segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

HYPE SCIENCE - 14 DE DEZEMBRO DE 2015

 
 
10:03
 
 Newsletters
Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

Como podemos acabar com o preconceito inconsciente?

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Posted: 13 Dec 2015 09:00 AM PST
Nós não evitamos formar suposições rápidas sobre os outros, mas até que ponto o preconceito que mora no nosso inconsciente nos prejudica e como podemos sair dessa? Continua...
 
Posted: 13 Dec 2015 08:00 AM PST
Com um simples conhecimento de física, e uma mudança de comportamento mais simples ainda, podemos evitar choques doloridos! Clique e confira Continua...
 
Posted: 13 Dec 2015 07:00 AM PST
Se você não quiser enviar a mensagem errada, observe como você pontua seus textos. Clique e entenda os resultados desta nova pesquisa Continua...
 
Posted: 13 Dec 2015 06:00 AM PST
Duas moscas gigantes descobertas em museus podem ser ainda maiores que a maior mosca conhecida, com até sete centímetros de comprimento Continua...
 
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EL VENTANO - 14 DE DEZEMBRO DE 2015

Ciudadanos quiere recuperar los trasvases para hacer negocio con el agua

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Ciudadanos introduce en su programa un Plan Hidrológico Nacional trasvasista, propone despojar a las comunidades autónomas de las competencias relacionadas con la gestión del agua para centralizarlas en la Administración estatal y apuesta por un orden de prioridades para el uso del agua que supone retroceder a los planteamientos desarrollistas de hace décadas.
El partido de Albert Rivera propone establecer una “política general en materia de agua” basada en “los principios de unidad de gestión y unidad de cuenca, con garantía de una planificación hidrológica nacional”, como medio para evitar “una visión localista del agua y un modelo insolidario en el uso de la misma”. En este sentido, su programa añade que esa materia debe ser considerada “una competencia estratégica nacional, clave para el futuro social y económico y totalmente intransferible”.
La formación naranja pretende llevar a cabo sus planteamientos hidrológicos con una medida clave: “centralizando todas las competencias relacionadas con la gestión del agua”. Esta jacobina tesis supone retroceder a épocas anteriores a la Constitución de 1931, la primera que estableció la gestión regional de los sistemas fluviales que no excedieran el territorio de una demarcación territorial. La del 78 permitió distribuir potestades en materia de agua, especialmente en su vertiente ambiental, entre las comunidades autónomas.
Rivera no ha mostrado con claridad en esta campaña las posiciones protrasvase de su partido. Unas semanas antes de la campaña, se mostró a favor de las transferencias en Murcia, donde insistió en que el suministro de agua debe estar asegurado “en toda España”. Sin embargo, poco después señaló en Zaragoza que hay que dejar el debate del agua en manos de los técnicos y que son estos quienes deben determinar si hay o no excedentes trasvasables en alguna cuenca y si alguna los necesita.
El cabeza de lista de Podemos por Zaragoza, Pedro Arrojo ha criticado con dureza esa práctica de C’s de utilizar discursos distintos según el territorio. “Ciudadanos coloca la planificación centralizada del agua como una de las piezas clave de su política, consagrando la deriva centralizadora que ha ido introduciendo el PP. A lo mejor plantean que la gestión de un río sea competencia de Madrid porque la intención es trasvasarlo a otra zona”, ha advertido.
Arrojo también rechaza las tesis economicistas en las que Ciudadanos basa su política del agua en unos tiempos en los que “la gestión es ecosistémica” por imperativo comunitario y en los que la UE establece “como una restricción a los usos, y no como un orden de prioridades”, el objetivo de que las masas de agua alcancen un “buen estado ecológico”.
En este sentido, recuerda que “las cuentas no salen desde un punto de vista económico, y mucho menos desde el ambiental”, cuando se analizan proyectos como los macrotrasvases del Ebro a la costa levantina que hace catorce años impulsaron los ejecutivos de José María Aznar. “El Gobierno les atribuía un beneficio de 4.000 millones al año, pero la UE concluyó que generaban unas pérdidas de 3.000”, que, en su opinión, hoy se situarían por encima de los 4.000.
Sobre el mandato comunitario que marca como objetivo prioritario para las administraciones lograr que las masas de agua alcancen un buen estado ambiental, Ciudadanos indica que se trata de una obligación que, como tal debe cumplirse “salvo las excepciones justificadas que la misma contempla”, y plantea supeditar los nuevos embalses a criterios “económicos, sociales y medioambientales”, por ese orden.
En cuanto a las prioridades para el uso del agua, el partido de Rivera propone una involución que supone regresar a planteamientos de hace tres décadas: sitúa el abastecimiento urbano y las necesidades de la agricultura por delante del caudal ecológico, cuando la Directiva Marco del Agua establece como prioritarios en la Unión Europea los objetivos ambientales.

OBSERVADOR - 14 DE DEZEMBRO DE 2015


360º - Uma solução para as cheias em Lisboa? (E um plano B para o Banif)

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia 

A Frente Nacional falhou o assalto ao poder - mas teve uma votação recorde. A segunda volta das eleições regionais em França pintaram o país entre o rosa e o azul, sem que o partido de Marine Le Pen tenha conseguido ganhar uma só região administrativa. Mas os seis milhões de votos conseguidos ontem permitiram à Frente Nacional assumir-se como "principal partido da oposição". A noite eleitoral - e os resultados já apurados - estão aqui.
Sobre a Frente Nacional, aconselho a leitura deste Especial, onde o Tiago Palma se dedicou a reler o programa político de Le Pen, ponto por ponto. Um programa que é xenófobo, mas que traz também políticas anti-europeístas de extrema... esquerda. “Au revoir” ao euro, à NATO e a Schengen. Mas “salut” a quê?

De Paris, sobrou um acordo histórico ou uma oportunidade falhada? Esta é a discussão certa, depois de os líderes mundiais terem chegado a um acordo no sábado passado. Se quiser rever o que saiu de Paris, tem aqui os pontos chave do acordo e também os compromissos de cada país. Há mais detalhes e reações aqui.

Alibaba comprou o jornal South China Morning Post. O gigante chinês da Internet Alibaba vai pagar 242,1 milhões de euros pelo South China Morning Post, prestigiado jornal publicado em Hong Kong. Alguns analistas defendem que a operação pode afetar independência editorial.

No futebol, tudo (quase) como dantesO Sporting passou por cima de um autocarro e manteve-se em primeiro na Liga, o Porto só não ganhou ainda porque o nevoeiro, que nem Manolete fintava, deixou os últimos 15 minutos para hoje, ao meio-dia. As crónicas dos jogos estão nos links, para saber como tudo foi.

Informação relevanteAlerta Banif. Ontem à noite foi assim: duas notícias sobre o Banif, uma dizendo que o banco ia fechar, integrado na CGD, outra dizendo que estaria em marcha um plano B para o banco, separando os ativos tóxicos dos melhores. Noite fora, o banco negou que esteja a caminho uma resolução - e assegurou que está em curso o processo de venda da posição do Estado. Já o Ministério das Finanças deu por garantidos os depósitos. O que nos é possível dizer sobre o caso é isto, sem alarme, mas sem esconder o problema.  

Mais dois bancos a mexer. O presidente do Novo Banco conta hoje como será o plano de reestruturação aos sindicatos; oSantander deve aprovar um aumento de capital em assembleia-geral.

SMN, batalha ideológica. O ministro do Trabalho dá uma entrevista ao Diário Económico e Antena 1, admitindo a hipótese de o salário mínimo acabar acima dos 600 euros no final da legislatura, caso a inflação suba mais do que previsto. Vieira da Silva diz que esta é "uma batalha ideológica, em que não há ninguém que tenha razão absoluta”. E diz que as empresas (privadas) têm margem para subidas ligeiras dos salários. A síntese está aqui, com link para o original.
Já ontem, os dois órgãos de comunicação social tinham antecipado que o ministro estava a acabar com os funcionários públicos em requalificação na Segurança Social.  

IRS: Uma medida em estudo. O Governo está a avaliar se é possível acabar com a sobretaxa para os dois primeiros escalões de IRS, diz o Económico.

Uma polémica política. O comentador Marques Mendes antecipou um problema com o PCP no debate quinzenal, que logoos comunistas disseram ser "aldrabice". Ontem, no fim de um comité central, Jerónimo de Sousa antecipou naturais discordâncias com o PS (sem pôr em causa o Governo).

Um Conselho de Estado repartido. Com as cadências do PS ao PCP e BE, com a cedência de um lugar do PSD ao CDS, ficará um lugar para cada partido, confirmou (o ainda) conselheiro Marques Mendes. O DN diz hoje que Manuel Alegre deve manter o lugar que sobra aos socialistas.

E uma nomeação (talvez) surpreendente. O ministro da Cultura designou Pacheco Pereira para a administração de Serralves. Sem salário, garante o DN.

Um sorteio sem fava. Vem de sábado, mas merece referência: Portugal calhou com três seleções ditas acessíveis, no sorteio para o Euro2016. Mas convém ter atenção às surpresas que nos calharam na rifa, como explica o Diogo Pombo. De resto... aqui estão os artistas.

Os nossos Especiais
Os túneis vão acabar com as cheias em Lisboa? É consensual entre todos os que estudam o assunto que as inundações na capital não se podem evitar completamente. Mas podem ser minimizadas. A câmara quer construir túneis. Será esta a melhor opção? O João Pedro Pincha estudou o assunto e falou com quem importa. No dia em que a chuva voltou em força, o tema que se impõe está aqui.

Porque estão a desaparecer os milionários e poderosos chineses? O fundador da Fosun foi o último de uma série de dirigentes e milionários aparentemente caídos na malha anti-corrupção do partido comunista chinês. Mas será apenas isso? A Ana Suspiro explica o que se sabe sobre a "limpeza" que já passou pelos donos da Fidelidade e por quem manda na EDP, numa operação que alguns temem que seja uma verdadeira "caça às bruxas".
A escola pública do futuro é já ali no Alentejo. Um diretor que quer um tablet por aluno, uma escola onde é importante sair cedo e ter tardes livres e há dois professores de matemática por turma. Sim, é uma escola pública com contrato de autonomia.Reportagem da Bárbara Alves da Costa, na altura em que se fazem contas aos rankings das escolas (que pode rever aquidetalhadamente).

100 anos de Sinatra: as músicas e o resto. "A Voz" nasceu a 12 de dezembro de 1915 e o Observador dedicou-lhe vários artigos. Passámos por 11 canções imperdíveis de Mr. S., pelo seus 10 melhores filmes, também por um quiz (daqueles difíceis). E ainda lembrámos aquele dia em que Sinatra passou pelo velhinho Estádio das AntasEstá tudo aqui, com botões para escolher o que prefere ler.
Livros. Os melhores e os piores de 2015. O que deve ler e o que deve manter a milhas? Rui Ramos, José Manuel Fernandes, Paulo Tunhas, Vasco Rosa, Miguel Freitas da Costa, Humberto Brito, Miguel Pinheiro e José Carlos Fernandes respondem - a tempo de pôr boas leituras no sapatinho lá de casa

Notícias surpreendentes
Vai oferecer chocolates? Não têm de ser Ferrero Rocher. Chega o Natal e duas coisas são certas. Uma reportagem sobre a venda de bacalhau e Ferrero Rocher no sapatinho. É fácil despachar os presentes de meia família dessa forma. Mas há alternativas. Para que aquela prenda que falta não seja sempre a mesma, o Tiago Pais explica-lhe quais.

Mais uma imagem que lhe pode parecer familiar: quando elas são viciadas no Instagram, os maridos é que sofrem (vão jantar, lá vai uma foto do prato; vão passear, mais uma foto da vista). Ele às vezes até aparece - as mãos dadas, os beijinhos ou um abraço. A relação hoje é entre ele, ela e o Instagram. Se a imagem lhe diz alguma coisa, o melhor é ler esta crónica da vida moderna, contada pela Ana Cristina Marques.

Imagens da vida moderna? Uma fotografia à comida no prato; um post no Facebook com aqueles momentos a dois (que antes só eram guardados na memória). Ora veja esta 20 ilustrações que o vão fazer rir de si próprio e diga lá se este ilustrador francês não acertou em cheio.

É assim que se deve começar o dia: a rir dos nossos hábitos. É assim que espero que ele continue - bem-disposto, sempre a olhar para a frente. 
É essa a nossa missão, aqui no Observador: tornar-lhe o dia melhor, mantê-lo sempre informado.
Tenha um dia produtivo, tenha um dia feliz. Passe por cá, sempre que quiser.

Até já!
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EXPRESSO CURTO - 14 DE DEZEMBRO DE 2015


França livra-se (para já) a Afronta Nacional

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com


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Expresso
Bom dia, já leu o Expresso CurtoBom dia, este é o seu Expresso Curto 
Valdemar Cruz
POR VALDEMAR CRUZ
Jornalista
 
14 de Dezembro de 2015
 
França livra-se (para já) a Afronta Nacional
 
A França tem um novo inimigo, a juntar aos vários inimigos internos e externos que tem vindo a alimentar. Melhor, uma certa ideia de França está a desmoronar-se perante a evidência do imparável crescimento da Frente Nacional (FN). A extrema-direita francesa, racista, xenófoba, demagógica, populista, anti-globalização, anti-união europeia, e o mais que se queira, não venceu em nenhuma das 13 regiões, mas recolheu ontem o voto de seis milhões e meio de franceses. Perdeu uma batalha. Porém, a causa maior pela qual luta é outra. Aí o combate assume novas proporções e, como diz hoje Joël Gombin, especialista em extrema-direita numa entrevista ao Libération, os resultados de ontem "devem garantir à FN a presença na segunda volta". Avizinha-se uma guerra. Tem data marcada, maio de 2017, e chama-se eleições presidenciais. Será o tudo ou nada para Marine Le Pen e os principais partidos políticos franceses já identificaram o problema.

Não significa que o tenham percebido. Tal como não perceberam quando, ao longo de anos, por razões estratégicas, a Frente Nacional, tida como uma bizarria de Le Pen, foi em momentos cruciais levada ao colo para o regaço de potenciais eleitores. No El País, em artigo intiulado "Un desastre anunciadio", Samir Naïr, filósofo franco-argelino especialista em emigração, recorda como a história da subida da Frente Nacional começa nos anos de 1980, com Miterrand, para lá do não cumprimento de promessas como as de acabar com o desemprego, a usar uma estratégia muito perigosa ao apostar na FN para tentar dividir a direita e impedi-la de vencer as eleições. Face a um apelo de Le Pen, que na altura não estava, sequer, a conseguir reunir as assinaturas necessárias para concorrer às presidenciais, Miterrand fez com que lhe fossemescancarados os programas de maior audiência na televisão e rádio nacionais. O próprio Le Pen chegou a afirmar que "A 'omertá' foi rompida graças a Miterrand".

Naïr poderia recuar um pouco mais e ir até Jacques Chirac, que em junho de 1991, então ainda "Maire" de Paris, ao fazer em Orléans o agora célebre discurso do "odor e do barulho" provocado pelos emigrantes, de alguma forma credibilizou muitas das teses da FN.

São palavras duras, estas. Parecerão até injustas. Sê-lo-iam se o objetivo fosse radicar na ação daqueles ex-presidentes da República a ascensão da FN. Ou acrescentar-lhes apenas o papel de Sarkozynesta última semana, que se deslocou tanto para a direita que, em alguns casos, se tornava difícil perceber se quem falava era um ideólogo da FN ou um "republicano", como passou a chamar-se o centro-direita. É impossível afastar da análise à ascensão da FN asconsequências de uma crise económica prolongada e sem fim à vista, a raiva provocada pela exponencial disparidade entre os rendimentos dos mais ricos e os dos mais pobres, os mal resolvidos problemas de emigração, o acantonamento de emigrantes em verdadeiros guetos, o dilema da segurança e como a resolver no contexto de uma sociedade democrática (tema levantado no que ando a ler). Tudo questões em geral arredadas de um debate sério e consequente no âmbito do espaço público.

Os próximos dias serão pródigos na produção de análises ou contributos para perceber como foi possível um movimento durante anos visto como apenas umas excentricidade se ter tornado naterceira força política francesa, com praticamente a mesmapercentagem (28%) de votos do PS (29%). No jornal Público, Jean-Yves Camus, diretor do Observatoire des Radicalités Plitiques da Fundation Jean Jurés, autor de vários livros sobre a extrema-direita, assegura que a "França nunca esteve tão à direita como hoje".

É uma evidência patente, desde logo, no modo como funcionou esta espécie de aliança republicana contra a FN. O método em si mesmo nem é novo, com todos os riscos implícitos para o PS, que ficará todo um mandato sem qualquer presença nos órgãos políticos de várias regiões. A grande diferença, que dá substância à afirmação de Camus, reside no facto de, não há muitos anos, esta disciplina republicana ser materializada em desistências recíprocas, à segunda volta, dos candidatos do PS e do Partido Comunista Francês para vencerem a direita. Desta vez não houve reciprocidade. O PS desistiu em várias regiões em favor do colocado melhor colocado, mas Sarkozy, determinado em assegurar uma posição forte para entrar na corrida às presidenciais, não tomou a mesma atitude em favor da esquerda. A abstenção diminuiu (41%), Sarkozy venceu (40,7%), mas radicalizou o discurso à direita. Criou anti-corpos no seu próprio partido. Seguiu uma estratégia perigosa, mesmo aos olhos dos seus correligionários, por pressentirem que está a facilitar o caminho de François Hollande.

O presidente, de resto, não está também isento de críticas, pela suspeita de que poderá estar a atuar em função das presidenciais de 2017. O modo como o poder reagiu aos atentados terroristas de 13 de novembro em Paris foi caracterizado pelo excesso, segundo vários analistas, com declarações de guerra, estado de emergência prolongado, anúncio de mudanças constitucionais, mudanças na lei da atribuição de nacionalidade. O Estado acaba por adotar como suas algumas propostas passíveis de reforçarem o clima de medo e a deriva securitária tão ao gosto da FN.

Muito vai estar em jogo na política francesa a partir de agora, com óbvias repercussões na Europa. Está tudo em aberto e pejado de incógnitas sobre a evolução do eleitorado até 2017. Como se percebe, já ninguém ousa lançar a pergunta que demasiadas vezes muitos quiseram colocar em tom jocoso: C'est qui, Marine Le Pen?

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OUTRAS NOTÍCIAS
Num Expresso Curto dominado pela atualidade francesa, mantemo-nos no hexágono., Após duas semanas de negociações na Cimeira do Clima, foi alcançado o Acordo de Paris, que precisa de um investimento similar ao PIB europeu para que possa vir a ser eficaz.O Acordo só entra em vigor a partir de 2020.

Por cá, o Governo deve apresentar esta semana uma solução para o Banif, que passa por um fundo para absorver ativos tóxicos.

A Madeira foi eleita o melhor destino insular de 2015 pela World Travel Awards, à frente de paragens tidas por paradisíacas, como Bali, Barbados, Maldivas, Maurícias, Seychelles ou Zanzibar.

José Pacheco Pereira e Isabel Pires de Lima, ex-ministra da cultura, são os nomes escolhidos pelo Governo para a administração da Fundação de Serralves.

Abre hoje o primeiro dos 50 postos de abastecimento previstos para Portugal pela Kuwait Petroleum, que promete uma inovadora política de preços.

Há cada vez mais crianças a tomar antipsicóticos, alerta o Diário de Notícias.

Os colégios do topo do "ranking" das escolas cobram propinas acima dos 500 euros, revela o Diário Económico.

No futebol, o FC Porto foi jogar à Madeira e, como explica a Mariana Cabral, na Choupana são 11 contra onze e no final ganha o nevoeiro. O jogo foi interrompido quando os Dragões venciam por 2-1 e será retomado hoje para serem disputados os 15 minutos finais.

FRASES
"O perigo que representa a extrema-direita não desapareceu, muito pelo contrário". Manuel Valls, primeiro-ministro de França

"Daqui a semanas sou Presidente da República". Marcelo Rebelo de Sousa em entrevista ao Expresso

"Empresas têm condições para aumentos salariais moderados".José Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Segurança Social em entrevista ao Diário Económico

"O Acordo (de Paris) sozinho não nos tirará do buraco em que estamos, mas faz com que a subida seja menos íngreme". Kumi Naidoo, responsável do Greenpeace

O QUE ANDO A LER E OUVIR
Até onde vai o terror condicionar as nossas vidas? Quais são os efeitos do medo? Estamos disponíveis para ganhar em segurança o que perdemos em liberdade? Ter medo é estar preparado para obedecer sem questionar?

Passou ontem um mês sobre o dia dos atentados terroristas em Paris. Aconteceram numa sexta-feira, dia 13. Na segunda-feira seguinte, a redação da francesa Philosophie Magazine reúne-se de urgência e decide tomar uma decisão tão drástica, quanto única nos nove anos de existência da revista. Suspende o envio para impressão do número de dezembro/janeiro, já fechado, e dá-se a si própria oito dias para construir todo um novo dossiê a pretexto da tragédia que tantos deles acabavam de testemunhar. Se após os atentados de janeiro contra Charlie Hebdo tinham elaborado um número especial intitulado "Guia de autodefesa contra o fanatismo", a opção agora é outra. Mais do que os fermentos da radicalização religiosa, quiseram levantar questões sobre o terror e os seus efeitos.

Um dos textos é centrado no filósofo Patrick Boucheron, que explica a natureza essencialmente política do medo, e fala da "vereor" latina "que é ao mesmo tempo 'terror' e 'reverência'". Boucheron não se resigna à guerra de todos contra todos e prefere insistir na "política do medo, com todas as suas cruéis ambivalências" Num outro momento, e a propósito de um encontro realizado em Lyon no qual participou o francês, bem como, entre outros, o filósofo norte-americano Corey Robin, autor de "The Reaccionary Mind - Conservatism from Edmund Burke to Sarah Palin", é referido o livro deste último intitulado "Fear", no qual Robin assegura que "o medo em política (…) tem duas faces: uma olha ao longe, em direção a inimigos aos quais a nação se enfrenta; a outra olha para si mesma, para os conflitos e desigualdades que ocupam a nação. A astúcia do poder político reside em converter a primeira na segunda. Isto é, utilizar a ameaça dos inimigos externos para reprimir os inimigos internos". Boucheron vai buscar a imagem simbólica de um fresco de Ambrogio Lorenzeti(c.1290-c.1348) em Siena, no qual se vêm dois soldados, um a olhar o céu por crer que o inimigo virá das alturas; o outro a olhar para o lado, "sem dúvida consciente de uma forma lateral de adversidade". Aquele inimigo interior, prossegue Boucheron, "não é fantasmático: a tirania - essa intrusão de um princípio autoritário no regime democrático - só poderá vir, sabêmo-lo da subversão dos princípios democráticos e das práticas da vivência em conjunto".

Entre muitos outros textos há uma entrevista com Élisabeth Badinter, feminsita, defensora incondicional do laicismo, uma das grandes vozes do debate intelectual francês. Para lá de falar da necessidade de "resistir à pressão do fanatismo" (título da entrevista), Badinter considera que o "penso, logo existo", foi substituído pelo "creio, logo existo".

Para descomprimir, vamos lá abandonar a França e ouvir um pouco de rádio em português, onde, já agora, a música francesa tem um lugar de relevo. Ainda se lembra daqueles programas tão cativantes e tão envolventes que o tempo parecia correr à velocidade da luz? Já não existem, dirá. Não é verdade. Experimente sintonizar a Antena 1 às 0h00 das terças-feiras e terá uma enorme surpresa.Prepare-se para ouvir algo raro. Chama-se "Crónicas da Idade Mídia" e é uma invenção de Ruben de Carvalho, muito bem acompanhado por Iolanda Ferreira. Ruben é uma enciclopédia de conhecimento, de saber. Iolanda é, sem ofensa, uma excelentefacilitadora de conversas. Trata-se de uma hora de viajam no tempo, durante a qual se contam histórias grandiosas, umas, deprimentes outras, sempre a partir da relação que tiveram com a música, ou vice-versa. Já por lá passaram programas sobre a Belle Époque, Nelson Mandela, as histórias das músicas de Natal, Edith Piaf, fados e desgarradas, pubs irlandeses, as músicas associadas à Revolução Francesa, ao 25 de abril em Portugal. A lista é gigantesca e inclui grande espaço para uma das paixões de Ruben de Carvalho, a música popular norte-americana, nas suas múltiplas vertentes, dos blues ao rock, do jazz ao folk.Experimente entrar porque inúmeros programas já emitidos continuam disponíveis na página da Antena 1.

O dia trará outras surpresas. Acompanhe-as através do Expresso "on line" e, ao fim da tarde, uso o código publicado com a Revista para aceder ao Expresso Diário. O inverno aproxima-se, no Porto chove e muito, mas esse não será motivo para não lhe desejar um muito bom dia com excelentes leituras. Amanhã, pela fresca, terá outro Expresso Curto.
 
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