quarta-feira, 18 de março de 2015

OBSERVADOR - 360º - 17 DE MARÇO DE 2015

360º‏

360º

 
 
17-03-2015
 
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Para: antoniofonseca40@sapo.pt
 


360º

Por David Dinis=C Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia
A justiça brasileira acusou formalmente o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (de Dilma Rousseff), João Vaccari Neto, e outras 26 pessoas por branqueamento de capitais, associação criminosa e corrupção no caso Petrobras. Vaccari Neto ésuspeito de ter recebido ‘luvas’ para financiar a campanha eleitoral do PT. Dilma reagiu dizendo que a justi ça é autónoma e deve investigar tudo. E prometeu ouvir o povo.
A Grécia precisa de "amor", disse esta noite o presidente da Comissão Europeia em Bruxelas. Juncker quer que os governos da zona euro encontrem uma solução para os problemas da Gréciaque respeitem a “dignidade” do país. Na próxima segunda-feira Alexis Tsipras vai a Berlim, à procura de soluções mais pragmáticas para o problema de financiamento do país. A avaliar pelas últimas palavras de Schauble, o clima não será de romance. 
O FMI diz estar preparado para enviar fundos para o arquipélago de Vanuatu, uma das mais pobres nações do mundo - agora devastada pelo ciclone Pam. As imagens do que resta são devastadoras
Facebook mudou as regras e criou um código de conduta para os utilizadores. Aqui está uma síntese (e um curto vídeo) que lhe explica o que é proibido ou não
 
Informação relevante

Uma entrevista do Observador: António Horta Osório deixa um alerta com as legislativas em vista"Imagine que íamos voltar a gastar para dinamizar a economia e que não resultava. O que é que fazíamos? Austeridade ao quadrado?".Nesta conversa com a Maria João Avillez, o maior banqueiro português fala do caminho já feito, alerta para os riscos que ainda temos pela frente, mas mostra-se otimista com os sinais da economia (mesmo que tendo dúvidas sobre o plano do BCE). 
Numa segunda parte, mais virada para o sistema financeiro, Horta Osório deixa um desafio ao Banco de Portugal: que deixe o Novo Banco resolver a questão do papel comercial do GES vendido nos balcões do BES. Dos casos BES e PT, o banqueiro tira uma lição: "Os centros de decisão são maneira airosa de alguns ganharem muito dinheiro à conta de muitos".
Há também alertas para o BPI, para os outros bancos e até sobre aTAP - empresa que, a par da Carris, Metro e CP Carga, o Governo quer ver privatizadas até agosto, a um mês das legislativas, como ontem aqui confirmámos no Observador. Pelo caminho= vai ficar uma promessa: rever o regime de portagens.

A propósito da PT, o Dinheiro Vivo anota que a reunião de hoje da PT SGPS vai decidir se a empresa portuguesa tentará negociar os novos termos da fusão com a Oi - como se sabe muito prejudicados pelo caso Rioforte.

Um passo atrás para lhe falar das respostas que Passos Coelho enviou ontem à comissão de inquérito do BES: o chefe de Governo diz que Ricardo Salgado se queixou do governador do Banco de Portugal quando estava sob pressão para sair; que Ricciardi se queixou de Salgado; e, talvez mais importante, que ele próprio falou com o vice-presidente de Angolaa horas de se começar a decidir a resolução do BES - embora garantindo que só soube dela um dia depois disso.
Hoje, na CPI, ouviremos Paulo Portas e Fernando Ulrich. Em direto aqui no Observador.

Sobre o Novo Banco, o Negócios fala hoje de três propostas a caminho (ainda não vinculativas): da americana Apollo, da chinesa Fosun e do Santander. 

D o Governo, sobra esta decisãouma auditoria à suposta lista VIP do Fisco (no dia em que se sabe que há quase 200 contribuintes com dívidas de mais um milhão de euros). E também este discurso de Maria Luís Albuquerque, dizendo que o plano Juncker só terá benefícios se "todos os estados da UE, sem exceção", contribuírem com reformas estruturais

Maria Luís Albuque rque aguarda agora o que vai dizer o FMI, após a estadia em Portugal (hoje antecipada em parte pelo Negócios, no alerta de que são precisos gestores melhores nas empresas), mas terá gostado de saber deste último discurso de Cavaco Silva, em Paris. Depois de ter puxado pelas estimativas do crescimento para 2015 - no que foi corroborado por vários economistas, como anota o Económico -, o Presidente apontou 2014 como um ano de viragem, num jantar com a comunid ade portuguesa na cidade da Luz.

De ontem, sobra o caso Sócrateso Supremo recusou libertar o ex-primeiro-ministro, argumentando que a defesa não tem razão ao invocar que o processo não pertence ao juiz Carlos Alexandre (uma tese que o próprio considerou "um absurdo"). Mas com a decisão ficámos a saber alguns detalhes mais sobre do que é acusado Sócrates: o juiz alega que, já preso, terá ocultado documentos que mostravam como pagou várias despesas de viagens e de estadias de hotéis, assim como várias obras de arte que terão sido adquiridas pelo amigo e empresário, Santos Silva, e colocadas em casa do ex-primeiro-ministro.
Hoje fique atento, será a vez da decisão do Tribunal da Relação sobre o recurso apresentado pela defesa de Sócrates (cada vez mais polémica, como se notou pelas palavras de João Araújo registadas pelas câmaras).

Mais algumas notas rápidas, só para ficar a par do essencial:
  • As novas regras de financiamento do Superiorpropostas pelo Governo não agradam às universidades e politécnicos - por não implicarem mais financiamento, apenas uma redistribuição;  
  • O Ministério da Saúde está a tentar contratar médicos de família em Espanha mas, de acordo com o DN, o preço não é famoso, face ao que estes podem ganhar por lá.
  • Metro de Lisboa vai amanhã para a 41ª greve desde 2011, segundo as contas do jornal i.
Os nosso s especiais

Netanyahu ou o "Kennedy de Israel"? Em dia de legislativas em Israel, o Hugo Tavares da Silva foi correr a campanha e percebeu que Israel já não é o mesmo país. O discurso assente na segurança e pulso forte já não chega para dar os votos necessários ao atual primeiro-ministro. E tudo pode acabar numa contagem que nem garante o poder a quem tem mais votos. É ver para crer. 

"I'm a mover, i'm a shaker". E é uma deputada portuguesa, diz a Rita Dinis, que nos apresenta assim Maria João Ávila, uma "divertida norte-americana que representa no nosso Parlamento os emigrantes que estão fora da Europa. E a história começa assim: “'Acha que tenho cara de política? Eu sou aquilo a que se chama de politicamente incorreta. I realy get things done"Pronto para a conhecer?

Ei! Essa canção é minha! Isso, este Especial conta-nos como o mundo da pop é muitas vezes sobressaltado por acusações de plágio que resultam em indemnizações milionárias (basta lembrar as notícias da última semana sobre Pharrell Williams e Marvin Gaye). Mas deixam por responder a questão crucial, explica o José Carlos Fernandes: o que faz a identidade de uma canção?

Notícias surpreendentes
Uma história incrível, a de Lizzie Velásquez: tinha 17 anos quando encontrou um vídeo de oito segundos com 4 milhões de visualizações a fazer pouco da “mulher mais feia do mundo”. Demorou pouco tempo para descobrir que era ela a quem o vídeo fazia referência. A então adolescente chorou durante noites inteiras. Agora, pouco depois de ter completado 27 anos, Lizzie está sob as luzes da ribalta. Não por causa das suas doenças raras, mas por causa de um documentário baseado na sua vida para combater o bullyingVeja, vale muito a pena.

Um bom tema para discussão: um grupo de deputados franceses apresentou duas emendas à nova lei da saúde para proibir modelos "demasiado magras" em desfiles de moda. O objetivo dos parlamentares é lutar contra a “apologia da anorexia”.

Outra maneira de lutar pela mesma causa: por aqui, no Observador, a Catarina Marques Rodrigues foi descobrir quem são, de onde vêm e o que pensam os manequins que dão a cara o corpo às peças dos criadores de moda. Uma peçacom estilo e sem dramas

Pergunta importante: como é que um smartphone pode ajudar na sua vida sexual? Não estanhe a pergunta: uma marca conhecida de preservativos fez a mesma a uma série de casais e conseguiu resultados muito surpreendentes com uma resposta simples. Veja, vai ver que agradecerá.

Depois disto, talvez valha a pena deixar-lhe esta lista dos 10 melhores vinhos que se vendem a menos de 10 euros

Desejo-lhe assim um dia bom, uma noite melhor. Na certeza de que, até l á, terá a nossa companhia sempre à disposição, para ficar a par das últimas, sem hora marcada, esteja onde estiver. 

Até já!
 
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ANTÓNIO FONSECA


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