sábado, 3 de março de 2018

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HYPE SCIENCE

Experts estão embasbacados com essa nova arma nuclear russa que pode atingir qualquer lugar do mundo

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Posted: 02 Mar 2018 11:05 AM PST
Em anúncio chocante, Rússia revela novo míssil de cruzeiro alimentado por energia nuclear e capacitado com armas nucleares, capaz de voar indefinidamente e atacar qualquer ponto da superfície terrestre
 
Posted: 02 Mar 2018 09:45 AM PST
Neil deGrasse Tyson perguntou a Stephen Hawking o que ele acha que havia por aí antes do Big Bang. Veja qual foi sua resposta
 
Posted: 02 Mar 2018 09:00 AM PST
A cantora americana Taylor Muhl, da Califórnia, tem uma condição muito especial chamada quimerismo: ela é sua própria gêmea
 

OBSERVADOR

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Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


"Portugal assume a sua história em tudo aquilo que tem de bom e de mau e assume, nomeadamente e de forma especial, neste instante e neste memorial aquilo que foi o sacrifício da vida e o desrespeito da dignidade de pessoas e comunidades". Assim se exprimiu Marcelo Rebelo de Sousa quando visitou, em São Tomé e Príncipe, o monumento ao massacre de Batepá. Estas palavras do Presidente não levantaram qualquer celeuma, ao contrário do que sucedera quando, há quase um ano, visitou um antigo entreposto de escravos na ilha de Gorée, no Senegal. Em causa esteve, na altura, o debate sobre se Portugal devia ou não pedir desculpa pela escravatura, um debate que desta vez não reapareceu a propósito das responsabilidades das autoridades coloniais em atrocidades ocorridas há um pouco mais de 60 anos.

Este foi precisamente o ponto de partida do mais recente Conversas à Quinta, onde Jaime Gama e Jaime Nogueira Pinto procuraram responder à inevitável pergunta: Devemos pedir desculpa pelo nosso passado? A conversa enquadrou o massacre de Batepá, ocorrido em 1953, mas resultou sobretudo numa reflexão sobre se se deve pedir desculpa pela História dos povos, uma reflexão que nos fez viajar por África mas não esqueceu Espanha e a sua experiência com a Lei da Memória Histórica ou pelo caso da prisão de Pinochet às ordens do juiz Baltasar Garzon.

Mas deixemos o nosso pretexto próximo (para saber mais sobre o que se passou em 1953 naquela antiga colónia pode ler o especial do Observador A história do massacre que São Tomé não esqueceu) e alarguemos o âmbito do debate. Primeiro para recordar como as leituras que se fazem da história nem sempre coincidem com a nossa memória colectiva, algo que se recorda em Why Battles Over Memory Rage On, uma reflexão que encontrei no site do Council on Foreign Relations dos Estados Unidos, um texto escrito por altura dos debates sobre o destino das estátuas que celebram alguns heróis do lado que perdeu na Guerra Civil, um tema já tratado em anterior newsletter. Eis o essencial do argumento: “Collective memory is the way we think about history, but it’s not history. History is critical, or it’s nothing. Respectable historians don’t write history to serve the interests of the present. They write history to explain what happened in the past, not to tell you, “this was the bad guy, this was the good guy.” Collective memory is about building solidarity, about building community. It is about finding a way to reconcile with the past.”

Bons e maus. Eis de facto o que gostamos de encontrar quando construímos identidades, mas trata-se de um caminho com alçapões. E que afectam mesmo obras clássicas. Um exemplo, e bem interessante, é o de uma das obras que mais marcaram a forma como no mundo anglo-saxónico se olha para a Guerra Civil de Espanha, o testemunho muito pessoal de George Orwell Homenagem à Catalunha. Se há conflito que tem incendiado debates e guerras políticas é precisamente o conflito que dilacerou Espanha entre 1936 e 1939, mas o que agora nos vem dizer um dos seus estudiosos mais prestigiados, Paul Preston, que escreveu um artigo a denunciar a obras do criador de 1984O Triunfo dos Porcos. O El Pais fala-nos assim desse artigo em Orwell, un “partisano arrogante” por la Guerra Civil española: “Es un relato “intenso, bien escrito, un testimonio agudo”, admite el historiador Paul Preston, pero predomina en él la mirada de “un partisano arrogante que dice al lector lo que ha de pensar” y está cargado de comentarios “ingenuos y engañosos”, por lo que se puede acusar al autor de “deshonestidad y de culpable ignorancia”. Así lo afirma el prestigioso especialista de la Guerra Civil y biógrafo de Franco en un extenso artículo, Llums i ombres a ‘Homenatge a Catalunya’, en el décimo número de la publicación digital Segle XX. Revista catalana d’Història, editada por la Universitat de Barcelona en colaboración con la Fundación Cipriano García, de CCOO.

São sem dúvidas observações polémicas, mas nós também temos as nossas. Daí que recorde aquela em que esteve envolvido o historiador João Pedro Marques a propósito da necessidade ou não de um pedido de desculpas de Portugal por causa da escravatura. A maior parte dos artigos deste autor tem sido editada no Público, estão reunidos aqui, e deles destaco dois: Quantas vezes terá Portugal de pedir desculpa? E Memória não é História (e às vezes nem sequer é verdade)Para uma visão mais integrada recomendo um livrinho muito esclarecedor e acessível do mesmo João Pedro Marques: Escravatura.



(Pequeno parênteses para vos indicar um breve apanhado de casos em que pedir ou não desculpas foi tema de controvérsia, um artigo da revista Visão onde, por exemplo, se recorda o emblemático pedido de desculpas do chanceler Willy Brandt pelo Holocausto e pelos crimes de guerra dos nazis, assim como o não pedido de desculpas de Barack Obama quando visitou Hiroshima.)

E assim chegamos à situação presente que, provavelmente, mais controvérsia suscita: a da forma como a Polónia quer oficializar uma versão benigna do comportamento dos polacos na sua relação com os judeus durante a II Guerra Mundial. Em poucos países como a Polónia a história e a memória são tão importantes como componentes da identidade nacional, algo de que me apercebi pela primeira vez ao ler um livro apaixonante, Heart of Europe: The Past in Poland's Present, do grande historiador Norman Davies (autor, mais tarde, de uma monumental história da Polónia, God’s Playground). É uma obra em que, indo do presente para o passado, na ordem reversa da cronologia, se vai percebendo como aquilo que a Polónia é deriva muito da forma como construiu as suas memórias.

Isso mesmo também defende Eva Hoffman em Hearing Poland’s Ghosts, um longo ensaio na New York Review of Books onde visita uma série de museus construídos nos últimos anos na Polónia para assinalar momentos da sua história. Escreve ela, de forma muito pertinente: “The past, in Poland, is not a foreign country; it is morality drama and passion play, combining high ideology and down-and-dirty politics. One recent manifestation of history’s significance has been the creation of several ambitious and architecturally inventive museums dedicated to central events and themes in the Polish past. Since the beginning of this century, four “houses of history” have opened in Warsaw and Gdańsk, attracting many visitors and contributing to the development of neglected neighborhoods. At the same time, the museums have inspired sharp controversies over such topics as freedom of cultural expression, the relationship of Polish to European identity, and interpretations of Polish-Jewish history.



A questão da relação com os judeus, ou mais exactamente a abordagem do anti-semitismo polaco, é mesmo o tema do momento, pelo que regresso a ele fazendo muito com a ajuda da revista judaica Tablet que organizou uma colectânea de textos, uns mais recentes, outros mais antigos, em The Polish Question. Há aí bastantes leituras interessantes, mas destaco duas:
  • The Conscience of Poland: A Q&A with Adam Michnik, uma conversa daquele intelectual polaco com David Samuels, realizada em 2014 mas onde não se evita este tema sempre delicado. Ouçamos Michnik: “But there is one thing that sits in the center of the Polish conscience like a bug. When Jews were taken to the ghettos, they left their homes, their apartments, and somebody else moved in. Later on, he/she was not very eager to move out. And he/she did not want to remember that. But the same is true of the German homes in the Western part of Poland, where Poles moved in. It was this huge, tectonic shock, tsunami. And Poles don’t like to reminisce. But this is not just a Polish issue—this is an issue throughout all of Eastern-Central Europe. It’s in Slovakia, in Romania, in Hungary, Czech Republic, in Lithuania. But only Poland is openly confronting that issue today.
  • Jan Gross’ Order of Merit, um trabalho de Anna Bikont sobre o investigador que tem revelado alguns dos crimes de ódios praticados nos anos da guerra e que é hoje um proscrito no seu próprio país, “caught up in a toxic new nationalism”. O resultado do seu trabalho é mesmo devastador, mas Bikont apoia as suas conclusões: “Gross’ assertion that Poles caused the deaths of more Jews than they did of Germans during the war, so difficult to accept, nonetheless strikes me as incontrovertible. The level of denunciations and murders of Jews committed during the war is staggering. For many years now I’ve been interviewing survivors, reading archives, and it is still so hard for me to fully take in the information I hear and read. In every place on the map that I happen to end up, I discover Jews murdered by their neighbors. As a Pole, I would like for the history of Polish-Jewish relations to be like how they’re cast by the current authorities and not how they are described by Jan Gross. I would also prefer that as a Jew.”

A finalizar apenas mais uma referência, esta a uma notícia do The Times of Israel (a imprensa israelita não tem largado a sensível questão das relações entre os polacos e os judeus). Trata-se 1946 US report said ‘Poles persecuted the Jews as vigorously as did the Germans’, onde se recupera um documento descoberto nos arquivos dos Estados Unidos onde se faz um diagnóstico duro do comportamento anti-semita de inúmeros polacos durante a II Guerra: “Religious and economic in its origins, Polish anti-Semitism was preached by political parties and church heads and practiced by officials high and low,” according to the report. By 1939, on the eve of the Nazi occupation of Poland, “it was one of the distinguishing factors of the country’s political, social and economic life.” “Because anti-Semitism had already become so ingrained in Polish thought, it is not altogether surprising that it still manifests itself in post-war Poland, although common suffering at the hand of the Germans might have been expected to bring the Poles and the Jews closer together.”

E por esta semana é tudo. Despeço-me com votos de bom descanso mantendo os olhos bem abertos para o que se vai passando neste nosso mundo.

 
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FUTURISM

EXPRESSO CURTO

MARTIM SILVA
DIRETOR-EXECUTIVO
 
Álvaro Sobrinho. Cimeira Portugal/Angola. O estado do SNS (os meus destaques do Expresso)
3 de Março de 2018
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Bom dia,
Já muito se disse, escreveu e falou sobre o desvio de centenas de milhões de dólares do BESA (o irmão do Banco Espírito Santo em Angola) que ajudaram fortemente a empurrar o antigo império Espírito Santo para o precipício em 2014. Mas esta é uma peça essencial que faltava: contar e explicar direitinho o esquema que terá permitido a Álvaro Sobrinho, durante anos o menino bonito de Ricardo Salgado em Luanda, desviar aquela montanha de dinheiro. Esta é uma investigação do consórcio europeu de jornalismo de investigação de que o Expresso faz parte. O que hoje pode ler no nosso jornal é o que leitores de alguns dos maiores jornais do mundo podem ler ao mesmo tempo.

Como pode um banqueiro “limpar” um banco?
Na única vez que o banqueiro e empresário angolano Álvaro Sobrinho foi filmado em público a falar sobre o misterioso buraco de 5,7 mil milhões de dólares descoberto em 2013 no banco em Luanda de que foi CEO durante 11 anos, houve um momento em que a deputada Cecília Meireles lhe lançou uma pergunta provocatória. “Era assim comum levantamentos de 525 milhões?” No Parlamento, a sala da comissão de inquérito ao colapso do grupo português Espírito Santo (GES), de que o Banco Espírito Santo Angola (BESA) fazia parte, estava cheia. Sentado perante as câmaras e os deputados, Sobrinho disse-lhe que não. “Obviamente que é... é... é um absurdo.” Essa resposta, dada a 18 dezembro de 2014, menos de meio ano depois do colapso do Banco Espírito Santo em Portugal e de todo o GES, que chegou a ter presença em mais de 20 países, incluindo Angola, é desmentida por documentos obtidos pela revista alemã “Der Spiegel” e partilhados com o consórcio EIC (European Investigative Collaborations), de que o Expresso faz parte. Entre outras coisas, a fuga de informação revela o modo como Sobrinho fez depósitos de 277 milhões de dólares em dinheiro vivo numa das contas no BESA de que era beneficiário.

Mas há mais sobre Sobrinho nesta edição. Aqui tem um perfil do banqueiro multimilionário, que faz capa da Revista esta semana.

A fórmula secreta de Álvaro Sobrinho
Só começou a trabalhar com 28 anos, mas aos 39 foi convidado para CEO de um banco português em Luanda e em pouco tempo, aos 50, quando foi forçado a sair do BESA, já era multimilionário. A história do angolano Álvaro Sobrinho e do seu extraordinário enriquecimento pessoal


O QUE SE PASSA COM A NOSSA SAÚDE?
Com o tema a surgir com força na agenda pública e política, fomos em busca de respostas. Afinal, o nosso Serviço Nacional de Saúde está mesmo a desmoronar-se, como escrevia a Clara Ferreira Alves neste jornal na semana passada?
Ouvimos especialistas, analisamos números e resultados. Para lhe fazer chegar um trabalho que procura dar o retrato mais fiél possível do que se passa atualmente. Quais as situações de rutura? Estamos a gastar mais que nunca? Os tempos de espera estão ou não a aumentar?
Vale a pena ler. E refletir
 
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Marcelo patrocina cimeira ‘quebra-gelo’
As visitas de alto nível entre Portugal e Angola continuam congeladas, a aguardar que o Tribunal da Relação de Lisboa decida sobre o envio ou não do processo contra Manuel Vicente para Luanda, mas o Presidente de Angola deu luz verde para que o Governo angolano se faça representar no megaencontro de empresários dos dois países que decorrerá em Lisboa no próximo dia 27. João Lourenço enviará um ministro (Economia?). António Costa corresponde com a presença de um ministro português. E Marcelo Rebelo de Sousa fará o discurso de encerramento.


Altice culpa AdC caso compra da TVI falhe
É uma espécie de ultimato aquele que os advogados da Meo fazem à Autoridade da Concorrência (AdC) na resposta que, a 12 de fevereiro, enviaram para o regulador em reação à investigação aprofundada à compra da Media Capital — ou há uma decisão até 13 de abril ou o negócio pode cair. “É imperativa a emissão de uma decisão por parte da AdC, até 13 de abril de 2018, sob pena de a realização do negócio ser injustificadamente impedida, limitando-se o funcionamento regular do mercado, por razões meramente processuais e não de substância.” A frase é sublinhada de forma assertiva e clara na primeira página das observações feitas pela Uría Menéndez — Proença de Carvalho à decisão do regulador. E embora a AdC não possa de forma alguma ser condicionada, já que é um regulador independente, a declaração dos representantes da Meo não pode deixar de ser lida como uma forma de pressão e de responsabilização da instituição liderada por Margarida Matos Rosa caso a compra da TVI afinal não avance. O negócio envolve um investimento de €440 milhões, e tem associado uma oferta pública de aquisição (OPA).

Negócio entre Santa Casa e Montepio recua
Está embrulhada a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) no banco Montepio. Há uma mudança substancial de posicionamento, sabe o Expresso. Está comprometido o molde em que a parceria acordada entre os dois, em junho, iria avançar: uma entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa até 10% no capital do banco Montepio. Chegou a falar-se num investimento máximo de €200 milhões, o que atirava o valor do banco para €2 mil milhões. Terá sido isso que ficou apalavrado entre a Santa Casa e a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) em junho, mas o estudo de avaliação feito pelo Haitong — e já entregue — trocou-lhes as voltas. A avaliação, sabe o Expresso, é bem abaixo dos €1,6 mil milhões já referidos na imprensa. Quanto, ninguém diz, é um segredo fechado a sete chaves.


OS ÓSCARES ESTÃO A CHEGAR. E ESTE É O ANO DOS MONSTROS
Com Weinstein e Kevin Spacey banidos e “A Forma da Água” como provável triunfador, com um rigorismo politicamente correto no terreno e personagens extremados nos filmes a premiar, bem se pode dizer que este é um ano de monstros na cerimónia dos Óscares. É já amanhã à noite. Na Revista poder ler os prognósticos, como sempre, do Jorge Leitão Ramos.
 
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