quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Ex-reitor do Santuário de Fátima critica atual gestão e pede “purificação” do templo - 22 DE DEZEMBRO DE 2022

 

Ex-reitor do Santuário de Fátima critica atual gestão e pede “purificação” do templo

História de João Luis Gomes • Há 28 minutos

Fátima, Santarém, 22 dez 2022 (Lusa) – O antigo reitor do Santuário de Fátima Luciano Guerra alertou hoje para a necessidade de “um enorme esforço de purificação do Santuário, no sentido de o fazer voltar-se para o público de peregrinos”.

Peregrinação do Migrante e do Refugiado no Santuário de Fátima
Peregrinação do Migrante e do Refugiado no Santuário de Fátima© Fornecido por Lusa

Monsenhor Luciano Guerra, que foi reitor durante 35 anos, tendo deixado o cargo em 2008, considera, em entrevista ao semanário Jornal de Leiria, que, depois de nos seus mandatos a “prioridade” ter sido “os peregrinos em geral, os quais podem considerar-se pobres, a classificação humana que mais convém aos filhos de Deus”, hoje a situação é diferente.

“No atual programa do Santuário, o fito primário mais explícito são os intelectuais” e “a dedicação total à intelectualidade não deixa espaço para a dedicação aos pobres”, afirma.

Na entrevista, em que assume um tom muito crítico para com a atual gestão do maior templo mariano do país, Luciano Guerra reforça que “prevalece a intelectualidade e a arte. Em plano secundário fica a grande massa de peregrinos, gente simples pobre e humilde, a gente que, na realidade, Nossa Senhora convida para vir a Fátima”.

“Fez-se uma esplendorosa celebração do centenário [das aparições, em 2017]. Houve muita música e outras manifestações artísticas. Fazem-se ainda hoje exposições maravilhosas, mas que a meu ver ficam demasiado caras e, até por isso, de resultado pastoral menos evidente. O peregrino que vem a Fátima não precisa senão de um ambiente de oração”, acrescenta.

Outra crítica deixada pelo sacerdote refere-se aos alegados elevados salários pagos no Santuário, com Luciano Guerra a afirmar que “um padre é um padre. Não pode, de maneira nenhuma, comparar-se a um administrador de uma empresa, mesmo que os leigos que o sacerdote dirige recebam salário superior”.

O ex-reitor deixa, ainda, o lamento pela forma como foram admitidos ou dispensados alguns funcionários no Santuário nos últimos anos.

“Houve trabalhadores que praticamente foram expulsos, a vários outros (…) teve a instituição de pagar altas indemnizações; outros saíram e calaram-se, com receio de retaliações. Quase de rompante, foram admitidos mais de 130 novos funcionários, numa casa que tinha 210. Houve uma série de pessoas que foram empurradas para sair”, refere o antigo responsável pelo Santuário.

Monsenhor Luciano Guerra, de 90 anos, desempenhou as funções de reitor do Santuário de Fátima entre 1973 e 2008.

A agência Lusa pediu já ao Santuário de Fátima uma reação a estas acusações hoje lançadas por Luciano Guerra.

 

JLG // JEF 

Lusa/Fim

VÍDEO: depósito de munição russo explode e cria uma gigantesca onda de choque - 22 DE DEZEMBRO DE 2022

 

VÍDEO: depósito de munição russo explode e cria uma gigantesca onda de choque

História de Redação • Ontem às 19:57
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Vídeo mostra a detonação de um depósito de munição russo há cerca de uma semana no Oblast de Donetsk.

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VÍDEO: depósito de munição russo explode e cria uma gigantesca onda de choque. Foto: Reprodução twitter
VÍDEO: depósito de munição russo explode e cria uma gigantesca onda de choque. Foto: Reprodução twitter© Fornecido por Transito e metro

A explosão criu uma enorme onde de choque que foi captada pelas câmeras de um drone ucraniano. O vídeo viralizou nas redes sociais.

A explosão criu uma enorme onde de choque. Foto: Reprodução twitter
A explosão criu uma enorme onde de choque. Foto: Reprodução twitter© Fornecido por Transito e metro

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Fotos e vídeo: Reprodução Twitter

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Trump sofre "morte por mil cortes" com acumulação de problemas legais - 22 DE DEZEMBRO DE 2022

 

Trump sofre "morte por mil cortes" com acumulação de problemas legais

História de Lusa • Há 1 hora
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"O que parece estar a acontecer a Trump ao longo do tempo é a morte por mil cortes. Tem visto de forma consistente a erosão da sua popularidade", afirmou o professor, depois de a comissão que investiga o ataque ao Capitólio ter recomendado ao Departamento de Justiça que indicie o ex-presidente por quatro crimes. 

O ex-presidente e recandidato presidencial Donald Trump está, com a acumulação de problemas e investigações legais, a sofrer uma "morte por mil cortes", disse à Lusa o cientista político Thomas Holyoke.
O ex-presidente e recandidato presidencial Donald Trump está, com a acumulação de problemas e investigações legais, a sofrer uma "morte por mil cortes", disse à Lusa o cientista político Thomas Holyoke.© Jonathan Ernst - Reuters

"Não quer dizer que ele seja descartável, ainda é uma força no Partido Republicano. Mas já não é aquela força da natureza que era há alguns anos", considerou Holyoke. "O próprio Trump não parece estar a atacar esta recandidatura à presidência com muito gosto". 

A recomendação de acusação criminal feita pela comissão não é vinculativa e o analista duvida que venha a ter consequências concretas. "É, provavelmente, sobretudo simbólica", disse. "Não sei se o Departamento de Justiça se vai sentir muito pressionado a seguir estas acusações. Assumo que vão prosseguir com as suas próprias investigações, que podem sempre levar a acusações criminais".

Depois de a comissão do 06 de janeiro ter votado na segunda-feira para enviar ao Departamento de Justiça a recomendação de acusação por quatro crimes alegadamente cometidos por Donald Trump - incitamento à insurreição, conspiração para fraude, obstrução de ato do Congresso e falsas declarações - a divulgação do relatório final dos trabalhos, prevista para quarta-feira, foi adiada para hoje.

O relatório final encerra um ciclo de investigação que se estendeu ao longo de 18 meses, em que foram ouvidas mais de 1.000 testemunhas, realizadas quase uma dúzia de audiências e recolhidos mais de um milhão de documentos com o intuito de obter um registo mais abrangente da insurreição de 06 de janeiro de 2021. 

Holyoke não ficou surpreendido com o desfecho do trabalho da comissão, que estava sob pressão para fazer algum tipo de recomendação criminal, após ano e meio de investigação. 

"Penso que o que a comissão do 06 de janeiro fez foi mais tentar trazer a público o máximo de informação possível sobre o que aconteceu e quem foi responsável", sublinhou. "Penso que o público é o verdadeiro alvo deste trabalho, e não o Departamento de Justiça". 

Ainda assim, a recomendação -- que acontece na mesma semana em que uma comissão de assuntos tributários revelou as declarações de impostos que Trump lutou para manter seladas -- acumula com outros problemas legais, tais como a investigação do procurador especial Jack Smith quanto aos documentos classificados encontrados na mansão do ex-presidente em Mar-a-Lago, Estado da Florida. 

"Chegou a um ponto em que há tantos problemas que os Republicanos querem seguir em frente", considerou Holyoke. Muitos Republicanos influentes, considera, gostariam de apoiar outro candidato, como DeSantis, "mas Trump não vai facilitar isso", o que "pode significar uma guerra civil neste partido. 

As implicações do que está a acontecer para o partido não são de menosprezar, segundo o politólogo Everett Vieira III, para quem a recomendação de acusação criminal constitui um momento importante na história política dos Estados Unidos.

"Uma coisa destas nunca aconteceu. Seria preciso recuar até à investigação do presidente [Richard] Nixon no Watergate ou ao escândalo Iran-Contra nos anos oitenta, mas isto é ainda maior que isso", disse à Lusa. "Isto tem, potencialmente, ramificações de longo prazo para o Partido Republicano". 

Vieira frisou que o Departamento de Justiça liderado por Merrick Garland pode não dar seguimento à recomendação, mas ainda assim é relevante. 

"Mesmo que nada aconteça é importante porque fica documentado", afirmou. "É importante que as pessoas saibam que não foi apenas um espetáculo que durou 18 meses, que os membros do Congresso estavam a trabalhar e isto foi o que descobriram", continuou. "Se a comissão não fizesse qualquer recomendação, então teria desperdiçado 18 meses". 

No entanto, há o risco de que todo o processo seja visto como "uma palmada na mão" se não houver consequências. 

O Partido Republicano terá agora de decidir se vai manter-se ao lado do seu ex-presidente ou apoiar outro candidato. Até agora, figuras partidárias decisivas mantiveram-se relativamente silenciosas sobre o sucedido. 

Numa altura em que a temperatura da sua campanha de recandidatura é tépida, Trump reagiu à recomendação em tom de desafio: "O que não me mata torna-me mais forte", disse. 

"Muito tem que ver com Trump ser potencialmente considerado `persona non grata`. Os seus candidatos perderam nas [eleições] intercalares [de novembro], não houve uma onda vermelha", analisou Everett Vieira. "Trump não recebeu o impulso que achou que ia ter".

O professor antecipa dois cenários: por um lado, "a liderança Republicana pode ser levada a não ser forte na defesa de Trump e a ponderar apoiar alguém como Ron DeSantis para 2024". 

O reverso da medalha será argumentar que é uma `caça às bruxas`. Quando os Republicanos assumirem o controlo da Câmara de Representantes, o líder Kevin McCarthy pode decidir começar um processo de `impeachment` de Biden, fazer investigações aos emails de Hillary Clinton ou aos democratas Adam Schiff e Nancy Pelosi, "para desviar as atenções". 

Certo é que "as coisas que estão a acontecer esta semana são importantes porque a partir de janeiro os democratas não terão virtualmente qualquer poder".

Convento de Alpendurada leiloado por 8,3 milhões de euros - 22 DE DEZEMBRO DE 2022

 

Convento de Alpendurada leiloado por 8,3 milhões de euros

Imóvel, que foi transformado num hotel e está localizado em Marco de Canavezes, estava à venda por 15 milhões de euros.
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Venda de imóveis em leilão
Crédito: imagem retirada do site da Junta de Freguesia de Alpendurada, Várzea e Torrão
Autor
 Redação

Convento de Alpendurada, localizado em Marco de Canavezes, que foi convertido num hotel com 40 quartos após um investimento da família de Taveira da Mota, antigo presidente do Boavista, foi colocado à venda em leilão eletrónico, após o incumprimento de um empréstimo obrigacionista de quatro milhões de euros. Estava anunciado por um valor base de 15 milhões de euros, mas acabou por ser comprado por bem menos: 8,35 milhões de euros.

Segundo o Jornal de Negócios, a oferta final ficou abaixo do valor mínimo estabelecido, que estava fixado em 12,75 milhões de euros, pelo que o imóvel não será, para já, adjudicado, sendo considerada como licitação condicional, podendo vir a ser avaliada no processo de execução como se se tratasse de uma proposta de compra de um bem em venda por negociação particular.

Em causa está um imóvel que é Monumento de Interesse Público desde 2013. O convento é um mosteiro beneditino do século XI, que foi reconstruído nos séculos XVII e XVIII e, mais tarde, adaptado a hotel.

“ (…) O atual Convento de Alpendurada, reconstruído com as mesmas pedras seculares de antanho e com uma azulejaria dos séculos XVII e XVIII, com salões seculares e longos corredores onde se misturam beleza, austeridade e grandeza, e onde se sente o sussurro do passado, na espiritualidade que toca todo o homem, aqui envolvendo-o no fascínio duma poesia diferente, mas possessiva”, lê-se num texto sobre o Convento de Alpendurada publicado no site da Junta de Freguesia de Alpendurada, Várzea e Torrão.

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