sábado, 25 de novembro de 2017

SAMS dos Bancários - 25 de Novembro de 2017,






Aos Bancários e a 
todos os funcionários dos SAMS-Serviços de Assistência Médico-Social 
- seja do Porto, de Coimbra ou de Lisboa


Meus Amigos:


                     Conforme o prometido e, enquanto os responsáveis sindicais do Porto, Lisboa e Coimbra, não se manifestarem (o que tenho quase a certeza não acontecerá, nos próximos tempos...) e enquanto me for possível, virei falar sobre a Fundação dos SAMS - Serviços de Assistência Médico-Social, quando ocorrer a passagem de datas significativas.

                     Hoje é uma delas (e talvez a mais importante), tanto no que se refere à data Nacional que ocorre (e que já referi anteriormente - sobre o golpe militar -) e, também, pelo facto de em 24 (noite) e 25 de Novembro de 1975 (durante o dia) se ter realizado no Porto, no 6º andar do Edifício Capitólio, na Praça Humberto Delgado, a penúltima reunião dos representantes das 3 Direcções sindicais (Norte, Centro e Sul e Ilhas) dos Bancários, coadjuvadas pelos seus Juristas e técnicos e, ainda os seus Chefes de Serviços Médicos (efectivos ou interinos - que era o meu caso), para se ultimarem e aperfeiçoarem os trâmites necessários para que os SAMS tivessem o seu início em Janeiro de 1976.

                     Foi uma reunião bastante produtiva na qual ficaram estabelecidas várias metas que seriam finalmente explanadas devidamente na última reunião que se ia realizar em Dezembro, em Lisboa.

                     Sucedeu que, enquanto se ouviam as notícias provenientes de Lisboa, sobre o golpe militar que estava a decorrer, com a colocação de Estado de sítio na cidade; com o Aeroporto, porto; entradas e saídas da cidade rodeados por forças militares, chamei a atenção dos colegas de Lisboa - e em ar de brincadeira - (principalmente para o Dr. Barros - chefe de serviços do SBSI) para o facto de possivelmente não poderem regressar a casa nessa noite, por causa do estado de sítio.

                     De facto, acabaram por tomarem o avião à noite e chegaram sãos e salvos a suas casas, porque no meio da confusão instalada no aeroporto, encontraram amigos que os puseram a salvo, e tudo acabou por correr bem, para eles.

                     Sucedeu também que (e, por causa dos SAMS) e já a nível interno do SBN, na noite de 25 houve uma reunião de todo o pessoal (funcionários, enfermeiros e alguns médicos), com o Chefe de Serviços do Sindicato (Júlio Pereira) e comigo como Chefe de Serviços Médicos (interino), para tratar de se proceder rapidamente à admissão de uma telefonista, uma empregada de limpeza e um ou uma funcionária para uma das secções dos Serviços Médicos, além de Médicos, para poder dar a assistência necessária aos utentes a partir de Janeiro de 1976. Foi uma reunião com discussão acesa, nomeadamente entre mim e o referido Chefe de Serviços do Sindicato... porque enquanto eu defendia que era absolutamente necessário que fossem efectuadas - pelo menos - as 3 admissões que propunha, o J. Pereira achava que não necessitava de nenhuma ( a não ser a de Médicos ). Acabou por ser feita uma votação que unanimemente - apenas com seu voto contra - entendeu que deveriam ser efectuadas tais admissões, com urgência e até ao fim do ano. O "engraçado" disto tudo é que as admissões que acabaram por se fazer, foram acrescidas de mais duas ou três para o Sector Sindical, porque a Direcção do Sindicato assim o entendeu.

                    E pronto. Hoje 25 de Novembro, completaram-se 42 anos (e entrou-se consequentemente no quadragésimo segundo ano) sobre a preparação para a Fundação dos SAMS, dê por onde der.

                    Evidentemente que a minha teimosia não resolve nada, mas prometo que se Deus quiser, em 13 de Dezembro próximo, voltarei a falar no assunto.


Os meus melhores cumprimentos 






ANTÓNIO FONSECA


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