Enquanto dormia...
... encurralados por todos os lados, António Domingues e os restantes administradores CGD decidiram entregar as suas declarações de rendimentos no Constitucional. Mas, mesmo assim, colocando condições: vão pedir confidencialidade. A notícia foi, mais uma vez, dada por Marques Mendes na SIC (desde Cabo Verde), com detalhes: segundo o comentador, mesmo que o TC obrigue a tornar os dados públicos, Domingues ficará à frente da Caixa com a maioria da sua equipa. A decisão de Domingues, que já será do conhecimento das Finanças, foi divulgada logo depois do ultimato do PS (ou mostram ou saem) e do pedido/justificação do PCP (têm de mostrar para acabar com a campanha de destabilização). Em França, o centro-direita decidiu que não quer Nicolas Sarkosy como candidato às presidenciais de maio do próximo ano e o ex-presidente anunciou a sua saída (definitiva?) da política. Assim, a segunda volta das primárias da direita francesa vai disputar-se no próximo domingo entre François Fillon (que ficou surpreendentemente na frente) e Alain Juppé. Um deles terá como principal missão derrotar a candidata de extrema direita. Problema: Marine Le Pen segue na frente das sondagens e Trump e o Brexit fazem temer o pior.
Já cheira a autárquicas. Em Lisboa, no dia em que a Câmara passa a gerir a Carris, Fernando Medina vai anunciar um passe social grátis para crianças e mais barato para idosos.
O mau tempo do fim de semana deixou algumas inundações e a proteção civil mantém para hoje o aviso amarelo devido a chuva, vento e neve. A partir de amanhã, vai-se a chuva, fica o frio.
Outra informação relevante E enquanto a Europa se debate com as incertezas de viragem à extrema-direita, nos EUA há uma outra mudança em curso. Depois da surpresa da vitória de Donald Trump, vieram as suas surpreendentes escolhas: a de Steve Bannon para seu braço-direito marcou entrada da "direita alternativa" no poder americano. Mas quem são estes radicais que Trump está a levar para o poder, o que é a alt-right e porque inspira medo a tanta gente? As respostas do Edgar Caetano.
Essa é uma das preocupações que Angela Merkel usou como justificação para concorrer a um quarto mandato como chanceler alemã. Irá recandidatar-se pela União Democrata-Cristã nas eleições de outono do próximo ano. Caso vença, pode bater um recorde de longevidade de Helmut Kohl no poder.
Por cá, além da CGD, houve outro banco em destaque: o BCP. Os chineses da Fosun compraram 16,7% do maior banco privado português por 175 milhões de euros, tornaram-se os principais accionistas e retiraram poder ao capital angolano. Resta saber o que fará agora Sonangol.
O que ainda mexe é o Orçamento. O prazo para as propostas de alteração terminou sexta-feira à noite e a nota de maior destaque foi para o recuo do Governo em relação ao aumento das pensões. Afinal, tal como pediam o PCP e o Bloco, mas também o PSD e o CDS, as reformas mais baixas também vão aumentar, mas apenas seis euros em vez dos dez euros das restantes. E tudo acontecerá apenas em agosto, antes do arranque da campanha para as autárquicas. Houve novidades também em relação ao imposto sobre o património (ainda não entrou em vigor, mas já foi agravado e em alguns casos quase que triplica) e ao IVA (há mexidas na taxa das ostras, das próteses e dos medidores de diabetes). Quanto ao aumento do salário mínimo para 557 euros, esse está garantido, palavra de António Costa.
Pelo meio, PSD e PS entretêm-se a trocar críticas. Os sociais democratas insistem no timing do aumento das pensões para janeiro e os socialistas (em jornadas parlamentares) respondem com a malfadada palavra do diabo de que Passos vai ter dificuldade em livrar-se.
Quem não se livrou de um bom susto foi o chef José Avillez, que viu o seu cantinho no Porto ser vandalizado. O ataque ao restaurante terá sido responsabilidade do movimento pró-palestiniano BDS. Tudo porque Avillez esteve recentemente num festival gastronómico em Israel. O anti-semitismo levou a PJ a investigar o caso e a polícia a vigiar os outros espaços do conhecido cozinheiro, segundo os jornais de hoje. (sim, tudo isto é lamentavelmente verdade).
No desporto, algumas notas do fim de semana que vale a pena destacar.
Não, não é do mau tempo. O José Manuel Fernandes escreve sobre a inundação de boas notícias dos últimos dias e pergunta se não nos estamos mesmo a afogar.
Os nossos Especiais
Começo por destacar duas pré-publicações que penso que gostaria de ler:
Os comunistas portugueses preparam-se para assinalar ao longo do próximo ano o centenário da Revolução bolchevique de Outubro, decisiva para a fundação do partido em Portugal em 1921. O Miguel Santos já foi perceber como serão as comemorações do PCP entre um texto de glorificação sobre as conquistas da URSS, mas também o reconhecimento das "derrotas" e os "recuos" da construção do socialismo.
Sobre uma parte da história muito mais recente, o João Francisco Gomes entrevistou Macer Gifford, que deixou Londres para combater o Estado Islâmico na Síria, onde conheceu o português Mário Nunes. Macer esteve em Portugal para promover o livro que conta a história de Mário, escrita pelo jornalista Nuno Tiago Pinto. O seu relato é arrepiante em muitos pontos.
Já Júlio Isidro falou de passado e presente na entrevista de vida que deu à Rita Garcia. Onde se saiu com esta frase: "Senti-me o Júlio Exílio quando passei para a RTP Memória".
Termino esta seleção com um tema da atualidade social: a moda das relações abertas (poliamorosas). A Ana Marques ouviu alguns praticantes e os especialistas para tentar perceber (e explicar) o que está em causa: ou seja, quem as pratica e porquê.
Notícias surpreendentes
"Só", de Jorge Palma, foi considerado um dos 30 melhores álbuns de sempre da música portuguesa. Agora que faz 25 anos (sim, acredite, eu engoli em seco) e há concertos para o comemorar (no CCB a 28 e 29 e na Casa da Música a 1 e 2) é altura de contar a sua história. Foi o que fez a Rita Garcia que falou com toda a gente e mais alguma para recriar tudo o que se passou naquele outono de 91.
História têm também os cadernos da Firmo. Sabe, aqueles das sebentas e os de capa preta onde se apontavam os fiados da mercearia. O Tiago Palma foi à procura da história da empresa que os fabrica há 65 anos.
Outro histórico, este com 76 anos. O prédio do DN na avenida da Liberdade, desenhado por Pardal Monteiro e decorado com desenhos de Almada Negreiros, foi vendido a particulares. O primeiro edifício construído de raiz para um jornal vai deixar de ter qualquer jornal entre as quatro paredes. O DN (e o JN e o Jogo e restantes publicações do grupo Global Media) muda-se para as Torres de Lisboa. Saem os jornalistas, ficam tantas histórias, aqui contadas pela Susana Outão. (eu que por lá passei sete anos, guardo as memórias e faço desejos de boa sorte)
Deixemos o passado e pensemos no futuro. Pelo menos em relação aos feriados que aí vêm e que muitos poderão querer transformar em fins de semana prolongados. A pensar neles, eis estas sugestões: 10 novos hotéis em Portugal que merecem uma visita. Veja porquê.
Se os seus planos forem outros, pode também optar por estas 55 aldeias de todo o mundo, com vistas que nos fazem sonhar acordados. Ora espreite a fotogaleria para ver como tenho razão.
E depois é só tentar pintar um destes quadros hiperealistas. Sim, são pinturas, pode acreditar. Ainda que pareçam fotos.
No Observador é a realidade da atualidade que estará em destaque ao longo da semana. Vá passando por cá para se manter bem informado
Um bom arranque de semana, feliz e produtivo
... encurralados por todos os lados, António Domingues e os restantes administradores CGD decidiram entregar as suas declarações de rendimentos no Constitucional. Mas, mesmo assim, colocando condições: vão pedir confidencialidade. A notícia foi, mais uma vez, dada por Marques Mendes na SIC (desde Cabo Verde), com detalhes: segundo o comentador, mesmo que o TC obrigue a tornar os dados públicos, Domingues ficará à frente da Caixa com a maioria da sua equipa. A decisão de Domingues, que já será do conhecimento das Finanças, foi divulgada logo depois do ultimato do PS (ou mostram ou saem) e do pedido/justificação do PCP (têm de mostrar para acabar com a campanha de destabilização). Em França, o centro-direita decidiu que não quer Nicolas Sarkosy como candidato às presidenciais de maio do próximo ano e o ex-presidente anunciou a sua saída (definitiva?) da política. Assim, a segunda volta das primárias da direita francesa vai disputar-se no próximo domingo entre François Fillon (que ficou surpreendentemente na frente) e Alain Juppé. Um deles terá como principal missão derrotar a candidata de extrema direita. Problema: Marine Le Pen segue na frente das sondagens e Trump e o Brexit fazem temer o pior.
Já cheira a autárquicas. Em Lisboa, no dia em que a Câmara passa a gerir a Carris, Fernando Medina vai anunciar um passe social grátis para crianças e mais barato para idosos.
O mau tempo do fim de semana deixou algumas inundações e a proteção civil mantém para hoje o aviso amarelo devido a chuva, vento e neve. A partir de amanhã, vai-se a chuva, fica o frio.
Outra informação relevante E enquanto a Europa se debate com as incertezas de viragem à extrema-direita, nos EUA há uma outra mudança em curso. Depois da surpresa da vitória de Donald Trump, vieram as suas surpreendentes escolhas: a de Steve Bannon para seu braço-direito marcou entrada da "direita alternativa" no poder americano. Mas quem são estes radicais que Trump está a levar para o poder, o que é a alt-right e porque inspira medo a tanta gente? As respostas do Edgar Caetano.
Essa é uma das preocupações que Angela Merkel usou como justificação para concorrer a um quarto mandato como chanceler alemã. Irá recandidatar-se pela União Democrata-Cristã nas eleições de outono do próximo ano. Caso vença, pode bater um recorde de longevidade de Helmut Kohl no poder.
Por cá, além da CGD, houve outro banco em destaque: o BCP. Os chineses da Fosun compraram 16,7% do maior banco privado português por 175 milhões de euros, tornaram-se os principais accionistas e retiraram poder ao capital angolano. Resta saber o que fará agora Sonangol.
O que ainda mexe é o Orçamento. O prazo para as propostas de alteração terminou sexta-feira à noite e a nota de maior destaque foi para o recuo do Governo em relação ao aumento das pensões. Afinal, tal como pediam o PCP e o Bloco, mas também o PSD e o CDS, as reformas mais baixas também vão aumentar, mas apenas seis euros em vez dos dez euros das restantes. E tudo acontecerá apenas em agosto, antes do arranque da campanha para as autárquicas. Houve novidades também em relação ao imposto sobre o património (ainda não entrou em vigor, mas já foi agravado e em alguns casos quase que triplica) e ao IVA (há mexidas na taxa das ostras, das próteses e dos medidores de diabetes). Quanto ao aumento do salário mínimo para 557 euros, esse está garantido, palavra de António Costa.
Pelo meio, PSD e PS entretêm-se a trocar críticas. Os sociais democratas insistem no timing do aumento das pensões para janeiro e os socialistas (em jornadas parlamentares) respondem com a malfadada palavra do diabo de que Passos vai ter dificuldade em livrar-se.
Quem não se livrou de um bom susto foi o chef José Avillez, que viu o seu cantinho no Porto ser vandalizado. O ataque ao restaurante terá sido responsabilidade do movimento pró-palestiniano BDS. Tudo porque Avillez esteve recentemente num festival gastronómico em Israel. O anti-semitismo levou a PJ a investigar o caso e a polícia a vigiar os outros espaços do conhecido cozinheiro, segundo os jornais de hoje. (sim, tudo isto é lamentavelmente verdade).
No desporto, algumas notas do fim de semana que vale a pena destacar.
- No ténis, Andy Murray segurou o nº 1 do top mundial depois de bater Novak Djokovic na final do Masters, impedindo o sérvio de igualar os seis títulos de Federer (o suíço que foi uma sombra de Ronaldo).
- Por falar em Ronaldo, o português voltou a fazer história pelo Real.
- Em alta esteve também o automobilismo português, graças às vitórias de Félix da Costa e Tiago Monteiro em Macau que puseram 81 mil pessoas a cantar o hino nacional.
- Por cá houve Taça, e muitas surpresas e polémicas, além da da eliminação do FC Porto pelo Chaves.
Não, não é do mau tempo. O José Manuel Fernandes escreve sobre a inundação de boas notícias dos últimos dias e pergunta se não nos estamos mesmo a afogar.
Os nossos Especiais
Começo por destacar duas pré-publicações que penso que gostaria de ler:
- A do novo livro do economista/pessimista César das Neves, que aponta dez razões para a derrocada financeira que, segundo ele, estará aí mesmo a chegar.
- E a do também novo livro de Maria Filomena Mónica, que escreve sobre os encontros que foi tendo com a pobreza a sua vida.
Os comunistas portugueses preparam-se para assinalar ao longo do próximo ano o centenário da Revolução bolchevique de Outubro, decisiva para a fundação do partido em Portugal em 1921. O Miguel Santos já foi perceber como serão as comemorações do PCP entre um texto de glorificação sobre as conquistas da URSS, mas também o reconhecimento das "derrotas" e os "recuos" da construção do socialismo.
Sobre uma parte da história muito mais recente, o João Francisco Gomes entrevistou Macer Gifford, que deixou Londres para combater o Estado Islâmico na Síria, onde conheceu o português Mário Nunes. Macer esteve em Portugal para promover o livro que conta a história de Mário, escrita pelo jornalista Nuno Tiago Pinto. O seu relato é arrepiante em muitos pontos.
Já Júlio Isidro falou de passado e presente na entrevista de vida que deu à Rita Garcia. Onde se saiu com esta frase: "Senti-me o Júlio Exílio quando passei para a RTP Memória".
Termino esta seleção com um tema da atualidade social: a moda das relações abertas (poliamorosas). A Ana Marques ouviu alguns praticantes e os especialistas para tentar perceber (e explicar) o que está em causa: ou seja, quem as pratica e porquê.
Notícias surpreendentes
"Só", de Jorge Palma, foi considerado um dos 30 melhores álbuns de sempre da música portuguesa. Agora que faz 25 anos (sim, acredite, eu engoli em seco) e há concertos para o comemorar (no CCB a 28 e 29 e na Casa da Música a 1 e 2) é altura de contar a sua história. Foi o que fez a Rita Garcia que falou com toda a gente e mais alguma para recriar tudo o que se passou naquele outono de 91.
História têm também os cadernos da Firmo. Sabe, aqueles das sebentas e os de capa preta onde se apontavam os fiados da mercearia. O Tiago Palma foi à procura da história da empresa que os fabrica há 65 anos.
Outro histórico, este com 76 anos. O prédio do DN na avenida da Liberdade, desenhado por Pardal Monteiro e decorado com desenhos de Almada Negreiros, foi vendido a particulares. O primeiro edifício construído de raiz para um jornal vai deixar de ter qualquer jornal entre as quatro paredes. O DN (e o JN e o Jogo e restantes publicações do grupo Global Media) muda-se para as Torres de Lisboa. Saem os jornalistas, ficam tantas histórias, aqui contadas pela Susana Outão. (eu que por lá passei sete anos, guardo as memórias e faço desejos de boa sorte)
Deixemos o passado e pensemos no futuro. Pelo menos em relação aos feriados que aí vêm e que muitos poderão querer transformar em fins de semana prolongados. A pensar neles, eis estas sugestões: 10 novos hotéis em Portugal que merecem uma visita. Veja porquê.
Se os seus planos forem outros, pode também optar por estas 55 aldeias de todo o mundo, com vistas que nos fazem sonhar acordados. Ora espreite a fotogaleria para ver como tenho razão.
E depois é só tentar pintar um destes quadros hiperealistas. Sim, são pinturas, pode acreditar. Ainda que pareçam fotos.
No Observador é a realidade da atualidade que estará em destaque ao longo da semana. Vá passando por cá para se manter bem informado
Um bom arranque de semana, feliz e produtivo
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