segunda-feira, 25 de outubro de 2021

DIA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS - 24 DE OUTUBRO DE 2021

 

Exército Português

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Exército Português
Military flag of Portugal.svg
Bandeira das Forças Armadas Portuguesas
PaísFlag of Portugal.svg Portugal
CorporaçãoForças Armadas de Portugal
SubordinaçãoMinistério da Defesa Nacional
MissãoDefesa Nacional
DenominaçãoForça Terrestre
Criaçãoséculo XII
PatronoSão Jorge
MarchaHino do Exército
LemaEm perigos e guerras esforçados
Grito de Guerra"Portvgal e São Jorge"
História
Guerras/batalhas
Insígnias
Estandarte Nacional (bandeira regimental)Bandeira das Forças Armadas Portuguesas
Comando
GeneralGeneral José Nunes da Fonseca [1]
Comandantes
notáveis
Sede
Quartel GeneralFlag of Portugal.svg Lisboa
BairroSanto Estêvão
MoradaRua do Museu de Artilharia
InternetSítio oficial
Jornal do Exército
Facebook

Exército Português é o ramo terrestre das Forças Armadas Portuguesas, encarregado — em conjunto com os outros ramos — da defesa militar da Nação.

História

História do Exército Português está diretamente ligada à História de Portugal, desde a sua primeira hora. As forças terrestres estiveram presentes na luta dos portugueses pela sua independência contra leoneses e muçulmanos no século XII, contra os invasores castelhanos no século XIV, contra os ocupantes espanhóis no século XVII e contra os invasores franceses no século XIX. Participaram ainda nas campanhas portuguesas no ultramar e exterior, desde o século XV, na África, Ásia, América, Oceânia e Europa. No século XX destaca-se a participação do Exército Português na Primeira Guerra Mundial, em França e África e a Guerra do Ultramar de 1961 a 1975 em AngolaÍndiaMoçambiqueGuiné e Timor. No século XXI é de destacar a intervenção do Exército Português nas diversas missões de apoio à paz em que Portugal tem participado (BósniaTimor-LesteKosovoMacedóniaAfeganistãoLíbano, etc.) .

Século XVIII

Durante o século XVIII houve uma grande reorganização e uma grande reestruturação das forças armadas, devido sobretudo à vinda de generais e chefes militares estrangeiros, da qual se destacou o Conde de Lippe.

Granadeiro do Exército Português, em 1740.
Oficial e soldados fuzileiros do Regimento de Infantaria da Corte do Exército Português, em 1762.
Regimento de Cavalaria de Moura, em 1783.

Missões no estrangeiro

As Forças Nacionais Destacadas ou FND, são a designação dada aos militares em missões internacionais, grande parte delas no âmbito da NATONações Unidas e União Europeia. Atualmente o Exército Português mantém militares nas seguintes missões:[2]

O Exército Português também tem missões no âmbito da Cooperação no Domínio da Defesa (CDD) nos Países de Língua Portuguesa, que são missões que Portugal mantém de maneira permanente de modo a treinar e aconselhar as Forças Armadas desses países, atualmente Portugal coopera com os seguintes países:[2]

Organização

O Exército Português encontra-se em fase de profunda reorganização definida pela nova Lei Orgânica do Exército Português (Decreto-Lei n.º 61/2006 de 21 de Março), que substituiu a lei homóloga de 1993.

O objetivo principal da nova orgânica seria o de fazer passar o Exército Português de uma organização territorial baseada no serviço militar obrigatório para uma organização operacional baseada em militares profissionais. Na sequência dessa intenção foram imediatamente extintas as regiões militares do Norte, Sul e Lisboa (Governo Militar de Lisboa). As outras alterações irão ser realizadas progressivamente até que o Exército passe completamente da estrutura definida pela Lei Orgânica de 1993 para a definida pela Lei Orgânica actual.

Na prática o Exército continuará a basear-se numa organização territorial "disfarçada" já que são mantidas as unidades territoriais (mas agora chamadas unidades de estrutura base) e as Grandes Unidades assumem as funções semelhantes às dos comandos territoriais e de natureza territorial extintos. Com a nova organização a operacionalidade do Exército até poderá vir a ser diminuída. Um exemplo disto é a transformação da atual Brigada Aerotransportada Independente, que era uma grande unidade operacional integrando armas combinadas, apoio de combate e apoio de serviços, na nova Brigada de Reação Rápida que passará a ser uma espécie de agrupamento administrativo de tropas especiais (paraquedistas, comandos e operações especiais) sem capacidade de agir de forma integrada.

Algumas das alterações mais significativas na nova estrutura do Exército serão:

  1. Alteração da estrutura do comando superior do Exército;
  2. Fim teórico da organização territorial do Exército e organização das suas forças na forma de Força Operacional Permanente do Exército;
  3. Extinção dos comandos territoriais e de natureza territorial. Deste modo, além das regiões militares será extinto o Comando de Tropas Aerotransportadas e o Campo Militar de Santa Margarida deixará de ser comando territorial. As Zonas Militares dos Açores e da Madeira mantêm-se, mas deixarão de ser consideradas comando territorial;
  4. As unidades territoriais passarão a ser consideradas unidades da Estrutura Base do Exército, ficando na sua maioria dependentes das grandes unidades;
  5. As grandes unidades terão a sua organização e denominação alterada. Desse modo a Brigada Mecanizada Independente passará a Brigada Mecanizada, a Brigada Ligeira de Intervenção passará a Brigada de Intervenção e a Brigada Aerotransportada Independente passará a Brigada de Reação Rápida.

Estrutura de Comando do Exército[3]

Exército Português, comandado pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, tem uma estrutura de comando superior constituída por:

Soldado de caçadores da Guerra Peninsular
  1. Comando do Exército, incluindo:
    • Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME)
    • Gabinete do CEME (GABCEME)
    • Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército (VCEME)
    • Conselho Superior do Exército (CSE)
    • Conselho Superior de Disciplina do Exército (CSDE)
    • Junta Médica de Revisão do Exército (JMRE)
    • Inspeção-Geral do Exército (IGE)
    • Estado-Maior do Exército
  2. Órgãos Centrais de Administração e Direção:
  3. Estabelecimentos de Ensino Superior

Força Operacional Permanente do Exército

Do Comando das Forças Terrestres (CFT) depende a Força Operacional Permanente do Exército constituída pelas seguintes grandes unidades operacionais e pelas Forças de Apoio Geral:

Obs.: Apesar de dependerem administrativamente do Comando Operacional do Exército, as Zonas Militares dependem operacionalmente dos Comandos Operacionais (conjuntos) dos Açores e da Madeira.

Estrutura Base do Exército

Dependentes dos vários comandos e grandes unidades, o Exército Português engloba diversas unidades da Estrutura Base do Exército, anteriormente denominadas unidades territoriais. As unidades da Estrutura Base do Exército são bases e centros de instrução, destinados a organizar, treinar e manter as unidades operacionais componentes das grandes unidades, zonas militares e forças de apoio geral. Por razões históricas, a maioria das unidades da Estrutura Base do Exército está associada a uma Arma ou Serviço e possui a designação de regimento. Por dependências as unidades da EBE são:

Organização da Força Operacional Permanente do Exército Português em 2021.
O Rei D. Carlos I com oficiais do Exército no princípio do século XX
Militares em progressão na selva africana durante a Guerra do Ultramar

Comando das Forças Terrestres (CFT)[4]

Na dependência da Brigada Mecanizada:
(pela nova orgânica, não dispõe de Unidades da Estrutura Base)

Na dependência da Brigada de Intervenção:

Na dependência da Brigada de Reação Rápida:

Obs.: Em 2015 o Regimento de Infantaria Nº3, em Beja, foi extinto, passando a suas instalações a serem utilizadas pelo Regimento de Infantaria Nº1, ficando assim o Regimento de Infantaria Nº1 com um quartel em Beja e um destacamento em Tavira.

Na dependência da Zona Militar dos Açores:

Na dependência da Zona Militar da Madeira:

Outras Unidades na dependência do Comando das Forças Terrestres:

Comando da Logística (CmdLog)[5]

Na dependência da Direção de Material e Transportes:

Outras unidades dependestes do Comando da Logística:

Comando do Pessoal (CmdPess)[6]

Na dependência da Direção de Formação:

Obs.: Pela nova organização do Exército as antigas Escolas Práticas , foram integradas na Escola das Armas, em Mafra.

Na dependência da Direção de Administração de Recursos Humanos:

  • Centro de Recrutamento de Lisboa​
  • Centro de Recrutamento de Vila Nova de Gaia
  • Gabinete de Classificação da Amadora
  • Gabinete de Classificação de Vila Nova de Gaia​

Na dependência da Direção de Serviços de Pessoal:

Na dependência da Direção de Saúde:

Outras unidades dependestes do Comando do Pessoal:

  • Centro de Psicologia Aplicada do Exército​, em Queluz
  • Escola de Serviço de Saúde Militar​, em Lisboa
  • Unidade de Apoio do Comando do Pessoal​, em Vila Nova de Gaia


Pela nova orgânica do Exército, foram extintas as seguintes unidades:

Quadros de pessoal e áreas funcionais do Exército

O quadro de pessoal do Exército Português subdivide-se em diversos quadros especiais denominados "corpo de oficiais generais", "armas" e "serviços". Cada quadro especial corresponde a uma área funcional militar, sendo que as combatentes são designadas genericamente "armas" e as essencialmente logísticas são designadas genericamente "serviços". O corpo de oficiais generais inclui todos os oficiais generais do Exército, os quais podem ter origem tanto nas armas como nos serviços, sendo que apenas os originados das armas podem ascender ao postos superiores ao de major-general. Os quadros técnicos agrupam os oficiais técnicos de algumas armas e serviços, com origem sobretudo na categoria de sargentos. Os quadros de bandas e fanfarras incluem os militares ligados à música. Existem diversos quadros especiais em extinção progressiva, por cancelamento de novas admissões.

Embarque de tropas para Angola durante a Primeira Guerra Mundial.
Coluna blindada na Bósnia
Tropas do Exército no Kosovo

Armas

Serviços

Quadros Técnicos de Oficiais

Quadros de Bandas e Fanfarras

  • Chefes de banda de música (CBMUS)
  • Músicos (MUS)
  • Corneteiros e Clarins (Corn/Clar)

Quadros em extinção progressiva

Equipamento do Exército Português

Artigo com o equipamento: Equipamento do Exército Português.



Hierarquia e distintivos

Oficiais Generais
MarechalGeneralTenente-GeneralMajor-GeneralBrigadeiro-General
OF-10OF-9OF-8OF-7OF-6
23 - Marechal.svg22 - General.svg21 - Tenente-general.svg20 - Major-general.svg19 - Brigadeiro-general.svg
Oficiais superiores
CoronelTenente-CoronelMajor
OF-5OF-4OF-3
18 - Coronel.svg17 - Tenente-coronel.svg16 - Major.svg
Capitães e Oficiais Subalternos
CapitãoTenenteAlferesAspirante
OF-2OF-1OF-1OF-D
15 - Capitão.svg14 - Tenente.svg13 - Alferes.svg12 - Aspirante.svg
Sargentos
Sargento-MorSargento-ChefeSargento-AjudantePrimeiro-SargentoSegundo-SargentoFurrielSegundo-Furriel
OR-9OR-8OR-7OR-6OR-5OR-5OR-5
11 - Sargento-mor.png10 - Sargento-chefe.png9 - Sargento-ajudante.png8 - Primeiro-sargento.svg7 - Segundo-sargento.svg6 - Furriel.svg5 - Segundo-furriel.svg
Praças
Cabo-AdjuntoPrimeiro-CaboSegundo-CaboSoldado
OR-4OR-3OR-2OR-1
4 - Cabo-adjunto.svg3 - Primeiro-cabo.svg2 - Segundo-cabo.svg1 - Soldado.svg

Ver também

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Exército Português

Referências

  1.  «Comandante»exercito.pt. Consultado em 25 de março de 2020
  2. ↑ Ir para:a b «Exército Português»www.exercito.pt. Consultado em 6 de janeiro de 2021
  3.  «Exército Português»www.exercito.pt. Consultado em 1 de janeiro de 2021
  4.  «quem somos/organização»www.exercito.pt. Consultado em 1 de janeiro de 2021
  5.  «quem-somos/organização»www.exercito.pt. Consultado em 1 de janeiro de 2021
  6.  «quem-somos/organização»www.exercito.pt. Consultado em 1 de janeiro de 2021

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