terça-feira, 12 de janeiro de 2016

OBSERVADOR - 12 DE JANEIRO DE 2016

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia

Dancing in the street, foi o que fizeram milhares de pessoas, um pouco por todo o mundo, cantando, lembrando e chorando a morte de David Bowie. Os jornais, todos eles, fizeram capas lindas, numa homenagem que devíamos guardar. Também nós por aqui, no Observador, fizemos dele a nossa banda sonora - à medida que íamos escrevendo tudo isto que se segue (e muito mais):
O concerto que Bowie deu e ninguém quis ver
Bowie e Mercury cantam Under Pressure a cappella
Bowie no cinema: vocação para o fantástico
Let's Dance? As canções mais famosas de Bowie
"Lazarus". O vídeo em que Bowie se despediu de nós
As várias personagens de Bowie
Reconhece-o? A vida de Bowie em imagens
Bowie em 15 frases: "Freud ia adorar conhecer-me".

Starman foi Lionel Messi, que ganhou a sua 5ª Bola de Ouro - muitas por causa do muito que ele faz em campo. Eis o 2015 da Pulga de Ouro, contado pelo Diogo Pombo. 
A cerimónia premiou também Luís Enrique como melhor treinador - e um jogador brasileiro desconhecido de todos pelo golo do ano, um daqueles para não mais esquecer. 
A outra bola de ouro, essa, foi para Carli Lloyd - uma senhora jogadora de futebol.

Não é China Girl, mas sim China Man: o homem mais rico da China comprou um estúdio de Hollywood, pela módica quantia de 3.240 milhões de euros. Os estúdios Legendary Entertainment produziram filmes como "Jurassic World" e "Godzilla".

Ashes do Ashes foi o que se viu em Istambul: uma explosão no centro da cidade fez várias vítimas esta manhã.

Vamos então ao resto da atualidade? Desta vez vou acompanhá-la com títulos de boas músicas de David Bowie - também eu tenho uma dívida para com ele.

As presidenciais(Fantastic Voyage)
Aqueceram com a campanha na estrada - mas ainda longe dasoito anteriores campanhas que já vimos. Já tivemos um Presidente militar, lutas fraticidas à esquerda e só uma vez houve eleição a duas voltas. A Elsa Oliveira, da agência Lusa, fez para o Observador esta viagem pela história das presidenciais, em 8 takes devidamente ilustrados.  

(Five Years)
Para já, o que temos é isto: um Nóvoa camaleónico com banda sonora de Bowie; um Marcelo que descansa Costa e dá conselhos a Passos; e uma Maria de Belém entre lares, bibes e bifanas.
Se quiser rever o filme do dia de ontem, incluindo os restantes candidatos, tem aqui o link.

(Hang On To Yourself)
Por aqui, temos também uma entrevista a Maria de Belém, com título sugestivo: “Não tenho outro lóbi que não o que é exercido à vista de toda a gente”.

(
Breaking Glass)
E também o nosso 1º Podcast, com as notas aos candidatos após os debates (à Marcelo, como ele fazia no Exame da TSF).
Vale a pena também passar os olhos pelas declarações de rendimentos dos candidatos, vistas pelo Público, com falhas e omissões - incluindo de Paulo Morais, o candidato que luta contra a corrupção. 

(Reality)
Para um ponto de situação sobre as sondagens, falámos com o Pedro Magalhães, que nos explicou o que podemos ter por certo - e tudo o que é incerto.
E para se manter atualizado, o melhor será ir acompanhado o nosso liveblog, onde a campanha vai ser sendo registada a par e passo.

Informação relevante
(This is ground control to major Tom)
Os hospitais já não vão para as misericórdias. O Governo decidiu reverter mais uma decisão do Governo anterior, alegando “que os utentes, os profissionais de saúde e as autarquias têm evidenciado o seu desacordo relativamente a estes processos”.

(Modern Love)
O regresso às 35 horas promete dar dores de cabeça à esquerda. Nos hospitais e nas escolas reina uma certa preocupação, no Parlamento o PCP e BE querem uma aplicação mais rápida - e nas ruas os sindicatos ameaçam com uma greve se assim não for. O Negócios explica também que a nova legislaçãopode não se aplicar a alguns trabalhadores, provocando "disparidades" entre trabalhadores com as mesmas funções.

(Breaking Glass)
A Moody's pode fazer uma revisão intercalar do ratingde Portugal, já na sexta-feira. O Commerzbank admite que a agência de rating poderá lançar um aviso, tendo em conta a subida dos juros e a situação política indefinida.
O Jornal de Negócios explica hoje que vêm aí uma prova de fogo, quer na relação com os credores - um orçamento para ver em Bruxelas e uma visita da troika no fim do mês. E já com um mau ponto de partida: os problemas no Banif e Novo Banco levaram a que os reembolsos ao FMI sejam 1/3 do previsto.

(This is not America)
As empresas do Estado ainda não sabem como vão pagar os subsídios de férias deste ano. O Ministério das Finanças está a estudar o problema, explica o Económico.

(The Angels Are Gone)
Um membro do Governo de Passos furou um embargo do INE - e isso levou a instituição a queixar-se e a mudar as regras de divulgação prévia de informação. 

(Heroes)
Apesar dos pesares, desde 2007 que não nasciam tantas empresas.
E pode vir aí mais uma fonte de negócio: o Governo quer darbenefícios fiscais para proprietários que reabilitem e arrendam casas, diz o Económico.

(Boys Keep Swinging)
Um ex-espião foi a tribunal admitir que as secretas possuem"fontes humanas" que lhes permitem acesso a dados pessoais, como telefones, contas bancárias, IRS e Segurança Social ao alcance dos serviços.

(Up The Hill Backwards)
Pedro Norton renunciou ao cargo de CEO da Impresa. Ésubstituído por Francisco Pedro Pinto Balsemão. O filho do presidente do grupo diz que é um "enorme orgulho" poder liderar a Impresa.

(Can You Hear Me)
António Costa mantém intenção de negociar solução para papel comercial  do antigo BES. 

Os nossos Especiais

(New Killer Star) 
As máfias da noite, ou quando os Sopranos deixam de ser ficção.  O Luís Rosa foi ver tudo o que a Operação Fénix conta extra-futebol, episódios sobre a noite, bares, discotecas, seguranças e violência. E garante que quem se recorde da Operação Noite Branca vai ter uma sensação de deja vu com esta história.

(Repetition)
Novo stress na China? Três razões para manter a calma.Bolsas voltaram a afundar, apesar de novos esforços das autoridades para estancar a hemorragia. Mas faz sentido temer o pior? O Edgar Caetano ouviu, nos mercados, quem dá três razões para mantermos a calma

(Golden Years) 
Tecnologia nova para fazer a nossa vida mais fácil. Foi o primeiro grande evento tecnológico do ano, onde foram apresentadas as principais novidades e tendências tecnológicas. Muitos destes produtos vão fazê-lo abrir a boca de espanto, mas acabarão a fazer parte das nossas vidas. Preparado?

(Fame)
35 anos de rock sem nunca partir uma guitarra. Se não fosse músico seria arquiteto ou designer. Está a preparar um programa de TV com música ao vivo e passa cada vez mais tempo no Porto - "qualquer dia mudo-me para lá". Rui Veloso, 35 anos depois do início da carreira, numa boa conversa com o Pedro Esteves.

Notícias surpreendentes
(Survive) 
Já está farto da chuva? 10 dicas para curar a depressão de inverno. Tem notado cansaço extremo e irritação? Para o caso de já desesperar por uns raios de sol, a Sílvia Silva reuniu algumas dicas para dar luz a estes dias cinzentos.

(The man who sold the world)
Não será bem cinzento, mas a verdade é que o mundo mudou - por nossa causa. Os especialistas garantem que o impacto da ação do homem desencadeou uma nova era geológica. Seja, então, bem-vindo ao "Antropoceno".
(Changes)
Provando que nem tudo o que mudou mudou para pior, aqui tem 51 fotos raras que contam a história do século XX. Não, não são mesmo as que estamos habituados a ver, nem as que ficam nos livros de história. Prepare-se: estas imagens vão levá-lo numa viagem pelo passado.

(Life on Mars?)
Vale a pena ter fé no presente, até o McDonald's pode renascer. Nasceu em Hong Kong, é moderno e até tem uma zona para... saladas. Sim, é mesmo um McDonald's.

(Wild is The Wind)
Para fechar em grande estilo, mostro-lhe como as forças de elite mexicanas capturaram El Chapo. Isso, ficou tudo filmado.

Por aqui me fico, pelo menos por hoje, com a promessa de que nos vamos manter ativos e atentos ao que se passar em Portugal e pelo mundo, numa espécie de Teenage Wildlife. Perdoe-me o excesso de Bowie, ao longo desta 360º, mas há dias que não podem passar sem deixar uma mensagem.  

Até já! 
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EXPRESSO CURTO - 12 DE JANEIRO DE 2016


Ground control to major Tom…

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Cristina Peres
POR CRISTINA PERES
Jornalista de Internacional
 
12 de Janeiro de 2016
 
Ground control to major Tom…
 
Imaginar um mundo sem David Bowie é difícil”, dizia Christiane Amanpour na sua hora diária da CNN, ontem dedicada ao cantor britânico, cujo abandono da Terra se dera nessa manhã. No entanto, é o cenário que temos pela frente, assim o confirmam muitas manchetes, entre as quais as do i, do Público e do DN. Não houve media em parte nenhuma que deixasse passar as últimas 24 horas sem lembrar a vida e o génio de David Bowie. O que o músico britânico conseguiu nesta saída do palco foi que toda a gente percebesse a sorte de ter partilhado com ele o ar destas décadas.

Aqui na terra, estamos a assistir a uma Alemanha com as opiniões cada vez mais divididas entre rejeitar a entrada de estrangeiros e manter a política de portas abertas aos refugiados, requerentes de asilo e migrantes (um milhão só em 2015). Porém, os ataques da noite de ano novo em Colónia, subitamente, esfriaram e aqueceram (segundo o lado da barricada) os ânimos. É um ponto de viragem na “política de acolhimento” alemã, a partir de agora sob acrescida pressão. As queixas de mais de 500 mulheres molestadas sexualmente na estação central de Colónialevaram a chanceler Angela Merkel e o ministro do Interior Thomas de Mazière a classificar os incidentes como “inaceitáveis”. Apesar de quase todos os suspeitos serem de origem árabe e africana, na sua maioria refugiados, Berlim garante ainda que a política de acolhimento se manterá. Só que a partir de agora com uma condição inalienável: que a legislação alemã seja cumprida por todos os que vivam no país. Isto quer dizer que a deportação de estrangeiros que venham a ser condenados passou a ser uma hipótese em vias de ganhar forma de lei. Enquanto se confirma a muito provável mão da“criminalidade organizada” e se promete castigo à altura para os responsáveis, as autoridades alemãs condenam com igual veemência as agressões a estrangeiros que ocorrem na Alemanha. O cerco aperta e Berlim tem reenviado migrantes para a Áustria, conta a BBC.

Evitar o dente-por-dente, olho-por-olho é, portanto, um desafio considerável. E quem achar que isto não vai afetar o resto da Europa engana-se. Em Colónia, grupos de homens atacaram estrangeiros há dois dias, ferindo dois paquistaneses e um sírio e hooligans de direita e de esquerda confrontaram-se em Leipzig. Foi lá que cerca de dois mil manifestantes afetos aos movimentos patriotas (extrema-direita) contra a islamização do Ocidente Pegida e Legida desfilaram ontem à noite, na suposta comemoração de um ano de existência do ramo de Leipzig do movimento, porém serviu como luva à rejeição da presença de estrangeiros no país. Uma contramanifestação de perto de três mil pessoas formou uma cadeia humana em torno da cidade contra os xenófobos, como aqui conta a Deutsche Welle.

Por muito pouco claro que ainda seja o que se passou realmente na estação de Colónia, uma coisa é certa: o futuro vai ser mais complicado e o moto da chanceler “Nós conseguimos!” já não é suficienteReveja aqui os eventos contados pelo Spiogelonline International. E leia aqui no Guardian como o rastilho se estende à Suécia, onde se acusa a policia de ter omitido ataques a mulheres naquela mesma noite, em Malmö.

OUTRAS NOTÍCIAS
Quando a China espirra
, pode ser que o mundo não se constipe, mas sente-se mal por uns dois dias, defende o Washington Post, pondo a hipótese de a China estar bem mais doente do que faz crer. O índice de Xangai caiu 15% do seu valor nos últimos 15 dias, o que já não é novo, depois do que aconteceu em agosto. O Jorge Nascimento Rodrigues explica aqui no site do Expresso como é que a Ásia e a Europa são os mais castigados pela terceira derrocada seguida das bolsas de Xangai e Shenzhen.

O comboio da Cruz Vermelha Internacional de fornecimento de alimentos e bens de primeira necessidade chegou finalmente a Madaya, uma cidade na fronteira da Síria com o Líbano onde se passa fome há meses. Leia aqui como se deteriorou a situação naquela localidade sitiada pela guerra desde 18 de outubro.

A Casa Branca declarou que o último discurso do Estado da União que Obama fará hoje à noite será “não tradicional”. A CNN explica o que isso quer dizer: o Presidente norte-americano, que discursa uma semana após ter ultrapassado o Congresso relativamente à legislação sobre armas nos Estados Unidos, falará de si. Opta por não fazer uma lista de pedidos ao Congresso que sabe que não obteria.

Passados 11 dos 15 dias que vai durar a experiência, a qualidade do ar de Nova Deli não melhorou grande coisa. Há quase duas semanas que carros com matrículas par e ímpar são proibidos de circular em dias alternados, mas a cidade continua a sufocar com osmog. Este é o terceiro inverno seguido em que Nova Deli não se livra da comparação com a China, o que já serviu para despertar consciências. Seja qual for a solução, ela tem de ser rápida, diz oTimes of India.

Por cá, o primeiro-ministro avança para a criação de um Conselho Superior de Obras Públicas que deverá emitir parecer sobre as obras e projetos de investimento de grande vulto. Segundo António Costa, este conselho terá “uma representação plural, designada pelo Conselho Económico e Social, ordens profissionais, universidades, regiões e áreas metropolitanas”, bem como “associações ambientais”. O Governo assume ainda a reabilitação como prioridade e vai dar incentivos e benefícios fiscais a quem recuperar imóveis para arrendar a preços acessíveis à classe média, como reporta o Económico.

Hoje é o terceiro dia da campanha em que os candidatos à presidênciais prosseguem o périplo pelo país. Ontem, Marcelo rebelo de Sousa classificou-se como “a esquerda da direita”. Veja aqui a leitura que Ricardo Costa faz deste início da corrida eleitoral, em que todos estão contra a abstenção, e confira aqui as sondagensperspetivadas por Pedro Magalhães.

FRASES
“Não há clivagens ideológicas nesta campanha”Marcelo Rebelo de Sousa, candidato à presidência em campanha na Guarda

“São tantos os ziguezagues de Marcelo Rebelo de Sousa que se aplica aquela máxima ‘eu tenho princípios, mas se não gostarem eu arranjo outros’”Sampaio da Nóvoa em campanha em Espinho

“Por mim, os eleitores podem dormir descansados. Eu sou conhecida!”Maria de Belém, candidata em campanha no Algarve

“Nem que chovam canivetes, que nenhum homem nem mulher deixe de participar nas eleições para defender abril”Edgar Silva, candidato em campanha no Funchal

“Marcelo Rebelo de Sousa já baixou a fasquia, já fala em segunda volta”Marisa Matias, candidata em campanha no Entroncamento

"Aparentemente, o país vive um alheamento total desta campanha e destes candidatos. Eles já não sabem o que hão de fazer para chamar a atenção. Tem a ver com a falta de qualidade dos candidatos. Na cabeça dos portugueses as presidenciais perderam a importância. Marcelo Rebelo de Sousa tem razão quando diz que não há clivagens ideológica… não há nada”Miguel Sousa Tavares, SIC Notícias

O QUE ANDO A LER
Releio, depois de ter lido e ouvido, O Espelho Invertido (e outro texto), um livrinho deliciosamente ilustrado, de leitura rápida e digestão demorada e obrigatória, que a Douda Correria acaba de editar da autoria da Joana Manuel. Quem é a Joana Manuel? É cantora, atriz, ativista política… e é também a autora de Espelho Invertido, o texto original que foi lido na conferência nacional Em Defesa de um Portugal Soberano e Desenvolvido (Faculdade de Ciências, 2013) e cujo vídeo se tornou viral. O segundo texto que consta no livrinho resultou da participação da Joana Manuel no Debate Portugal. E o Futuro?, convidada por mim e pelo Pedro Santos Guerreiro em 2014, para comemorar e debater os 40 anos do 25 de abril no Teatro S. Luiz. Perguntávamos na altura: o futuro é revolucionário ou reacionário? A Joana respondeu com Terra, o desequilibrismo disto tudo…

Fotografia
: Muitas e maravilhosas fotografias. O Guardian publicou no site uma série de fotografias que parecem quadros da Renascença.A Renascença acidental: os leitores escolhem fotografias foi uma iniciativa que partiu de uma fotografia que “virou viral” nas redes sociais. Foi tirada durante uma das já nada raras cenas de murros e encontrões no Parlamento ucraniano. Veja o que seguiu aqui.

Outra série de fotografias espampanante chegou-me recomendada pelo fotógrafo norte-americano Pete Muller. É um trabalho deVincent Musi, fotógrafo da vida toda da National Geographic, que dedicou os anos mais recentes da sua vida a um género particularmente difícil, a arte de fotografar animais. Assumindo que “simplesmente não se pode dizer a um animal para fazer o que nós queremos”, Musi trata-os como modelos humanos explorando o insólito de situações que já seriam por si insólitas com modelos humanos. Encontra aqui na Time 11 fotos e uma entrevista com Musi a propósito da exposição que estará patente até ao final de junho em Charlottesville, Virginia, Estados Unidos.

O próprio Pete Muller lançou Conflict, o primeiro episódio de cinco no site thisisconflict.com. São 00:04:20 sobre o que acontece na linha da frente dos conflitos. Não necessariamente em pleno combate, como o fotógrafo do New York Times explica no vídeo, mas o impacto dos conflitos nas vidas em volta, o que faz que nada volte a ser o mesmo uma vez instalada a guerra. O episódio chama-se Let me represent you e discorre sobre a intimidade criada pelo tempo implicado no acompanhamento dos fotografados.

Eu vou ver a estreia do filme (Terratreme Filmes) que a Cláudia Varejão fez sobre a Companhia Nacional de Bailado intituladoNo Escuro do Cinema Descalço os Sapatos. Estreia nestaquinta-feira, no Teatro Camões, às 21:00, e fica por lá até 24. A CNB está prestes a comemorar 40 anos e a Cláudia dedicou horas e horas e horas a esta obra.

Na rua do Açúcar, a Xabregas (Lisboa), o Teatro Meridional repõe na quinta-feira António e Maria, o espetáculo encenado por Miguel Seabra e interpretado por Maria Rueff a partir de um texto deAntónio Lobo Antunes. Como é a 50ª produção do Meridional, número redondo, é uma proposta ainda mais feliz. Tem a ver com mulheres, um universo caro a Lobo Antunes e não só, felizmente!

É evidente que a banda sonora deste Expresso Curto é Bowie. Na minha cabeça, pelo menos. E na do meu amigo que me passou esta pérola de connoisseur. Não explico nada, ouça lá a pérola .

Fim da pausa para café. Aproveite o dia para espreitar o site doExpresso permanentemente em atualização até ao Expresso Diário, lá pelas 18h. Boa terça-feira!
 
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EL VENTANO - 12 DE JANEIRO DE 2016


David Bowie: una lección de sabiduría escénica en su muerte


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Nunca agradeceremos lo suficiente a David Bowie la inteligente lección que nos ha propinado con la puesta en escena de su muerte. A estas alturas del negocio del entretenimiento popular van quedando pocas acciones capaces de asombrar o sorprender. Si resulta patético ver a Miley Cirus vestirse de vedette del teatro de Manolita Chen para tratar de epatar a los progenitores del mundo Disney, no queda más que reconocer la profunda honestidad del lema ese de que el espectáculo debe continuar.
El show must go on que se ha marcado Bowie con su muerte corona la trayectoria profesional de alguien que supo encarnar las ambigüedades del oficio. Desde muy temprano entendió que no bastaba con ser cantante, había que ser personaje y estética, multifuncional y disfuncional, transgresión y autoridad, popular e íntimo, que el único argumento es el escenario.
Las exposiciones en museos que coronaron la trayectoria artística de Bowie fueron un reconocimiento a la rotura de límites. Un concierto se quedaba canijo, un disco era una tarjeta de visita, no más. Alguien que decantaba unos tiempos líquidos en su botella de esencias, con posturas que duraban lo que dura ya todo, convirtiendo las tradicionales rupturas generacionales en tendencias, demostraba saber leer la aceleración del tiempo actual y colmaba la aspiración de vivir varias vidas, ese anhelo tan de hoy, aunque fuera por medio de poses sucesivas. Bowie fue un sabio pragmático de su tiempo, actor principal de la ficción que encarnó, capaz incluso de robarle al nazismo el uniforme y el saludo para su mascarada musical, porque entendió que todo era mercadillo y reciclable.
Al morir David Bowie, tras dedicar los últimos meses a la fabricación de un mutis audiovisual, sincronizando lanzamiento de disco, cumpleaños y defunción, nos ha dado otra lección de tempo y sabiduría escénica. Lazarus fue su último evento musical, en el que inspiración y expiración se funden con existencialismo de postal y reciclado de mitos religiosos, todo ello puesto a bailar por un hombre que sale y vuelve adentro del armario, porque no hay otro camino, es this way or no way.
Rendido a lo efímero del tiempo individual, rendido a la enfermedad, pero sin renunciar a la estética de una cama solitaria de hospital en versión de decorado de videoclip, David Bowie se despide con un guiño, y un guiñol, que nos explica que la broma es lo único serio y que, finalmente, después de darle muchas vueltas a todo, no queda otra cosa que hacer lo que sabemos hacer, aunque solo sea una canción más, por lejos que quede de la mejor canción que hicimos nunca.



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