terça-feira, 31 de janeiro de 2017

VAI DAR ZEBRA

Russo Marca Data Do Fim Do Mundo: 16 De Fevereiro

Rússia – Se você sobreviveu às previsões de que o mundo acabaria em 2012, prepare-se para o 16 de fevereiro. Daqui a 20 dias, segundo o cientista russo Dyomin Damir Zakharovich, a vida na Terra será dizimada. E a culpa é do ‘2016 WF9’, corpo celeste (monitorado pela Nasa) de um quilômetro de diâmetro em rota de colisão com o planeta.
A agência espacial americana confirma que o monstrengo, um bólido errante e escuro que pode ser um cometa ou um asteroide, está se aproximando da Terra e passará perto da órbita no dia 25. Zakharovich, porém, afirma que os cálculos da Nasa estão errados. “A Nasa sabe e não fala”, dispara. “Só agora estão começando a avisar, mas aos poucos”, acusa.
Segundo o russo, o WF9 tem viajado em direção à Terra há cinco anos. Passou por baixo do Cinturão de Asteroides e pela órbita de Marte. E vai bater no planeta dia 16 — só não tem como precisar onde. Caso atinja um continente, o choque, o deslocamento de ar e as explosões acabarão com tudo em volta. Se bater no mar, surgirá um tsunami devastador.
A Nasa garante que não há motivos para pânico. “Estudamos a fundo a trajetória do WF9. O corpo celeste não representa ameaça no futuro próximo”, afirma a agência, em nota. “Vai passar a 51 milhões de quilômetros da Terra”, detalha.
Não faria nem cócegas, segundo a Nasa. Para efeito de comparação, o 2016 RB1, asteroide do tamanho de um ônibus descoberto por acaso, ‘tirou um fino’ da Terra em setembro, passando a 40 mil quilômetros — ou um décimo da distância até a Lua.
Como se o asteroide não fosse suficiente, teóricos da conspiração ainda acreditam que o planeta imaginário Nibiru também está em rota de colisão.
O suposto astro (que também é chamado de Planeta X) teria sido direcionado para a órbita terrestre por uma força gravitacional e deverá nos acertar em outubro deste ano. Não existe qualquer comprovação científica da existência de Nibiru.
Fonte: http://odia.ig.com.br/

RUI NABEIRO - Nunca despediu nenhum empregado

Rui Nabeiro: O Patrão Que Nunca Despediu Nenhum Funcionário!

Retrato de um patrão que mandou passear a Nestlé e a Pepsi, preferindo sacrificar a rentabilidade a despedir trabalhadores: Eis Rui Nabeiro, o herói do Alentejo. É assim que arranca a peça da RTL, a Rádio Televisão do Luxemburgo a propósito de Rui Nabeiro, dono do grupo Delta Cafés de Campo Maior, no Alentejo.
 Filantropo de 85 anos, Rui Nabeiro construiu a 12.ª maior fortuna do país na indústria do café, que dá trabalho a um em cada cinco habitantes da sua vila natal, Campo Maior, em Portalegre e um dos poucos a escapar à crise que assola o interior do País.
Apesar da sua idade, este self-made man de olhar tranquilo e sorriso fácil ainda está no controle dos destinos da empresa familiar, a Delta, que ele próprio fundou em 1961. A empresa, que gere com a ajuda dos seus filhos e netos, cresceu de uma pequena fábrica de torrefacção de café virada para o mercado espanhol para uma das gigantes daquela indústria.
Sob a liderança de Rui Nabeiro, que viaja pelo do mundo para se abastecer de grãos de café verde, especialmente vindo das ex-colónias portuguesas, como o Brasil, Angola e Timor Leste, a empresa tem experimentado um forte crescimento a partir de meados da década de 1970.
A Delta Cafés é em Portugal o que a Lavazza é na Itália
A Delta é agora a número um do café em Portugal, com uma quota de mercado de 31% e um volume de negócios de 350 milhões de euros, dos quais um quarto é gerado no exterior, em quarenta países. A marca é tão valiosa que tem sido cobiçada pelos gigantes multinacionais da alimentação como a Nestlé, a Kraft e a Pepsi, que já tentaram comprar o grupo Delta à família Nabeiro.

Um criador de emprego
O Patriarca recusou todas as propostas porque a empresa “pertence a todos os que trabalham lá”, como diz habitualmente Rui Nabeiro. “Criar um posto de trabalho é criar riqueza para todos. Eu nunca pensei em mim, mas sempre procurei servir aqueles que me servem, é esta atitude que me deu o que eu tenho hoje “, disse à AFP o proprietário do grupo Delta.
A sua fortuna está estimada em 390 milhões de euros e coloca-o entre as 12 pessoas mais ricas do país, segundo o ranking elaborado pela revista Exame. “É uma herança ao serviço de toda a comunidade”, declara Rui Nabeiro.
“Falar de milhões é uma ofensa num país onde ainda há tanta pobreza “, continuou ele com uma voz calma, sentado num escritório da sua fábrica de torrefação, moagem e embalagem do café, o maior da Península Ibérica.
Um “oásis” numa região pobre
Nas ruas de Campo Maior, uma vila de 8.500 habitantes, perto perto da fronteira com a Espanha, é impossível ignorar o ubíquo Sr. Nabeiro: uma estátua dele domina a praça principal desde 1998 e o seu nome aparece aqui e ali na frente de uma escola pública ou no pavilhão desportivo municipal.
O empresário, um socialista que serviu como presidente de câmara por dez anos, tem para além do grupo Delta, o único hotel na cidade, uma cadeia de supermercados, uma clínica e até mesmo uma concessionária de carros.
A população de Campo Maior não esconde sua admiração por aquele filho da terra. “Este é um homem bom, que ama sua cidade e tem ajudado muitas pessoas, dando-lhes empregos”, atesta Antonio Susana, um ex-trabalhador a 68 anos de idade cuja esposa trabalhou toda a sua vida para a Delta, seguida hoje pelo seus dois filhos. “É um homem muito afável e muito simples”, concorda João Custódio, um funcionário municipal de trinta anos, que descreve sua vila como um”oásis” nesta região do país, deprimida pelo desemprego e pelo envelhecimento da população.
Apesar da crise, ele não despediu um único funcionário
Campo maior, que exibe uma taxa de natalidade mais elevada que a média nacional, é o único dos quinze municípios da região do Alto Alentejo a ter visto o seu crescimento populacional entre os censos de 2001 e 2011. Quando Portugal foi duramente atingido pela crise da dívida na zona do euro há cinco anos atrás, mergulhando na recessão económica com uma taxa de desemprego atingindo recordes, o Sr. Nabeiro alega ter enfrentado as dificuldades sempre com otimismo.
“Eu disse aos nossos empregados que não queria nem ouvir falar de crise. As nossas vendas sofreram um pouco, mas nós recuperamos “, afirma o empresário. Na verdade as vendas subiram quase 20% em quatro anos para chegar aos 350 milhões de euros em 2015. Quanto à rentabilidade, provavelmente diminuiu um pouco desde então, mas este sempre se recusou a demitir um único funcionário.
A Delta tem “10 a 15% mais do que o que seria necessário” num total de 3.300 funcionários, dos quais mais da metade baseados em Campo maior. Mas, para ele, este não é o problema.”os problemas de meus funcionários são de minha responsabilidade e vice-versa”, argumenta o filho de agricultores analfabetos, ainda muito marcado pelas suas origens humildes , que se diz “feliz porque eu tive a oportunidade de fazer a escola primária ao menos”.
Para permitir que os funcionários conciliem o trabalho e a vida familiar, a Delta Cafés financia 80% de um centro educacional criado em 2007, onde cerca de 170 crianças são ensinadas a partir de tenra idade a ter iniciativa, inspiradas pelo “manual do empreendedor” desenhado pela própria Delta.

OBSERVADOR

360º

Por Filomena Martins, Diretora Adjunta
Bom dia!
Enquanto dormia...
... o regulador europeu de bancos está a estudar uma solução para a crise bancária. Um grande "banco mau", veículo de gestão de ativos, que recolha até um bilião de euros em créditos tóxicos em toda a banca da UE, com fundos públicos.

Ainda na banca, a Caixa Geral de Depósitos quer manter dois dos gestores afastados nas empresas financeiras do grupo, para evitar indemnizações que chegam a um milhão de euros. A notícia é do Negócios.

Quanto ao Novo Banco, se for a Lone Star a ganhar o negócio, manterá António Ramalho, diz o Público.

O deputado madeirense e ex-candidato presidencial José Manuel Coelho foi condenado a um ano de prisão efetiva. Está em causa a alegada difamação de Garcia Pereira. A pena de prisão poderá ser cumprida apenas ao fim-de-semana, em 72 períodos com a duração máxima de 48 horas.

O Benfica perdeu em Setúbal e ficou com o FC Porto apenas a um ponto de distância. Depois da derrota na Taça da Liga (que valeu ao Moreirense o seu primeiro troféu), a equipa de Rui Vitória voltou a escorregar e permitiu relançar o campeonato. Os adeptos receberam os jogadores sob enormes protestos. Sábado à noite, no Dragão, joga-se o clássico FC Porto-Sporting para refazer as contas do título.


E o que fez Donald Trump?... 
... demitiu a Procuradora-Geral que  queria bloquear as suas decisões anti-emigraçãoSally Yates foi demitida por carta depois de ter dado ordens expressas aos procuradores para não defenderem nos tribunais a ordem executiva do presidente.

Para hoje é esperado mais um anúncio que pode gerar polémica: Trump vai nomear o juiz do Supremo. Há quatro conservadores apontados como possibilidade, todos bastante criticados. Para acompanhar mais 24 horas em constante atualização, já abrimos um liveblog.
Entretanto, a pedido dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião para esta terça-feira para discutir o teste de míssil balístico iraniano.
A contestação aumenta. O presidente americano defendeu-se do decreto anti-imigração em tweets consecutivos, mas sem êxito: até Obama quebrou o silêncio para apoiar os protestos em nome "dos valores americanos postos em causa". Foi um dia movimentado, com críticas do Governo português, do secretário-geral da ONU António Guterres, dos veteranos e de meio mundo.

No meio do turbilhão Trump, houve quem criasse memes tornando Trump cartaz dos filmes mais vistos e quem lembrasse, mais a sério, a família de imigrantes do novo presidente americano: avô alemão, mãe escocesa e três mulheres de leste.

Entre tantos protestos anti-Trump, o João de Almeida Dias foi a Baltimore, onde é enorme tensão entre negros e polícias. "Com Trump presidente, só podemos contar connosco", dizem.


Outra informação relevante
As autárquicas de setembro já mexem. E são elas que justificam as recentes crises na 'geringonça', mas também os ataques do PSD na oposição. O Rui Pedro Antunes agarrou na máquina de calcular e foi perceber se Passos consegue o objetivo que definiu para o partido: vencer as eleições locais. Chegou à conclusão que é complicado. Porque recuperar câmaras como Lisboa, Porto ou Gaia é uma miragem. E ter mais do que as suas seis capitais de distrito é difícil.

Um, dois, três. Três avisos sobre a atual situação da dívida e da economia nacional. E nenhum bom:

Apesar de tanto alerta, houve algumas boas notícias para o Governo. O desemprego caiu para 10,2% em dezembro, os valores mais baixos desde 2009. Mas há um mas... a maior parte da descida na taxa são saídas das listas e não criação de emprego.
No já chamado caso Carris, que sucede à TSU, os sindicatos e a transportadora atacam o PCPDizem que o partido não os representa quando ataca a municipalização da empresa. Vão ser recebidos pelos comunistas na quinta-feira.Em França, o candidato da direita François Fillon foi ontem ouvido seis horas pela políciaFillon e a mulher, Penelope, são suspeitos de peculato, apropriação indevida de ativos corporativos e ocultação de crimes. Tudo porque Fillon terá dado, e pago, um emprego fictício à mulher. Ele já disse que se vier a ser investigado sai da corrida presidencial.

No Canadá, foi identificado o principal suspeito do tiroteio na mesquita do Quebeque, que matou seis pessoas e fez 17 feridos. É Alexandre Bissonnette, de 27 anos, um estudante universitário franco-canadiano.
Um salto ao Brasil, onde novas denúncias de corrupção da construtora Odebrecht envolvem o atual presidente, Michel Temer, e vários dos seus ministros. Aliás, os três principais partidos brasileiros estão em cheque.

Por cá, outra polémica em curso é sobre o romance “O Nosso Reino”, de Valter Hugo Mãe. Os responsáveis do Plano Nacional de Leitura consideraram ontem um erro informático a recomendação do livro para o 3º ciclo e 'limitaram-no' ao secundário. No Facebook, o escritor desvalorizou as passagens eróticas da obra.

Uma última nota para a notícia mais curiosa do dia. As patentes das Barricas dos Ovos Moles de Aveiro estão à venda no OLXValem 100 mil euros.


A nossa Opinião



Os nossos EspeciaisPode vir aí um Novo Acordo Ortográfico, que mude o atual Novo Acordo Ortográfico. O hífen, os acentos e as consoantes mudas poderão voltar a ser o que eram. O Pedro Vieira aplaude e lembra que há outros acordos mais importantes na língua portuguesa.

Os especialistas Luís Teles Morais e Joana Vicente analisaram aexecução orçamental de dezembro e entregaram os Óscares para a descida do défice. E são muitos. Vão para as cativações, o PERES, o adiamento da recapitalização da Caixa, a reavaliação de ativos, a regularização da dívida dos Hospitais EPE e o corte no investimento.



Notícias surpreendentes

Duas notícias de ciência. Primeiro a da descoberta do mais antigo antepassado do Homem: o animal que deu origem a todos os animais vertebrados do planeta tem um milímetro e viveu há 540 milhões de anos. Depois a do estudo japonês que indica que a Terra pode estar a transportar iões de oxigénio para a Lua: ora isso, daqui a muuiiitos anos, pode permitir vida na superfície lunar.

Da ciência para a tecnologia. Porque vem aí a memória atómica: ou seja, o melhor é esquecermos as pen. O disco rígido mais pequeno alguma vez criado vai revolucionar o armazenamento de dados.

De Hollywood vem um alertaAs mulheres estão pouco representadas nos Óscares. Mas há um anúncio viral que mostra que não há nada mais sexy que a igualdade.

Quase que foi riscado da história, mas houve uma naufrágio bem maior que o do Titanic. A 30 de janeiro de 1945 o navio nazi Wilhelm Gustloff também se afundou e fez seis vezes mais mortes. Quase todos refugiados da guerra.

Outras tragédias, as registadas por um fotógrafo de mortos. São 22 imagens que se pensavam perdidas há dois séculos tiradas por um fotógrafo forense que ajudava a desvendar crimes.

Quanto ao Observador, já sabe, desvenda-lhe todas as notícias do dia. As nacionais e as que agora centram os olhares do mundo na Casa de Branca de Donald Trump.

Boa terça-feira, feliz e produtiva
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EXPRESSO

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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto
João Silvestre
POR JOÃO SILVESTRE
Jornalista
 
31 de Janeiro de 2017
 
O estranho mundo de Donald
 
Bom dia,

Era uma vez um menino chamado Donald que nasceu em Nova Iorque. A mãe, de origem escocesa, veio para os EUA nos anos 30 do século passado e tornou-se cidadã americana. O pai, nascido no Bronx, era filho de imigrantes alemães. O menino cresceu, enriqueceu, enriqueceu mais ainda, quase faliu, aproveitou para não pagar impostos, voltou a enriquecer. Fez um enorme prédio com o seu nome numa das principais avenidas da cidade. Apesar disso, mudou-se para Washington e vive agora numa bonita vivenda branca, uma das poucas casas que a sua fortuna não pode comprar. É de lá que tem dado as suas ordens. A mais polémica, sobre a imigração, está a causar o caos.

O decreto que suspende durante 90 dias a entrada de cidadãos de sete países ‘suspeitos’ aos olhos de Trump – Líbia, Iémen, Somália, Irão, Iraque e Síria – e proíbe por 120 dias a entrada de refugiados (no caso da Síria sem qualquer prazo temporal) teve ondas de choque por todo o mundo. Basta uma visita rápida a qualquer site de informação para encontrar em grande destaque o decreto de Trump. O Público compilou as principais reações dos líderes internacionais à decisão.

Uma das personagens incontornáveis na história deste decreto é Stephen Bannon, estratega chefe de Trump na Casa Branca, como conta o Vox. É o mesmo Bannon a quem Trump deu um lugar no núcleo duro dos conselheiros de segurança da Casa Branca – o National Security Council – onde têm assento os responsáveis de topo das forças armadas e dos serviços secretos. Uma, mais uma, decisão a alimentar forte polémica.

Até Barack Obama, uma semana depois de sair da Casa Branca, criticou publicamente a decisão e apelou aos americanos para se manifestarem. Também no Partido Republicano há reações adversos. Igualmente contra está o pessoal diplomático e estava também a procuradora-geral que entretanto foi demitida. Claro que, para a administração Trump, o caos nos aeroportos não passam de meros problemas técnicos e/ou culpa dos dos protestos.

Está confuso com os efeitos deste decreto? É perfeitamente normal. Afinal, as próprias autoridades competentes para as aplicar foram apanhadas de surpresa e não sabiam muito bem como fazê-lo. O The New York Times preparou um guia para o ajudar a perceber.

Também as relações entre os velhos aliados EUA e Reino Unido estão a ser perturbadas. Mesmo depois de Theresa May ter sido o primeiro chefe de Estado a visitar novo inquilino da Casa Branca. Há uma petição com quase 1,5 milhões de assinaturas na correr para cancelar a visita de Trump a terras de Sua Majestade agendada para este ano. Até Boris Johnson, ministro dos Negócios Estrangeiros, foi apanhado na enxurrada. Johnson disse que os cidadãos britânicos estavam excluídos das limitações impostas pelo decreto presidencial mas foi desmentido pela embaixada dos EUA em Londres.

Nicholas Kristof, duas vezes prémio Pulitzer e influente colunista do The New York Times, cujo pai veio da Europa no final da Segunda Guerra Mundial, aproveitou para apresentar a Donald Trump a história da sua família.

As empresas tentam adaptar-se como podem mas gerir o incerto e o imprevisível é tarefa sempre difícil. No final da semana passada, o Financial Times contava como muitas empresas estão a contratar especialistas em comunicação e advogados para tentar sobreviver. Já a revista britânica The Economist fazia capa com a ameaça que paira sobre as empresas multinacionais que vivem das cadeias de produção espalhadas pelo Mundo. Com o título – “In retreat – Global companies in the era of proteccionism” (Em retirada – As empresas globais na era do protecionismo) – avisava que as multinacionais já “estavam em retirada bem antes da revolta populista de 2016”, mas que agora a situação será ainda mais grave e “o impacto no comércio global será profundo”. E há também empresas que optam para confrontar ou, pelo menos, tentar aliviar os efeitos que as medidas do novo presidente dos EUA podem causar. E há vários exemplos, como se pode ler no Eco. Por cá, a Fundação Champalimaud já anunciou que está disponível para receber todos os cientistas que não possam regressar aos EUA.

Se acha que o mundo de Trump é estranho, nada como ler o memorando para acabar com o Daesh assinado no final da semana passada. O mundo pode ficar descansado porque a administração Trump vai derrotar o Daesh. Como? “Dentro de 30 dias, um esboço preliminar do Plano para derrotar o Daesh deve ser submetido ao Presidente pelo secretário da Defesa”.

Hoje é dia de nomeação do juiz do Supremo dos EUA que irá substituir o conservador Antonin Scalia um ano depois da sua morte. A escolha vai ser para desempatar o sentido do voto dos juízes órgão de topo do sistema judicial americano. O Fivethirtyeight, do mago dos números Nate Silver, faz as contas aos cenários possíveis. Espera-se uma nova potencial polémica quando for conhecido o nome hoje ao final do dia nos EUA.
 
OUTRAS NOTÍCIAS

Cá dentro

O Benfica perdeu 0-1 contra o Vitória de Setúbal e está agora com apenas um ponto a mais do que o FC Porto
 que, apesar das dificuldades, saiu sábado à noite do Estoril com três pontos. A equipa de Rui Vitória não foi suficientemente agressiva, escreve a Lídia Paralta Gomes na Tribuna do Expresso, onde lembra que as “Cegonhas vêm de Paris e as saudades também”. Saudades, lá está, de Gonçalo Guedes que tanta falta fazia no Bonfim. À chegada ao Seixal, os jogadores encarnados foram recebidos com petardos por adeptos descontentes (como se vê no vídeo da SIC).

Na política, o jogo é outro e quem vai entrar em campo novamente é a ‘geringonça’. Desta vez, o embate é por causa da transferência da Carris para a Câmara de Lisboa. A questão pode ter apreciação parlamentar e isso será um novo teste à solidez do acordo PS-PCP-Bloco-PEV. O governo, apesar de tudo, está confiante.

Morrem, em média por dia, 298 pessoas em Portugal. O jornal i faz as contas às principais causas.

Ontem, 15 crianças de uma escola de Lisboa foram hospitalizadas por urticária, conta o Diário de Notícias.

Na economia, há boas e más notícias. Primeiro, as boas. Duas. Primeira: a taxa de desemprego baixou em dezembro para 10,2%, o valor mais baixo desde 2009. Há quem acredite que pode ser este ano que baixa a fasquia dos dois dígitos. Segunda: a confiança dos consumidores atingiu o valor mais alto em quase 17 anos. Depois, as más notícias que estão mais ou menos relacionadas: a emissão de dívida realizada pelo Estado português este ano foi um dos piores negócios do ano (escreve o ECO) e Portugal é um dos países da zona euro que não está a salvo da subida dos juros (relata o Observador a partir de uma análise do Commerzbank).

A propósito de dívida e de juros vale a pena ler o estudo publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) da autoria do ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, Luc Eyraud e Tigran Poghosya onde é analisada a “política” por detrás da gestão orçamental na zona euro. Dizem-nos, Gaspar e companhia, que há vários enviesamentos políticos, que os governos fixam metas que não cumprem, que são procíclicos mas que, ainda assim, não há favorecimento dos países grandes na aplicação das regras. As regras do Pacto de Estabilidade não estão a ser cumpridas e a solução passa por sanções mais fortes e benesses para os cumpridores (pode ler as principais conclusões no Negócios, no Público e no Expresso). Já o estudo original está disponível no site do FMI.

Ainda na economia, outras notícias rápidas. Os direitos do BCP caíram mais de 20% com os investidores pouco interessados no aumento de capital do banco num dia em que o índice PSI-20 foi penalizado pelos CTT que estiveram em queda livre. Os gestores da Caixa Geral de Depósitos de saída podem ser convidados para assumir outras funções no banco para, assim, não receberem indemnização (conta o Expresso). As medidas extraordinárias no défice de 2016 serão de apenas 200 milhões de euros, segundo o Governo que terá que convencer Bruxelas (refere o Negócios).

José Diogo Quintela, dos Gato Fedorento, reagiu este fim-de-semana no Correio da Manhã à polémica sobre a Padaria Portuguesa de que é sócio e às palavras do seu primo que incendiaram as redes sociais na última semana. E fê-lo, como seria de esperar de um Gato, com humor dizendo, entre outras coisas, que o seu objetivo quando investiu na empresa foi tornar-se num “patrão explorador (passe a redundância”.

Machetes dos jornais:”Fundo americano promete manter equipa de gestão do Novo Banco” (Público); “Governo tem 320 milhões de euros para recuperar escolas do básico, secundário e pré-escolar”(DN); “TAP voa mais barato de Vigo do que do Porto”(JN); “Dez idosos depositados em garagem” (Correio da Manhã); “PSD e CDS a caminho do divórcio nas autárquicas”(i); “Governo negoceia 800 milhões com Bruxelas” (Jornal de Negócios); “Mau fim”(Recorde); “Sombra de campeão”(A Bola); “Lider quebra”(Jogo)

Lá fora 

Uma das notícias que continua a animar o Brasil foi a prisão de Eike Batista, o ex-homem mais rico do país que tinha um mandato de captura e regressou ontem de Nova Iorque. Foi detido à chegada ao Brasil com a promessa de colaborar com a justiça para ajudar a “limpar” o país. A Globo acompanhou toda a viagem e entrevistou Batista antes da partida dos EUA e durante a viagem de avião. O The Wall Street Journal também deu destaque à notícia do homem que já foi o mais rico do Brasil.

FMI pede a Espanha maior controlo sobre o pagamento do subsídio de desemprego. Na análise regular ao abrigo do artigo IV defende, entre outras coisas, o reforço da “exigência de uma verificação de busca ativa de emprego e da participação em programas de ativação para receber um subsídio de desemprego”.

O Snapchat prepara a entrada em bolsa com uma dispersão na Bolsa de Nova Iorque. A secretária de Goebbels, o ministro da Propaganda de Hitler, morreu aos 106 anos em Munique. François Fillon e a mulher foram ouvidos pela polícia por causa da alegada utilização indevida de fundos públicos durante o tempo em que o candidato presidencial francês era deputado.

Acha que é uma pessoa difícil? E isso é mau? A imperdível colunista do Financial Times, Lucy Kellaway, faz o seu mea culpa com orgulho.

FRASES 

“É inconcebível que se negue o direito de entrada a pessoas que têm autorização de residência no país”, Augusto Santos Silva, Ministro dos Negócios Estrangeiros a propósito do decreto de Trump a

“Vou ter de dizer aos meus filhos que o papá pode não conseguir voltar para casa”, Mo Farah, atleta britânico de origem somali com várias medalhas de ouro olímpicas

O QUE ANDO A LER

No dia 9 de abril de 1917, Lenine entrou num comboio em Zurique
. Oito dias depois desembarcava em São Petersburgo. Pelo meio ficaram quase 3000 quilómetros dentro de uma carruagem, numa Europa em guerra, que atravessou a Alemanha, a Suécia e a Finlândia. Poucos meses mais tarde dava início à revolução. O resto da história é conhecido.

“Lenin on the train” (que esta semana é publicado na versão portuguesa pela Temas e Debates), de Catherine Merridale, conta a história desta viagem peculiar. Uma viagem patrocinada e facilitada por alemães com o objetivo de levar a Rússia a sair - como saiu - da Primeira Guerra Mundial.

A história contada por Merridale, uma especialista em história russa que fez a viagem pelo trajeto de Lenine, não é nova mas é rica em detalhes. Detalhes sobre o ambiente que se vivia na São Petersburgo daquela época, sobre os contactos e conspirações protagonizadas por revolucionários exilados ou sobre a forma como os serviços secretos alemães de tudo faziam para minar os inimigos nos territórios por eles ocupados (da Irlanda ao Afeganistão).

A viagem faz agora 100 anos. É muito tempo, mas a história, já se sabe, tende muitas vezes a repetir-se. Não ipsis verbis, mas com fortes sensações de déjà vu. A ascensão dos radicalismos e dos extremismos é apenas um dos dados que nos ‘leva’ de volta ao início do século XX. Os comboios nem por isso. Hoje as viagens fazem-se muito mais rápido…e, por vezes, as revoluções também. 

Enquanto o mundo pula e avança, nós vamos continuar por aqui a acompanhar tudo em tempo real no Expresso Online e, como sempre, às 18 horas com os principais temas no Expresso Diário. Tenha um bom dia.


 

RTP - O ESSENCIAL

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Bom dia

Donald Trump demitiu a Procuradora-Geral dos Estados Unidos. Sally Yates tinha manifestado dúvidas quanto à legalidade do decreto que proíbe a entrada nos EUA de imigrantes e refugiados de sete países muçulmanos. A então Procuradora-Geral deu indicações ao Departamento de Justiça para não aplicar a ordem executiva do Presidente, exactamente por causa das dúvidas de legalidade. A Casa Branca veio considerar estas declarações uma traição e Trump demitiu a Procuradora-Geral dos Estados Unidos.
Uma hora depois de demitir Sally Yates, o Presidente dos Estados Unidos substituiu também o chefe do Serviço de Imigração e Alfândegas. A Casa Branca não apresentou qualquer motivo para a substituição de Daniel Ragsdale, mas o comunicado do secretário da Segurança Interna defende que o substituto vai garantir a aplicação das leis de imigração “de forma consistente com os interesses nacionais”.
O sector das telecomunicações continua a liderar as reclamações dos consumidores à Deco. Quase 460 mil portugueses recorreram à Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor no ano passado. Depois das telecomunicações, seguem-se os sectores da energia e água, mais as compras pela Internet. Numa altura em que cada vez mais portugueses compram e vendem produtos através da Internet, a Deco alerta ainda para a falta de protecção dos consumidores nesta área, em particular quanto aos dados pessoais.
O Benfica perdeu por 1-0 com o Vitória de Setúbal e permite que o FC Porto se aproxime da liderança do campeonato de futebol. O jogo de Setúbal marca também a segunda derrota dos encarnados em quatro dias, depois do encontro com o Moreirense para a Taça da Liga. A jornada 19 da Primeira Liga termina na quinta-feira com o Moreirense-Feirense e o Sporting Braga-Rio Ave.
O deputado madeirense José Manuel Coelho foi condenado a um ano de prisão efectiva para cumprir aos fins-de-semana. O deputado diz que já estava à espera de ir preso e garante que vai recorrer. O Tribunal da Relação de Lisboa condenou-o no âmbito de um processo por difamação, interposto pelo advogado Garcia Pereira. Em causa estão as declarações de José Manuel Coelho, em 2011, que acusou o advogado e antigo dirigente do PCTP/MRPP de ser agente da CIA e de processar os democratas da Madeira a pedido de Alberto João Jardim.
À espreita por mais divisões entre os partidos que suportam o Governo, Pedro Passos Coelho quer afinar a estratégia para os próximos combates políticos: Carris, eutanásia e Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Esta manhã há uma reunião entre a direcção do partido e a direcção do grupo parlamentar para analisar estas questões. Sem acusar a pressão interna para fechar o dossier dos candidatos às autárquicas, Passos deixa este tema para ser discutido logo à tarde.

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