quarta-feira, 28 de março de 2018

A Colina das Cruzes na Lituânia

Você já ouviu falar na Colina das Cruzes? É um lugar de peregrinação localizado no coração do Mar Báltico e considerado por muitos um território sagrado. Já em clima de Páscoa, faremos um breve passeio por Kryzkalnis, na Lituânia, e você conhecerá um pouco da história e o testemunho de fé que a Colina das Cruzes representa para o povo desse país.
 
A colina é visitada por peregrinos do mundo inteiro, ficando especialmente movimentada na Semana Santa, em função da Páscoa do Senhor. Em 1993, o Papa João Paulo II visitou o local, que estava lotado por milhares de fiéis que vieram para ver e orar com Sua Santidade. Ao dirigir-se à multidão, ele disse: "Obrigado, povo da Lituânia, por esta Colina de Cruzes que testemunha às nações da Europa e ao mundo inteiro a fé da gente desta terra." 
Logo após a Revolta Camponesa de 1831 contra  Rússia, a colina começou a tornar-se um santuário. Estima-se que algo entre 10 e 20 mil pessoas perderam suas vidas nesta ocasião. As famílias que não conseguiram encontrar os corpos dos seus entes queridos colocaram cruzes em sua memória. Desde então, o local tornou-se um centro de peregrinação dos católicos lituanos, que vão lá para orar pelos seus mortos. 
No início de 1940, a Lituânia foi ocupada pela União Soviética, e assim permaneceu por meio século. Os soviéticos proibiram as práticas religiosas e tentaram reprimir a cultura e atividade política do povo lituano, deportando milhares de pessoas para a Sibéria. Também houve o período de dominação pela Alemanha Nazista, quando 33% da população foi perdida devido ao Holocausto, execuções, prisões e emigrações forçadas. As pessoas viajavam até a Colina das Cruzes para colocar um crucifixo em memória dos condenados à vida na Sibéria.  
 
Em 1959, o Governo Soviético baniu a construção e colocação das cruzes, dando início a uma malsucedida campanha para acabar com a colina e seu simbolismo. Houve várias tentativas de destrui-la com escavadeiras, com água, com fogo, enfim, varrer o local do mapa. Chegaram a postar guardas da KGB e erguer barricadas para impedir as pessoas de colocarem mais cruzes. Porém, os lituanos, como forma de desafio, entravam no local à noite.
A colina mede 60 metros de altura, com largura de 40 metros. Milhares de cruzes, estátuas, entalhes, rosários, pinturas de santos e outras lembranças ou objetos significativos empilham-se no local. Estudiosos estimam que o número de cruzes seja superior a 200 mil. É costume dos visitantes deixar ali um crucifixo ou outro objeto de valor especial para eles. Portanto, o número de cruzes aumenta constantemente. 
colina das cruzes
Há vários exemplos de construção de cruzes, uma forma de arte lituana. Por todo o país pode-se avistar crucifixos decorando casas, igrejas, cemitérios e à beira das estradas. Elas são adornadas de maneira intrincada, com padrões geométricos, flores, sóis, pássaros e a árvore da vida. São utilizadas como memoriais para os mortos em ocasiões significativas, para marcar antigos povoados, e oferecer proteção espiritual e segurança aos viajantes. 
colina das cruzes
O local sagrado atrai também diversos casais que, no dia do matrimônio, levam uma cruz para adicionar à coleção. Eles acreditam que o ritual dá sorte e que Deus vai proteger a nova família que está se formando. 
colina das cruzes

 
colina das cruzes
colina das cruzes
colina das cruzes
colina das cruzes
colina das cruzes
colina das cruzes
Bônus: Assista agora ao vídeo que mostra em detalhes esse lugar tão especial para religiosos dentro e fora da Lituânia. 

 

EXPRESSO


José Cardoso
POR JOSÉ CARDOSO
Editor Adjunto
 
Dinheiro de colégios para cruzeiros e champanhe. E Portugal, não expulsa ninguém? O que matou o 1º homem a ir ao espaço?
Boa tarde,

Ministério Público acusa administradores de colégios de desvio de milhões para carros, cruzeiros, jantares e champanhe. No tema de abertura deste Expresso Diário, a Isabel Leiria conta toda a história.

Portugal deve ou não expulsar também diplomatas russos? Há quem defenda que, para não o fazer, “terá de apresentar fortes justificações”. A Soraia Pires e a Helena Bento falaram com quem o diz.

Médicos decidem esta quarta-feira se operam português baleado no ataque em França – no mesmo dia em que haverá uma homenagem de Estado ao gendarme que se trocou por um dos reféns do terrorista e foi morto por ele. O Daniel Ribeiro faz o ponto da situação, explica o que vai passar-se amanhã e conta como o novo herói da França passou 3h37 a negociar a sós com o terrorista que depois o matou.

Portugal paga a segunda eletricidade mais cara da Europa quando ela sai do produtor. Di-lo um relatório da União Europeia sobre o mercado energético europeu, que o Miguel Prado esteve a analisar.

Noutro dos temas desta edição, o Adriano Nobre mostra que as autarquias ainda só estão a regularizar 15% dos precários identificados.

Organizações representativas de polícias e militares entregaram esta terça-feira um documento ao Presidente da República, que veem como o “último reduto” para resolver situações que têm pendentes com o Governo, a principal das quais é o descongelamento de carreiras. A Luísa Meireles e o Hugo Franco dizem o que está em causa e como as partes envolvidas têm lidado com a situação.

Outro protesto foi o dos funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que iniciaram uma greve de três dias. O Expresso falou com a presidente do sindicato respetivo, Manuela Niza Vieira.

Esta terça-feira cumprem-se 50 anos sobre a morte do carismático oficial soviético que entrou em órbita à volta da Terra, pouco tempo antes de os americanos fazerem o mesmo. O Luís M. Faria relembra o que aconteceu nessa estreia e o que aconteceu depois ao herói da façanha, Yuri Gagarin.

Na opinião, o Ricardo Costa pergunta o que se segue depois de Zenu ter sido constituído arguido, Francisco Louçã escreve sobre “Juízes de gatilho fácil”, o Daniel Oliveira trata de “Prós e Contras”: a ciência não é democrática” e o Henrique Raposo acusa “A voz de Moscovo”.

Boas leituras e um bom resto de dia, sem desvios, expulsões ou precariedades
Future
 
  
A tecnologia portuguesa que ajuda a comunicar com pacientes como Stephen Hawking
Uma das limitações mais dolorosas que sofrem aqueles que padecem de doenças neuromusculares é que, à medida que vão perdendo a capacidade de se moverem, desaparece também a possibilidade de comunicarem com aqueles que os rodeiam.
ARTIGO PATROCINADO
LER O EXPRESSO DIÁRIO
MP acusa administradores de colégios de desvio de milhões para carros, cruzeiros, jantares e champanhe
Ministério Público acusa cinco administradores do grupo GPS de se terem apoderado de 30 milhões que receberam do Estado para os seus colégios. Ex-secretário de Estado José Manuel Canavarro e o antigo diretor regional de Educação José Almeida, os decisores que abriram a porta à celebração de novos contratos de associação com este grupo, estão indiciados por corrupção passiva
“Portugal não pode singularizar-se. Terá de apresentar fortes justificações para não expulsar diplomatas russos”
“Portugal não pode singularizar-se. Terá de apresentar fortes justificações para não expulsar diplomatas russos”
Médicos decidem esta quarta-feira se operam português baleado no ataque em França
Médicos decidem esta quarta-feira se operam português baleado no ataque em França
Ricardo Costa
Zenu é arguido. O que se segue?
 
Francisco Louçã
Juízes de gatilho fácil
 
Daniel Oliveira
“Prós e Contras”: a ciência não é democrática
 
Henrique Raposo
OPINIÃO
 
ENERGIA
Portugal paga a segunda eletricidade mais cara da Europa
POLÍTICA
Autarquias ainda só estão a regularizar 15% dos precários identificados
PAÍS
Presidente da República é o “último reduto” de polícias e militares, que estão “a fazer tudo para evitar” manifestarem-se
EFEMÉRIDE
O que matou Yuri Gagarin, o primeiro homem no Espaço?
GREVE NO SERVIÇO DE ESTRANGEIROS E FRONTEIRAS
“Acharam que retirarmos a greve anterior era sinal de fraqueza, mas era sinal de boa vontade. Agora vamos ver o que acontece”
POLÉMICA
Zuckerberg recusa ir ao Parlamento britânico responder sobre escândalo dos dados

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Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 
Experimentámos as colunas inteligentes da Amazon e da Google. Durante uma semana falámos com as assistentes virtuais Alexa e Ok Google e percebemos como a inteligência artificial já vive entre nós.
PSP 
O Comando da PSP do Porto já abriu um processo de averiguações para perceber se avança com processo disciplinar contra o polícia que deu um sermão religioso de 4 minutos a 3 detidos.
EUROPOL 
Tania Varela, a mulher mais procurada pela Europol, esteve escondida em Portugal durante parte do tempo em que esteve em fuga. Foi detida em Sitges, na Catalunha, enquanto passeava a filha num parque.
RUI RIO 
O líder do PSD considera que é muito difícil que o Governo seja capaz de apresentar um orçamento que vá "ao encontro dos princípios que o PSD tem defendido e que ao longo destes anos".
PSD 
O antigo líder da distrital de Lisboa e um dos críticos da liderança de Rio criticou a "falta de solidariedade grave" do Governo e exigiu que o PSD tome uma "posição pública" sobre o assunto.
LIGA DOS CAMPEÕES 
Na próxima época, já será possível usar um jogador contratado em Janeiro a outra equipa da Champions. Será permitida uma quarta substituição no prolongamento. E os jogos deixam de ser às 19h45.
SPORTING DE BRAGA 
O presidente do Sporting de Braga disse que o Sporting ainda não pagou a segunda tranche relativa à transferência de Battaglia e notou que o FC Porto "teve a grandeza de honrar os seus compromissos".
CATALUNHA 
A justiça alemã tem 60 dias para decidir se extradita ou não o ex-presidente catalão. Lei alemã prevê crime semelhante ao de rebelião, mas apenas se implicar "violência ou ameaça de violência".
FACEBOOK 
Mark Zuckerberg não vai prestar declarações ao comité parlamentar britânico, que o convocou para responder sobre o caso que envolve o Facebook e a Cambridge Analytica. Enviará um adjunto.
FOTOGRAFIA 
De engenheiro eletrotécnico a fotógrafo, António Coelho conquistou esta semana um dos maiores prémios fotográficos do mundo. Só descobriu a arte na lua de mel. Agora é inspirado por Ansel Adams.
BMW 
O dono de um BMW X5, equipado com fecho automático de portas, ou "soft closing doors", afirma ter sido vítima de umas “very violent decapitating doors”. Ficou sem dedo e processou a BMW.
Opinião

Rui Ramos
O escândalo à volta do Facebook não tem a ver com as redes sociais e o seu poder, mas com o facto de ter ajudado Trump. Enquanto ajudava apenas Obama ou os Trabalhistas ingleses, estava tudo bem.

Laurinda Alves
Sou Arnaud Beltrame por me identificar com os seus valores humanos e reconhecer neste homem, e nos seus actos, a bravura e a coragem necessárias para fazer frente aos extremistas que espalham o terror

Paulo de Almeida Sande
A vida é um mosaico sem fim de rostos como os nossos, da nossa gente, boa ou má. Mas o ódio e o amor não se devem confundir, sob pena de ser zero a sua soma. E o zero não se multiplica, nem se divide.

Luís Rosa
O Presidente da República está em boa posição para exercer "todos os seus poderes" e cumprir o papel de escrutinar no verão que se avizinha um Governo que já falhou clamorosamente duas vezes.

Alexandre Homem Cristo
O governo tem ocultado dados, falseado indicadores e sabotado a comparabilidade de informação. Em benefício próprio e prejuízo da qualidade da democracia, assim diminuída na capacidade de escrutínio.
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OBSERVADOR

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Startups

Por Ana Pimentel, Jornalista
“Estou mesmo arrependido que isto tenha acontecido.”
“Se me dissessem, em 2004, quando criei o Facebook, que ia estar preocupado com a defesa da democracia, não ia acreditar.”
“Esta é a minha filosofia agora. No final do dia pergunto-me: Vão as minhas filhas orgulhar-se do que fiz?”
Mark Zuckerberg pediu desculpa — na rede social, em entrevistas e em páginas de jornais –, fartou-se de pedir desculpa, mas não foi suficiente. As ondas de indignação social que rebentaram depois de Christopher Wylie ter revelado que a Cambridge Analytica usou indevidamente dados de 50 milhões de contas do Facebook para ajudar a pôr Donald Trump na Casa Branca não são a única dor de cabeça do norte-americano de 33 anos. As perguntas que continuam sem resposta já fizeram com que o valor da empresa caísse mais de 70 mil milhões de dólares em dez dias, que a Comissão Federal de Comércio norte-americana abrisse uma investigação ao Facebook e que o movimento #deletefacebook ganhasse nomes tão sonantes como o de Elon Musk, que apagou as contas da Tesla e do SpaceX da rede social.
Não sei se Zuckerberg acha que “somos todos idiotas”, mas somos um bocadinho, sim. Não por continuarmos a usar redes sociais ou acreditarmos no seu pedido de desculpas, mas por termos esperado que a análise de dados afetasse desta forma um bem que nos é tão valioso como a democracia para finalmente pormos o tema na agenda pública ou das redes sociais, como quiserem. Tudo o que fazemos na Internet é usado contra ou a favor de nós próprios, não cai no vazio (não há vazio na Internet) e nenhuma destas frases pretende ser catastrófica. É a verdade. Às vezes dá-nos jeito partilhar a nossa vida online, por um motivo ou outro. A estas empresas, dá sempre jeito que o façamos. A discussão sobre o quão necessário é regular estes zeros e uns existe há muito, mas o princípio de liberdade universal que orienta a própria Internet é por si só um obstáculo à concretização deste regulamento. Quem é que decide quem é que regula o quê?
A Marta Leite Ferreira e o Manuel Pestana Machado não pensaram nisso na semana em que andaram a conversar com a Alexa e a Ok Google, mas foi graças a todo o seu comportamento online que conseguiram fazê-lo. No geral, irritaram-se um bocadinho com a quantidade de vezes que ouviram os sistemas de inteligência artificial dizerem “I don’t understand“, o Manuel quis ouvir uma história para adormecer, mas a Alexa deu-lhe uma enorme tampa (#estamoscontigo, Manuel) e a Marta teve de dar outra à Ok Google quando esta se esticou (#quemnunca, Marta).
No final, o Manuel ficou com a Alexa na mesa de cabeceira e a Marta nunca mais cantou da mesma forma (para perceberem melhor isto vão ter mesmo de ler a experiência destes dois no admirável mundo das assistentes digitais). Nós aqui no Observador ficámos a escrever notícias e reportagens sem ajuda de nenhuma inteligência artificial, só da música. E nem foi preciso trazermos o velhinho walkman.
Tenham uma ótima semana. Até terça!
PS: A Frames é um projeto que nasceu dentro do Observador, com talento da casa (estão a ver aqueles gráficos nos nossos artigos?), mas que entretanto ganhou vida e nome próprio. E está entre os 16 semifinalistas do prémio Startups for News, da Global Editors Network. Quem quiser ajudá-la a chegar aos oito finalistas, pode fazê-lo aqui.

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