sábado, 14 de novembro de 2015

ORIGEM DA IGREJA CATÓLICA - 14 DE NOVEMBRO DE 2015

Origem da Igreja Católica


Posted: 13 Nov 2015 03:11 PM PST
Banho de sangue
Versão religiosa: Segundo o relato bíblico do 'Êxodo', quando o faraó Ramsés II se recusa a libertar o povo hebreu, a primeira medida divina é transformar a água do Nilo – rio que simboliza o Estado egípcio e sua fertilidade – em sangue. Sem água, era impossível cozinhar, beber, comer ou tomar banho.

Explicação científica: Uma das explicações científicas afirma que a elevação das temperaturas no final do reinado de Ramsés II (que reinou entre 1270 a.C. e 1213 a.C.) provocou uma grande seca e tornou vermelha as águas do Nilo. O calor levou à proliferação de algas pirrófitas, encontradas no rio, que são vermelhas e liberam substâncias tóxicas. Elas são responsáveis pelo fenômeno conhecido atualmente como 'maré vermelha". "Com os conhecimentos de hoje e análises em laboratório, sabemos que esses micro-organismos podem produzir diversas toxinas, que tornam a água imprópria para o consumo", explica biólogo Stephan Pflugmacher, professor da Universidade Técnica de Berlim, na Alemanha.

Outra hipótese, levantada pelos cientistas e retratada no documentário 'Êxodo Decodificado' ('The Exodus Decoded', em inglês), produzido pro James Cameron em 2010, indica que terremotos que aconteceram há 3 500 anos, em decorrência da erupção do vulcão Thera, na ilha de Santorini, região grega localizada a 700 quilômetros do Egito, foram os responsáveis pela transformação da água. O líquido do fundo do rio possui grande concentração de ferro dissolvido. Quando ele se mistura com o gás liberado pelos tremores, o contato com o oxigênio forma o hidróxido ferroso, mais conhecido como ferrugem – que possui tonalidade avermelhada.

Rãs
Versão religiosa: De acordo com a Bíblia, depois da primeira praga, Ramsés não muda de postura e outro castigo vem dos céus: rãs começam a sair aos milhares do Nilo.

Explicação científica: segundo o físico britânico Colin Humphreys, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e autor do livro 'Os Milagres do Êxodo', de 2003, esta maldição é consequência direta da primeira, pois, com a falta de oxigênio na água os sapos fugiram do rio e migraram para a terra. Outros animais, como os peixes – que não conseguem pular – não tiveram o mesmo fim e morreram no Nilo.

Segundo a perspectiva da erupção vulcânica, o gás liberado pelas fendas da terra deixa a água sem oxigênio, obrigando as rãs a fugirem para a terra.

Piolhos
Versão religiosa: Enquanto os egípcios apelam para os deuses com cultos e oferendas para que interrompam as pragas, Moisés aciona Deus para que envie mais castigos. Assim, surge uma infestação de piolhos, que atormentam homens e animais.

Explicação científica: De acordo com o livro 'Os Milagres do Êxodo', a seca é o clima ideal para a multiplicação de ovos de piolhos. O parasita era muito comum no Egito da Antiguidade e várias pessoas raspavam a cabeça para evitá-lo. Além disso, devido à falta de água limpa, já que a do Nilo estava imprópria para o consumo, a higiene foi prejudicada – cenário propício para a reprodução dos bichos.

Enxame de moscas
Versão religiosa: Assim como os piolhos, o enxame de moscas – a quarta praga – também causou muita irritação e incômodo entre os egípcios. Mas os israelitas não foram atingidos por esse mal.

Explicação científica: O físico Colin Humphreys afirma que a multiplicação desses insetos ocorreu devido à morte dos sapos, predadores naturais das moscas. Outra tese, defendida por cientistas no documentário 'Êxodo Decodificado', indica que a falta d'água limpa atraiu esses insetos por dois motivos: falta de higiene e morte dos animais do ecossistema do Nilo.

Peste nos animais
Versão religiosa: Ramsés II vê as pragas como um mal que é capaz de vencer e chega a mentir para Moisés, ao dizer que vai libertar os hebreus. No entanto, o faraó quebra a sua palavra e, segundo os textos bíblicos, Deus envia mais uma praga: a morte dos animais.

Explicação científica: A proliferação de moscas e piolhos, que se iniciou com a falta de água limpa e pela morte das rãs – predadores naturais desses insetos – foi a responsável por essa peste. Esses insetos podem carregar vírus e, ao picar os animais, provocam doenças que podem terminar em morte. Para Humphreys, um dos principais insetos que causou a morte dos bichos foi a mosca-de-estábulo, que transmite vírus fatais para cavalos e vacas.

Úlceras e Chagas
Versão religiosa: Na sexta praga, não só os animais vão adoecer, mas também os homens, que sofrem com grandes feridas na pele.

Explicação científica: De acordo com o biólogo Werner Kloas, do Instituto Leibniz, na Alemanha, essas chagas surgiram por causa da multiplicação de insetos que, depois de incomodar os animais, picaram os egípcios. A teoria vulcânica, apresentada no documentário 'Êxodo Decodificado', discorda dessa hipótese e propõe outra: a erupção do vulcão de Santorini liberou muito dióxido de carbono e, por causa desse gás, os habitantes do Egito ganharam bolhas, que resultaram em feridas.

Chuvas de pedras
Versão religiosa: Conhecida como saraiva, a chuva de pedras – que possui cinzas e fogo – vai afetar a agricultura e, em consequência, homens e animais.

Explicação científica: Para a ciência, essas chuvas são grandes tempestades de granizo em que ocorrem muitos relâmpagos. Apesar de ser raro, o granizo pode cair em regiões desérticas. Outra tese, defendida pela física Nadine von Blohm, do Instituto de Física Atmosférica da Alemanha, aponta para uma chuva de pedras vulcânicas após a erupção do vulcão de Santorini. Em entrevista ao jornal britânico 'The Telegraph', em 2010, ela afirmou que quando uma nuvem de cinzas percorre grandes distâncias, surge umidade na atmosfera. Além disso, também há bastante vapor de água na nuvem em si. Neste caso, os pequenos fragmentos de cinzas e cristais teriam formado um núcleo, similar ao granizo, causando a impressão de uma chuva que mistura água, pedras e fogo.

Gafanhotos
Versão religiosa: Deus enviou uma nuvem desses insetos para o Egito, que comeram todas as plantações da região. Assim, somente os judeus tinham alimentos.

Explicação científica: De acordo com o livro 'Os Milagres do Êxodo', gafanhotos só invadiram o Egito porque ficaram perturbados com as alterações climáticas – chuva de granizo ou a erupção do vulcão provocou alterações no comportamento dos insetos que se agruparam em grandes nuvens. Outra explicação é o tempo frio e o solo úmido da sétima praga, cenários propícios para o depósito dos ovos dos gafanhotos. Quando eles eclodiram, veio a oitava praga.

Trevas
Versão religiosa: Nesta praga, a luz se apaga. A religião acredita que, nesse momento, Deus derrubou Rá, o deus do Sol. Assim, durante três dias, o Egito ficou na “escuridão palpável”, enquanto os israelitas tinham luz.

Explicação científica: Uma densa tempestade de areia chamada 'khamsin', comum até hoje no deserto, pode ter sido a responsável pelo evento. A hipótese vulcânica, apresentada no documentário 'Êxodo Decodificado', afirma que as cinzas da erupção do vulcão de quase 40 quilômetros de altura e 200 quilômetros de largura tampou o sol e, assim, fez com que o Egito ficasse na escuridão. Esse pó vulcânico também deu a impressão de que "o escuro era palpável”.

Morte dos primogênitos
Versão religiosa: a última praga é o golpe final contra o faraó Ramsés II. Segundo a Bíblia, escaparam de encarar a morte as famílias que passaram o sangue de um cordeiro ou cabrito nos batentes das portas, aviso dado antemão por Deus.

Explicação científica: Uma das razões para a última praga é cultural – por ter o privilégio de se alimentarem primeiro e quando não há alimento para todos, os filhos mais velhos ingeriram a comida que estava contaminada pelas fezes dos gafanhotos, depositadas nas lavouras. Intoxicados, foram dormir e não acordaram mais. Segundo a hipótese vulcânica, os primogênitos morreram devido ao vazamento de dióxido de carbono, altamente tóxico para os humanos, liberado com a erupção. Dormir em camas era mais uma das regalias dos primogênitos egípcios. Enquanto isso, os mais novos dormiam em carroças e telhados. Por estarem mais próximos do chão, os herdeiros mais velhos inalaram durante o sono o gás que se desloca junto ao solo e morreram intoxicados.

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-verdade-sobre-as-10-pragas-do-egito/
Posted: 13 Nov 2015 02:43 PM PST
Por Maria Cecília Mendia mestranda em ciência da religião na PUC-SP.

A descrição da travessia do Mar Vermelho encontra-se no Livro do
Êxodo, que é o segundo livro do Pentateuco, assim denominado
no cristianismo e segundo livro da Tora, para o judaísmo. A palavra
êxodo significa “saída”, em grego. Este livro trata da migra-
ção da população israelita do Egito com destino à Canaã. Em seus
quarenta capítulos são relatados os fatos que constituem o evento
criador da história dos hebreus como um povo, desde a morte de
José, no Egito até a construção do santuário junto ao monte Sinai,
no deserto do Sinai.

Nessa narrativa encontram-se os temas básicos da teologia bíblica, como a intervenção
divina que libertou o povo hebreu, a saída do Egito e a travessia do Mar Vermelho, a aliança
de Deus com o povo hebreu no monte Sinai e a doação da Lei; a peregrinação pelo deserto e
as murmurações do povo. São temas que ecoam ainda hoje na teologia e na espiritualidade
judaica e cristã.

Estes temas originalmente foram transmitidos por via oral, é possível que, por volta do
século VI A.C. tenham se tornado textos literários escritos na língua hebraica e depois foram
transcritos para a língua grega, na Bíblia dos LXX ou Septuaginta.
A autoria do Livro do Êxodo foi atribuída ao próprio Moisés, cujo nome é de origem egípcia 
e significa possivelmente filho menino, mas a etimologia popular por assonância fez derivar
do termo hebreu maxah, que significa tirar e atribuiu esse significado ao nome Moisés, pois
segundo a narrativa bíblica ele foi tirado da água do rio, em sua cestinha.

A literatura bíblica:
Entre os textos literários, os textos bíblicos, com conteúdos de significado existencial tornaram-se
um patrimônio cultural da humanidade. O que permite sua reflexão são, entre outras
possibilidades, os vários gêneros literários2
 que compõem a Bíblia, e que expressam as experiências
vividas no relacionamento com Deus:
A Bíblia como o nome indica significa biblioteca, e de fato ela é
composta por livros de diversos gêneros literários: contos, novelas,
romances, sagas, poemas, sermões, orações, narrativas histó-
ricas, cartas e outros. Ela não pode ser considerada um livro científico
no sentido estrito do termo, mas sim, digamos literário. O
que há são narrações de experiências vividas no relacionamento
com Deus. São narrativas que expressam metaforicamente, a compreensão
que se tem de Deus. São também formas de se referir à
experiência de fé e de transmiti-la às outras gerações e aos outros
povos. Isso se faz na forma do testemunho de fé, que é ele próprio
narrativo3
.
Para o teólogo, Juan Luis Segundo4
 a comunicação divina é feita em linguagem icônica, ou
seja, através de mitos, lendas, narrações e histórias. São figuras de linguagem, que apelam para
a imaginação e o afeto. Esse tipo de linguagem convive com outro tipo que é a linguagem digital,
que imita a científica aplicada a coisas ou a abstrações e pode-se reconhecê-la como mais
dogmática.
Em conformidade com J. L. Segundo deve-se calibrar a verdade da narração no nível, em
que adapta-se os elementos significativos normativos, à busca do sentido da narrativa, para
comunicar o que se quer5
.
A questão que é colocada por J. L. Segundo6
 é:
Tem de ter acontecido verdadeiramente, ou isso não é necessário
para que seja verdade o que ali se crê? E afirma que, somente enquanto
elevados a dados transcendentes, certos fatos se tornam
fontes de sentido e de verdade.


Ciberteologia - Revista de Teologia & Cultura - Ano IX, n. 42
Posted: 13 Nov 2015 02:28 PM PST
Apresenta o método geográfico na verificação da história, objetivando demonstrar a metodologia de inter-relação sem qualquer pretensão intepretativa das fontes históricas em si. Para isso, o autor realiza uma pesquisa de fatos geográficos determinantes para a fixação da data do êxodo dos “Filhos de Israel” do Egito.
Texto completo: PDF

Hans Augusto Thofehrn

Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul CAPA > N. 25 (2015)
Posted: 13 Nov 2015 02:09 PM PST
Por Manu Marcus Hubner,  Doutorando do programa de Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas da FFLCH-USP. marcush@usp.br.

RESUMO

Apesar de não existirem provas indiscutíveis de que toda a narrativa bíblica do
Êxodo seja verídica, podemos, através da arqueologia, analisar alguns fatos
relevantes que eventualmente podem nos levar a acreditar na viabilidade da
história da saída do Egito e das jornadas pelo deserto. A narrativa Bíblica nos
proporcionaria um retrato real das condições locais, ou seria um texto escrito
séculos após os acontecimentos descritos, por autores que desconheciam, de
fato, as características daquela região, cenário de tantos milagres e eventos
fantásticos? Os documentos que sobreviveram até os dias de hoje poderiam
atestar a veracidade do contexto histórico da Bíblia Hebraica? Aparentemente,
os locais citados pela Bíblia Hebraica, ou pelo menos grande parte destes,
realmente existiram, e possuíram os nomes registrados pela Bíblia Hebraica.
Documentos arqueológicos de épocas posteriores ao Êxodo com freqüência
confirmam nomes de personagens e de locais registrados na Bíblia Hebraica.
Porém, a época do Êxodo é particularmente complexa, já que ainda não foi
encontrado documento extra-Bíblico algum que comprove a existência dos
personagens ou eventos narrados pela Bíblia Hebraica.

A Bíblia Hebraica relata que os Filhos de Israel permaneceram durante
séculos no Egito (Ex 12:41) e, após este período, empreenderam uma jornada
de quarenta anos através do deserto em direção à terra de Canaã (Nm 14:33). A
saída do Egito foi precedida por eventos milagrosos, como as dez pragas (Ex
7:19-12:29). Após as pragas e a saída do Egito, houve mais momentos
milagrosos, como a abertura do mar para a passagem dos israelitas e a
destruição do exército egípcio (Ex 14:21-28), o recebimento das Tábuas da Lei
no Monte Sinai (Ex 19:6-20:23), episódios do maná, dos codornizes (Ex 16:13- 36), e da água tirada da pedra (Ex 17:56; Nm 33:28-29), as vitórias milagrosas
em batalhas (amalequitas: Ex 17:8-16, Seon: Nm 21:21-35 e Og: Nm 21:31-33),
dentre outros.


Fonte:

Revista Vértices No. 10 (2011) Centro de Estudos Judaicos da FFLCH-USP
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