sábado, 29 de setembro de 2018

29 SET 2018
Paulo Luís de Castro
POR PAULO LUÍS DE CASTRO
Jornalista
 
As Escolhas do Editor
Olá, boa tarde.
O outono chegou e com ele tivemos uma semana anormalmente quente para esta fase do ano, dizem os meteorologistas. E só pode ter sido coincidência que tenha sido conhecida esta quinta-feira a acusação de um dos processos mais complexos e mediáticos dos últimos anos da Justiça portuguesa: o da investigação às 64 mortes dos incêndios que deflagraram em Pedrógão Grande a 17 de junho do ano passado, quando o país também estava sob o efeito de temperaturas anormalmente elevadas. Os doze arguidos estão acusados de um total de 697 crimes de homicídio por negligência e de ofensa à integridade física por negligência, mas os mais visados pelo DIAP de Leiria são três elementos da Proteção Civil e os dois da EDP.
No Expresso Diário de quinta-feira demos o devido destaque a esta tema, que foi um dos acontecimentos da semana que agora finda e marcada também pelo caso que envolve o juiz Brett Kavanaugh – candidato proposto pelo Presidente Donald Trump para ocupar um dos lugares vitalícios no Supremo Tribunal dos Estados Unidos –, acusado por quatro mulheres de condutas sexuais impróprias nas décadas de 1980 e 1990. A comissão de Justiça do Senado começou esta quinta-feira a ouvir alguns dos intervenientes neste caso, que transformou aquele espaço numa arena de combate político. Porque quer Trump colocar este juiz conservador no Supremo? Porque lá se decidem, com força de lei, muitas das questões sociais e políticas que dividem a sociedade americana. A importância e o papel do Supremo Tribunal ao longo dos tempos estão bem plasmados nesta peça (embora algo ‘escondida’ – basta fazer um pouco de schroll down).
De uma polémica para outra, esta a nível nacional: Serralves. João Fernandes, ex-diretor do museu, critica a censura na exposição “Robert Mapplethorpe: Pictures” e alerta para perda de credibilidade. O curador, que agora trabalha no museu Reina Sofia, em Madrid, afirma que “é ao público que cabe avaliar se quer ou se deve ver ou não imagens com mais teor sexual explícito”. Fernandes, um homem que esteve em Serralves desde a sua fundação, acredita que só restabelecendo a confiança necessária entre a administração e a direção artística aquele espaço poderá “manter o seu estatuto a nível mundial como uma casa da cultura e da arte contemporâneas”.
Há pouco mais de duas semanas, o Parlamento Europeu recomendou ao Conselho (onde se sentam os chefes de Governo) a instauração de um procedimento disciplinar à Hungria por violação grave dos valores europeus pelo Governo de Viktor Orbán, em matérias como migrações e Estado de direito. Mas Mário David, ex-eurodeputado do PSD, acredita que o processo será travado no Conselho. Atualmente, o português é conselheiro político do primeiro-ministro húngaro e ao contrário dos sociais-democratas portugueses e de muitos dentro da família política europeia, sai em defesa de Orbán, acusa o PPE de “hipocrisia” e deixa claro que o processo de sanções contra Budapeste não vai a lado nenhum “nem terá consequências”.
Sabia que a violação foi o único crime violento que aumentou em Portugal? Uma violação é mais do que forçar uma pessoa a ter relações sexuais. É tentar controlar, humilhar e danificar essa pessoa. É a integridade física, psicológica, moral, ética e religiosa que é violada. Em mais de metade das queixas de violação existe um relacionamento entre vítima e agressor. Não perca este trabalho de jornalismo de dados em dois minutos e 59 segundos. Para explicar o mundo.
Na cidade de Lisboa abriram quase duas centenas de novos espaços comerciais durante os primeiros seis meses deste ano, sendo que mais de metade são dedicados ao sector da restauração. O comércio de rua está em alta e com tendência para continuar. Os centros comerciais atingiram a maturidade, diz quem sabe, e é nas ruas que se compra e come como já não se via há algum tempo.
Há mais de 90 projetos ativos em todo o mundo, em especial na China e nos EUA, para a construção de bases espaciais destinadas ao lançamento de micro, mini e pequenos satélites, um negócio que pode valer milhares de milhões de euros na próxima década. O crescimento do número de projetos representa a emergência de um novo paradigma: a democratização do acesso ao Espaço.
Se o leitor é daqueles que todos os dias anotam as despesas feitas para melhor controlar os gastos mensais, saiba que pode encontrar ajuda em aplicações eletrónicas. Estas não prometem multiplicar os euros na carteira ou na conta bancária, mas ajudam a gerir o seu dinheiro e estão sempre à mão, no seu telemóvel ou tablet. Se ainda não está neste grupo, veja as 11 sugestões que lhe apresentamos.
Terminamos esta lista de sugestões de (re)leitura de temas tratados durante a semana no Expresso Diário com a história do português que inventou um governo mundial dos recursos naturais da Terra. Visionário e futurista, aos 50 anos Paulo Magalhães realizou um dos seus sonhos: a Casa Comum da Humanidade, uma associação com ambições internacionais liderada por Portugal, que pretende garantir a preservação das condições de habitabilidade no planeta através de um novo modelo de governação global dos recursos naturais que funcione junto da ONU.
Boas leituras e bom fim de semana.

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