sábado, 1 de setembro de 2018

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Paula Santos
PAULA SANTOS
EDITORA-EXCECUTIVA EXPRESSO
 
“Começar o ano escolar não é apenas o abrir de portas das escolas". Voltamos a falar de educação. Rio regressa com nova polémica no PSD
31 de Agosto de 2018
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A frase de Mário Nogueira, que serve de título a este texto, é a que melhor ilustra o arranque do ano letivo. Foi dita aos microfones da TSF, no dia escolhido pelo Ministério da Educação para divulgar a lista de colocação dos professores. Um calendário que o Ministério entende estar dentro da normalidade. Se o ministro assegura que “está tudo preparado para que o ano escolar possa começar com normalidade”, a secretária de estado acrescenta: “está tudo dentro dos calendários normais”. Menos de 24 horas separam estas duas declarações. Ditas antes e depois da publicação da lista de colocações. Ou se preferirem, antes e depois das reações da Fenprof e da FNE.

20 mil professores aguardavam a lista desde o final do último ano letivo. Com a apresentação nas escolas prevista para dia 3 (próxima segunda-feira) não lhes sobra tempo para a organização pessoal, numa altura em que deviam estar a preparar o trabalho para o arranque das aulas. É por aí que vão as criticas dos sindicatos.

Mas não só. Mário Nogueira regressa das férias para dizer ao Governo que não deixou cair a bandeira do tempo de serviço que foi congelado. Promete greves (com dias ainda por definir) e uma manifestação marcada para o dia 5 de outubro. Os planos ficam traçados esta sexta-feira, dia em que está previsto um encontro entre vários sindicatos. Mas só vão sair da gaveta se as reuniões com o Governo, agendadas para o dia 7, não revelarem avanços aceites pelos sindicatos. António Costa diz que acredita nas negociações mas critica o “finca pé” dos sindicatos. Marcelo Rebelo de Sousa espera que não haja perturbação do ano letivo. As escolas reabrem dentro de duas semanas.
 
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OUTRAS NOTÍCIAS
Rui Rio e os processos no PSD 
O Jornal “I” fala em “Terramoto no PSD”. A direção de Rui Rio decidiu levar a tribunal os candidatos do partido às eleições autárquicas que tenham excedido os orçamentos previstos para as campanhas, sem autorização prévia. O Jornal conta que já há um processo em andamento, no tribunal de Castelo Branco, que tem como alvo o candidato do PSD à Câmara da Covilhã, Marco Batista. Outros podem seguir-se.

Neste caso que o PSD quer que sirva de exemplo, Marco Batista terá gastos mais cerca de 87 mil euros do que estava inicialmente previsto. A decisão ( para a qual não há texto online do jornal, mas pode ler os detalhes aqui ) é justificada pelo PSD ao jornal, como “medida pedagógica e exemplar” e pode ainda ter outras consequências internas no partido, uma vez que o caso também foi enviado ao Conselho de Jurisdição do PSD.

A manchete acompanha o dia de regresso de Rui Rio ao terreno, depois de um mês de Agosto em silêncio. Uma ausência, justificada pelas férias, que promete continuar a dar que falar. O líder do PSD vai estar em Monchique durante a tarde. Este sábado fala aos militantes em Querença, Loulé, numa espécie de festa de Pontal, com menos custos. Vai falar para o país ou para o partido? Sejam quais forem os planos de Rio, é certo que não vai escapar ao confronto com as criticas internas.

Venezuela O Presidente da República decidiu deixar um recado aos partidos: “Começar a berrar” sobre a estratégia de apoio aos emigrantes portugueses pode prejudicar os portugueses que lá estão. “O que tem que ser feito, tem que ser feito de uma forma que não é pública”. Ou ainda “É importante não levantar ondas, nem criar especulações, nem suscitar problemas que depois são contraproducentes para os nossos nacionais”.

Entrevista do Chefe de Estado à Rádio Renascença que não deixa margem para dúvidas ou interpretações avulsas. A isto chama-se colocar água na fervura. Ou mesmo evitar que a água comece a aquecer. Porque entre este e o próximo fim de semana vão ouvir-se os discursos políticos tradicionais da chamada rentrée e a troca de recados políticos promete subir de tom. Sem esquecer que o tema levou agora o CDS, entre outras propostas, a apresentar um projeto de resolução onde defende que seja criado um plano de emergência de apoio ao regresso dos portugueses e lusodescendentes. Não muito diferente da linha do PSD, que no inicio de agosto pediu que se criassem condições e agilizassem processos para acolher quem quiser regressar.

Do terreno, as notícias que chegam aumentam os sinais de preocupação. Com a população em fuga, os países vizinhos procuram soluções. Os peruanos falam em emergência humanitária em três distritos. Vale a pena ler o retrato no El País. Desde que os venezuelanos decidiram abandonar o país, mais de 400 mil já chegaram ao Peru. Uma média de 1200 entradas por dia, que começaram por ser 3500, antes das autoridades peruanas começarem a exigir passaportes. A Bolívia, a Colômbia e o Equador partilham cenários semelhantes e por isso, conta ainda o El Paísrepresentantes dos 4 países estiveram esta semana reunidos em Lima para discutir a situação. O texto do jornal espanhol não refere o Brasil onde na última terça-feira, o Presidente Temer decidiu autorizar a actuação das forças armadas em Roraima, fronteira que enfrenta a crise migratória.

Luca Modric – Jogador do ano para a UEFA Com Cristiano Ronaldo na corrida, ganhou Modric. Estaremos a entrar numa nova era? Um presságio para a atribuição da futura bola de ouro? Ou falamos de política, disfarçada de futebol? Jorge Mendes, empresário de Cristiano Ronaldo não hesitou em considerar tratar-se de uma decisão “simplesmente ridícula”, numa reação ao jornal Record. Há quem veja nas entrelinhas do prémio da UEFA, a forte influência do Real Madrid à procura de riscar Ronaldo do mapa. O que ninguém viu foi Ronaldo na cerimónia entre os 3 nomeados. A imagem da cadeira vazia lá ficou. É a imagem clara de uma derrota, facilmente confundida com falta de fair-play. Digo eu.

Competições Europeias Benfica no grupo E. FC Porto no grupo D na Liga dos Campeões. Se é verdade que o futebol jogado a este nível não conhece facilidades, não é menos verdade que há sempre uns mais temidos e outros menos. E não se pode dizer que o Lokomotiv de Moscovo, cabeça de série no grupo do FC Porto seja dos mais temidos. O Schalke 04 e o Galatasaray completam o grupo. A sorte do Benfica passa pelo Bayern de Munique (mais difícil) e ainda pelo Ajax e o AEK de Atenas. Para o meio-dia desta sexta-feira está previsto o sorteio da Liga da Europa. É a vez do Sporting entrar “em campo”.

Comporta Com o concurso de venda da herdade a voltar à linha de partida, há quem procure reunir mais argumentos para liderar a corrida. O aristocrata francês, Louis-Albert de Broglie, um dos 3 concorrentes, decidiu lançar um movimento cívico, que vai tentar pôr em marcha uma petição sobre o futuro da Comporta. Petição , com preocupações ambientais, que se procura que chegue ao Presidente da República. Argumentos políticos a juntar à proposta financeira para ultrapassar a concorrência? A Conceição Antunes explica, numa notícia que o Expresso Diário avançou esta quinta-feira em primeira mão.

NÚMEROS
Desemprego
. Há 16 anos que a taxa não era tão baixa. Os dados do Instituto Nacional de Estatística fixam, para Julho, o valor de 6,8%. O mesmo que no mês anterior. Dados que levam os especialistas ouvidos pelo Expresso a considerarem que os números começam a aproximar-se daquilo que pode ser considerado a taxa “natural”. Tudo explicado aqui .

Emprego. Muda a perspetiva. Quase dois terços dos jovens admitem prescindir de ter um emprego fixo. Mudam as mentalidades das gerações mais novas. O “emprego para a vida” deixa de ser a prioridade. A Cátia Mateus conta-lhe tudo sobre o novo estudo da consultora Deloitte.

Trump ameaça deixar Organização Mundial do Comércio É o Presidente Americano quem deixa o aviso (repetido) numa entrevista à Bloomberg. Para cumprir, assegura Trump, se o acordo que liga os Estados Unidos à Organização não melhorar.

Bruno de Carvalho Notícia desta manhã. A Procuradora-Geral da República decidiu não receber o Presidente destituído do Sporting, depois de um pedido de audiência. A Tribuna conta~lhe os detalhes de uma notícia avançada pelo Jornal Económico.


MANCHETES
Público
 – “Mais vagas e candidaturas nos cursos superiores profissionais”
Correio da Manhã – “Professores custam mais 60 milhões”
JN – “Compras de emigrantes fazem agosto valer mais do que o Natal”
Jornal “I” – “Rui Rio põe em Tribunal candidatos do partido às autárquicas”
Jornal Económico – “Ministério Público vai poder aceder aos dados do fisco sem autorização de um juiz”
Jornal de Negócios – “Madeira abre guerra com o Governo para baixar juros”

O QUE ANDO A LER

Duas sugestões. Permitam-me um regresso ao passado e uma antecipação do futuro. Eu explico.
Ainda a propósito dos 30 anos do incêndio do Chiado, vale a pena recuperar o livro que reúne as fotos de 4 jornalistas: Alfredo Cunha, Fernando Ricardo, José Carlos Pratas e Rui Ochoa. É um documento histórico que remete para o dia quente de 25 de agosto de 1988, em que o país despertou para um golpe no coração de Lisboa. “O vento alastrava , com intensidade crescente, chispas e centelhas de fogo que se acumulavam na baixa e noutras áreas da cidade, atravessavam, o Tejo e chegavam até longe”. A descrição pertence ao jornalista António Valdemar, no prefácio do livro “O grande incêndio do Chiado”.

O livro é uma viagem ao passado pelos olhos dos repórteres fotográficos que selecionaram entre o material de que dispunham, os retratos que melhor identificavam as horas de angústia. Muitas das fotografias foram obtidas em situações de alto risco, acrescenta António Valdemar. Não é difícil imaginá-lo. “Escombros sobre escombros. Cinzas e lamas. Do vendaval do fogo perdurava uma visão aterradora”. Falamos de uma destruição que se assemelha a muitos cenários de bombardeamento em guerras que já vimos pelo mundo fora.

Na última edição do Expresso, mostrámos-lhe algumas dessas fotos, numa comparação entre o passado e o presente, pela objetiva de Rui Ochoa, que foi Diretor e Editor de fotografia do jornal Expresso e um dos repórteres no local há 30 anos. O livro merece e muito ser revisitado. É uma edição da Tinta da China, de 2013, lançada a propósito dos 25 anos do incêndio.

A sugestão para o futuro próximo remete para uma edição que só vai estar à venda na próxima semana. É uma espécie de manual de boas práticas para poupanças no dia-a-dia. Melhor dizendo, como as sugestões de um programa de televisão, líder de audiência, podem ser úteis. O “Conta-poupanças” é um programa da SIC Notícias, convertido em livro há dois anos pela primeira vez. Teve 4 edições e vendeu cerca de 10 mil exemplares. O segundo livro vai estar disponível nas livrarias a partir do dia 7 de Setembro, tem como título “Poupe ainda mais, Invista melhor” e promete reunir as dicas que o jornalista e autor do programa, Pedro Andersson, considerou mais relevantes. Entre elas destaco “como escolher o melhor crédito à habitação ou pagar melhor pelo que tem”. Ou ainda “como comprar um carro em segunda mão sem correr riscos” e “como baixar as mensalidades do seu cartão de crédito”.

Ingredientes não faltam para lhe aguçar o apetite. Para estas e outras leituras.

Mesmo de saída, permitam-me referir um dos raros momentos em que somos notícia. E por boas razões! (digo eu, naturalmente) o Expresso mantém-se como o jornal mais vendido em Portugal. Os dados da imprensa relativos ao primeiro semestre foram divulgados esta quinta-feira.

Dito isto, não vai querer perder a edição do “Expresso Diário” ao final da tarde. As atualizações, minuto a minuto no online e na antena da SIC Notícias. No sábado, como sempre, a edição do jornal vai estar nas bancas. Para andar sempre bem informado!









 
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