OUTRAS NOTÍCIAS Cá dentro Num embate inédito,
António Costa debateu com Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, durante vários minutos
em direto na televisão. O tema, claro está, foi a recuperação do tempo de congelamento das carreiras. No final, saíram como chegaram: sem se entenderem. Sobre professores e educação, o
Jornal de Negócios escreve na edição de hoje que os
salários dos professores são dos mais que mais rapidamente crescem na OCDE e que duplicam ao longo da carreira. O mesmo relatório
Education at a Glance da OCDE faz manchete na edição de hoje do
Corrreio da Manhã que refere que os professores são
quem mais ganha entre os trabalhadores licenciados. E, já que estamos a falar de escolas e porque é altura de regresso às aulas, saiba
o que vai mudar no novo ano letivo que hoje começa oficialmente. E também, se tiver tempo, dê uma saltada ao artigo que o
Expresso (link para assinantes) publicou no sábado sobre o debate da
idade adequada de entrada na escola primária.
Até agora, segundo o Público de hoje, as
misericórdias apenas entraram com 90 mil euros no capital da Caixa Económica Montepio Geral. Para quem não está recordado, a ideia inicial rondava 200 milhões de euros – com destaque para a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa – e foi depois perdendo gás até se tornar numa participação simbólica no capital do banco.
Já o
Novo Banco, avança o
Negócios, vai colocar à venda de uma carteira de 9000 imóveis por um valor que começa em 700 milhões de euros.
A juíza
Fátima Galante foi
suspensa por 120 dias pelo Conselho Superior de Magistratura por causa do envolvimento no caso Lex onde é também arguido o juiz Rui Rangel.
A
TAP continua na ordem do dia, com troca de argumentos entre a companhia, o governo regional e o governo por causa dos ventos na Madeira. Sábado passado, em entrevista ao
Expresso (link para assinantes),
Antonoaldo Neves garantia que a discussão sobre os ventos da Madeira e as limitações a aterragens e descolagens são técnicas e não políticas.
Miguel Albuquerque não gostou e
reagiu logosegunda feira. Ontem, foi a vez do governo que
preferiu ficar à margem. Já agora, se puder, espreite os vídeos (
aqui,
aqui,
aqui e
aqui) da entrevista.
A
Confederação da Indústria Portuguesa(CIP)
apresentou ontem 50 medidas para o
Orçamento do Estado de 2019. As propostas passam, entre outras coisas, por menos impostos, horários mais flexíveis e apoios ao financiamento das empresas.
Benfica, Braga e Paços de Ferreira foram
punidos com um jogo à porta fechada por causa de desacatos nas bancadas.
Em Lisboa, a autarquia
prepara medidas excecionais, como a entrada de mais funcionários, para lidar com o
excesso de lixo nas ruas. Os dois incêndios que deflagraram ontem à tarde em
Santarém, que levaram ao corte da auto-estrada A15, foram controlados e
há três bombeiros feridos.
Manchetes dos jornais: ”Misericórdias ainda só puseram 90 mil euros no Montepio” (
Público); “Todos os dias há cinco queixas de crimes sexuais contra professores”(
JN); “Professores com salário acima da média” (
Correio da Manhã); “Carrilho ataca Manuel Salgado”(
i); “Novo Banco inicia venda de 700 milhões em imóveis” (
Jornal de Negócios); “Inferno na Luz”(
Record); “Torres Pereira conta tudo”(
A Bola); “Adeptos debaixo de fogo”(
Jogo)
Lá fora Atenção, atenção:
Nouriel Roubini, o famoso Dr. Doom, anunciou ontem que a próxima crise financeira pode acontecer já em 2020. Fê-lo num artigo publicado no
Financial Times, em co-autoria com Brunello Rosa, onde avisa que é dentro de dois anos que irão materializar vários riscos que pairam sobre a economia mundial. Roubini é conhecido por ter sido um dos economistas que antecipou a crise financeira. O artigo de Roubini foi publicado a propósito dos
10 anos do estouro do Lehman Brothersque se cumpre no próximo sábado. A este propósito, o Expresso tem publicado desde Julho uma série de trabalhos semanais (links para assinantes) sobre esta década de crise sobre temas como a recomposição geopolítica e a
ascensão da China; a
evolução histórica da economia portuguesa ou os
problemas da bancae do setor financeiro.
Terminou a carreira do
motociclista italiano Romano Fenati de Moto 2 que ficou
sem licença de competição depois de ter travado um adversário numa prova a 200 quilómetros/hora.
Já todos lemos, vimos e ouvimos centenas de histórias sobre os
atentados de 11 de Setembro de 2001. Mas há sempre alguma coisa que vale a pena ler mais. Como o testemunho
de Joe Quinn, veterano de guerra, no
New York Times de ontem. Um artigo onde contava a sua experiencia pessoal, que passou por duas comissões no Iraque e uma no Afeganistão, onde tentava vingar a morte do irmão de 23 anos que no dia 11 de Setembro estava no 102º andar da torre norte do World Trade Center.
E nada como regressar à entrevista que
Donald Trump, na época uma figura relevante de Nova Iorque, deu ao telefone à televisão WWOR e onde, entre outras coisas,
refere que o seu edifício passou a ser o mais alto da cidade. O episódio passou relativamente despercebido naquele dia e foi agora recuperado pelo
Washington Post. E fala também do que teria feito se fosse presidente dos EUA.
O
Expresso compilou
17 números marcantes sobre aquele dia que ajudam a enquadrar e a relembrar a dimensão da tragédia.
Ontem foi lançado o
novo de livro de Bob Woodward que provocou compridas filas e longas esperas em muitas livrarias americanas.
“Fear: Trump in the White House” é mais uma obra a revelar o interior da Casa Branca de Trump que mostra, entre outras coisas, a forma como o presidente decide de forma errática e como a administração acaba por bloquear muitas vezes as opções mais periogosas do presidente. Não é o primeiro livro sobre o tema mas é o primeiro de Woodward e isso faz toda a diferença, por mais que Trump tente descredibilizar a obra. (Da parte que me toca, aguardo com ansiedade que me chegue uma cópia às mãos.)
Ainda nos EUA, prepara-se a
chegada do furacão Florence que deverá atingir a costa americana amanhã à noite e que motivou já inúmeras medidas de segurança, entre as quais a evacuação de 1,5 milhões de pessoas. Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virginia deverão ser
os estados mais afetados.
Mark Carney, o canadiano que preside ao Banco de Inglaterra desde 2013,
estendeu o mandato até Janeiro de 2020 para dar maior estabilidade à economia durante o Brexit. O mandato terminava oficialmente em junho de 2019.
Em Espanha, há mais um caso de políticos com currículos mais ou menos maquilhados. A
ministra da Saúde Carmen Montóndemitiu-se por alegadas irregularidades na obtenção de um mestrado no Instituto de Direito Público da Universidad Rey Juan Carlos (URJC)
Na
Alemanha, claro está, celebra-se o facto de
a dívida publica estar em vias de voltar a baixar a fasquia dos 60% do PIB já este ano ou, o mais tardar, em 2019. Sim, porque a austeridade germânica e as apertadas regras orçamentais europeias não impediram que o endividamento do estado alemão estivesse acima da linha vermelha de Maastricht desde 2002.
O
Parlamento Europeu decide hoje se vai solicitar ao Conselho Europeu o início de um
procedimento contra a Hungria pela violação dos valores europeus com base num relatório da comissão de Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos. Num discurso em Bruxelas, o primeiro-ministro húngaro,
Viktor Orban, diz que não cederá a “chantagem”.
No futebol, a vice-campeã mundial
Croácia perdeu 6-0 em Espanha num jogo a contar para a Liga das Nações. Ainda no desporto-rei, ficou ontem a saber-se que a UEFA se prepara para voltar a ter uma terceira competição europeia que se
juntará à Liga dos Campeões e à Liga Europa.FRASES “As pessoas depositaram neste Governo grandes expectativas... não é justo”,
Mário Nogueira, secretário geral da Fenprof
“Não somos só o Governo dos professores. Somos das forças armadas, dos portugueses em geral...”,
António Costa, Primeiro-ministro, em resposta a Mário Nogueira
O QUE ANDO A LER “Conspiração contra a América” de Phillip Roth é um livro que se lê bem em qualquer altura. Não é novo, saiu em 2004, e encontrei-o por acaso em tempo de férias. Mas o tema, sendo antigo, é tão moderno que até assusta. É uma distopia vivida na América dos tempos da 2ªa Guerra Mundial em que a Casa Branca é tomada pelo
herói da aviação Charles Lindbergh, um simpatizante nazi, que mantém os EUA fora do conflito mas alimenta um clima anti-semita. Um clima que hostiliza grande parte da comunidade judaica americana, onde se inclui a família Roth através da qual (e do seu famoso filho Phillip desaparecido há pouco tempo) a história é contada.
Não será, porventura, a maior e melhor obra do eterno nobelizável americano mas é um livro que vale a pena ler numa altura em que muitos receiam pela saúde da democracia dos EUA. Não há um partido nazi a liderar a Alemanha nem um alemão de bigode a querer conquistar a Europa e o Mundo. Mas há um presidente com
ligações muito suspeitas à Rússia e a Putin com uma visão muito particular sobre muitas das liberdades fundamentais. Só não é um
herói da aviação.
Continue por aqui connosco que vamos continuar a trazer-lhe tudo que se passa no mundo em tempo real no
Expresso Online. E às 18 horas, como sempre, terá servido o seu
Expresso Diário com os principais temas do dia. Tenha uma excelente quarta-feira.