quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Responsável pelo grupo Wagner nega envolvimento em execução brutal de mercenário desertor - 16 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Responsável pelo grupo Wagner nega envolvimento em execução brutal de mercenário desertor

Lusa - Ontem às 10:34
Reagir|

Evgueni Prigozhin, empresário próximo ao Kremlin, aponta os serviços secretos norte-americanos como responsáveis, sem fundamentar as suas acusações.

Empresário próximo da presidência russa, Yevgeny Prigozhin.
Empresário próximo da presidência russa, Yevgeny Prigozhin.© Mikhail Svetlov

O responsável pelo grupo russo de mercenários Wagner negou hoje qualquer envolvimento na execução brutal de um suposto membro da sua organização acusado de deserção na Ucrânia, depois de ter saudado a morte do homem.

O caso começou com a publicação de um vídeo, transmitido por contas Wagner nas redes sociais próximas do grupo de mercenários, de um homem acusado de ter-se rendido às forças ucranianas antes de ser recapturado pelos russos.

Vê-se o homem, que se apresenta como Evgueni Nuzhin, ser morto de forma particularmente brutal, com o crânio golpeado com uma marreta.

Numa primeira mensagem publicada no domingo, o líder do grupo Wagner, Evgueni Prigozhin, empresário próximo ao Kremlin, elogiou o "trabalho magnífico", qualificando o homem morto como "um cão".

Posteriormente, num comunicado de imprensa hoje publicado, Prigozhin nega qualquer envolvimento do seu grupo na execução e aponta os serviços secretos norte-americanos como responsáveis, sem fundamentar as suas acusações.

"É da responsabilidade dos serviços de informação dos Estados Unidos, que sequestram pessoas, incluindo cidadãos russos, em todo o mundo", disse Prigozhin, pedindo aos procuradores russos que abram uma investigação.

"Os funcionários da Wagner distinguem-se pela sua excelente disciplina e estrita adesão aos padrões internacionais e regras de comportamento social globalmente aceites", acrescenta o chefe desta organização conhecida pelos seus métodos violentos.

A organização não-governamental (ONG) russa Gulagu.net, especializada na defesa de detidos, afirmou que Evgueni Nuzhin era um preso que tinha sido recrutado num estabelecimento prisional russo para lutar na Ucrânia.

Evgueni Prigozhin é acusado de ter visitado prisões na Rússia para recrutar presos, em troca de penas reduzidas.

Desde 2014, o grupo Wagner é acusado de servir aos interesses do regime do Presidente russo, Vladimir Putin, e de cometer abusos em várias zonas de conflito, incluindo a Síria e em países africanos.

O jornal investigativo russo Novaya Gazeta publicou, com suporte de vídeo, que os homens de Wagner espancaram um prisioneiro na Síria com marretas em 2017, para depois o decapitar e queimar.

Em setembro, Evgueni Prigozhin, de 61 anos, admitiu ter fundado a Wagner após anos negando o facto.

Na semana passada, o empresário russo também se gabou de ter realizado operações de influência eleitoral nos Estados Unidos.

Sirenes de ataques aéreos soam de novo em todas as regiões da Ucrânia - 16 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Sirenes de ataques aéreos soam de novo em todas as regiões da Ucrânia

SIC Notícias, Lusa - Há 1 hora
Reagir

Cerca de 100 mísseis russos lançados contra a Ucrânia na terça-feira, o maior ataque desde o início de outubro.

Sirenes de ataques aéreos soam de novo em todas as regiões da Ucrânia
Sirenes de ataques aéreos soam de novo em todas as regiões da Ucrânia© Andrew Kravchenko

As sirenes de aviso de ataques aéreos soaram hoje de manhã em todas as regiões da Ucrânia a pedido da força aérea, um dia depois de múltiplos ataques russos contra infraestruturas de energia e da queda de um míssil na Polónia.

Na sequência do pedido, as cerca de 20 regiões da Ucrânia estavam em alerta pouco depois de 10:00 locais (08:00 em Lisboa), segundo a agência francesa AFP.

A Ucrânia foi atingida por cerca de 100 mísseis russos na terça-feira, o maior ataque desde o início de outubro.

Cerca de 90 mísseis russos disparados contra a Ucrânia: estruturas de energia foram principais alvos
0
Ver no Relógio

O ataque seguiu-se à reconquista de parte da região de Kherson, na semana passada, na sequência de uma contraofensiva ucraniana iniciada depois de Kiev ter recebido armamento dos seus aliados europeus.

Kherson é uma das quatro regiões ucranianas anexadas pela Rússia desde que invadiu o país vizinho, em 24 de fevereiro deste ano, juntamente com Zaporijia, Donetsk e Lugansk.

A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nos territórios anexados.

Os ataques russos de terça-feira deixaram o fornecimento de energia numa situação crítica, disse a presidência ucraniana.

Avisos de novos cortes de energia

Hoje, também há avisos de novos cortes de energia de emergência em toda a Ucrânia, noticiou a agência espanhola EFE.

A operadora de energia ucraniana Ukrenergo disse que o tempo frio estava a complicar ainda mais a situação e a reparação das infraestruturas afetadas, e pediu à população que se prepare para mais restrições.

A Ukrenergo aconselhou os ucranianos a carregar baterias e dispositivos, sempre que possível, para poderem manter o contacto com familiares.

Pediu, no entanto, que poupem no consumo para preservar a "estabilidade do sistema energético", depois do que Kiev considera tratar-se de ataques coordenados contra as infraestruturas críticas do país.

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue