sexta-feira, 31 de julho de 2015

OBSERVADOR - 360º - 31 DE JULHO DE 2015

360º - Um ano depois qual é o buraco do BES? ‏

Observador - David Dinis

09:46

 

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sexta-feira, 31 de Julho de 2015 09:46:49

Para:
antoniofonseca40@sapo.pt

360º

Por David Dinis, Diretor

Bom dia!

Enquanto dormia

O Comité Central do Syriza decidiu não votar o terceiro resgate, convocando um congresso extraordinário para setembro. Os planos foram definidos na quinta-feira, após uma reunião longa e tensa em que Alexis Tsipras garantiu que as cedências à troika são um “recuo tático”. Pelos seus opositores internos, Tsipras foi acusado de ter uma conduta “surreal e infantil” e de estar a desrespeitar todas as promessas eleitorais.
Cerca de 200 migrantes tentaram entrar nos locais da Eurotunnel, em Calais, no norte de França, na esperança de chegarem ao Reino Unido, sendo bloqueados pela polícia. A noite voltou a ser difícil, descrita pelo Telegraph como "febril" - numa reportagem que merece muito a pena ler.
Um incêndio provocado por quatro extremistas israelitas provocou a morte de um bebé palestiniano de 18 meses, na Cisjordânia. O Governo de Israel já condenou o ataque, que considerou "terrorista". Em Jerusalém, a noite não foi melhor: seis pessoas foram esfaqueadas durante uma Marcha do Orgulho Gay.
Em Espanha, o Governo anunciou uma subida de 1% dos salários no Estado, incluída no Orçamento do Estado para 2016 - algo que não acontecia desde 2010. O governo prevê um saldo orçamental positivo e uma economia a crescer 3%. As eleições vêm ao virar da esquina.

Informação relevante, por cá
A coligação lançou "bombas atómicas"? É o que pensa Mário Centeno, o homem que coordenou o programa económico do PS. Um exemplo, retirado da conversa que ele teve com a Helena Pereira ontem: "No caso do plafonamento da segurança social, podemos estar perante uma medida com um impacto de 2,3 mil milhões de euros a menos nos cofres da Segurança Social". "Onde estão as contas?" - pergunta ele.
Serve isto para dizer que já se discutem também as opções do PSD e CDS para as legislativas - e bem. O Público e o Económico fazem trabalhos comparando as propostas dos dois partidos, falando respetivamente de "duas formas diferentes de governar" e de "mais divergências que semelhanças" entre os dois.
No Económico, há artigo de Centeno, mas também de Jorge Bravo, colaborador do PSD (ainda sem links).
O DN aproveita a questão do plafonamento, que é o alvo do PS, para explicar que este pode ser viável se for aplicado a partir dos 2500 euros - citando os estudos já feitos. Aqui no Observador, já tínhamos recuado aos planos que Passos tinha antes de a crise financeira rebentar, que incluía usar dívida pública para o fazer em grande escala - o que a coligação já disse não ser a ideia agora.
Mas há mais política: ontem conhecemos as listas do PSD e CDS às legislativas: de um lado, vários membros do governo a entrar (sobretudo os mais fiéis passistas); noutro, algumas caras (mais ou menos) novas, mais um homem do futebol e um opositor interno.
Hoje vamos ficar a saber que debates haverá nas televisões. Para já, Paulo Portas parece estar in.
Sob forma de opinião, o Paulo Ferreira deixou aqui as razões pelas quais o Bloco Central parece longe; o Rui Ramos explica as razões de Cavaco Silva aos distraídos, ao passo que o João Marques de Almeida justifica porque Paulo Portas vai ser um elemento central da campanha. Eu, neste vídeo, tento explicar qual é a pergunta que vai ser feita aos portugueses nas legislativas. Mesmo que não consiga ler tudo já, serve de leitura de fim de semana.
Mudando de assunto, vale a pena referir a polémica (cheia de campanha pelo meio) dos novos números do desemprego: são 636,4 mil desempregados em junho, ficando a taxa de 12,4%, informou o INE. Atenção: a taxa de maio, antes estimada em 13,2%, foi revista em baixa para 12,4%. Com isso, temos agora o valor mais baixo desde julho de 2011, o que deu para o PSD celebrar e para o PS criticar (acusando uma manipulação de dados).
Falando em polémica, há outra sobre dívida oculta na Saúde - levantada pelo Tribunal de Contas.
E agora um alerta, vindo da CMVM: a retoma em Portugal em risco se a economia angolana tropeçar.
Na banca, a CGD apresentou ontem os resultados do semestre - com lucros -, revelando que mais de 1000 pessoas já aceitaram entrar no plano de rescisões amigáveis que faz parte da reestruturação interna. A tensão com Passos (lembra-se de ontem) não parece resolvida - o banco deixou claro que só pode devolver a ajuda estatal daqui a dois anos.
A EDP também apresentou contas, com menos lucros (mas altos). A Sonaecom está em sentido positivo.
Já que falamos de banca, fixe uma nova data: 7 de agosto - altura em que aparecem propostas revistas para a compra do Novo Banco (sobre este tema, veja mais abaixo que temos um Especial à medida da data).
Para breve pode estar também a decisão do regulador português sobre a compra da TAP. O Público diz hoje que a Comissão Europeia fez já um relatório, mas remete a decisão para a Autoridade Nacional de Avião Civil, agora com novo presidente nomeado pelo Governo.
Outra notícia do dia de ontem envolveu Duarte Lima, que vendeu um quadro para pagar ao BPN. Aqui e aqui percebe bem o caso, qual é o quadro e o... preço.
Na sociedade, alguma coisa vai mudar na investigação dos abusos sexuais de crianças: o Governo passou os casos para os tribunais, tentando assim acelerar processos - conta o DN.
E uma coisa está a mexer com a Igreja: a discussão lançada pelo Papa Francisco sobre a família dividiu a conferência Episcopal Portuguesa, segundo conta o Sol, com uma discussão acesa com direito a votação.
Os nossos Especiais

Um ano depois qual é a dimensão do buraco do BES? É a pergunta de milhares de milhões. Um ano depois dos piores resultados da história empresarial portuguesa, que levaram à primeira resolução bancária na Europa, não se conhecem as perdas do BES mau. A Ana Suspiro aproveita a data histórica para nos explicar o que falta saber: as contas, a venda do Novo Banco, a marca, o papel comercial, os processos judiciais - e o caso da PT.
O homem que quer fazer do Labour o Syriza britânico. Há quem veja em Jeremy Corbyn um Tsipras inglês. Outros dizem que pode destruir o Partido Trabalhista. É socialista e não tem medo de afirmá-lo. As sondagens colocam-no à beira da liderança do Labour. O João de Almeida Dias fez a revisão do currículo e falou com um par de especialistas na história do Labour e alguns potenciais votantes para percebermos melhor o fucarão Corbyn.
Manuais escolares. Seja rápido e poupe 10% da despesa. Muitos livreiros oferecem descontos de 10% sobre o preço de venda dos manuais escolares para quem encomendar até ao final de julho, o que pode representar mais de 50 euros de poupança por aluno. O David Almas sugere a melhor opção para os pais que precisem.
Siga estes guias por nove viagens na nossa terra. Foi um Conversas à Quinta muito especial, e um pouco mais longo do que o habitual. O José Manuel Fernandes e os nossos Jaimes (Gama e Nogueira Pinto) andaram pela nossa terra, descobrindo-a e revelando-a, mostrando as sua paixões, encantos e referências literárias. Manual de viagem para o agosto que entra, na despedida antes de férias.
Notícias surpreendentes
Uma viagem mais longa, através de 62 imagens históricas - mas pouco conhecidas. O Rare Historical Photos mostra fotografias que simbolizam conquistas do Homem, a evolução científica e os valores humanos. Outras retratam momentos de grandes guerras, as consequências dos conflitos e a morte. Vale a pena folhear o álbum - e reter algumas delas.
Mick Fanning fez uma viagem de regresso ao mar - mas apanhou novo susto. O surfista que sobreviveu ao ataque de um tubarão na África do Sul entrou nas ondas da Austrália, mas abandonou o mar à pressa, por ter visto a barbatana de um tubarão.
Do tubarão para Jorge Jesus. Chegou a ver o vídeo da RTP a promover a supertaça? Pois bem, a televisão pública chamou-lhe "ai, Jesus", ainda foi para o ar - mas acabou por ser retirado... depois de Sporting e Benfica terem (imagine só) protestado juntos contra a estação. A RTP diz que não saiu por pressão - mas o que realmente tem graça é ver o dito.
Assim fecho o nosso 360º - com uma polémica e um cheirinho de um derby que vem daqui a uma semana.
Chegámos assim à entrada de agosto. Se estiver a entrar de férias, fica o meu desejo de uns dias bons. Se estiver em trabalho, que tenha um fim de semana revitalizador.
Em qualquer caso, já sabe, terá a nossa companhia: basta um clique no smartphone ou no computador e terá à mão a informação mais importante, boa análise e algumas histórias que merecem ser contadas.

Até já!

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ANTÓNIO FONSECA

quinta-feira, 30 de julho de 2015

OBSERVADOR – MACROSCÓPIO – 30 DE JULHO DE 2015

Macroscópio – Finalmente, temos programas. Mas ainda falta mais escrutínio.

Observador, José Manuel Fernandes

18:36

Grupos

Para: antoniofonseca40@sapo.pt

newsletters@observador.pt

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher

Boa noite!


Tardou, mas chegou. O programa da coligação PSD-CDS foi apresentado quarta-feira ao fim do dia, pelo que os portugueses podem ir para agosto com as suas 149 páginas, mais as 89 páginas do programa do PS (com letra mais miudinha, é certo), pois este já foi apresentado há mais de dois meses. Não creio porém que, na praia, se encontre o melhor estado de espírito para comparar propostas e visões para o futuro de Portugal, sobretudo se descermos aos imensos detalhes de que se ocupam esses dois longos documentos. Por isso o Macroscópio dá hoje uma ajuda a quem quiser compreender melhor o que propõe a atual maioria, como a seu tempo o fez - Macroscópio de 21 de Abril - com as ideias do PS constantes do documento mais importante, o dos cenários macro-económicos preparados por um grupo de economistas.
Primeiro que tudo, o que é que propõem PS e PSD? Sem falsas modéstias, julgo que o Observador apresentou a melhor síntese online. Se a 20 de Maio lhe oferecemos um Guião do programa eleitoral do PS em nove passos, desta vez fomos por igual caminho, e oferecemos-lhe as propostas de PSD e CDS também num Guião do programa eleitoral em 9 passos. São eles:


Se a leitura destes textos o pode ajudar a ficar com uma ideia do conteúdo do programa, e se neles encontrará algumas novidades, também não espere grandes revoluções. Afinal o cenário macroeconómico a quatro anos é o mesmo que o Governo enviou para Bruxelas no passado mês de abril, e desde então que eram conhecidos os limites das promessas que poderiam ser feitas. Mesmo assim já começaram a ser publicadas ou divulgadas as primeiras análises a este documento, pelo que delas aqui deixo uma breve síntese.
Começo pela avaliação do diretor do Observador, David Dinis, que neste comentário vídeo - E a pergunta para as legislativas é... - procura fazer a síntese daquilo que, em última análise, separa os dois blocos com aspirações de liderar o próximo governo de Portugal. Ou seja, o que devíamos estar a discutir nos próximos dois meses.
Quanto às análises escritas, aqui ficam as que me chamaram mais a atenção:
  • Bruno Faria Lopes considerou hoje, no “Económico à Uma”, que PSD, CDS e PS: o "arco" joga à defesa nas eleições pois, nota, “Com o eleitorado em stress pós-traumático, a Europa em turbulência (a Europa é "o" projecto unificador que os partidos do arco venderam aos portugueses) e a Grécia ainda em risco, nem PSD/CDS, nem PS, arriscam nestas eleições.” Já quanto ao documento da maioria, notou como muito do receio de arriscar condicionou as propostas para a área da Segurança Social: “a "conspiração grisalha" ganhou, infelizmente, a batalha geracional. As ideias - o plafonamento para os mais novos, a maior correspondência entre contribuições e pensão, a "conta individual fictícia" - merecem ser discutidas (duvido que encontrem grande eco no PS), mas centram-se nos futuros beneficiários.”
  • André Veríssimo, do Jornal de Negócios, não mergulhou no documento, mas não o ignorou algumas das suas ideias em A injustiça nas pensões. Eis como introduz a sua reflexão: “Primeiro a boa notícia: os actuais pensionistas vão manter o valor das reformas. A coligação juntou-se ao que já defende o PS, o que garante politicamente esta opção. A má: os futuros pensionistas vão ver as suas baixar ainda mais. É justo?” O articulista não se estende na resposta, mas eu arrisco a minha: é injusto. E, apesar da timidez dos principais partidos, este tema da justiça intergeracional está condenado a regressar ao debate público.
  • André Macedo dedicou ao tema o editorial do Diário de Notícias, O anexo e o risco. Também ele centra nas propostas para as pensões boa parte da sua análise: “Tal como em 2011, o PSD volta a propor a hipótese de os contribuintes - embora não todos -, desviarem parte dos descontos que hoje fazem para sistemas privados ou mutualistas. A ideia há muito que é discutida e rejeitada pela esquerda, que vê nessa liberdade de escolha o primeiro passo para o enfraquecimento de um sistema já muito debilitado pela queda de receitas. Apenas a concretização desta mudança - isto é, a dimensão percentual dos valores a desviar - pode tirar as dúvidas sobre o seu impacto.“
  • Bernardo Ferrão optou por fazer, no Expresso, uma análise mais política em Um discurso de 2011 e um programa de cromos repetidos. O seu gancho é o discurso mais “social” deste programa: “Ao apostar na correção das desigualdades, a direita entra no terreno da esquerda e espera que o país confie que quem destruiu pode agora corrigir os profundos estragos. Acredita? Ao baixar as expectativas e as promessas, a coligação centra o discurso no “aventureirismo” socialista, passando toda a pressão para o campo adversário, como se só Costa tivesse que provar nas legislativas de 4 de outubro.”

Por enquanto não há muito mais a destacar sobre o conteúdo das famosas 149 páginas, mas ocorreu ontem à noite algo de bizarro que não escapou a Helena Matos, que sobre isso escreveu uma nota no blogue Blasfémias, E depois queixem-se: “Está instalada esta telha: fala o Governo e vai a comunicação a meio e já estão os líderes dos outros partidos a comentar. As televisões deixam a comunicação em si mesma, vão para os comentários e em seguida os comentadores comentam os comentários.”
Bem, deixemos esta coisa de programas eleitorais, que em tempo de férias o Macroscópio não pode ser tão monotemático. Por isso aqui lhes deixo mais três chamadas de atenção.

A primeira vai para um texto muito oportuno, e divertido, da Spectator: You can do anything (but you shouldn’t): the brave new world of internet morality. Fala-se, é bom de ver, daquilo que se partilha nas redes sociais – o que partilhamos nós e o que partilham de nós. E, claro está, desse novo género de talibãs que são os polícias do politicamente correcto nas redes sociais:
Close down one server and another springs up; crack one encrypted service and its users flee to an alternative. It may never be possible for criminals and jihadis to have absolute confidence in their anonymity — any more than you should have absolute confidence in yours when seeking a partner for a tryst in a Travelodge — but it also won’t ever again be possible to deprive them of the tools they currently employ. Like the philanderer or the drug user or the pornographer or pretty much anyone, their powers will only grow. In a little internet nutshell, then, we are moving towards a world where the question ‘Can I?’ becomes almost meaningless. Whatever the question, pretty much always you can. Instead, we will have to ask ‘Should I?’ Should I buy these drugs? Should I watch this pornography? Should I send this abusive message to my local MP? What will be the consequences if I do?
A segunda sugestão vai para uma daquelas crónicas que só podemos encontrar na imprensa anglo-saxónica – para o melhor ou para o pior –, mas que são de um imenso descaramento. Hadley Freeman, jornalista do Guardian, não esteve com meias medidas e resolveu escrever uma crónica sugestivamente intitulada: Don’t believe Hollywood’s sexual fantasies about female journalists. Por outras palavras, a vida sexual das mulheres jornalistas é muito menos excitante, diz ela, do que habitualmente se pensa (pensa ela). Mas é divertido de ler: “Women’s jobs, today’s Hollywood movies imply, are a mere hurdle they need to scale before discovering the meaning of life (marriage). But the Hollywood obsession with female journalists’ sex lives feels especially ridiculous as there are few professionals who film folk encounter more than journalists. So this idea that female journalists are all just dying to jump into bed with them is a fascinating insight into certain film-makers’ tragic sexual fantasies.”
A terceira sugestão é num registo nem diferente, bem mais sério. Vai para uma entrevista de George Osborne, o poderoso ministro das Finanças do Reino Unido, ao Telegraph. O título é poderoso e capaz de incendiar muita discussão: Britain should return to a trade relationship with the EU. Eis o seu argumento central: “For Britain, I always felt that the central attraction of European Union membership was the economic one. And that’s why it’s so important to fix the economic aspects of our relationship if we are going to convince people and convince ourselves that it is right for Britain to remain in the EU.”
E é tudo por hoje. Amanhã haverá "mais uma uma volta, mais uma voltinha", como se diz nas pistas dos carros de feira, uma volta especial pois virá antes de um intervalo de duas semanas em que estarei de férias.
Por isso, descansem, leiam, gozem as férias (que já vos apanho) e encontramo-nos aqui de novo daqui por 24 horas, no que será também o último dia de Julho – e o primeiro do resto das nossas vidas, que é o que importa.

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ANTÓNIO FONSECA

Olá a todos–30 de Julho de 2015

 

 

 

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Caríssimos Amigos:

 

Após um  longo período de interregno, motivado pela falha completa do meu computador que avariou irremediavelmente em fins de Maio último, fiquei impossibilitado de continuar diariamente com este blog e também, com o blog SÃO PAULO (e Vidas de Santos); e, ainda os meus contactos com a Rede Social FACEBOOK (e não só), além de, claro, não poder consultar o correio que neste momento ultrapassa já mais de 6000 mensagens.

Relativamente ao blog SÃO PAULO (e Vidas de Santos), fui-me valendo da recorrência ao computador de um  filho meu, para ir escrevendo os textos referentes ao Calendário dos Santos e à descrição dos textos do ANTIGO TESTAMENTO.

Hoje, porém, graças a Deus, posso retomar a normalidade “paulatinamente” publicando vários temas no blog VAMOS LÁ SABER COMO É…; assim como os textos do SÃO PAULO (e Vidas de Santos), conforme o vinha fazendo até agora; ir vendo o correio desde Maio passado; e, visitar o FACEBOOK para contactar com todos os meus Amigos.

Tive que adquirir um novo PC (torre) – que por acaso, ficou bastante em conta – por intermédio de um familiar e vou tentar recuperar o tempo perdido, assim Deus me ajude.

Posto isto, agradeço a atenção que me tem sido prestada e prometo envidar todos os meus esforços no sentido de rapidamente ficar com tudo em dia.

 

Obrigado pela vossa compreensão

 

ANTÓNIO FONSECA

domingo, 12 de julho de 2015

HYPE SCIENCE - 6 DE JUNHO DE 2015

Esse robô manuseia a espada como um mestre samurai

Link to HypeScience

Esse robô manuseia a espada como um mestre samurai
Posted: 06 Jun 2015 08:09 AM PDT

O vídeo da Yaskawa Electric Corporation mostra a destre Continua...
73% dos pacientes com insônia são curados após sessão de terapia de apenas uma hora
Posted: 06 Jun 2015 08:00 AM PDT

Estudo da Universidade de Northumbria descobriu que uma simples sessão de terapia de uma hora ajuda a curar 73% das pessoas que sofrem de insônia aguda Continua...

sexta-feira, 10 de julho de 2015

EL VENTANO - 10 DE JULHO DE 2015

l ventano‏

el ventano

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

el ventano


Aprobada la Ley de Montes que permite construir en terreno incenciado
Posted: 09 Jul 2015 11:57 PM PDT

Este 2015 va a suponer un récord histórico en superficie forestal abrasada por los incendios, como vienen denunciando desde hace tiempo asociaciones de bomberos, las BRIF y las organizaciones ecologistas. Pero al PP lo único que le interesa que es la especulación de estos espacios. De ahí la Ley de Montes que acaba de aprobar en el Congreso para inundar los montes de ladrillo.




El Congreso de los Diputados aprobó ayer, con los votos del PP, UPyD y UPN, la nueva Ley de Montes con la que se deja vía libre a las comunidades autónomas para la recalificación de suelo que haya sufrido incendios sin que tengan que pasar los 30 años marcados como plazo en la anterior ley de 2003.

La norma, que establece que dicho cambio se podrá realizar si hay motivos de interés público, quita competencias a los agentes forestales a la hora de denunciar delitos ambientales, y que pasan ahora a ser auxiliares de los cuerpos y fuerzas de seguridad del Estado. La ley afectará a más de 54% de la superficie del país, considerado suelo forestal. Son 27,7 millones de hectáreas de las que dos terceras partes son de propiedad privada.

Durante el debate final, el diputado diputado del PP Manuel Torres ha echado en cara a los partidos de la oposición que han rechazado la nueva norma su "falta de sensibilidad con los propietarios y habitantes del mundo rural, queriendo limitar sus posibilidades de desarrollo".

Desde Ecologistas en Acción, Amigos de la Tierra, Greenpeace, WWF y SEO/BirdLife destacan que la intención del Gobierno del Partido Popular con la aprobación de esta norma es "desregular y eliminar toda limitación a la hora de desarrollar ciertas actividades económicas y urbanísticas en beneficio de intereses particulares", informa el periódico Diagonal.

La superficie quemada en estos siete primeros meses del año supera en un 13% a la que se calcinó a lo largo de 2014. Según datos del Ministerio de Medio Ambiente,  en apenas algo más de un semana se ha disparado la destrucción forestal de 2015 hasta superar las 35.128 hectáreas.

Las altas temperaturas de estos días han favorecido los incendios y su propagación, pero ya en junio, la asociación WWF-Adena llamaba la atención sobre el estado de los montes con una frase elocuente: "Los bosques, listos para arder". Desde la Asociación Nacional de Bomberos Forestales afirman que "somos muy buenos extinguiendo fuegos, pero es muchísimo más caro y menos rentable".

Los agentes de las Brigadas de Refuerzos de Incendios Forestarles (BRIF) recuerdan que "desde el día 15 de junio venimos denunciando el retraso en la incorporación de helicópteros, nuestro medio de transporte que hace que nos desplacemos a cualquier punto del territorio nacional en un tiempo lo más corto y rápido posible".

Las asociaciones ecologistas denuncian que el esfuerzo de las administraciones se vuelca en los medios de extinción y cae la prevención: Entre 2011 y 2013 se invirtió una media de 10 millones de euros en prevención, frente a los más de 33 millones de euros de media al año entre 2008 y 2010, Ecologistas en Acción calcula que se invierte "hasta un 200% más en extinción que en prevención".



Piscinas de andar por casa para combatir el caloret
Posted: 09 Jul 2015 10:19 PM PDT



Resulta algo lamentable escuchar cada año las mismas recomendaciones para combatir las oleadas de calor que cada vez vienen más fuertes por el cambio climático, a pesar de la opinión del primo de Rajoy y de los quemadores de combustibles fósiles. Entre las sugerencias nunca aparecen las iniciativas más ocurrentes de la ciudadanía, como estas piscinas de diseño aut, in, hot, on y cool...


































Fuente: 'upsocl.com/creatividad/15-personas-que-no-tenian-piscinas-y-que-no-se-rindieron-para-crearlas/?utm_source=FBppal&utm_medium=Facebook&utm_campaign=fb'
El TTIP, un acuerdo potencialmente devastador para la Unión Europea
Posted: 09 Jul 2015 03:12 PM PDT

Ya se sabe lo que sucede cuando se cree que el progreso y la felicidad llegan de la mano de los grandes conglomerados empresariales europeos y norteamericanos. Que millones de personas se quedan sin progreso y sin felicidad (Soledad Gallego-Díaz)


Ilustración, Marcin Sacha



¿Qué pretende el futuro Tratado de Libre Comercio entre Estados Unidos y la Unión Europea, conocido por sus siglas inglesas TTIP? Desde luego, no se trata de eliminar unas cuantas barreras aduaneras o de facilitar unos cuantos trámites fronterizos, impulsando a las pymes, como se ha intentado tontamente vender a la opinión pública europea y norteamericana: de eso se ha encargado siempre la Organización Mundial de Comercio, la OMC, un organismo multinacional en el que las grandes potencias no tienen derecho de veto.

El TTIP es mucho más un intento geopolítico de convertir a Estados Unidos y a la Unión Europea en un único bloque comercial, con la vista puesta en la emergencia de los países BRIC (China, India, Brasil y Rusia). ¿Es una buena o una mala idea? Cualquier libro de historia demuestra que el comercio no es un elemento neutral en las relaciones entre bloques y países, sino que forma parte esencial de la política internacional.

Un bloque EE.UU./UE, con el control de una parte formidable del comercio mundial, sería un negociador potentísimo frente a cualquier otro interlocutor, como los BRIC, unidos o separados, o, incluso, frente a una eventual alianza del Pacífico entre Estados Unidos y sus socios asiáticos. Pero los libros de historia demuestran también que es muy fácil malinterpretar las intenciones ajenas y que la formación de un bloque comercial del tamaño de Estados Unidos y la Unión Europea, juntos, puede despertar reflejos y temores indeseados.

Para eso, para controles geoestratégicos, no sirve la OMC. Para colmo, la Organización Mundial del Comercio ha permanecido en coma durante años, precisamente por la imposibilidad de imponer acuerdos a los países BRIC, en plena etapa desarrollista. La última Ronda de liberalización, la famosa Ronda de Doha, que se abrió en 2001, ha estado a punto de declarar el fallecimiento de la OMC. En el último minuto se consiguió enchufarle algo de oxigeno con los llamados Acuerdos de Bali, en 2013. Pero esos acuerdos son simplemente una fe de vida, es decir, lo contrario al certificado de defunción, y no dan respuesta a las grandes preguntas del domino mundial.

Esas respuestas están presentes mucho más en el TTIP. Si la voluntad del nuevo Tratado es afianzar el poder geoestratégico de Estados Unidos y de Europa frente a la creciente incertidumbre mundial, ¿por qué existe una resistencia tan grande a ambos lados del Atlántico? Porque en el camino, en la formulación concreta de ese Tratado, se están fijando condiciones estrictamente liberales, que quedarán grabadas  a fuego y por encima de las legislaciones nacionales, y porque pretende imponer la segunda y definitiva globalización, no de las redes comerciales, sino de un modelo político determinado.

Si no hubiera habido la crisis económica de 2008, quizás el TTIP hubiera pasado desapercibido, como pasaron las leyes que desregularon los mercados financieros, pero la negociación ha arrancado cuando los efectos de esa crisis son todavía muy palpables para las opiniones públicas europea y norteamericana y, en el caso de la Unión Europea, cuando ni tan siquiera se ha podido dar por cerrada la Depresión. Y, sobre todo, cuando dentro de esas opiniones públicas se ha empezado ya a atribuir responsabilidades y a desconfiar nuevamente de la sacralización del sistema.

Por eso las negociaciones del TTIP están sufriendo tantos contratiempos. Los problemas no surgen solo en la Unión Europea, como podría parecer. En Estados Unidos hay también una corriente crítica, sobre todo entre los demócratas. Elisabeth Warren, la senadora que mejor representa el sector de la izquierda, escribió hace poco contra la “idea de dar a las Corporaciones derechos especiales para desafiar nuestras leyes y hacerlo además fuera de nuestro propio sistema legal”. La misma posición fue expresada por cien juristas norteamericanos que firmaron un llamamiento contra la existencia de mecanismos de arbitraje: “Los ISDS (mecanismos de arbitraje)  garantizan a las corporaciones extranjeras un privilegio legal especial, el derecho a iniciar una procedimiento de arreglo de disputas contra políticas y acciones de un gobierno que aleguen que provoca una pérdida de ganancias o beneficios para esas Corporaciones... Esas prácticas socavarían la soberanía nacional y debilitarían el imperio de la ley al conceder a las corporaciones derechos legales especiales”.

¿De qué se habla cuando se alude a los “mecanismos de arbitraje” o “tribunales privados”? Como muy bien explica la Comisión Europea, en el mundo existen actualmente dos maneras de resolver conflictos entre empresas multinacionales o extranjeras y Estados. El primero establece que serán los tribunales normales del país en cuestión los que examinarán la demanda. Obviamente, eso implica confianza en el sistema legal y en el respeto a la ley del país demandado, y es el que se aplica hasta ahora en la mayoría de los países altamente desarrollados y democráticos del mundo. Un segundo sistema, que funciona sobre todo en acuerdos comerciales con países con sistemas judiciales más endebles, establece la creación de ISDS, sistemas de arbitraje privados.

Es decir, los gobiernos aceptan que, en caso de duda, las empresas demanden ante un organismo que no depende de ningún Estado sino que está formado por abogados privados, especialistas en comercio internacional, previamente designados. En el primer caso, las empresas se quejan de que los tribunales de los países demandados por ellas pueden estar inclinados a favor de sus gobiernos; en el segundo, los gobiernos se quejan de que no pueden formular libremente sus políticas ni legislar en interés público.

En el caso del TTIP, quedó pronto claro que ni Estados Unidos ni la Unión Europea podían admitir que se trate a sus sistemas judiciales como si fueran endebles o sospechosos, es decir que no podría acordarse un sistema ISDS puro, como pedían los conglomerados empresariales de los dos lados del Atlántico. La Comisión pensó entonces en un Tribunal Internacional de Inversiones, cuya composición no aclaraba. Poco después, ofreció otra salida: un tribunal integrado por siete jueces (dos, norteamericanos; dos, europeos, y tres de otras nacionalidades) que solo trataría asuntos relacionados con el TTIP.

Finalmente, el grupo socialista, que había acordado inicialmente oponerse a cualquier tipo de ISDS, propuso un nuevo y complicado camino: se hablaba del reconocimiento de “la competencia de los Tribunales Nacionales”, pero se planteaba un nuevo “modelo de protección jurídica de inversores, administrado por jueces de carrera independientes, elegidos públicamente”, lo que sonaba finalmente a un nuevo tipo de Tribunal Internacional especial para el TTIP.

Lo que suceda en el Parlamento Europeo será básico, porque en la Unión Europea puede convertirse en el único Parlamento en el que realmente se discuta el TTIP, ya que la Comisión pretende que, una vez que se llegue a un acuerdo, el texto entero sea sometido a un 'sí' o un 'no' de los parlamentos nacionales, una opción que impide cualquier debate serio y deja a los parlamentarios nacionales entre la espada y la pared.

No se trata únicamente de si los conglomerados empresariales van a tener derecho a un tribunal especial. El TTIP modificará también, quizás no inmediatamente pero sí a medio plazo, derechos laborales, la seguridad de los consumidores y la protección medioambiental en los países de la Unión Europea. Es verdad que el Tratado puede influir también en el sentido de mejorar la protección laboral de los trabajadores norteamericanos (si finalmente se incluye alguna mención a las normas de la Organización Internacional del Trabajo, OIT) pero, en la práctica, es más probable que la homologación de normas y regulaciones entre Estados Unidos y la Unión Europea termine debilitando derechos ya asentados en Europa.

¿Conviene que Estados Unidos y la Unión Europea intenten mejorar conjuntamente su posición geoestratégica? Seguramente, pero depende de la manera y del precio a pagar. Por el momento, y afortunadamente para nosotros, el modelo de la Unión Europea es muy diferente al de Estados Unidos y ha dado lugar a una red de protección y seguridad social que no es equiparable con la de ninguna otra parte del mundo.

El TTIP puede encerrar todos los elementos necesarios para reducir esas diferencias, incluso para arrancarlas de cuajo. Y ya se sabe lo que sucede cuando se cree que el progreso y la felicidad llegan de la mano de los grandes conglomerados empresariales europeos y norteamericanos. Que millones de personas se quedan sin progreso y sin felicidad.

El progreso y la felicidad llegaron a Europa de manera razonablemente equitativa cuando fuimos capaces de plantearnos un papel diferente para Europa en el mundo. ¿Se acabó ya esa idea? ¿Ya no creemos en la capacidad europea para hacer atractivo su modelo, no por la fuerza sino por la convicción?  Hasta ahora no ha sido verdad que Europa y Estados Unidos marcharan por la misma senda. Hemos avanzado por terrenos diferentes, pero han sido compatibles e incluso coordinados.

¿Por qué no se puede seguir así? ¿Porque esa manera de avanzar reduciría el papel de Europa en el mundo? ¿Solo podemos aspirar a protagonizar nuestro futuro si somos un apartado del TTIP?
Lo que el Tratado plantea es algo muy distinto, algo muy serio y potencialmente devastador. Lo mínimo seria poder discutirlo en el Parlamento nacional, en los medios de comunicación, en las universidades y en los círculos sociales.


Soledad Gallego-Díaz: 'ctxt.es/es/20150611/firmas/1416/El-TTIP-un-acuerdo-potencialmente-devastador-TTIP-CE.htm'


El tribunal del TTIP para disputas entre estados y multinacionales será de carácter privado
Posted: 09 Jul 2015 12:43 PM PDT

La gran coalición de populares, socialdemócratas y liberales, aprobó este miércoles el denominado Informe Lange, con un apartado relativo a los tribunales de arbitraje inversor-estado, más conocidos como ISDS. Estos tribunales no los componen jueces tradicionales, con oposiciones y carrera jurídica, sino que están formados principalmente por miembros procedentes del sector privado, como la Cámara de Comercio de París u otros organismos no públicos. Soledad Gallego-Díaz habla de ello en su comentario en la cadena Ser.





Alexis Tsipras acudió ayer al Parlamento Europeo y la crisis griega, que se encuentra en su momento más crítico, ocultó todo lo demás. Pero lo demás tenía importancia, porque los eurodiputados votaron otra vez la famosa propuesta del Parlamento sobre la negociación del Tratado de Libre Comercio (TTIP) entre la Unión Europea y Estados Unidos, un tratado que algunos consideran la segunda etapa de la globalización económica y que había provocado duros enfrentamientos hasta ahora. Al final, el voto fue claro: 436 a favor y 241 en contra.

Como en demasiadas ocasiones en la Unión Europea, el escollo principal, donde podrán demandar las grandes multinacionales a los gobiernos que aprueben legislaciones que reduzcan sus beneficios, quedó redactado de manera ambigua. Las multinacionales exigían poder acudir a tribunales comerciales especiales, privados, y la mayoría de la izquierda se oponía, asegurando que en países con sistemas democráticos, como Estados Unidos y los miembros de la UE, bastaban con los tribunales nacionales para resolver esos conflictos.

El acuerdo final habla de un nuevo sistema "sujeto a principios y escrutinio democrático". Según conservadores y socialdemócratas eso deja perfectamente claro que no habrá tribunales comerciales privados, sino tribunales comerciales que serán especiales pero con jueces democráticamente elegidos, como sucede, por ejemplo, en la Corte Internacional de Justicia de la Haya, donde se dirimen los conflictos entre Estados.

Según los verdes y la izquierda no socialdemócrata, la redacción no es en absoluto evidente, sino que deja abiertas demasiadas posibilidades. Realmente, ¿tan difícil era redactar ese artículo de manera que no despierte tanta inquietud?


Soledad Gallego-Díaz: cadenaser.com/programa/2015/07/09/hoy_por_hoy/1436397914_434660.html'


Una de las 'fotos' de los Sanfermines, explicada por su autor
Posted: 09 Jul 2015 07:10 AM PDT

Era la primera vez que cubría las fiestas de San Fermín, y lo hacía cargado de pereza y excepticismo ante el vendaval de gente, alcohol y fotógrafos que inunda Pamplona estos días. Una marea humana se mueve por una calle y, arrastrada por ella, aparece una muchacha buscando una bocanada de aire que la mantenga con vida. David Ramos la ha visto a través del visor y logra hacer tres disparos con su cámara hasta que la pierde.





Estoy cubriendo los sanfermines de 2015 junto a mi compañero Pablo Blazquez para Getty Images News. Nuestro principal objetivo es abastecer a nuestros clientes de buenas imágenes durante los diferentes momentos de la fiesta. Estamos aquí para intentar conseguir alguna imagen que dé una alternativa a los editores de nuestros clientes. Nada fácil en una fiesta tan y tan bien documentada.

Esta imagen está tomada un par de minutos antes del primer chupinazo. Técnicamente no tiene mucho misterio. La secuencia se inicia con un pequeño grupo de chicas jóvenes que, asustadas por un par de mareas humanas, intentan salir de la plaza en dirección a la protagonista de la imagen. Les sigo durante un momento; veo que se inicia otra marea y algunos empiezan a buscar aire mirando hacia el cielo.

Todo normal hasta que, justo debajo de mi balcón, aparece esa chica aplastada entre dos chicos, tal vez sus colegas, que intentaban sin éxito protegerla. Tengo tres fotogramas de lo que creo que es una bocanada de aire por las diferentes posiciones de la boca en la secuencia. Luego le perdí la pista porque la plaza se empezaba a llenar de pañuelos rojos para el chupinazo.

En la toma no recuerdo que sintiera que tenía una buena imagen. Tan solo pensaba en mi hija de dos meses y en el momento en que me diría dentro de unos años: ‘Papa, quiero ir a San Fermín con unas amigas'.

Es la primera vez que trabajo en los sanfermines. Nunca he luchado para poder cubrirlos. Demasiados fotógrafos, demasiada gente, demasiado alcohol. No es un buen paisaje para trabajar. Cuando me sugirieron que tal vez este año tendría que ir, lo primero que sentí fue pereza.

Después de tres días mis sensaciones no han cambiado mucho, aunque sí que ha habido algo que realmente me ha atraído: me apasiona ver cómo un pueblo se tira a las calles cada año durante nueve días para mantener viva su cultura y su tradición, invadidos pero ajenos a turistas que se piensan que esto es una especie de orgía callejera. Que tal vez lo sea.

En los escasos tres días que he pasado por aquí me llevo la sensación de que hay diferentes sanfermines durante un mismo San Fermín. El que no me interesa lo cubres sin problemas en dos días. El que define a un pueblo y te muestra cómo lo viven las pamplonesas y los pamploneses, llevaría años.


David Ramos (fotógrafo): 'quesabesde.com/noticias/david-ramos-san-fermin-con-texto-fotografico_13427'



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