quarta-feira, 24 de julho de 2019

ALEXANDRE DUMAS (PAI) - NASCEU EM 1802 - 24 DE JULHO DE 2019

Alexandre Dumas (pai)

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Alexandre Dumas
Dumas em 1855
Nome completoDumas Davy de la Pailleterie
Nascimento24 de julho de 1802
Villers-Cotterêts, departamento de AisneRepública Francesa(hoje  França)
Morte5 de dezembro de 1870 (68 anos)
Dieppe, departamento de Seine-MaritimeRepública Francesa(hoje  França)
Nacionalidadefrancesa
Género literárioromancedrama
Movimentoliterárioromantismo e ficção histórica
Magnum opusLes Trois Mousquetaires (1844)
Le Comte de Monte-Cristo (1844-45)
Carreira musical
Período musical1819-1885
Alexandre Dumas, conhecido como Alexandre Dumas, Pai (Villers-Cotterêts24 de julho de 1802 — Puys, 5 de dezembro de 1870), foi um romancista francês. Nasceu na região de Aisne, próximo a Paris. Era neto do marquês Alexandre Antoine Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo) negra, Marie-Césette Dumas. Seu pai foi Thomas Alexandre Davy de la Pailleterie, mais conhecido como General Dumas, grande figura militar de sua época.[1]

Carreira literária[editar | editar código-fonte]

Enquanto trabalhava em París, Dumas começou a escrever artigos para revistas e também peças para teatro. Em 1829 foi produzida sua primeira peça, Henrique III e sua Corte, alcançando sucesso de público. No ano seguinte, sua segunda peça, Christine, também obteve popularidade. Como resultado, tornou-se financeiramente capaz de trabalhar como escritor em tempo integral. Entretanto, em 1830, participou da revolução que depôs o rei Carlos X de França e substituiu-o no trono pelo ex-patrão de Dumas, o Duque d'Orléans, que governaria com o nome de Luís Filipe de França, alcunhado de Rei Cidadão.
Até meados da década de 1830, a vida na França permaneceu agitada, com tumultos esporádicos em busca de mudanças promovidas por republicanos frustrados e trabalhadores urbanos empobrecidos. À medida que a vida retornava lentamente à normalidade, o país começava a se industrializar e, com uma economia em crescimento combinada com o fim da censura à imprensa, a vida recompensou as habilidades de escritor de Alexandre Dumas.
Após escrever mais algumas peças de sucesso, passou a se dedicar aos romances. Apesar de ter um estilo de vida extravagante e sempre gastar mais do que ganhava, Dumas provou ser um divulgador astuto. Com a alta demanda dos jornais por romances seriados, em 1838 simplesmente reescreveu uma de suas peças para criar sua primeira série em romance. Intitulada "O Capitão Paulo" (em francês Le Capitaine Paul) levou-o a criar um estúdio de produção que lançou centenas de histórias, todas sujeitas à sua apreciação pessoal.
Em 1840 casou-se com uma atriz, Ida Ferrier, mas continuou a manter seus casos com outras mulheres, sendo pai de pelo menos três filhos fora do casamento. Um desses filhos, que recebeu o seu nome, seguiria seus passos na carreira de novelista e escritor de peças teatrais. Por causa do mesmo nome e da mesma profissão, para distinguir um do outro, um é chamado Alexandre Dumas pai (Alexandre Dumas, père) e o outro Alexandre Dumas, filho (em francês, Alexandre Dumas, fils).
Alexandre Dumas, pai, escreveu romances e crônicas históricas com muita aventura que estimulavam a imaginação do público francês e de outros países nos idiomas para os quais foram traduzidos. Alguns destes trabalhos foram:
Seu trabalho como escritor lhe rendeu muito dinheiro, porém Dumas vivia endividado por conta de seu alto gasto com mulheres e de seu estilo de vida. O grande e dispendioso château que construiu estava constantemente cheio de pessoas estranhas que se aproveitavam de sua generosidade. Com a deposição do rei Luís Filipe após uma revolta, não foi visto com bons olhos pelo presidente recém-eleito, Napoleão III, e em 1851 Dumas teve que ir embora para Bruxelas para fugir de seus credores. Dali viajou à Rússia, onde o francês era a segunda língua falada e suas novelas também eram muito populares.
Dumas passou dois anos na Rússia antes de se mudar em busca de aventuras e inspiração para mais histórias. Em março de 1861, o reino da Itália foi proclamado, com Vítor Emanuel II como rei. Nos três anos seguintes, Alexandre Dumas se envolveria na luta pela unificação da Itália, retornando a Paris em 1864.
Apesar do sucesso e das ligações aristocráticas de Alexandre Dumas, sua vida sempre foi marcada por ter ascendência negra. Em 1843, escreveu uma curta novela intitulada Georges, que chamava atenção para alguns aspectos raciais e para os efeitos do colonialismo. Apesar disso, atitudes racistas contrárias à sua posição legítima na história da França ainda bem depois de sua morte, 5 de dezembro de 1870.

Reconhecimento póstumo[editar | editar código-fonte]

Sepultado no local onde nasceu, o corpo de Alexandre Dumas ficou no cemitério de Villers-Cotterêts até 30 de novembro de 2002. Sob as ordens do presidente francês Jacques Chirac, seu corpo foi exumado e, numa cerimónia televisiva, seu novo caixão, carregado por quatro homens vestidos como os mosqueteiros Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan, foi transportado em procissão solene até o Panteão de Paris, o grande mausoléu onde grandes filósofos e escritores da França estão sepultados.
Em seu discurso, o presidente Chirac disse: "Contigo, nós fomos D'Artagnan, Monte Cristo ou Balsamo, cavalgando pelas estradas da França, percorrendo campos de batalha, visitando palácios e castelos -- contigo, nós sonhamos." Numa entrevista após a cerimônia, Chirac reconheceu o racismo que existiu, dizendo que um erro agora foi reparado, com o sepultamento de Alexandre Dumas ao lado dos companheiros autores Victor Hugo e Voltaire.
A honraria reconheceu que, apesar de a França ter produzido vários grandes escritores, nenhum deles foi tão lido quanto Alexandre Dumas. Suas histórias foram traduzidas em quase 100 idiomas, e inspiraram mais de 200 filmes.

Referências

  1.  «Général Dumas»Dumaspere.com. La Société des Amis d'Alexandre Dumas. Consultado em 16 de Março Verifique data em: |acessodata= (ajuda)

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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terça-feira, 23 de julho de 2019

DIA DO ALFAIATE E DA MODISTA - 23 DE JULHO DE 2019

Alfaiates

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Um alfaiate trabalhando.
Alfaiate (em francêsTailleur) é o profissional especializado que exerce o ofício da Alfaiataria, uma arte que consiste na criação de roupas masculinas (ternocostumecalçacolete, etc.) de forma artesanal e sob medida, ou seja, exclusivamente de acordo com as medidas e preferências de cada pessoa, sem o uso padronizado de numeração preexistente.[1]
Outras funções atribuídas ao Alfaiate:
  • Estilista: Feitio de roupas femininas de talhe masculino (costumes, paletós, terninhos, tailleurs, etc.).
  • Figurinista: Criar, organizar os figurinos, conservá-los em bom estado e auxiliar os artistas a vesti-los em espetáculos teatrais, novelas, shows, filmagens ou apresentações de TV.
Atualmente, o termo Alfaiataria também é utilizado para caracterizar roupas, mesmo que industrializada, que apresentam o corte característico das roupas masculinas produzidas artesanalmente, com cortes retos e precisos e tecidos clássicos.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A palavra Alfaiate, assim conhecida na língua portuguesa, é derivada do árabe alkhayyát, do verbo kháta que significa coser.
Entre as variações linguísticas dessa palavra são utilizadas as expressões:

Termos relacionados[editar | editar código-fonte]



Modistas

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Os modistas (também chamados modistae ou gramáticos especulativos) foram os membros de uma escola de filosofia gramatical conhecida como Modismo, ativa no norte da FrançaAlemanhaGrã-Bretanha e Dinamarca nos séculos XIII e XIV. Sua influência foi muito menos sentida na parte sul da Europa, onde a tradição de oposição da assim chamada "gramática pedagógica" nunca perdeu sua preponderância.

História[editar | editar código-fonte]

Guilherme de ConchesPedro Elias e Ralf de Beauvais, também referidos como "gramáticos especulativos" precedem o próprio movimento modista.
A filosofia modista foi primeiro desenvolvida por Martinho de Dácia (morto em 1304) e seus colegas em meados do século XIII, embora fosse se elevar à proeminência somente após sua sistematização por Tomás de Erfurt décadas depois em seu tratado De modis significandi seu grammatica speculativa, provavelmente escrito na primeira década do século XIV. Até o início do século XII, assumia-se que esta obra era de autoria de João Duns Escoto. Amplamente reproduzida e comentada na Idade Média, permanece como o livro-texto mais completo da gramática especulativa modista. A autoria equivocada surgiu da afinidade natural da gramática especulativa de Erfurt com a metafísica de Escoto.

Teoria dos modos[editar | editar código-fonte]

A filosofia dos modistas, conforme indicado pelo seu nome, foi baseada sobre uma teoria dos "modos" de significar na linguagem que era tripartida: modos de ser (modi esssendi), modos de entender (modi intelligendi) e modos de significar (modi significandi). Para os modistas, as várias partes do discurso foram vistas como representando a realidade em termos desses modos. Os modi esssendi são objetivamente qualidades existentes num objeto de entendimento; os modi intelligendi, os meios de entendimento para representar os modi esssendi; e os modi significandi, meios da gramática para representar os modi intelligendi na linguagem. Isso corresponde à teoria semântica tripartida de Aristóteles das palavras representando conceitos que representam objetos.
Opondo-se ao nominalismo, eles afirmavam que a análise da gramática da língua ordinária era a chave para a metafísica. Para os modistas, as formas gramaticais, os modi significandi dos verbos, substantivos e adjetivos compreendem a profunda estrutura ontológica da linguagem, que objetivamente reflete a realidade. Sua obra predisse o conceito de gramática universal, sugerindo que as regras gramaticais universais podem ser extraídas de todas as línguas vivas. Roger Bacon pode ter dado a inspiração do movimento com sua observação de que todas as línguas são construídas sobre uma gramática comum, um fundamento compartilhado de estruturas linguísticas ancoradas ontologicamente. Ele argumentava que a gramática é substancialmente a mesma em todas as línguas, ainda que possa sofrer variações acidentais entre as línguas.

Influências[editar | editar código-fonte]

Há paralelos entre a gramática especulativa e fenomenologia, um fato que foi captado cedo por Martin Heidegger, que escreveu seu primeiro livro Die Kategorien-und Bedeutungslehre des Duns Scotus, sobre o tratado de Tomás de Erfurt (àquela época, erroneamente atribuído a Duns Escoto).

Modistas[editar | editar código-fonte]

Referências

Referências

  1.  alfaiate in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018-08-16 21:09:46]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/alfaiate

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