terça-feira, 20 de outubro de 2020

ÓPERA DE SYDNEY - INAUGURADA 1973 - 20 DE OUTUBRO DE 2020

 


Ópera de Sydney

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Pix.gifÓpera de Sydney *
Welterbe.svg
Património Mundial da UNESCO

Sydney Opera House from the east.jpg
Opera House, em Sydney.
País Austrália
Critérios(i)
Referência166 en fr es
Coordenadas33° 51′ 24″ S, 151° 12′ 55″ L
Histórico de inscrição
Inscrição2007  (? sessão)
Nome como inscrito na lista do Património Mundial.

A casa da Ópera de Sydney (em inglês Sydney Opera House), também conhecida como Teatro de Sydney, é um dos edifícios de espetáculo mais marcantes em nível mundial, e um dos símbolos da Austrália, localizada na cidade de Sydney.[1][2]

A construção, projetada por Jørn Utzon, começou em 1959 e está localizada sobre a Baía de Sydney. Apesar de o arquiteto ter abandonado o projeto em 1966, o edifício foi inaugurado em 20 de outubro de 1973.[3]

A Ópera de Sydney é a primeira atração turística da Austrália. Anualmente, os seus 8,2 milhões de visitantes geram um retorno de mais de 520 milhões de euros.

História

Construção da Ópera de Sydney em 1966

Utzon ganhou o concurso internacional de arquitetura para a Ópera de Sydney em 1957, aos 38 anos. Havia 232 candidatos e terá sido o arquitecto finlandês Eero Saarinen, que fazia parte do júri, a apoiar o seu projeto. Fez a obra com o engenheiro anglo-dinamarquês Ove Arup e o edifício demorou anos a ser construído (de 1956 a 1973). A polemica instalou-se e, em 1966, quando Jorn Utzon abandonou a direção da obra e a Austrália, para onde se tinha mudado com a sua família.

As razões deste afastamento terão sido as divergências que o arquitecto teve com o seu cliente por causa da acústica e da derrapagem no orçamento (em mais de mil por cento).

Quando o edifício da Ópera de Sydney ficou concluído em 1973, constituiu uma marca geográfica, na verdadeira acepção da palavra, que colocou a Oceania no mapa mundial. A Ópera de Sydney tem cerca de 1000 divisões, incluindo cinco teatros, cinco estúdios de ensaio, dois auditórios, quatro restaurantes, seis bares e numerosas lojas de recordações.[4]

Alguns pormenores da obra, nomeadamente no seu interior, não foram acabados segundo os seus planos. Utzon nunca chegou a visitar o edifício, mesmo depois de se ter reconciliado com a Fundação da Ópera de Sydney nos anos 1990 e mais tarde o seu filho Jan, também arquitecto, ter feito a renovação do interior do edifício, aproximando-o mais daquilo que o pai tinha projetado.

Renovação

A ópera ao entardecer em 2010.

Em 2017, o edifício da Ópera de Sydney foi alvo de obras de remodelação. Melhorar a acústica da sala principal e a operacionalidade de todo o complexo são os principais objetivos do plano, orçado em 140 milhões de euros, que deverá começar em 2017 e terminar em 2020. Os trabalhos serão planeados de forma a que a ópera nunca deixe de funcionar. A maior fatia do orçamento vai para a sala de concertos. A acústica será melhorada, com a instalação de um novo teto acústico e refletores para distribuir o som. Também o palco e os acessos serão alvo de intervenção, assim como a teia do teatro. Este espaço estará fechado durante 18 meses, a partir de meados de 2019 - passando os espetáculos para o Joan Sutherland Theatre, que também integra o complexo da Ópera.[5]

Caraterísticas

O maior auditório, conhecido como Concert Hall, tem capacidade para 2690 espectadores sentados.

Fica próxima da Ponte da Baía de Sydney, uma famosa ponte na cidade.

O interior da casa de ópera.

Referências

  1.  «Sydney Opera House 2011 Annual Report – Vision and Goals». Consultado em 25 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 24 de abril de 2013
  2.  «Sydney Opera House 08/09 Annual Report» (PDF). Consultado em 20 de junho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 5 de setembro de 2012
  3.  Duek-Cohen, Elias, Utzon and the Sydney Opera House, Morgan Publications, Sydney, 1967–1998.
  4.  «Sydney Opera House»Tom Fletcher. Consultado em 10 de fevereiro de 2008
  5.  «Ópera de Sydney não fecha para remodelação»

Ligações externas

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MASSACRE DE SÁBADO À NOITE - (1973) - 20 DE OUTUBRO DE 2020

 


Massacre de Sábado à Noite

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Archibald Cox (na foto) era procurador especial de Watergate até ser demitido por ordens de Richard Nixon, no que ficou conhecido como o "Massacre de Sábado à Noite".

Massacre de Sábado à Noite refere-se às ordens do Presidente dos Estados UnidosRichard Nixon, de demitir o promotor especial independente Archibald Cox, o que levou às renúncias do Procurador-GeralElliot Richardson, e do Vice-Procurador-Geral, William Ruckelshaus, em 20 de outubro de 1973, durante o escândalo de Watergate.[1][2]

Demissão

O Procurador-Geral Elliot Richardson nomeou Cox em maio de 1973, depois de prometer ao Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes que nomearia um promotor especial para investigar os eventos relacionados à invasão dos escritórios do Comitê Nacional Democrata no Watergate Hotel em Washington, D.C, em 17 de junho de 1972. A nomeação foi criada como uma posição de carreira reservada no departamento de Justiça, o que significa que foi feita sob a autoridade do Procurador-Geral, que só poderia remover o promotor especial "por justa causa", como, por exemplo, se existirem irregularidades graves ou malversação no cargo. Richardson, em suas audiências de confirmação perante o Senado, prometeu não usar sua autoridade para demitir o promotor especial de Watergate, a não ser "por justa causa."[3]

Quando Cox emitiu uma intimação a Nixon, pedindo cópias de conversas gravadas no Salão Oval, o presidente se recusou a cumprir. Na sexta-feira, dia 19 de outubro de 1973, Nixon ofereceu o que mais tarde se tornou conhecido como o Compromisso Stennis, em que pediu ao Senador John C. Stennis, um democrata do Estado de Mississippi, para ouvir as fitas e depois resumi-las a Cox. O procurador especial recusou o compromisso na mesma noite e acreditava-se que haveria um pequeno descanso na manobra legal enquanto os gabinetes do governo estavam fechados para o fim de semana.[3]

No entanto, no dia seguinte, um sábado, Nixon ordenou que o Procurador-Geral Richardson demitisse Cox. Richardson recusou e renunciou em protesto. Nixon ordenou então ao Vice-Procurador-Geral William Ruckelshaus que cumprisse a ordem contra Cox. Ruckelshaus também se recusou e renunciou.[3]

Nixon ordenou então que o Advogado-GeralRobert Bork, como chefe interino do departamento de Justiça, demitisse Cox. Richardson e Ruckelshaus deram garantias pessoais aos comitês de supervisão do Congresso que não interfeririam, mas Bork não o havia feito. Embora Bork mais tarde alegasse que acreditava que a ordem de Nixon era válida e apropriada, ele ainda considerou renunciar para evitar ser "percebido como um homem que fez a ordem do presidente para salvar meu trabalho."[4] No entanto, após ir a Casa Branca em uma limusine e ser empossado como Procurador-Geral em exercício, Bork escreveu a carta demitindo Cox – e o Massacre de Sábado à Noite estava completo.[5][6]

Reações

Página inicial do The New York Times, de 21 de outubro de 1973, anunciando a demissão de Cox e as renúncias de Richardson e Ruckleshaus.

Inicialmente, a Casa Branca afirmou ter demitido Ruckelshaus, mas um artigo publicado no dia seguinte pelo jornal The Washington Post indicou que "a carta do presidente a Bork também disse que Ruckelshaus renunciou."[2]

Na noite em que foi demitido, o Vice-Procurador de Archibald Cox e assessores de imprensa realizaram uma emocionada entrevista coletiva, em que argumentaram que a demissão não aconteceria em uma democracia.[7]

Em 14 de novembro de 1973, o juiz Gerhard Gesell decidiu que demitir Cox era ilegal na ausência de uma descoberta de impropriedade extraordinária conforme especificado no regulamento que estabeleceu o cargo de procurador especial.[5]

O Congresso ficou enfurecido com o que viu como um abuso grosseiro do poder presidencial, assim como muitos norte-americanos, que enviaram um número excepcionalmente grande de telegramas para a Casa Branca e o Congresso em protesto. Posteriormente, o jornal The Modesto Bee, da Califórnia, indicou que 71.000 telegramas foram enviados.[8][9]

Menos de uma semana após o Massacre de Sábado à Noite, uma pesquisa de Oliver Quayle para a NBC News mostrou que, pela primeira vez, uma pluralidade de cidadãos norte-americanos apoiavam o impeachment do Presidente Nixon, com 44% favoráveis, 43% contrários e 13% estavam indecisos, com uma margem de erro de 2 a 3%.[10]

Impacto e legado

Leon Jaworski (na foto) substituiu Cox como procurador especial.

Nixon foi obrigado a permitir que Bork nomeasse um novo promotor especial. Bork escolheu Leon Jaworski. Havia a dúvida sobre se Jaworski limitaria sua investigação a Watergate ou seguiria Cox e examinasse outras atividades corruptas, como as que envolviam os "encanadores da Casa Branca."[11] Continuando a investigação de Cox, Jaworski analisou amplamente o caso de corrupção envolvendo a Casa Branca.[12]

Enquanto Nixon continuava a se recusar a revelar as fitas, ele concordou em lançar as transcrições de um grande número delas. O presidente disse que o fez em parte porque qualquer áudio pertinente à segurança nacional teria que ser expurgado das fitas. Houve uma controvérsia maior em 7 de novembro, quando foi descoberto que uma parcela de uma fita foi apagada. A secretária pessoal de Nixon, Rose Mary Woods, alegou que apagou acidentalmente a fita. A posterior análise forense determinou que a fita tinha sido apagada em vários segmentos.[13]

Em retrospecto, o jornal brasileiro O Globo concluiu que a demissão "[...] não diminuiu a pressão sobre Nixon. Pelo contrário. Aumentou o interesse da população sobre o caso, e as suspeitas de que o presidente estava ciente de infrações cometidas por sua campanha na invasão do Comitê Nacional Democrata no Edifício Watergate — e que havia trabalhado diretamente para ocultá-las."[14]

O Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes não aprovou sua primeira denúncia passível de impeachment até 27 de julho de 1974, quando acusou Nixon de obstruir a justiça. Nixon renunciou menos de duas semanas depois, em 8 de agosto de 1974.[15][16]

Em suas memórias postumamente publicadas, Bork afirmou que Nixon, após aceitar demitir Cox, prometeu-lhe nomear para o próximo assento que ficasse vago na Suprema Corte. Nixon não conseguiu cumprir sua promessa. O Presidente Ronald Reagan nomeou Bork para a Suprema Corte em 1987, mas a indicação foi rejeitada pelo Senado com 58 votos contrários e 42 favoráveis.[17][18]

Ver também

Nota

Referências

  1.  «Ronald Ziegler reads a statement outlining events surrounding Nixon's 'Saturday Night Massacre'». Critical Past. 20 de outubro de 1973. Consultado em 18 de junho de 2017
  2. ↑ Ir para:a b Carroll Kilpatrick (21 de outubro de 1973). «Nixon Forces Firing of Cox; Richardson, Ruckelshaus Quit». The Washington Post. Consultado em 18 de junho de 2017
  3. ↑ Ir para:a b c «Watergate»Discovery Channel. Worldcat. 1994. Consultado em 18 de junho de 2017
  4.  Kenneth B. Nobile (2 de julho de 1987). «Bork Irked by Emphasis on His Role in Watergate». The New York Times. Consultado em 18 de junho de 2017
  5. ↑ Ir para:a b Kenneth B. Nobile (26 de julho de 1987). «New Views Emerge Of Bork's Role in Watergate Dismissals». The New York Times. Consultado em 18 de junho de 2017
  6.  «Richard Nixon fires Cox; Richardson Quits»Associated Press. The Vindicator. 21 de outubro de 1973. Consultado em 18 de junho de 2017
  7.  Lesley Oelsner (21 de outubro de 1973). «COX OFFICE SHUT ON NIXON'S ORDER». The New York Times. Consultado em 18 de junho de 2017
  8.  «Record Numbers Jam Western Union». The Modesto Bee. 22 de outubro de 1973. Consultado em 18 de junho de 2017
  9.  «Impeachment Mail Floods Congress». Gadsden Times. 24 de outubro de 1973. Consultado em 18 de junho de 2017
  10.  «Polls Shows Many for Impeachment»Associated Press. Spokane Daily Chronicle. 22 de outubro de 1973. Consultado em 18 de junho de 2017
  11.  Rowland Evans e Robert Novak (6 de novembro de 1973). «Nixon Hoping Jaworski Will Drop Plumber Probe». Pittsburgh Post-Gazette. Consultado em 18 de junho de 2017
  12.  Rowland Evans e Robert Novak (19 de novembro de 1973). «Jaworski: in Cox's footsteps». The Free Lance–Star. Consultado em 18 de junho de 2017
  13.  Adam Clymer (9 de maio de 2003). «National Archives Has Given Up on Filling the Nixon Tape Gap». The New York Times. Consultado em 18 de junho de 2017
  14.  «Richard Nixon demite Archibald Cox e chama atenção para caso Watergate»Associated Press. O Globo. 11 de maio de 2017. Consultado em 18 de junho de 2017
  15.  James M. Naughton (28 de julho de 1974). «A HISTORIC CHARGE». The New York Times. Consultado em 18 de junho de 2017
  16.  «Nixon resigns». The Washington Post. Consultado em 18 de junho de 2017
  17.  «Bork: Nixon Offered Next High Court Vacancy in '73»ABC News. Yahoo! News. 25 de fevereiro de 2013. Consultado em 18 de junho de 2017
  18.  «Bork loses by 58-42 Senate vote»Associated Press. Eugene Register-Guard. 24 de outubro de 1987. Consultado em 18 de junho de 2017

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