Enquanto dormia...
Esta segunda-feira continua a ser notícia o desaparecimento inesperado de um dos últimos grandes industriais portugueses. Pedro Queiroz Pereira (ou talvez o conhecesse apenas por PQP) morreu em Ibiza no sábado, com um ataque cardíaco, na sequência de uma queda do seu iate. Correu em vários desportos automóveis (chegando a competir com Ayrton Senna) e era dono do Grupo Semapa (proprietário da cimenteira Secil e do The Navigator Group). No ranking das maiores fortunas da Exame, estava em sétimo lugar, com um património avaliado em mais de 700 milhões de euros.
A polícia espanhola abriu uma investigação de rotina (que, de resto, é obrigatória) mas “não tem muitas dúvidas” sobre o facto de se tratar de um acidente, segundo o Diário de Ibiza.
Nas reacções à morte do industrial:
A polícia espanhola abriu uma investigação de rotina (que, de resto, é obrigatória) mas “não tem muitas dúvidas” sobre o facto de se tratar de um acidente, segundo o Diário de Ibiza.
Nas reacções à morte do industrial:
- O Presidente da República lamentou o “prematuro desaparecimento” do empresário;
- Fernando Ulrich, antigo presidente do BPI, lembrou ao Observador aquele que diz ter sido “o empresário mais bem sucedido da minha geração”.
- Jorge Bleck publicou um texto sobre o amigo. O advogado (e também accionista do Observador) escreve que "só uma coisa o entusiasmava, desenvolver o país que amava";
Uma das ultimas grandes batalhas de Pedro Queiroz Pereira foi contra Ricardo Salgado. Começou por enfrentar o Grupo Espírito Santo em 1992 e acabou por ser um dos principais denunciadores de Ricardo Salgado antes da derrocada, em 2014. Através de cartas, actas e detalhes, o Pedro Jorge Castro conta a história de uma guerra épica.
De onde veio a fortuna da família Queiroz Pereira? Dos petróleos, do BES, das águas e do Hotel Ritz. A saga mete ainda Salazar.
Mais informação importante
Já há novidades sobre o próximo Orçamento: as pensões vão subir e o IRS e o imposto sobre a electricidade vão descer. O anúncio não foi feito pelo Governo, nem pelos membros da "geringonça" — foi feita por Marques Mendes, ontem na SIC, com números e pormenores. Resta esperar pela confirmação.
A saída de quase 500 elementos da GNR para o Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), que combate os fogos, deixou os postos sem efetivos suficientes para cumprir os patrulhamentos. A notícia é do jornal i (sem link disponível).
Em 17 anos, o número de inspetores na educação caiu 41%, escreve o Público. O Sindicato dos Inspetores da Educação e do Ensino quer uma solução para a situação.
Morreu ontem Rui Alarcão, ex-reitor da Universidade de Coimbra. Numa nota pessoal, António Guterres escreveu sobre a sua “profunda tristeza”com a notícia e sobre a "grande dívida de gratidão" que Portugal tem.
O resgate à Grécia acaba hoje, ao fim de oito anos. Mário Centeno divulgou um vídeo onde, como presidente do Eurogrupo, dá ao país as "boas vindas" à "normalidade".
Um homem natural da Argélia invadiu hoje de manhã uma esquadra na Catalunha com uma arma branca e a gritar "Alá é grande". Foi abatido. A polícia acredita que o seu objectivo era atacar os agentes.
Michael Cohen, o antigo advogado e conselheiro de Donald Trump, está a ser investigado por uma alegada fraude fiscal e bancária, na ordem dos 20 milhões de dólares. A notícia é do The New York Times.
A Suíça negou cidadania a um casal muçulmano que recusou apertar a mão a pessoas do sexo oposto. "A constituição e a igualdade entre homens e mulheres prevalecem sobre o fanatismo”, disse um dos três membros da comissão que entrevistou o casal.
Houve "informação privilegiada", uma camisola do Benfica e o caso BES (que levou a uma explosão de Ricciardi). O Bruno Roseiro assistiu ao debate de ontem entre os candidatos ao Sporting e explica as táticas.
Hoje soube-se que Bruno de Carvalho enviou SMS a jogadores do Sporting antes do jogo com o Setúbal. Assinava "o vosso presidente". A notícia é do CM.
O FC Porto venceu o Belenenses por 3-2, numa repetição da História. Como conta o Fábio Ferreira Lima na crónica do jogo, os portistas contaram com o mais novo em campo, o mais subtil do meio-campo e uma mão na bola para repetirem o feito de 1956.
Em Espanha, André Silva fez um hat-trick na sua estreia no Sevilha e o Real Madrid teve a primeira vitória oficial na era pós-Ronaldo.
O espanhol Fernando Alonso e a sua equipa festejaram o primeiro lugar na competição de resistência Seis Horas de Silverstone — mas acabaram desclassificados por um erro na medição do carro que guiavam.
Os nossos Especiais
As ervas e a homeopatia não curam o cancro. No mínimo, não fazem nada. No limite, agravam tanto o problema que o tornam impossível de resolver. A Vera Novais desconstrói as terapias alternativas.
Há 50 anos, a 19 de agosto de 1968, uma segunda-feira, Salazar fez a última remodelação dos seus governos. Já tinha caído da cadeira e perderia o poder pouco depois. O historiador Fernando Martins explica se este acto político foi preparado ou resultado de um homem diminuído.
A nossa Opinião
Alexandre Homem Cristo escreve sobre "o fracasso da geringonça": "No domínio táctico, a geringonça foi uma vitória das esquerdas. No domínio político, não é mais do que a capitulação de PCP/BE em troca de acesso ao poder, mas nunca de real influência na governação".
Diana Soller escreve "A solidão de Erdoğan": "A Turquia é um Estado tampão que retém cerca de três milhões de refugiados – a maioria oriundos da Síria. Um gesto mais irrefletido de Erdoğan pode levar a uma crise sem precedentes na Europa".
José Miguel Pinto dos Santos escreve "Esmagar o povo": "Um povo forte é uma ameaça ao poder do Estado e, portanto, quem quer controlar o poder tentará enfraquecê-lo, esmagá-lo com legislação adequada, não deixando que organizações intermédias ganhem força".
Helena Matos escreve "Tendências Outono-Inverno: o Bloco quer e o fascismo obrigatório": "A Vogue diz que na próxima estação as sobrancelhas serão finíssimas. Nós antecipamos as tendência da política: vai usar-se o fascismo obrigatório e o básico dos básicos continuará a ser o 'Bloco quer'."
Notícias surpreendentes
Asia Argento, uma das primeiras mulheres a denunciar Harvey Weinstein e a dar início ao movimento Me Too, pagou pelo silêncio de um jovem que a acusou de assédio sexual. A atriz e realizadora italiana, que era também namorada de Anthony Bourdain, fez um acordo no valor de 380 mil dólares, escreve o The New York Times.
De uma das acusadoras para um dos acusados: acaba de estrear o primeiro filme de Kevin Spacey depois do escândalo Me Too. No primeiro dia, o "Clube dos Bilionários" gerou 126 dólares. Nunca nenhum filme tinha conseguido tão pouco dinheiro.
A Nestum faz 60 anos. O Mauro Gonçalves conta a história de uma receita portuguesa e de uma marca nasceu sob a alçada de uma multinacional centenária.
São mais dois crimes de Verão quase perfeitos, contados pela Helena Matos:
Já sabe que foi lançado o Observador Premium, o novo programa de assinaturas do Observador. Pode saber aquitudo sobre a forma de funcionamento das subscrições.
Há 50 anos, a 19 de agosto de 1968, uma segunda-feira, Salazar fez a última remodelação dos seus governos. Já tinha caído da cadeira e perderia o poder pouco depois. O historiador Fernando Martins explica se este acto político foi preparado ou resultado de um homem diminuído.
A nossa Opinião
Alexandre Homem Cristo escreve sobre "o fracasso da geringonça": "No domínio táctico, a geringonça foi uma vitória das esquerdas. No domínio político, não é mais do que a capitulação de PCP/BE em troca de acesso ao poder, mas nunca de real influência na governação".
Diana Soller escreve "A solidão de Erdoğan": "A Turquia é um Estado tampão que retém cerca de três milhões de refugiados – a maioria oriundos da Síria. Um gesto mais irrefletido de Erdoğan pode levar a uma crise sem precedentes na Europa".
José Miguel Pinto dos Santos escreve "Esmagar o povo": "Um povo forte é uma ameaça ao poder do Estado e, portanto, quem quer controlar o poder tentará enfraquecê-lo, esmagá-lo com legislação adequada, não deixando que organizações intermédias ganhem força".
Helena Matos escreve "Tendências Outono-Inverno: o Bloco quer e o fascismo obrigatório": "A Vogue diz que na próxima estação as sobrancelhas serão finíssimas. Nós antecipamos as tendência da política: vai usar-se o fascismo obrigatório e o básico dos básicos continuará a ser o 'Bloco quer'."
Notícias surpreendentes
Asia Argento, uma das primeiras mulheres a denunciar Harvey Weinstein e a dar início ao movimento Me Too, pagou pelo silêncio de um jovem que a acusou de assédio sexual. A atriz e realizadora italiana, que era também namorada de Anthony Bourdain, fez um acordo no valor de 380 mil dólares, escreve o The New York Times.
De uma das acusadoras para um dos acusados: acaba de estrear o primeiro filme de Kevin Spacey depois do escândalo Me Too. No primeiro dia, o "Clube dos Bilionários" gerou 126 dólares. Nunca nenhum filme tinha conseguido tão pouco dinheiro.
A Nestum faz 60 anos. O Mauro Gonçalves conta a história de uma receita portuguesa e de uma marca nasceu sob a alçada de uma multinacional centenária.
São mais dois crimes de Verão quase perfeitos, contados pela Helena Matos:
- Uma encomenda chega a um asilo de cegos em Gaia numa tarde de Março de 1948. Lá dentro estavam cincos pastéis. À hora do lanche os pastéis vêm à mesa. A morte também.
- A 1 de Março de 1971, em Ermesinde, um homem é atingido por uma bala e está entre a vida e a morte. A seu lado outro tem uma arma no bolso e sangue da vítima nas mãos. Crime?
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