Francelina Valadares partilhou a publicação de Carlos Paz.
Carlos Paz
Uma vez mais: NADA vai acontecer!
Desde domingo que as redes sociais e os media estão ocupados com os “Papéis do Panamá”.
Um verdadeiro festival de notícias, títulos, comentários, opiniões, etc.. Quase todas na mesma direção: “Finalmente algo vai acontecer aos ricos e poderosos”.
Infelizmente não vai ser assim: Isto é tudo um “Balão cheio de Nada”; Nada de verdadeiramente relevante vai acontecer!
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Isto é tudo um "balão de nada" por duas razões:
1) A MFonseca é a QUARTA (repito, a quarta) maior fábrica de empresas of-shore do Mundo;
Mesmo que só existissem 4, a sua quota seria sempre inferior a 25%;
Assim, ficamos a saber, no máximo, 10% de todo o esquema.
Mesmo que só existissem 4, a sua quota seria sempre inferior a 25%;
Assim, ficamos a saber, no máximo, 10% de todo o esquema.
2) Não temos acesso (e mesmo que tivéssemos, não teríamos a tecnologia necessária) aos documentos originais;
Assim, vamos ser alimentados por aquilo que um grupo de jornalistas (e os seus patrões - donos dos media) decidirem.
Assim, vamos ser alimentados por aquilo que um grupo de jornalistas (e os seus patrões - donos dos media) decidirem.
Ou seja: vamos ter primeiras páginas com David Cameron ou Vladimir Putin (que NADA têm a ver com esta sociedade - desconheço se têm com outras), com futebolistas e cineastas e com Idalécios de Vouzela.
Resumindo: Vamos ficar a conhecer 10% dos ditos documentos. Por outras palavras: 10% (de documentos) de 10% (de quota), significa que ficaremos a conhecer, no máximo, 1% de toda a estória.
Ainda por cima o 1% que alguém quer que se conheça!
Ainda por cima o 1% que alguém quer que se conheça!
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E, no fim de tudo, como o ÚNICO crime que está em jogo é o de fraude fiscal, muito muito POUCO vai acontecer como consequência.
Umas distrações no Brasil (que dão jeito aos envolvidos dos dois lados da barricada da corrupção), um enterro na Islândia (que dá muito jeito à liderança da UE) e pouco mais.
Umas distrações no Brasil (que dão jeito aos envolvidos dos dois lados da barricada da corrupção), um enterro na Islândia (que dá muito jeito à liderança da UE) e pouco mais.
Já agora uma nota que, obviamente, ocorre por PURA COINCIDÊNCIA: não há em tudo isto um único (um só) dono de um grande grupo de média envolvido (são TODOS honestíssimos).
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