Apoio alemão treme: ministro da Economia relativiza importância do gasoduto dos Pirinéus
O ministro da Economia alemão, Robert Habeck, considerou o gasoduto defendido por Costa e Sánchez, e apoiado pelo seu chanceler, como “um projeto futuro, se for um projeto”
O ministro da Economia alemão, Robert Habeck, considerou hoje que o projeto 'Midcat' para construir um gasoduto através dos Pirenéus "não é importante para a situação atual", em declarações após uma reunião do conselho económico e financeiro franco-alemão.
"É um projeto futuro, se for um projeto", afirmou o ministro numa conferência de imprensa em formato virtual na qual participaram também o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner, e o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.
Segundo a agência Efe, Habeck (um dos líderes dos Verdes, que integram o Governo com o SPD de Scholz) explicou que o gasoduto, cuja construção é defendida por Portugal e Espanha e conta com apoio explícito do chanceler alemão, Olaf Scholz, só poderá estar operacional depois de 2023.
O ministro da Economia alemão deu agora a entender que, por esse motivo, não faz sentido tratá-lo no âmbito da crise de fornecimento de gás, mas mostrou-se favorável à criação de infraestruturas que permitam o fornecimento de hidrogénio verde, função que essa interligação poderá assumir no futuro.
Recorde-se que, na sexta-feira, à saída do encontro em Berlim com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, o primeiro-ministro António Costa garantiu que a Alemanha apoia a intenção de construção de um gasoduto que ligue a Península Ibérica aos Pirenéus: "A Alemanha continua a apoiar [o gasoduto], como aliás as instituições europeias. A Europa precisa de diversificar as suas fontes de energia, veja-se o que acontece quando temos só um fornecedor", disse o primeiro-ministro.
Na conferência de imprensa, os três ministros reafirmaram que estão de acordo sobre a necessidade de encontrar um equilíbrio entre políticas financeiras e monetárias para combater a inflação e ao mesmo tempo aliviar famílias e empresas com uma redução dos preços da energia.
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