quinta-feira, 10 de setembro de 2015

TAMBÉM SE PODE APLICAR A PORTUGAL ... - 10 DE SETEMBRO DE 2015






Foto de Daniel Mañes Nebot.



OTRO ACIERTO DE REVERTE:
Traduzindo:
OUTRO ACERTO DE REVERTE

INDECENTES

Me gustaría transmitirle al Gobierno pasado, al actual, y al que puede venir lo siguiente:

Traduzindo

Gostaria de transmitir aos Governos (o que passou, o que está e o que há-de vir) após as Eleições, o seguinte:

TENGAN LA VERGÜENZA de hacer un plan para que la Banca devuelva al erario público los miles de millones de euros que Vds. les han dado para aumentar los beneficios de sus accionistas y directivos

Traduzindo:

TENHAM VERGONHA para fazer um plano para que a Banca devolva ao erário público, os milhões de €uros que V. lhes tem dado para aumentar os benefícios dos seus accionistas e das suas Administrações

PONGAN COTO a los desmanes de las empresas de telefonía y de ADSL que ofrecen los servicios más caros de Europa y de peor calidad.

Traduzindo:

PONHAM COBRO aos desmandos das empresas telefónicas e de ADSL que oferecem os serviços mais caros da Europa e de pior qualidade

ELIMINEN la duplicidad de muchas Administraciones Públicas, suprimiendo organismos innecesarios, reasignado a los funcionarios de carrera y acabando con los cargos, asesores de confianza y otros puestos nombrados a dedo que, pese a ser innecesarios en su mayor parte, son los que cobran los sueldazos en las Administraciones Públicas y su teórica función puede ser desempeñada de forma más cualificada por muchos funcionarios públicos titulados y que lamentablemente están infrautilizados.

Traduzindo:

ELIMINEM a duplicidade de muitas Administrações Públicas, suprimindo organismos desnecessários, demitindo os funcionários de carreira e acabando com os cargos, os assessores de confiança e outros postos nomeados a dedo, que além de ser desnecessários na sua maior parte, são os que cobram os vencimentos  mais altos na Administração Pública e a sua teórica função pode ser desempenhada de forma mais qualificada por muitos funcionários públicos, que lamentavelmente estão desocupados.

HAGAN que los políticos corruptos de sus partidos devuelvan el dinero equivalente a los perjuicios que han
causado al erario público con su mala gestión o/y sus fechorías, y endurezcan el Código Penal con procedimientos judiciales más rápidos y con castigos ejemplares para ellos.

Traduzindo:

FAÇAM com que os políticos corruptos de todos os partidos, devolvam o dinheiro equivalente aos prejuízos causados ao erário público com a sua má gestão e/ou as suas malfeitorias e endureçam o Código Penal com procedimentos judiciais mais rápidos e com castigos exemplares para eles.

INDECENTE, es que el salario mínimo de un trabajador sea de 624 €/mes y el de un diputado de 3.996,
pudiendo llegar, con dietas y otras prebendas, a 6.500 €/mes. Y bastantes más por diferentes motivos que se le pueden agregar.

Traduzindo:

É INDECENTE que o salário mínimo de um trabalhador seja de 624 €uros e o de um deputado seja de 3996 € podendo chegar com  de custo e outras prebendas a mais de 6500 € por mês, E bastantes mais se poderiam juntar por diferentes motivos.

INDECENTE, es que un profesor, un maestro, un catedrático de universidad o un cirujano de la sanidad pública, ganen menos que el concejal de festejos de un ayuntamiento de tercera.

Traduzindo:

É INDECENTE que um professor, um maestro, um catedrático da Universidade ou um Cirurgião de saúde pública, ganhem menos que um organizador de festejos numa povoação aldeã.

INDECENTE, es que los políticos se suban sus retribuciones en el porcentaje que les apetezca (siempre por unanimidad, por supuesto, y al inicio de la legislatura).

Traduzindo:

É INDECENTE que os políticos aumentem os seus vencimentos na percentagem que lhes apeteça (sempre por unanimidade e no inicio da legislatura)

INDECENTE, es que un ciudadano tenga que cotizar 35/40 años para percibir una jubilación y a los diputados les baste sólo con siete, y que los miembros del gobierno, para cobrar la pensión máxima, sólo
necesiten jurar el cargo.

Traduzindo:

É INDECENTE que um  cidadão tenha de descontar de 35 a 40 anos para receber uma Reforma e que aos deputados lhes baste só com 7 anos e que aos membros do Governo não seja necessário senão fazer juramento para desempenhar o cargo.

INDECENTE, es que los diputados sean los únicos trabajadores (¿?) de este país que están exentos de tributar un tercio de su sueldo del IRPF.

Traduzindo:

É INDECENTE que os deputados sejam os únicos "trabalhadores" que estão isentos de fazer descontos de um terço do seu vencimento para o IRPF.

INDECENTE, es colocar en la administración a miles de asesores = (léase amigotes con sueldos que ya
desearían los técnicos más cualificados)

Traduzindo:

É INDECENTE colocar na Administração milhares de assessores (leia-se amigalhaços) com vencimentos que deveriam ser aplicados a técnicos muito qualificados

INDECENTE, es el ingente dinero destinado a sostener a los partidos y sindicatos pesebreros, aprobados por los mismos políticos que viven de ellos.

Traduzindo:

É INDECENTE que se utilize dinheiro destinado a sustentar os Partidos e Sindicatos (e não só) aprovado pelos mesmos Políticos que deles vivem.

INDECENTE, es que a un político no se le exija superar una mínima prueba de capacidad para ejercer su cargo (ni cultural ni intelectual).

Traduzindo:

É INDECENTE que a um político não seja exigido superar uma única prova de capacidade para desenvolver o cargo para que é nomeado (nem cultural nem intelectual)

INDECENTE, es el coste que representa para los ciudadanos sus comidas, coches oficiales, chóferes, viajes (siempre en gran clase) y tarjetas de crédito por doquier.

Traduzindo:

É INDECENTE o custo que representa para todos os cidadãos, as refeições, carros oficiais, motoristas, viagens (sempre em 1ª Classe), em cartões de crédito, (sem limite), etc.,

INDECENTE, No es que no se congelen el sueldo sus señorías, sino que NO se lo bajen.

Traduzindo:

É INDECENTE que não seja congelado o vencimento de Suas Senhorias, nem o diminuam

INDECENTE, es que sus señorías tengan seis meses de vacaciones al año.

Traduzindo:

É INDECENTE que Suas Senhorias tenham 6 meses de férias por ano.

INDECENTE, es que ministros, secretarios de estado y altos cargos de la política, cuando cesan, son los únicos ciudadanos de este país que pueden legalmente percibir dos salarios del ERARIO PÚBLICO.

Traduzindo:

É INDECENTE que os Ministros, Secretários e Sub-Secretáriios de Estado e outros altos cargos da política, quando cessam, são os únicos cidadãos deste país que podem legalmente receber dois salários do ERÁRIO PÚBLICO

Y que
sea cuál sea el color del gobierno, toooooooodos los políticos se
benefician de este moderno “derecho de pernada” mientras no se cambien
las leyes que lo regula.

Traduzindo:

E que seja qual seja a cor do Governo, tooooodoooos os políticos beneficiam deste moderno "direito de pernada" enquanto não se mudam as leis que o regulam.


¿Y quiénes las cambiarán? ¿Ellos mismos? Já.

Traduzindo:

E quem as mudará? Eles mesmos? JÁ,

Juntemos firmas para que haya un proyecto de ley con “cara y ojos” para acabar con estos privilegios, y con otros.

Traduzindo:

Juntemos assinaturas para que haja um projecto de ,lei com "olhos e cara" para acabar com estes privilégios e outros que aqui não foram nomeados.

¡¡¡ Haz que esto llegue al Congreso a través de tus amigos !!!

Traduzindo:

FAZ COM QUE ISTO CHEGUE À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA ATRAVÉS DE TODOS OS TEUS AMIGOS.

ÉSTA SÍ DEBERÍA SER UNA DE ESAS CADENAS QUE NO SE DEBE ROMPER, PORQUE
SÓLO NOSOTROS PODEMOS PONERLE REMEDIO A ESTO, Y ÉSTA, SI QUE TRAERÁ AÑOS
DE MALA SUERTE SI NO PONEMOS REMEDIO, está en juego nuestro futuro y el
de nuestros hijos.

Traduzindo:

ESTA SIM DEVERIA SERIA UMA DESSAS "CADEIAS" QUE NÃO DEVEM SER ROMPIDAS, PORQUE SÓ NÓS MESMOS PODEMOS PÔR REMÉDIO NISTO, PORQUE SE NÃO O FIZERMOS (NEM O TENTARMOS) NÃO ENCONTRAREMOS O REMÉDIO. ESTÁ EM JOGO O NOSSO FUTURO E O DOS NOSSOS FILHOS .

Autor: Arturo Pérez Reverte

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

EXPRESSO DIÁRIO - 9 DE SETEMBRO DE 2015



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09 Set 2015

Martim Silva
POR Martim Silva
Editor-Executivo

 
Uma viagem no comboio da desgraça

Boa tarde,
O comboio da desgraça é o comboio que por esta altura é mais falado nas notícias. Aquele que liga Budapeste a Viena. Aquele onde milhares e milhares de migrantes e refugiados procuram aceder à União Europeia. Chamo-lhe comboio da desgraça por não ver verdadeira vontade dos líderes europeus em resolver rápido (já) o assunto. Esperemos que um destes dias lhe possa chamar comboio da esperança.

O Expresso está lá

A Viagem de Sam, o paquistanês que sonha com Portugal
Do desespero à felicidade podem distar não mais de duzentos quilómetros, que é quanto separa Budapeste de Viena. O Expresso fez toda a viagem ao lado de um paquistanês que vai ficar na Áustria, por agora, mas que sonha um dia viver... em Portugal.
Reportagem multimédia do enviado do Expresso, João Santos Duarte

Julgamento das Secretas arranca com discussão sobre o segredo de Estado
A juiz do processo terá de decidir se pede ou não ao primeiro-ministro o levantamento do segredo de Estado para os espiões suspeitos de abuso de poder. Vai começar amanhã um inédito julgamento que coloca no banco dos réus um antigo dirigente máximo dos serviços de informações em Portugal.

Tão emblemática como o Big Ben
Hoje, Isabel II tornou-se a pessoa que ocupou durante mais tempo o trono britânico, ultrapassando Vitória. As homenagens multiplicam-se, apesar de a soberana ter querido retirar importância à data.

Na opinião, hoje temos oferta variada.

João Vieira Pereira escreve "Mandem a conta para o Bairro dos Atores"
Henrique Monteiro faz "10 sugestões de perguntas para o debate"
Daniel Oliveira apresenta "O que devíamos discutir este mês"
Henrique Raposo pergunta se "Queremos combater e morrer em Aleppo?"

Por hoje é tudo,
amanhá é o dia do rescaldo do debate desta noite entre Passos e Costa, o mais aguardado da campanha e cá estaremos para o fazer (se este é tema que lhe interesse pode ainda ler no Diário de hoje a conversa com Joaquim Letria, um histórico moderador de debates políticos na TV em Portugal).
Tenha um bom resto de quarta-feira

Ler o EXPRESSO DIÁRIO


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Sam, o paquistanês que sonha com Portugal

REPORTAGEM MULTIMÉDIA O Expresso acompanhou a viagem de Sam, 28 anos, e de outras centenas de refugiados e migrantes no comboio que liga a Hungria à capital austríaca


JUSTIÇA

JUSTIÇA


Isabel II, tão emblemática como o Big Ben

Isabel II, tão emblemática como o Big Ben

João Vieira Pereira

Mandem a conta para o Bairro dos Atores
 
Henrique Raposo

Queremos combater e morrer em Aleppo?
 
Daniel Oliveira

O que devíamos discutir este mês
 
Henrique Monteiro

10 sugestões de perguntas para o debate
 
DEBATES NA TV

Joaquim Letria, sobre os debates atuais: "Soa tudo demasiado a publicidade de grande superfície”

CAMPANHA

Fundador do CDS anuncia que vai votar em António Costa



======================ANTÓNIO FONSECA

OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 9 DE SETEMBRO DE 2015


Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!


Hoje à noite não haverá muita forma de escapar. Sobretudo se se sentar no sofá em frente a um televisor. Pedro Passos Coelho e António Costa vão realizar o seu único debate televisivo nesta campanha, e as três televisões generalistas – RTP1, SIC e TVI – vão transmiti-lo em directo e em simultâneo. Por isso, se ainda tiver tempo, vou deixar-lhe uma parte do que hoje se escreveu para o ajudar a compreender o que está em causa e, depois, fazer a sua própria avaliação da prestação dos líderes, até por comparação com os vaticínios dos especialistas.

Antes devo contudo passar pela sondagem da Aximage para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios, hoje divulgada, com títulos fortes: PS afunda cinco pontos e é ultrapassado pela coligação. O Observador também deu a notícia, mas o mais importante é tentar perceber o significado deste estudo de opinião. É assim tão grande a reviravolta? Está mesmo a coligação mais de cinco pontos à frente do PS? Pedro Magalhães, um dos nossos maiores especialistas em sondagens políticas, recomenda que tenhamos prudência no seu blogue Margens de Erro, em De Maio a Setembro. Aí faz uma análise tanto desta sondagem como da divulgada a passada semana pelo Expresso, compara-as e demonstra que, apesar de os números serem bem diferentes, ambas ainda configuram uma situação de “empate técnico” entre PS e coligação. Mas não só:
Pegando na informação em conjunto, hoje não é possível dizer que uma lista tem vantagem sobre outra. Já do ponto de vista das tendências, ambas as empresas indicam uma subida da coligação e uma descida do PS. Só os timings dessa mudança variam.

Esta evolução das sondagens motivou já dois editoriais: um no Jornal de Negócios, de Helena Garrido, O improvável acontece, onde se escreve que “A confirmarem-se as sondagens, assistiremos a um caso único na curta história da democracia portuguesa. O primeiro e o segundo plano de estabilização do FMI custaram ao PS anos fora da governação. (...) Este programa de ajustamento financeiro foi bastante mais violento do que os anteriores (…) e pode levar à recondução do Governo que o aplicou. Como encontrar uma explicação?”, e o do Público, 90 Minutos, onde se fala também do debate de hoje e, depois de aconselhar prudência, se procura mitigar o efeito estas sondagens, lembrando que “os últimos estudos foram feitos a uma distância considerável do acto eleitoral, há factores mais ou menos racionais que levam os eleitores a esconder as suas verdadeiras intenções e podem a todo o momento acontecer imponderáveis, susceptíveis de mudar o sentido de voto.”

Há ainda uma outra leitura importante sobre este tema: O que vale um empate nas sondagens eleitorais?, um trabalho de fundo de Miguel Santos no Observador onde se recorda o que previram as sondagens em 2005, 2009 e 2011, e o que depois aconteceu de facto. Nem sempre as sondagens a algumas semanas das eleições acertaram, nem sempre as da véspera de aproximaram da verdadeira distância entre o primeiro e o segundo. Quererá isso dizer que não devemos confiar neste tipo de estudos? O que se escreve no nosso Especial vai além de um “sim” ou um “não”:
A afirmação merece alguma cautela. Pedro Magalhães, professor universitário e investigador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, diz que há três fatores que podem ajudar a explicar uma eventual discrepância entre sondagens e resultados finais. Primeiro, o que medem as sondagens são as “intenções de voto hoje”, o que pode ser muito diferente do “comportamento dos eleitores no dia das eleições”. Depois, é impossível saber com precisão se os eleitores que dizem que vão votar, o vão fazer de facto. “É uma incógnita”, sublinha. E, em terceiro lugar, os indecisos auscultados são também um fator a ter em conta – vão votar? Como vão votar? É difícil prever.

Seja lá como for, o quadro actual das sondagens coloca mais pressão sobre António Costa, se bem que a pressão sobre Passos Coelho também seja muito grande: em 2005 e 2011 os debates tiveram mesmo influência no evoluir da campanha (e das sondagens). Passemos pois ao que foi escrito sobre a forma como poderá decorrer o confronte de hoje.

Modéstia à parte, julgo que o texto mais original foi um dos preparados pelo Observador que, em vez de ir ouvir politólogos e especialistas em comunicação, foi falar com alguém que já “treinou” líderes políticos para debates tanto com Costa como com Passos. Esse alguém é Luís Bernardo, que preparou José Sócrates para o debate que este teve em 2011 com Pedro Passos Coelho, e em 2014 aconselhou António José Seguro nos três debates que o então secretário-geral do PS teve com António Costa. O resultado está em Duelo na TV: Prognóstico antes do fim do jogo, um título algo atrevido, mesmo sabendo que Luís Bernardo conhece bem, porque os estudou, quer os melhores trunfos, quer as piores fragilidades de ambos os líderes. Mesmo assim do texto de Rita Dinis resulta apenas um meio veredicto: “Poder-se-á dizer que Passos parte em vantagem para o duelo desta quarta-feira. É o atual detentor do título – e há uma certa tendência natural para preferir o conhecido ao desconhecido. Vai caber-lhe a ele dar o tiro de partida, sendo o primeiro a falar. A Costa – o desafiador que deseja o título – caberá o encerramento. Diz-se que quem ri por último ri melhor, mas nada está garantido”. De resto, “Com o empate nas sondagens a ressoar na cabeça de todos os intervenientes, Luís Bernardo acredita mesmo que este duelo televisivo pode ser “de uma relevância quase trágica”.”

Outros textos que merecem uma referência:
  • Passos e Costa num frente-a-frente sem vencedor antecipado, da TSF, que foi ouvir Estrela Serrano, ex-jornalista que assessorou Mário Soares durante 10 anos, José Palmeira, professor de ciência política na Universidade do Minho, e André Azevedo Alves, professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica (e colunista do Observador).
  • Passos vs Costa: “Será um dos debates mais bem preparados dos últimos tempos”, um trabalho da Rádio Renascença baseado na análise do director do mestrado em Marketing do IPAM, Ricardo Mena.
  • Sócrates e austeridade: as fraquezas de Costa e de Passos, no Diário de Notícias, onde a preferência foi para ouvir figuras que já tiveram lugares de relevo na política (sendo que alguns têm ainda um pé na política), como Marcelo Rebelo de Sousa, António Capucho, Vitalino Canas e José Ribeiro e Castro.
  • As forças e fraquezas de Pedro Passos Coelho e António Costa, do Jornal de Negócios, que, seguindo uma abordagem mais típica da gestão empresarial, “pediu a dois analistas políticos que analisassem Passos Coelho e António Costa através de uma matriz SWOT (no acrónimo em português, FFOA - Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças)”. Esses analistas foram José Leite Viegas, que tratou de esmiuçar António Costa, e Jorge Fernandes, que se debruçou sobre Passos Coelho.

Mas há mais, pois além de se analisar o que poderá ser a prestação de cada um dos líderes no debate, também se escreveu sobre os temas que o podem, ou devem, marcar. Aqui faço dois destaques:
  • As perguntas de que eles vão fugir, um texto de Helena Pereira no Observador onde se colocam cinco questões para Passos Coelho e outras cinco para António Costa, precisamente aquelas de que mais têm fugido nestas semanas - e que mais dúvidas levantam. Há uma pergunta que é comum: o que farão se, ganhando, não tiverem a maioria absoluta que pedem aos eleitores?
  • Os 10 temas que devem marcar o debate desta noite, um levantamento feito pelo Diário Económico que inclui questões como: Quem vai garantir a estabilidade política? Como garantir a sustentabilidade da segurança social? Como se resolve o problema do desemprego? Quais são as propostas em matéria de impostos? Ou Qual o efeito das eleições gregas?

Mas para que não nos fiquemos apenas pelo debate, e pelas possíveis promessas que de lá possam sair, sobretudo para que continuemos a seguir esta campanha eleitoral com os pés bem assentes na terra, há um texto de João César das Neves no Diário de Notícias que é de leitura mais do que recomendável: O que não nos dizem. E, no essencial, o que não nos dizem é que as coisas vão continuar difíceis:
A nossa economia está numa situação muito pouco conveniente para slogans políticos de qualquer lado. Não é o desastre que tantos pretendem nem o sucesso sólido alegado por outros; não tem perspectivas cor-de-rosa, negras, laranja ou vermelhas. Este não é tempo para alívios. Aquilo que nenhuma das forças eleitorais se atreve a dizer é que a única forma de evitar um novo período de austeridade brutal é continuar a austeridade nos próximos anos até a situação ser equilibrada. Isso traduz-se no facto evidente de uma força que apresenta diagnósticos realistas de a conjuntura ser aquela que todos os partidos concorrentes, sem excepção, repudiam fortemente, o FMI. Que, aliás, será a instituição que o futuro governo, qualquer que seja, deverá seguir, embora não o diga.

Com a esperança de ainda ter sido de alguma utilidade para o ajudar a assistir ao debate (também por isso este Macroscópio foi enviado mais cedo do que o habitual), despeço-me por hoje. O início da noite, como já referi, é das televisões. Mas no pós-debate, noite adentro, pode voltar ao Observador, onde um painel alargado de oito analistas dará o seu primeiro veredicto.

Nessa altura talvez já alguém possa dizer, mais feliz ou mais infeliz: Alea iacta est (A sorte está lançada).

 
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ANTÓNIO FONSECA

OBSERVADOR - HORA DE FECHO - 9 DE SETEMBRO DE 2015


Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
legislativas 2015
São cinco questões para Passos Coelho e outras cinco para António Costa, aquelas de que mais têm fugido nestas semanas - e que mais dúvidas levantam. Uma síntese para ter contexto para o debate.
sondagens
PS e PSD estão empatados, dizem-nos (quase) todas as sondagens. Mas isso não é inédito na história das disputas eleitorais. Já houve sondagens que deram uma volta de 180 graus.
legislativas 2015
Só ele preparou um debate contra Costa e um outro contra Passos. Hoje, conta-nos as fragilidades e virtudes dos dois. Bem-vindos ao prognóstico antes do jogo. O duelo é esta noite.
legislativas 2015
Ontem vimos o primeiro debate aceso das legislativas, hoje temos o debate decisivo. David Dinis e Helena Pereira fazem apostas e explicam o contexto com que vamos seguir o duelo.
fact check
Paulo Portas insistiu, no debate com Catarina Martins, que a economia portuguesa está a crescer a um ritmo mais rápido do que a zona euro. Será mesmo assim?
fact check
Afinal, Portugal voltou a importar mais do que exporta, como apontou Catarina Martins no debate com Paulo Portas? Em mais um "fact check", tentamos esclarecer um dos temas que aqueceram o debate.
legislativas 2015
A sondagem da Aximage para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã dá uma vantagem de 5,6 pontos percentuais à coligação PSD/CDS, com 38,9% das intenções de voto. Socialistas caem de 38 para 33,3%.
debate
No segundo duelo destas legislativas, Catarina Martins esteve ao ataque e não deixou cair temas como o emprego e as pensões. Portas foi respondendo e obrigou a bloquista a recordar exemplo grego.
legislativas 2015
É dia de debate Passos-Costa e dia de lidar com o resultado surpreendente de mais uma sondagem: pela primeira vez, coligação aparece na frente - com vantagem de 5,6 pontos. Vamos acompanhar tudo aqui.
crise dos refugiados
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, recusa associar-se às quotas de refugiados nos países da UE. Cameron acredita que isso não ajudará a resolver o problema.
crise dos refugiados
Depois de uma carta enviada ao jornal britânico The Times, a alertar sobre a situação dos refugiados sírios, o vídeo do discurso premonitório da atriz na sede das Nações Unidas ressurge em força.
Opinião

Maria João Marques
Os piores amigos dos refugiados são os que histrionicamente defendem o seu acolhimento. Se mostrassem que estão conscientes dos riscos e prometessem vigilância, talvez sossegassem quem tem dúvidas.

Paulo de Almeida Sande
Não faz sentido transformar o destino de Sócrates numa pop star, no principal motivo de interesse dos media, no cabeça de cartaz de eleições a que não concorre.

Laurinda Alves
A terminologia mais ajustada aos dias de hoje já não é ‘emprego-desemprego’, mas sim ‘entre-projectos’. Até porque sei que a atitude dos outros muda quando lhes dizemos que estamos desempregados.

Afonso Reis Cabral
Os operários, manchas humanas com capacetes amarelos, vergavam os ombros perto das catedrais. Alguns conservaram os olhos azuis com que nasceram, mas pouco mais. O amarelo escuro dos fornos engolia-os

Maria João Avillez
O PS nega. Nega tudo, não reconhece nada. Parece ter perdido os pontos cardeais ou ter uma bússola política avariada. Fala para um país que não existe.

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ANTÓNIO FONSECA

UMA LIÇÃO !!! - 9 DE SETEMBRO DE 2015

Foto de Claudia Cordoba.

 

EXCELENTE!!
 
En el primer día de clase, el profesor de “Introducción al Derecho” entró al aula y lo primero que hizo fue pedir el nombre de un estudiante que estaba sentado en la primera fila:
¿Cuál es su nombre?
Mi nombre es Nelson, Señor.
¡Fuera de mi clase y no vuelva nunca más! – Gritó el maestro desagradable.
Nelson estaba desconcertado. Cuando volvió en sí, se levantó rápidamente recogió sus cosas y salió de la habitación.
Todo el mundo estaba asustado e indignado, pero nadie habló.
¡Muy bien! – Vamos a empezar, dijo el profesor.
¿Para qué sirven las leyes? preguntó el maestro – los estudiantes seguían asustados, pero poco a poco empezaron a responder a su pregunta:
Para tener un orden en nuestra sociedad.
¡No! – Respondió el profesor.
Para cumplirlas.
¡No!
Para que las personas equivocadas paguen por sus acciones.
¡No!
¿Alguien sabe la respuesta a esta pregunta!
Para que se haga justicia – una muchacha habló con timidez.
¡Por fin! Es decir, por la justicia.
Y ahora, ¿qué es la justicia?
Todos empezaron a molestarse por la actitud tan vil del profesor.
Sin embargo, continuaron respondiendo:
A fin de salvaguardar los derechos
humanos …
Bien, ¿qué mas ? – preguntó el maestro.
Para diferenciar el bien del mal, para recompensar a aquellos que hacen el bien …
Ok, no está mal, pero respondan a esta pregunta:
“¿Actué correctamente al expulsar a Nelson del aula?”
Todos estaban en silencio, nadie respondió.
Quiero una respuesta por unanimidad!
¡No! – Todos contestaron con una sola voz.
Se podría decir que he cometido una injusticia?
¡Sí!
¿Y por qué nadie hizo nada al respecto? Para que queremos leyes y reglas, si no tenemos la voluntad necesaria para practicarlas? Cada uno de ustedes tiene la obligación de hablar cuando es testigo de una injusticia. Todo . ¡No vuelvan a estar en silencio, nunca más! Vayan a buscar a Nelson – dijo. Después de todo, él es el maestro, yo soy un estudiante de otro período.
Aprendan que cuando no defendemos nuestros derechos, se pierde la dignidad y la dignidad no puede ser negociada.


 **********************************
Excelente!!

No primeiro dia de aula, o professor de "Introdução ao direito" entrou na aula e a primeira coisa que fez foi pedir o nome de um aluno que estava sentado na primeira fila:

Qual é o seu nome?

Meu nome é Nelson, Senhor.

Fora de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o mestre desagradavelmente.

Nelson estava perplexo. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente recebeu as suas coisas e saiu da sala.
Todo o mundo estava assustado e indignado, mas ninguém falou.

Muito bem! - vamos começar, disse o professor.

Para que servem as leis? Perguntou o professor-os alunos seguiam assustados, mas pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta:

Para ter uma ordem em nossa sociedade.

Não! - respondeu o professor.

Para cumprir.

Não!

Para que as pessoas erradas paguem por suas acções.

Não! Alguém sabe a resposta a esta pergunta!

Para que se faça justiça - uma rapariga falou com timidez.

Finalmente! Isto é, pela justiça. E agora, o que é a justiça?

Todos começaram a estranhar  a atitude tão vil do professor. No entanto, continuaram a responder:

A fim de salvaguardar os direitos Humanos...

Bem, e que mais? - perguntou o mestre.

Para distinguir o bem do mal, para recompensar aqueles que fazem o bem...

Ok, não está mal, porém respondam a esta pergunta
:

" Agi correctamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"

Todos estavam em silêncio, ninguém respondeu.

Quero uma resposta por unanimidade!

Não! - todos responderam com uma só voz.

Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?

Sim!

E por que ninguém fez nada a esse respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para as praticar? Cada um de vós tem a obrigação de falar quando é testemunha de uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vão procurar a Nelson - disse. 
 
Afinal, ele é o professor, eu sou um estudante de outra época.
Aprendam que quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não pode ser negociada.
 
  • Gostas disto.
  • António Fonseca
    ÓPTIMA LIÇÃO
     

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    ANTÓNIO FONSECA

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