públicos. Segundo informação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá foram condenados por improbidade administrativa o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, o ex-secretário da Fazenda Luiz Antônio Paolicchi, e dois ex-servidores municipais: Jorge Aparecido Sossai, então contador, e Rosimeire Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre outros réus.
Segundo o MP, as decisões se referem a duas ações que tratam de desvios de dinheiro do município de Maringá constatados entre 1997 e 2000, num total de R$49.135.218,35 na época do ingresso da ação. O valor atual é atualizado.
De acordo com a sentença o ex-prefeito e o ex-secretário da Fazenda “enriqueceram-se ilicitamente através de atos de improbidade administrativa, tendo colaboração dos réus Jorge e Rosimeire” e o dinheiro público “foi utilizado para aquisição de bens, depósitos em contas bancárias, em benefício a Jairo, Paolicchi ou terceiros”. Cabe recurso à decisão do TJ/PR.
Além de Jairo, Paolicchi, Sossai e Rosimeire, foram condenados nos autos nº 449/2000 a mulher de Gianoto, Neuza Aparecida Duarte Gianoto, o ex-deputado federal José Rodrigues Borba, e os réus Sérgio de Souza Campos, Celso de Souza Campos, Eliane Cristina Carreira, Izaias da Silva Leme, Silvana Aparecida de Souza Campos, Valdenice Ferreira de Souza Leme, Valmir Ferreira Leme, Waldemir Ronaldo Correa, Paulo Cesar Stinghen, Moacir Antônio Dalmolin, a empresa Flórida Importação e Comércio de Veículos Ltda. e o doleiro Alberto Youssef.
A Policia Federal prendeu o ex-prefeito Jairo Gianoto em 2006, por desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, e sonegação fiscal, já o advogado tributarista Irivaldo Joaquim de Souza foi preso, e só conseguiu o Habeas Corpus, depois do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, ter testemunhado ao seu favor.
O doleiro Alberto Youssef, “o laranja de Moro”
Entre os investigados “Um dos nomes sob investigação, o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi, apontado como pivô do esquema de corrupção, afirmou, em depoimento à Justiça, que as campanhas de políticos do Paraná, como o governador Jaime Lerner (DEM) e o senador Álvaro Dias (PSDB), foram beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em operações que teriam sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto através do doleiro Youssef
Álvaro Dias
A campanha em questão foi a de 1998. “A pessoa que coordenava [o comitê de Lerner em Maringá] era o senhor João Carvalho [Pinto, atual chefe do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura], que sempre vinha ao meu gabinete e pegava recursos, em dinheiro”, afirmou Paolicchi, que não revelou quanto teria destinado à campanha do governador -o qual não saberia diretamente do esquema, segundo ele.
Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da Prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante a campanha.
“O prefeito [Gianoto] chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador. E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta para pagar. […] Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.”.
Por fim…
O advogado Irivaldo Joaquim de Souza, mestre em assuntos tributários no Estado do Paraná, e “mentor” de Moro, continua a advogar para Prefeitura de Maringá em especial para a Família Barros.
Sílvio de Barros 1º contraiu a dívida e Sílvio de Barros 2º “pagou”
A Prefeitura de Maringá saiu vencedora no processo de cobrança de dívidas contraídas pelo município junto à Caixa Econômica Federal entre 1970 e 1980 na gestão de Sílvio de Barros 1º. Em 2011, o prefeito Sílvio de Barros 2º, anunciou a decisão final da Justiça que deixa a dívida alegada de R$380 milhões para cerca de R$68 milhões.
Acompanhado do advogado Irivaldo Joaquim de Souza na época, que defendeu o município no processo, o prefeito Sílvio de Barros na época explicou que a decisão restaura o poder financeiro do município. “As contas da Prefeitura ficam saneadas e com poder de contrair empréstimos para grandes projetos”, disse.
A decisão que favoreceu o advogado e a família Barros, foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitando o último recurso apresentado pela CEF e pela União, leva a dívida alegada de aproximadamente R$380 milhões para cerca de R$68 milhões, valor que representa 10% da receita anual do município.
Família Barros do PSDB
Os irmãos Sílvio e Ricardo Barros são do PP, partido de sustentação do governo de Beto Richa. Ricardo Barros é secretário de Indústria e Comércio do Estado Paraná, chegando a representar, Richa em alguns eventos.
Nas eleições deste ano, Ricardo Barros conseguiu emplacar sua esposa Cida Borghetti, como vice de Beto Richa, em detrimento de Flávio Arns, atual vice.
Segundo o blogueiro Esmael Morais, Sílvio e Ricardo Barros têm cadeiras cativas no governo Beto Richa, e Cida Borguetti, ambos do PSDB.
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Posted: 24 Feb 2015 05:59 AM PST
Por Dag Vulpi
Estes dois senhores, ambos politizados, porém com visões ideológicas completamente distintas, estão debatendo política desde outubro último, mais precisamente após a apuração do segundo turno das eleições presidenciais.
Um, que é defensor do PSDB defende o seu candidato derrotado nas urnas Aécio Neves e usa como argumento para ilustrar sua preferência política a cor azul, já o outro, que é simpatizante do PT, usa a cor rosa para ilustrar a defesa da sua candidata vitoriosa nas urnas. O debate desses dois cidadãos me faz lembrar os debatedores que participam do grupo Consciência Política e Razão Social no Facebook (http://goo.gl/YOPKuV), ou seja, cada um tem seu argumento, mas o difícil é o entendimento entre eles. rsss
Penso que, tanto hipócrita quanto tentar eximir de culpa aquele que comete o erro no presente pelo fato de outro já ter cometido o mesmo erro no passado é tentar eximir de culpa aquele que errou no passado pelo fato de outro ter cometido o mesmo erro no presente. Ou seja, temos que nos espelhar nos exemplos do passado e do presente para tentar impedir que eles voltem a ocorrer no futuro.
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Posted: 23 Feb 2015 02:28 PM PST
O pensador Leonardo Boff respondeu, num artigo, às críticas do blogueiro de Veja Reinaldo Azevedo contra Oscar Niemeyer. Para Reinaldo, que publicou três textos sobre o assunto em seu blog, o brilhante arquiteto brasileiro era “metade gênio e metade idiota”. Em seu último post, o colunista menciona que Niemeyer foi a capa da última edição da revista, “com todas as honras”.
De acordo com o filósofo, Reinaldo se assemelha a um escaravelho, popularmente chamado de besouro rola-bosta, “que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta”. Boff diz que “algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás” para atacar o artista brasileiro.
Como muitos leitores do blogueiro diante dos posts sobre Niemeyer, o filósofo assegura: “Quem diz ser Oscar Niemeyer um idiota apenas revela que ele mesmo é um idiota consumado”. Leia abaixo a íntegra de seu artigo:
Oscar Niemeyer, a Veja online e o Escaravelho
Com a morte de Oscar Niemeyer aos 104 anos de idade ouviram-se vozes do mundo inteiro cheias de admiração, respeito e reverência face a sua obra genial, absolutamente inovadora e inspiradora de novas formas de leveza, simplicidade e elegância na arquitetura. Oscar Niemeyer foi e é uma pessoa que o Brasil e a humanidade podem se orgulhar.
E o fazemos por duas razões principais: a primeira, porque Oscar humildemente nunca considerou a arquitetura a coisa principal da vida; ela pertence ao campo da fantasia, da invenção e do lúdico. Para ele era um jogo das formas, jogado com a seriedade com que as crianças jogam.
A segunda, para Oscar, o principal era a vida. Ela é apenas um sopro, passageira e contraditória. Feliz para alguns mas para as grandes maiorias cruel e sem piedade. Por isso, a vida impõe uma tarefa que ele assumiu com coragem e com sérios riscos pessoais: a da transformação. E para transformar a vida e torná-la menos perversa, dizia, devemos nos dar as mãos, sermos solidários uns para com os outros, criarmos laços de afeto e de amorosidade entre todos. Numa palavra, nós humanos devemos aprender a nos tratar humanamente, sem considerar as classes, a cor da pele e o nível de sua instrução.
Isso foi que alimentou de sentido e de esperança a vida desse gênio brasileiro. Por aí se entende que escolheu o comunismo como a forma e o caminho para dar corpo a este sonho, pois, o comunismo, em seu ideário generoso, sempre se propôs a transformação social a partir das vítimas e dos mais invisíveis. Oscar Niemeyer foi um fiel militante comunista.
Mas seu comunismo era singular: no meu modo de ver, próximo dos cristãos originários pois era um comunismo ético, humanitário, solidário, doce, jocoso, alegre e leve. Foi fiel a esse sonho a vida inteira, para além de todos os avatares passados pelas várias formas de socialismo e de marxismo.
Na medida em que pudemos observar, a grande maioria da opinião pública mundial, foi unânime na celebração de sua arte e do significado humanista de sua vida. Curiosamente a revista VEJA de domingo, dedica-lhe 10 belas páginas. Outra coisa, porém, é a revista VEJA online de 7 de dezembro com um artigo do blog do jornalista Reinado Azevedo que a revista abriga.
Ele foi a voz destoante e de reles mau gosto. Até agora a VEJA não se distanciou daquele conteúdo, totalmente, contraditório àquele da edição impressa de domingo. Entende-se porque a ideologia de um é a ideologia do outro. Pouco importa que o jornalista Azevedo, de forma confusa, face às críticas vindas de todos os lados, procure se explicar. Ora se identifica com a revista, ora se distancia, mas finalmente seu blog é por ela publicado.
Notoriamente, VEJA se compraz em desfazer as figuras que melhor mostram nossa cultura e que mais penetraram na alma do povo brasileiro. Essa revista parece se envergonhar do Brasil, porque gostaria que ele fosse aquilo que não é e não quer ser: um xerox distorcido da cultura norte-americana. Ela dá a impressão de não amar os brasileiros, ao contrário expõe ao ridículo o que eles são e o que criam. Já o titulo da matéria referente a Oscar Niemeyer da autoria de Azevedo, revela seu caráter viciado e malevolente: “Para instruir a canalha ignorante. O gênio e o idiota em imagens”. Seu texto piora mais ainda quando, se esforça, titubeante, em responder às críticas em seu blog do dia 8/12 também na VEJA online com um título que revela seu caráter despectivo e anti-democrático:”Metade gênio e metade idiota- Niemeyer na capa da VEJA com todas as honras! O que o bloco dos Sujos diz agora?” Sujo é ele que quer contaminar os outros com a própria sujeira de uma matéria tendenciosa e injusta.
O que se quer insinuar com os tipos de formulação usados? Que brasileiro não pode ser gênio; os gênios estão lá fora; se for gênio, porque lá fora assim o reconhecem, é apenas em sua terceira parte e, se melhor analisarmos, apenas numa quarta parte. Vamos e venhamos: Quem diz ser Oscar Niemeyer um idiota apenas revela que ele mesmo é um idiota consumado. Seguramente Azevedo está inscrito no número bem definido por Albert Einstein: “conheço dois infinitos: o infinito do universo e o infinito dos idiotas; do primeiro tenho dúvidas, do segundo certeza”. O articulista nos deu a certeza que ele e a revista que o abriga possuem um lugar de honra no altar da idiotice.
O que não tolera em Oscar Niemeyer que, sendo comunista, se mostra solidário, compassivo com os que sofrem, que celebra a vida, exalta a amizade e glorifica o amor. Tais valores não cabem na ideologia capitalista de mercado, defendida por VEJA e seu albergado, que só sabe de concorrência, de “greed is good” (cobiça é coisa boa), de acumulação à custa da exploração ou da especulação, da falta de solidariedade e de justiça em nível internacional.
Mas não nos causa surpresa; a revista assim fez com Paulo Freire, Cândido Portinari, Lula, Dom Helder Câmara, Chico Buarque, Tom Jobim, João Gilberto, frei Betto, João Pedro Stédile, comigo mesmo e com tantos outros. Ela é um monumento à razão cínica. Segue desavergonhadamente a lógica hegeliana do senhor e do servo; internalizou o senhor que está lá no Norte opulento e o serve como servo submisso, condenado a viver na periferia. Por isso tanto a revista quanto o articulista revelam um completo descompromisso com a verdade daqui, da cultura brasileira.
A figura que me ocorre deste articulista e da revista semanal, em versão online, é a do escaravelho, popularmente chamado de rola-bosta. O escaravelho é um besouro que vive dos excrementos de animais herbívoros, fazendo rolinhos deles com os quais, em sua toca, se alimenta. Pois algo semelhante fez o blog de Azevedo na VEJA online: foi buscar excrementos de 60 e 70 anos atrás, deslocou-os de seu contexto (ela é hábil neste método) e lançou-os contra Oscar Niemeyer. Ela o faz com naturalidade e prazer, pois, é o meio no qual vive e se realimenta continuamente. Nada de surpreendente, portanto.
Paro por aqui. Mas quero apenas registrar minha indignação contra esta revista, em versão online, travestida de escaravelho por ter cometido um crime lesa-fama. Reproduzo igualmente dois testemunhos indignados de duas pessoas respeitáveis: Antonio Veronese, artista plástico vivendo em Paris e João Cândido Portinari, filho do genial pintor Cândido Portinari, cujas telas grandiosas estão na entrada do edifício da ONU em Nova York e cuja imagem foi desfigurada e deturpada, repetidas vezes, pela revista-escaravelho.
Oscar Niemeyer e a imprensa tupiniquim – Antonio Veronese
Crítica mesquinha, que pune o Talento, essa ousadia imperdoável de alçar os cornos acima da manada. No Brasil, Talento, como em nenhum outro país do mundo, é indigerível por parte da imprensa, que se acocora, devorada por inveja intestina. Capitania hereditária de raivosos bufões que já classificou a voz de Pavarotti de ruído de pia entupida; a música de Tom Jobim de americanizada; João Gilberto de desafinado e Cândido Portinari de copista…
Quando morre um homem de Talento, como agora o grande Niemeyer, os raivosos bufões babam diante do espelho matinal sedentos de escárnio.
Não discuto a liberdade da imprensa. Mas a pergunta que se impõe é como um cidadão, com a dimensão internacional de Oscar Niemeyer, (sua morte foi reverenciada na primeira página de todos os grandes jornais do mundo) pode ser chamado, por um jornalista mequetrefe, num órgão de imprensa de cobertura nacional, de metade-gênio-metade idiota? Isso após sua morte, quando não é mais capaz de defender-se, e ainda que sob a desculpa covarde, de reproduzir citação de terceiros…
O consolo que me resta é que a História desinteressa-se desses espasmos da estupidez. Quem se lembra hoje dos críticos da bossa nova ou de Villa-Lobos? Ao talent, no entanto, está reservada a reverência da eternidade.
Antonio Veronese
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Meu caro Antonio,
Que beleza o seu texto, um verdadeiro bálsamo para os que ainda acreditam no mundo de amanhã nascendo do espírito, da fé e do caráter dos homens de hoje!
Não é toda a imprensa, felizmente. Há também muita dignidade e valor na mídia brasileira. Mas não devemos nos surpreender com a revista semanal. Em termos de vileza, ela sempre consegue se superar. Ela terá, mais cedo ou mais tarde, o destino de todas as iniquidades: a vala comum do lixo, onde nem a história se dará o trabalho de julgá-la.
Os arquivos do Projeto Portinari guardam um sem número de artigos desta rancorosa revista, assim como de outras da mesma editora, sobre meu pai, Cândido Portinari e outros seus companheiros de geração. Sempre pérfidos, infames e covardes, como este que vem agora tentar apequenar um grande homem que para sempre enaltecerá a nossa terra e o nosso povo.
Caro amigo, é impossível ficar calado, diante de tanta indignidade.
Com o carinho e a admiração do Professor João Candido Portinari (portinari@portinari.org.br)
Via Pensador Anônimo
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Posted: 23 Feb 2015 02:14 PM PST
Por Duda Renovatio
Especialistas norte-americanos acreditam que apesar do fato de que as relações entre os EUA e a Rússia tenham atingido o pior ponto desde a Guerra Fria, entre todos os problemas de Obama, Putin representa o menor deles, ou um dos menores.
Analistas acreditam que em função desta “calmaria antes da tempestade”, Putin provavelmente irá bater de frente uma vez só, mas ele vai com tudo. A Rússia está preparando fortes evidências do envolvimento do governo dos EUA e os serviços de inteligência em relação ao atentado do 11 de Setembro. Na lista de provas inclui imagens de satélite.
O material pode provar que o governo usou da malícia para com a população norte-americana e que fez uma manipulação da opinião pública muito bem sucedida.
O motivo dos EUA para o atacar e assassinar seus próprios cidadãos serviu como interesses petrolíferos nas empresas estatais do Oriente Médio.
A manipulação foi tão convincente que os “fatos” criados caíram sobre os casos anteriores, o que tornou a manipulação da opinião pública tão bem sucedida, tudo isso para atingir os interesses privados egoístas.
A Rússia pretende demonstrar que para Estado Norte-americano não é novidade ou estranho expor e matar os seus cidadãos, a fim de conseguir um pretexto para uma intervenção militar num país estrangeiro. No caso de “o 11 de Setembro,” as evidências virão de imagens de satélite.
Se as táticas de Putin forem bem sucedida, as consequências para o governo dos EUA serão drásticas. A credibilidade do governo será prejudicada e os protestos em massa tomarão as cidades, transformando-se em uma revolta generalizada, dizem os especialistas.
E como os Estados Unidos vai olhar para a arena política mundial? A validade da posição dos Estados Unidos como um líder na luta contra o terrorismo internacional será prejudicada, uma vez que tira proveito imediato sobre o terrorismo dos Estados Islâmicos. Mas não pode ser confundido com este atual cenário cruel, pois o desenvolvimento real da situação poderia e poderá ser muito pior, alertam os especialistas.
Assista:
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Posted: 23 Feb 2015 05:54 AM PST
O escândalo Swiss Leaks vinha sendo repercutido muito mais na Blogosfera. Demorou a chegar aos jornalões e continua sendo ignorado pela Globo. Essa abulia da grande mídia em relação a um escândalo que, em recursos de brasileiros, chega a 7 bilhões de dólares, começou a se tornar inteligível após a divulgação de que um dos depositantes suspeitos é ligado ao PSDB.
Leia também: Swiss Leaks: entenda a fraude fiscal no HSBC
O dito cujo, conforme vem sendo repercutido pela Blogosfera, é Saul Sabbá. Ele tem relação com os tucanos porque assessorou o Programa Nacional de Desestatização do governo FHC, sobretudo nas privatizações de empresas de energia.
O desinteresse da mídia nacional sobre o assunto vinha sendo tão grande que o deputado federal pelo PT gaúcho Paulo Pimenta recorreu ao Ministério da Justiça pedindo investigação das autoridades sobre os brasileiros que figurem nessa lista.
Esse desinteresse da mídia tradicional tornou-se suspeito já que as informações sobre o escândalo levantado pelo jornal francês Le Monde foram repassadas ao The International Consortium of Investigative Journalists (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), que, por sua vez, escolheu o portal UOL para repassar as informações.
Contudo, o UOL parece pouco interessado em divulgar nomes. Até o momento, tem se limitado a caçar nomes que de alguma forma possam estar ligados ao escândalo da Petrobrás.
Contudo, informações do ICIJsugerem que os brasileiros envolvidos na maracutaia suíça podem ter relações muito maiores com um escândalo bem mais antigo, as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o que já foi divulgado pela entidade supracitada, grande parte das contas de brasileiros no HSBC suíço foi aberta entre 1988 e 1991. De 1991 a 1997, essa abertura de contas perde fôlego. Mas, a partir de 1997, há um novo pico. Essa forte abertura de contas dura até 2001.
Como se sabe, foi a partir de 1997 que as privatizações do governo FHC ganharam impulso. E foi por volta de 2000/2001 que o processo perdeu fôlego.
O jornalista investigativo Amaury Jr. acaba de anunciar que se desligoudo ICIJ porque a instituição estaria fazendo vazamentos seletivos dos depositantes. Amaury é autor do best-seller A Privataria Tucana. Com mais de 200 mil exemplares vendidos, o livro quase gerou uma CPI, que o ex-presidente petista da Câmara Marco Maia não quis instalar.
Agora, o Swiss Leaks pode terminar investigação que o cordato PT não quis fazer, já que as autoridades brasileiras vão ter que esclarecer por que houve um fluxo tão grande de abertura de contas de brasileiros no HSBC suíço justamente no momento em que o governo FHC vendia nossas estatais a estrangeiros a preço de banana.
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Posted: 23 Feb 2015 05:04 AM PST
Por Duda Renovatio no Pensador Anônimo
Você já parou alguma vez na vida para tentar entender esta música tão complexa? Zé Ramalho consegue ser um dos poucos cantores que compõe músicas com alto repertório (de difícil entendimento) e mesmo assim agrada o gosto popular. Consegue transmitir sentimentos.
Hoje no carro ouvindo Chão de Giz, decidi prestar atenção na letra e bateu a curiosidade de conhecer a verdadeira história da música. De entendê-la! Descobri e achei bacana compartilhar com vocês. Vale a pena a leitura e a música pode ser conferida no vídeo no final da postagem!
Explicação dada, em tese, pelo próprio compositor, O GRANDE POETA ZÉ RAMALHO, sobre Chão de Giz:
Ainda jovem, o compositor teve um caso duradouro com uma mulher bem mais velha que ele, casada com uma pessoa bem influente da sociedade de João Pessoa, na Paraíba, onde ele morava. Ambos se conheceram no carnaval. Zé Ramalho ficou perdidamente apaixonado por esta mulher, que jamais abandonaria um casamento para ficar com um “garoto pé -rapado”. Ela apenas “usava-o”. Assim, o caso que tomava proporções enormes foi terminado. Zé Ramalho ficou arrasado por meses, mudou de casa, pois morava perto da mulher e, nesse meio tempo, compôs Chão de giz.
Sabendo deste pequeno resumo da história, fica mais fácil interpretar cada verso da canção. Vamos lá!
“Eu desço desta solidão e espalho coisas sobre um chão de giz”
Um dos seus hábitos, no sofrimento, era espalhar pelo chão todas as coisas que lembravam o caso dos dois. O chão de giz indica como o relacionamento era fugaz.
“Há meros devaneios tolos, a me torturar”
Devaneios e lembranças da mulher que não o amou. O tinha como amante, apenas para realizar suas fantasias. Quando e como queria.
“Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúdes”
Outro hábito de Zé Ramalho era recortar e admirar TODAS as fotos dela que saiam nos jornais – lembrem-se, ela era da alta sociedade, sempre estava nas colunas sociais.
“Eu vou te jogar num pano de guardar confetes”
Pano de guardar confetes são balaios ou sacos típicos das costureiras do Nordeste, nos quais elas jogam restos de pano, papel, etc. Aqui, Zé diz que vai jogar as fotos dela nesse tipo de saco e, assim, esquecê-la de vez.
“Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir”
Ele tenta ficar com ela de todas as formas, mas é inútil, pois ela é casada com um homem muito rico.
“Há tantas violetas velhas sem um colibri”
Aqui ele utiliza de uma metáfora. Há tantas violetas velhas (Como ela, bela, mas velha) sem um colibri (um jovem que a admire), dessa forma ele tenta novamente convencê-la apelando para a sorte – mesmo sendo velha (violeta velha), ela pode, se quiser, ter um colibri (jovem).
“Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus”
Este verso mostra a dualidade do sentimento de Zé Ramalho. Ao mesmo tempo que quer usar uma camisa de força para se afastar dela, ele também quer usar uma camisa de vênus para transar com ela.
“Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro”
Novamente ele invoca a fugacidade do amor dela por ele, que o queria apenas para “gozar o tempo de um cigarro”. Percebe-se o tempo todo que ele sente por ela um profundo amor e tesão, enquanto é correspondido apenas com o tesão, com o gozo que dura o tempo de se fumar um cigarro.
“Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom”
Para quê beijá-la, se ela quer apenas o sexo?
“Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez…”
Novamente ele resolve ir embora, após constatar que é impossível tentar algo sério com ela. Entretanto, apaixonado como está, vai novamente à lona – expressão que significa ir a nocaute no boxe, mas também significa a lona do caminhão, com o qual ele foi embora – ele teve que sair de casa para se livrar desse amor doentio.
“Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar”
Amor inesquecível, que acorrenta. Ela pisava nele e ele cada vez mais apaixonado. Tinha esperanças de um dia ser correspondido.
“Meus vinte anos de ‘boy’ – that’s over, baby! Freud explica”
Ele era bem mais novo que ela. Ele era um boy, ela era uma dama da sociedade. Freud explica um amor desse (Complexo de Édipo, talvez?).
“Não vou me sujar fumando apenas um cigarro”
Depois de muito sofrimento e consciente que ela nunca largaria o marido/status para ficar com ele, ele decide esquecê-la. Essa parte ele diz que não vai se sujar transando mais uma vez com ela, pois agora tem consciência de que nunca passará disso.
“Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval”
Eles se conheceram em um carnaval. Voltando a falar das fotos dela, que iria jogar em um pano de guardar confetes, ele consolida o fim, dizendo que já passou seu carnaval (fantasia), passou o momento.
“E isso explica porque o sexo é assunto popular”
Aqui ele faz um arremate do que parece ter sido apenas o que restou do amor dele por ela (ou dela por ele): sexo. Por isso o sexo é tão popular, pois apenas ele é valorizado. Ela só queria sexo e nada mais.
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Posted: 22 Feb 2015 04:17 AM PST
Da rede angola:
Queridos cariocas:
Lemos através de certo meio de informação do Sudão do Sul que o ditador-presidente da Guiné Equatorial fez uma doação de USD 3,5 milhões a uma associação carnavalesca da vossa cidade, em concreto, à da Beija-Flor. Uma doação tão oportuna que a afortunada associação carnavalesca arrecadou o primeiro prémio.
Como engenheiro em letras que somos, os números representados não davam muita informação e resolvemos traduzi-los a francos CFA, a unidade monetária vigente no país que o mencionado ditador controla totalmente desde 3 de Agosto de 1979. Num câmbio rápido, USD 3.500.000×575=2.012.500.000 Francos CFA. Uma quantidade que, por agora, e como mostra do escândalo, superior ao que gastou o mesmo nos últimos dez anos no ensino médio e superior do seu país, que por coincidência é o mesmo dos equato-guineenses.
Como sabemos que em dez longos anos o sátrapa guineense não gastou essa quantidade no ensino médio e superior do seu país se não temos dados?
Porque no seu país apesar do medo aos números, para este caso não são precisos dados. Conhecemos o estado das escolas do país, sabemos que as bibliotecas da sua única universidade carecem de fundos bibliográficos e vimos como todas têm até falta de lâmpadas, que no seu país custam um dólar cada, tão somente um, e não cremos que seja barato, apenas acessível.
Das escolas primárias da Guiné Equatorial não falaremos porque, sinceramente, o aluvião de lágrimas que inundariam os nossos olhos nos impediriam de continuar a escrever.
Para que percebam que este lamento não é novo, vejam este link.
E que coincidência impressionante que o clamor tenha aparecido, há bastantes meses, em torno do nome de um filho predilecto do Brasil.
Se nesse artigo mencionamos o gosto doentio que todos os membros da família Obiang têm por rabos, entenderão os cariocas que há um intento escondido de debilitar a vossa muito colorida cultura, reduzindo-a a uma mostra de nalgas que põe em pé os abastados do mundo inteiro e aviva as paixões apagadas do mundo puritano. Não vamos fazê-lo.
Porém, temos de dizer duas coisas para que tenham ideia do furor que causa este acontecimento no corpo político do país: se o ditador-em-chefe tivesse dado uma quinta parte desse dinheiro a qualquer associação já teria sido um desperdício enorme. Saibam que aos jogos carnavalescos robustecidos pelo dinheiro guineense acudiu uma delegação de 30 membros, todos eles altos funcionários que não estavam de férias, encabeçada pelo segundo vice-presidente, a pessoa que, hoje, e por ser o filho mimado do casal governante, tem mais papéis para lhe suceder e assim perpetuar as desgraças que nos assaltam, sendo nós apenas uns 900 mil habitantes.
Então, não é a obsessão doentia que faz mover o ditador guineense, o que o faz mover é o espírito do mecenato de que fica possuído cada vez que vislumbra a possibilidade de ajudar os negros espalhados pelo mundo, esses negros que sofrem a pobreza e a opressão do mundo colonial, branco, racista e xenófobo. Houve aqui algum interesse em destacar o país onde lemos a notícia? Porque qualquer alma mais ingénua acreditaria que a entrega de um décimo do que a Guiné Equatorial gastou em danças seria suficiente para salvar centenas de vidas no maltratado Sudão do Sul, um país que também é de negros.
Francamente, cariocas, são as múltiplas necessidades das pessoas mais próximas de Obiang que fazem com que o facto de terem aceitado este patrocínio implica que para sempre tenham o vosso nome ligado a esta demência.
México DF, 19 de Fevereiro de 2015.
(Tradução de António Rodrigues)
Juan Tomás Ávila vive actualmente exilado no México, depois de ter vivido em Espanha. Por delito de pensamento não pode viver livremente no seu país, a Guiné Equatorial, onde o presidente Teodor Obiang é ditador desde 1979. A Guiné Equatorial é uma antiga colónia espanhola na África Ocidental que se tornou independente em 1968 e desde então só conheceu dois presidentes: Francisco Nguema, um ditador que mandou matar milhares de opositores, e Teodor Obiang Nguema, o seu sobrinho, que o derrubou e matou.
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Posted: 22 Feb 2015 03:58 AM PST
Da blogueira Silvia Pilz:
Sobre o fim do blog Zona de Desconforto. A proposta era trazer ao jornal alguns assuntos que não são naturalmente abordados em jornais e discuti-los aberta e francamente. Dizer o que ninguém tem coragem de dizer. Fazer com que as pessoas reavaliassem hábitos e costumes. O blog foi concebido para tratar de hipocrisia, questionar valores e comportamento.
A proposta funcionou enquanto o debate girava em torno de questões sexuais ou temas da família. Mas desandou quando resolvi abordar com a mesma franqueza temas que envolvem minorias, incapazes, desvalidos e desfavorecidos. O post “O plano cobre”, em que satirizo o deslumbramento e o comportamento do pobre – nova classe média – diante das oportunidades oferecidas pelos planos de saúde, desencadeou uma onda de reprovação inesperada. A situação tornou-se tragicômica e insustentável para a imagem do jornal O Globo.
Depois desse post, que gerou um terremoto nas redes sociais, leitores revoltados foram buscar outros textos no acervo do Blog. A onda de reprovação cresceu e tomou proporções insuportáveis quando começaram as ofensas pessoais. Fui chamada de nazista e fascista por dizer – em um desses posts – que os adultos escondem o desconforto que sentem – por exemplo – quando se deparam com crianças com síndrome de Down ou anões. Enfim, preconceitos velados e disfarçados, de um modo geral, não foram bem aceitos pelos leitores politicamente corretos.
Leia abaixo o texto na íntegra: |
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ANTÓNIO FONSECA
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