360º
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Enquanto dormia Enquanto digeria a derrota na Andaluzia, que Mariano Rajoyatribuiu ao novo partido Cidadãos, o PP espanhol conheceu uma dura decisão: um juiz deu como sustentadas as provas que o partido manteve uma contabilidade paralela ao longo de 18 anos e propôs que três ex-responsáveis do partido sejam levados a tribunal por delitos fiscais, incluindo o seu ex-tesoureiro. O PP reagiu dizendo não conhecer a chamada 'caixa b'.
Quanto ao pós-eleições, merece a pena perceber melhor o que os resultados de domingo podem querer dizer.
À beira de eleições, David Cameron decidiu antecipar que é a última vez que concorre ao cargo de primeiro-ministro, acrescentando três nomes para a sua sucessão, incluindo o seu ministro das Finanças e o polémico mayor de Londres. Os conservadores ficaram à beira de um ataque de nervos, relata o Guardian.
A tensão cresce entre EUA e Israel: O chefe de gabinete de BarackObama apelou esta noite ao Governo israelita que acabe com “uma ocupação que dura há 50 anos”, insistindo na solução de dois Estados, israelita e palestiniano. Tudo isto enquanto Israel divulgava aos congressistas americanos um registo das negociações secretas entre EUA e Irão para um acordo nuclear - tentando influenciar negativamente as conversas.
Angela Merkel e Alexis Tsipras estiveram juntos até à meia-noite, depois de uma conferência de imprensa conjunta onde só o tom da se tornou mais calmo. Esta manhã, um porta-voz do Governo grego prometeu para a próxima segunda-feira a lista de reformas de que Merkel, e outros líderes europeus, esperam desde fevereiro.
Informação relevantePrimeiro será o presidente da CMVM, depois o governador do Banco de Portugal. Com uma solução parcial para o papel comercial do GES em cima da mesa, os dois reguladores voltam hoje à comissão de inquérito ao BES (já há liveblog aqui no Observador), com notícias de mais uma divergência entre os dois a marcar a manhã informativa e uma carta que mostra o que Carlos Costa já sabia do caso GES a um ano de tudo explodir. Vamos do início?
A solução encontrada pelo Banco de Portugal para os subscritores de papel comercial do GES vai implicar perdas de mais de 60% do dinheiro investido. Segundo o DN desta manhã, o Novo Banco propôs soluções mais simpáticas para os clientes (e menos para as contas do próprio banco); segundo o Negócios, estes estão contra a solução encontrada; e segundo o Económico, a CMVM também está contra a solução encontrada. O essencial desta confusão (ou negociação, consoante o que preferir) está aqui.
Registe, mesmo assim, as palavras de Carlos César, presidente do PS, ontem à noite na RTP-Informação: os reguladores devem pagar tudo e, caso não o façam, será o próximo Governo a fazê-lo. A frase da promessa é esta: “Se os cofre estão cheios, com certeza que eles também poderão ter aplicações no ressarcimento de portugueses que foram lançados nessas aplicações por parte do Estado e das suas autoridades políticas e reguladores”.
No PS, o anúncio da candidatura presidencial de Henrique Neto causou alguma agitação e nem por isso grande simpatia. O líder António Costa disse ser-lhe "indiferente", alguns dirigentes mostraram ou preocupação com a hipótese de fragmentação, ou mesmo algum incómodo face à ausência dos nomes que muitos esperavam.
O primeiro apoio com força mediática vem hoje nas páginas do i:Medina Carreira diz duvidar que apareça alguém com a frontalidade e transparência do ex-deputado. E um aparente segundo nas páginas do DN: Marinho e Pinto também o acha um "excelente candidato". Pelo caminho, o segurista Álvaro Beleza vai sugerindo primárias para escolher o candidato do partido.
Já que falo do PS e de primárias, pode valer a pena registar este compromisso do seu líder: "devolver a paz às escolas" e apagar o ensino vocacional no Básico.
A propósito, o novo programa de português do ensino básico perdeu o "D.Quixote" e mais algumas obras de referência pelo caminho, o suficiente para que tenham voltado as críticas a Nuno Crato.
E a propósito de críticas, registe esta de Nuno Morais Sarmento, aos microfones da Renascença: o caso da “lista VIP” de contribuintes mostra que “em matéria de acesso a dados pessoais sensíveis, Portugal é o faroeste”. Mas há um mas, nestas declarações: é inevitável uma proteção maior a alguns contribuintes, diz o ex-ministro.
Uma decisão a registar também: o tribunal de comarca decidiu que o Metro de Lisboa tem de devolver os complementos de reforma cortados pelo Governo a antigos trabalhadores da empresa, dizendo que é inconstitucional uma decisão que... passou no próprio TC.
No tribunal terá que se defender a Fundação para a Ciência e Tecnologia, depois de a sua avaliação dos laboratórios ter sido contestada judicialmente pela Universidade do Minho e pela UTAD, noticia o Público.
À espera de uma decisão judicial, a PT diz estar a preparar umaestratégia para recuperar parte do que perdeu na Rioforte, conta o Económico desta manhã. No Brasil, para já, PT e Oi discutem o teto dos direitos de voto da PT SGPS na futura empresa.
Os nossos especiais
As ideias, os inimigos e a língua afiada de Henrique Neto, o primeiro candidato às presidenciais de 2016. Não poupou ninguém, envolveu-se em muitas controvérsias, somou inimigos dentro do PS. Esteve até ligado à Operação Furacão e ao Caso dos Submarinos. O Miguel Santos e a Filomena Martins contam-lhe os detalhes do homem que se vai lançar no Padrão dos Descobrimentos, à procura do Palácio de Belém. Sejam bem-vindos ao 'henriquismo'.
Há quem viaje para surfar. E se também for para ajudar? A Carolina foi sozinha para a Indonésia, passou por histórias "do arco da velha", achou que não voltaria e esteve na Índia a ensinar crianças a surfar. Aos 21 anos, ela quer mudar o mundo através do surf. Por que não? - pergunta o Diogo Pombo.
Felicidade: largar tudo e correr atrás dela. No dia certo, o Hugo Tavares da Silva veio contar-nos outras histórias. A do Renato, do Lucas e da Irene, que deixaram tudo para trás à procura de algo mais. Sem retrovisor. Afinal, haverá um caminho certo para a Felicidade?
Notícias surpreendentes
Quanto ao pós-eleições, merece a pena perceber melhor o que os resultados de domingo podem querer dizer.
À beira de eleições, David Cameron decidiu antecipar que é a última vez que concorre ao cargo de primeiro-ministro, acrescentando três nomes para a sua sucessão, incluindo o seu ministro das Finanças e o polémico mayor de Londres. Os conservadores ficaram à beira de um ataque de nervos, relata o Guardian.
A tensão cresce entre EUA e Israel: O chefe de gabinete de BarackObama apelou esta noite ao Governo israelita que acabe com “uma ocupação que dura há 50 anos”, insistindo na solução de dois Estados, israelita e palestiniano. Tudo isto enquanto Israel divulgava aos congressistas americanos um registo das negociações secretas entre EUA e Irão para um acordo nuclear - tentando influenciar negativamente as conversas.
Angela Merkel e Alexis Tsipras estiveram juntos até à meia-noite, depois de uma conferência de imprensa conjunta onde só o tom da se tornou mais calmo. Esta manhã, um porta-voz do Governo grego prometeu para a próxima segunda-feira a lista de reformas de que Merkel, e outros líderes europeus, esperam desde fevereiro.
Informação relevantePrimeiro será o presidente da CMVM, depois o governador do Banco de Portugal. Com uma solução parcial para o papel comercial do GES em cima da mesa, os dois reguladores voltam hoje à comissão de inquérito ao BES (já há liveblog aqui no Observador), com notícias de mais uma divergência entre os dois a marcar a manhã informativa e uma carta que mostra o que Carlos Costa já sabia do caso GES a um ano de tudo explodir. Vamos do início?
A solução encontrada pelo Banco de Portugal para os subscritores de papel comercial do GES vai implicar perdas de mais de 60% do dinheiro investido. Segundo o DN desta manhã, o Novo Banco propôs soluções mais simpáticas para os clientes (e menos para as contas do próprio banco); segundo o Negócios, estes estão contra a solução encontrada; e segundo o Económico, a CMVM também está contra a solução encontrada. O essencial desta confusão (ou negociação, consoante o que preferir) está aqui.
Registe, mesmo assim, as palavras de Carlos César, presidente do PS, ontem à noite na RTP-Informação: os reguladores devem pagar tudo e, caso não o façam, será o próximo Governo a fazê-lo. A frase da promessa é esta: “Se os cofre estão cheios, com certeza que eles também poderão ter aplicações no ressarcimento de portugueses que foram lançados nessas aplicações por parte do Estado e das suas autoridades políticas e reguladores”.
No PS, o anúncio da candidatura presidencial de Henrique Neto causou alguma agitação e nem por isso grande simpatia. O líder António Costa disse ser-lhe "indiferente", alguns dirigentes mostraram ou preocupação com a hipótese de fragmentação, ou mesmo algum incómodo face à ausência dos nomes que muitos esperavam.
O primeiro apoio com força mediática vem hoje nas páginas do i:Medina Carreira diz duvidar que apareça alguém com a frontalidade e transparência do ex-deputado. E um aparente segundo nas páginas do DN: Marinho e Pinto também o acha um "excelente candidato". Pelo caminho, o segurista Álvaro Beleza vai sugerindo primárias para escolher o candidato do partido.
Já que falo do PS e de primárias, pode valer a pena registar este compromisso do seu líder: "devolver a paz às escolas" e apagar o ensino vocacional no Básico.
A propósito, o novo programa de português do ensino básico perdeu o "D.Quixote" e mais algumas obras de referência pelo caminho, o suficiente para que tenham voltado as críticas a Nuno Crato.
E a propósito de críticas, registe esta de Nuno Morais Sarmento, aos microfones da Renascença: o caso da “lista VIP” de contribuintes mostra que “em matéria de acesso a dados pessoais sensíveis, Portugal é o faroeste”. Mas há um mas, nestas declarações: é inevitável uma proteção maior a alguns contribuintes, diz o ex-ministro.
Uma decisão a registar também: o tribunal de comarca decidiu que o Metro de Lisboa tem de devolver os complementos de reforma cortados pelo Governo a antigos trabalhadores da empresa, dizendo que é inconstitucional uma decisão que... passou no próprio TC.
No tribunal terá que se defender a Fundação para a Ciência e Tecnologia, depois de a sua avaliação dos laboratórios ter sido contestada judicialmente pela Universidade do Minho e pela UTAD, noticia o Público.
À espera de uma decisão judicial, a PT diz estar a preparar umaestratégia para recuperar parte do que perdeu na Rioforte, conta o Económico desta manhã. No Brasil, para já, PT e Oi discutem o teto dos direitos de voto da PT SGPS na futura empresa.
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As ideias, os inimigos e a língua afiada de Henrique Neto, o primeiro candidato às presidenciais de 2016. Não poupou ninguém, envolveu-se em muitas controvérsias, somou inimigos dentro do PS. Esteve até ligado à Operação Furacão e ao Caso dos Submarinos. O Miguel Santos e a Filomena Martins contam-lhe os detalhes do homem que se vai lançar no Padrão dos Descobrimentos, à procura do Palácio de Belém. Sejam bem-vindos ao 'henriquismo'.
Há quem viaje para surfar. E se também for para ajudar? A Carolina foi sozinha para a Indonésia, passou por histórias "do arco da velha", achou que não voltaria e esteve na Índia a ensinar crianças a surfar. Aos 21 anos, ela quer mudar o mundo através do surf. Por que não? - pergunta o Diogo Pombo.
Felicidade: largar tudo e correr atrás dela. No dia certo, o Hugo Tavares da Silva veio contar-nos outras histórias. A do Renato, do Lucas e da Irene, que deixaram tudo para trás à procura de algo mais. Sem retrovisor. Afinal, haverá um caminho certo para a Felicidade?
Notícias surpreendentes
Este é um mapa da internet - e é tão bonito que apetece pendurá-lo na parede. Quando faz uma chamada Skype para outro continente, quando manda uma mensagem em WhatsApp para a outra ponta da Europa, como é que a imagem e o texto chegam ao outro lado? A resposta está em 300 cabos de fibra ótica que atravessam os oceanos. Agora eles estão desenhados neste mapa como uma nova etapa dos Descobrimentos. Vai uma viagem?
Já é preciso um mapa bem comprido para encontrar todas as paragens deste senhor do cinema: Clint Eastwood está há 60 anos a fazer história no cinema, com ponto de partida em Denver, onde apareceu escassos minutos, sem apoio nem vontade do seu primeiro realizador. “Foi uma caminhada dos diabos começar a minha carreira como ator”, disse Eastwood. E depois foi esta maravilha.
Esta história podia dar um filme: Sisa Gaber Abu Douh, hoje com 65 anos, teve uma filha cedo e viu o marido morrer aos 21 anos. Durante 40 anos teve de vestir-se de homem para conseguir trabalho e pagar a educação da filha. Agora, ganhou o prémio de melhor mãe no Egito.
Afinal de quantos amigos precisamos? Chegam-nos os "poucos, mas bons"? E os do Facebook, contam? Não é preciso um filme, nem um mapa: basta passar os olhos por este texto e ficará com uma ideia.
O 360º fica hoje por aqui, embora - como sabe - o Observador fique sempre à mão, como os bons amigos, para sempre que precisar de uma atualização. A qualquer hora, esteja onde estiver.
Tenha um dia bom, produtivo e animado.
Até já!
Já é preciso um mapa bem comprido para encontrar todas as paragens deste senhor do cinema: Clint Eastwood está há 60 anos a fazer história no cinema, com ponto de partida em Denver, onde apareceu escassos minutos, sem apoio nem vontade do seu primeiro realizador. “Foi uma caminhada dos diabos começar a minha carreira como ator”, disse Eastwood. E depois foi esta maravilha.
Esta história podia dar um filme: Sisa Gaber Abu Douh, hoje com 65 anos, teve uma filha cedo e viu o marido morrer aos 21 anos. Durante 40 anos teve de vestir-se de homem para conseguir trabalho e pagar a educação da filha. Agora, ganhou o prémio de melhor mãe no Egito.
Afinal de quantos amigos precisamos? Chegam-nos os "poucos, mas bons"? E os do Facebook, contam? Não é preciso um filme, nem um mapa: basta passar os olhos por este texto e ficará com uma ideia.
O 360º fica hoje por aqui, embora - como sabe - o Observador fique sempre à mão, como os bons amigos, para sempre que precisar de uma atualização. A qualquer hora, esteja onde estiver.
Tenha um dia bom, produtivo e animado.
Até já!
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ANTÓNIO FONSECA
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