sábado, 12 de novembro de 2022

“Andei a empurrar carne durante 11 meses, cheio de sangue, e a jogar à noite. Casei em Marrocos, tive de me converter ao islamismo” - 12 DE NOVEMBRO DE 2022

 

“Andei a empurrar carne durante 11 meses, cheio de sangue, e a jogar à noite. Casei em Marrocos, tive de me converter ao islamismo”

Alexandra Simões de Abreu - Há 3 horas
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O treinador Bruno Baltazar, 45 anos, reconhece que não teve qualidade como jogador para atingir patamares mais elevados, apesar das experiências na Alemanha, Inglaterra e Chipre. A morte súbita do pai, quando fazia a transição de júnior para sénior, deixou-o “vazio, zangado e algo perdido”, confessa. Casado com uma marroquina e pai de duas filhas, o ex-central elaborou um plano B, como tradutor, antes de confirmar que o seu futuro passaria por ser técnico. Fase sobre a qual falamos na segunda parte deste Casa às Costas

“Andei a empurrar carne durante 11 meses, cheio de sangue, e a jogar à noite. Casei em Marrocos, tive de me converter ao islamismo”
“Andei a empurrar carne durante 11 meses, cheio de sangue, e a jogar à noite. Casei em Marrocos, tive de me converter ao islamismo”© Ana Baiao

É natural de Lisboa. Filho de quem?

Nasci em São Sebastião da Pedreira, os meus pais também são de Lisboa, com uma ligação forte ao bairro da Mouraria, nasceram, cresceram, conheceram-se e viveram lá. O meu pai, Fernando Baltazar, trabalhava numa companhia de seguros e jogou futebol na primeira divisão, nos anos 70, no Atlético e no Oriental. Era semi-profissional, treinava à noite e de dia trabalhava. A minha mãe, Adelina Baltazar, era empregada de escritório. Sou filho único.

Cresceu na Mouraria?

Não, os meus pais quando se casaram fomos morar para o bairro da Idanha, em Belas, no concelho de Sintra. Tenho uma ligação forte ao bairro da Mouraria porque passava os meses de verão lá, na casa das minhas avós, fui batizado na Mouraria, na igreja do Coleginho, mas cresci na Idanha.

Qual a primeira memória de infância?

As vivências na Idanha, um bairro que cresceu com o boom de natalidade no pós-25 de abril, em que as pessoas que não tinham possibilidade de viver em Lisboa começaram a ocupar os bairros periféricos de Lisboa e eu fui apenas mais um produto desses bairros periféricos. Lembro-me de uma infância feliz, com centenas e centenas de miúdos a jogar à bola, a andar de bicicleta, saímos de casa às nove da manhã e só aparecíamos à noite.

Foi uma criança calma ou deu muitas dores de cabeça?

Muito calminho. Talvez por ter sido filho único, era muito introvertido, com algumas dificuldades em socializar quando era mais pequenino, Os meus pais até me diziam: “Vai para a rua, vai brincar com os outros miúdos”. Resisti um bocadinho, mas a partir dos 10, 12 anos, lá meu deu o clique e comecei a ir para a rua e a fazer amizades que ainda hoje perduram.

Da escola, gostava?

Licenciei-me, mas não fui um grande aluno, fui sempre algo preguiçoso, era sempre o "qb" para ir passando. Estudei sete anos anos no colégio Moderno, no Campo Grande, chumbei no sétimo e fui para o colégio Vasco da Gama, onde as minhas filhas andam atualmente. Fiz o secundário na escola pública na Portela de Sintra, porque já jogava no Sintrense.

Para ler este artigo na íntegra clique aqui

Retirada de Kherson é "fracasso estratégico" russo, diz Reino Unido - 12 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Retirada de Kherson é "fracasso estratégico" russo, diz Reino Unido

Lusa - Há 53 minutos
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O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, descreveu hoje a retirada das tropas russas da cidade ucraniana de Kherson como "outro fracasso estratégico" para Moscovo, e reiterou o apoio do Reino Unido à Ucrânia.

O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, descreveu hoje a retirada das tropas russas da cidade ucraniana de Kherson como "outro fracasso estratégico" para Moscovo, e reiterou o apoio do Reino Unido à Ucrânia.
O ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, descreveu hoje a retirada das tropas russas da cidade ucraniana de Kherson como "outro fracasso estratégico" para Moscovo, e reiterou o apoio do Reino Unido à Ucrânia.© Mateusz Wlodarczyk/NurPhoto via Getty Images

"A anunciada retirada da Rússia de Kherson marca outro fracasso estratégico para eles. Em fevereiro, a Rússia não conseguiu alcançar nenhum dos seus principais objetivos, exceto Kherson", disse Wallace, num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

As tropas ucranianas entraram na cidade de Kherson na sexta-feira, depois de as forças russas se terem retirado para a margem sul do Rio Dniepre, a outra metade da região da Ucrânia que Moscovo ocupou nos primeiros dias da guerra.

"Os militares russos sofreram uma enorme perda de vidas como resultado da sua invasão ilegal e só conseguiram o isolamento e a humilhação internacional", disse o ministro da Defesa britânico.

Wallace reafirmou o apoio do Reino Unido à Ucrânia, mas advertiu que ninguém deve subestimar a "ameaça contínua" que disse que a Federação Russa representa.

Kherson é uma das quatro regiões anexadas pela Rússia desde que invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano, juntamente com Zaporijia (sudeste), Donetsk e Lugansk (leste).

A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia (sul) em 2014.

A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional consideraram as anexações ilegais.

Com armamento fornecido pelos seus aliados ocidentais, a Ucrânia lançou uma contraofensiva no sul e no leste nos últimos dois meses, que lhe permitiu reconquistar algum do território que estava sob domínio russo.

A reconquista de Kherson ocorreu poucas semanas depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ordenado a mobilização de 300.000 reservistas para reforçar as linhas da frente na Ucrânia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse hoje que, após a reconquista de Kherson, a vitória contra os invasores russos é apenas "uma questão de tempo".

A guerra na Ucrânia, em curso há quase nove meses, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.

Leia Também: Washington saúda "vitória extraordinária" ucraniana em Kherson

Mundial de hóquei em patins: Portugal está na final e vai tentar revalidar o título frente à Argentina - 12 DE NOVEMBRO DE 2022

 

Mundial de hóquei em patins: Portugal está na final e vai tentar revalidar o título frente à Argentina

Lusa - Há 22 minutos
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Seleção nacional, campeã em título, bateu a França por 4-0 nas meias-finais, num jogo que só se resolveu nos minutos finais. O adversário será a equipa da casa, a Argentina, numa reedição da final do Mundial de 2019

Mundial de hóquei em patins: Portugal está na final e vai tentar revalidar o título frente à Argentina
Mundial de hóquei em patins: Portugal está na final e vai tentar revalidar o título frente à Argentina© ESTELA SILVA/LUSA

A seleção portuguesa de hóquei em patins, campeã em título, qualificou-se na sexta-feira para a final do Mundial de 2022, ao bater a França por 4-0, na primeira meia-final, em San Juan, na Argentina.

Uma vitória por aparentemente tranquilos 4-0, mas num jogo em que Portugal só se adiantou aos 21 minutos, por Rafa, e apenas construiu o resultado folgado nos derradeiros minutos.

Depois de um cartão azul a Roberto Di Benedetto, Gonçalo Alves falhou um livre direto, mas Portugal ficou a jogar com mais um (‘5x4’) e Hélder Nunes sentenciou aos 47 minutos, para, no último minuto, com os franceses, sem guarda-redes, marcar mais dois.

Henrique Magalhães apontou o terceiro e Hélder Nunes ‘bisou’, para o quarto, confirmando o apuramento luso.

Na final, marcada para domingo, Portugal vai medir forças com a Argentina, que bateu a Itália por 4-1 na outra meia-final.

Num ‘estádio’ Aldo Cantoni ao rubro, em San Juan, os argentinos já chegaram ao intervalo a vencer por 2-0, graças a um ‘bis’ do ‘leão’ Gonzalo Romero, aos 22 e 25 minutos, o primeiro em superioridade numérica (5x4) e o segundo de penálti.

Os ‘albicelestes’ deram uma ‘machadada’ no encontro logo a abrir a segunda parte, aos 27 minutos, com um golo do benfiquista Lucas Ordoñez, em jogada individual com ‘nota artística’.

O ex-portista Giulio Cocco ainda marcou para os transalpinos, aos 48 minutos, mas, no último minuto, acabou expulso, ‘oferecendo’ um livre direto à Argentina, que o benfiquista e ‘capitão’ Carlos Nicolía aproveitou para fazer o 4-1 final.

Desta forma, Portugal e Argentina vão repetir o jogo que, há três anos, valeu o 16.º título à formação das ‘quinas’, num campeonato disputado em Barcelona.

Na final, em 14 de julho de 2019, Portugal teve no guarda-redes Ângelo Girão a sua grande figura, ao não sofrer qualquer golo durante o encontro, prolongamento incluído, e ser batido apenas uma vez no desempate por grandes penalidades.

O benfiquista Carlos Nicolía acertou o primeiro remate dos argentinos, no desempate, mas Girão não mais foi batido, fazendo quatro defesas, enquanto Gonçalo Alves e Hélder Nunes selaram a reviravolta (2-1).

No domingo, as duas formações voltam a encontrar-se, com Portugal em busca do 17.º ‘caneco’, para igualar a recordista Espanha, que caiu perante a França nos ‘quartos’, e a Argentina à procura do sexto, e primeiro desde 2015.

Os argentinos perderam a derradeira final com a seleção das ‘quinas’, mas também já ganharam uma, em 1995, no Recife, no Brasil, onde se impuseram por claros 5-1.

O ‘tira teimas’ está marcado para domingo, pelas 23:30 (em Lisboa), com a Argentina a beneficiar do fator casa, em San Juan, onde só ganhou em 1978, tendo perdido na última final por 5-4, com a Espanha, na edição de 2011.

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