"Carreguem tudo". Autoridades ucranianas alertam para cortes de energia após ataques russos
Nos últimos dias, várias infraestruturas de energia críticas têm sido o alvo escolhido pelas tropas russas.
Na terça-feira, Volodymyr Zelensky confirmou que 30 por cento das centrais de energia do país tinham sido destruídas por ataques aéreos russos desde o dia 10 de outubro. A situação provocou “apagões” um pouco por todo o país, adiantou ainda o presidente ucraniano.
Na preparação para os cortes de energia desta quinta-feira, a Ukrenergo pediu aos ucranianos para se abastecerem de água, mas também de “meias quentes e cobertores” e “abraços da família e amigos”.
Recomendou ainda que os telefones, powerbanks, lanternas e baterias e todos os equipamentos sejam carregados.
"Os disparos constantes de mísseis do inimigo estão a destruir a nossa infraestrutura de energia e os trabalhadores precisam de tempo para a recuperar. Ao mesmo tempo, está a ficar mais frio lá fora, o que tradicionalmente nos incentiva a consumir mais eletricidade. Mas, neste momento, precisamos de uma abordagem muito consciente e económica do nosso consumo de eletricidade para sobreviver o melhor possível ao inverno que se aproxima”, disse a empresa através das redes sociais.
A Ukrenergo alertou que os cortes de energia poderão sentir-se em todo o país “entre as 7h00 e as 22h00” e pediu aos cidadãos para que verificassem os horários dos cortes de energia diretamente com as respetivas operadoras.
“O inimigo não consegue combater no campo de batalha com as Forças Armadas da Ucrânia”, e por isso “atacou novamente a infraestrutura de energia”, diz a empresa. “Não descartamos que, com o tempo frio, tenhamos de pedir a vossa ajuda com mais frequência”, admitiu a empresa.
Na quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou que os ataques contra as centrais elétricas da Ucrânia, com a chegada do frio, são atos de “terror”.
“Isto marca um novo capítulo numa guerra já tão cruel. A ordem internacional é muito clara: isto são crimes de guerra. Ataques propositados a infraestruturas civis, com o objetivo claro de deixar homens e mulheres e crianças sem água, luz e aquecimento, com o inverno que se aproxima, são atos de puro terrorismo”, afirmou perante o Parlamento Europeu.
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