9. Lobisomens
Os “Lobisomens” eram um grupo de cerca de 5.000 voluntários selecionados
entre os membros mais promissores da Juventude Hitlerista e da
Waffen-SS. Eles foram treinados em sabotagem e matança silenciosa, e
deixados em territórios tomados do controle nazista pelos Aliados.
Embora existam alguns relatos esporádicos dos Lobisomens como um grupo
eficaz, eles tinham, em sua maior parte, muitos dos mesmos problemas que
afligiam os exércitos nazistas principais no final da guerra.
Na primavera de 1945, houve uma onda de assassinatos de funcionários
civis e prefeitos nomeados por Aliados em cidades uma vez detidas por
forças alemãs. O mais famoso foi o assassinato de Franz Oppenhoff, de
Aachen. Oficialmente chamada de Operação Carnaval, os assassinos se
disfarçaram de pilotos alemães abatidos para chegar perto o suficiente
do prefeito de Aachen para matá-lo.
8. Os mercenários de Cálipo de Siracusa
Cálipo e Dião eram ambos estudantes de Platão (foto). Segundo a
história, eles voltaram para Siracusa como camaradas. Cálipo não tinha
boas intenções, no entanto, e não muito tempo depois que eles voltaram,
começou a planejar o assassinato de Dião. Os rumores de uma trama
circularam, mas foram ignorados.
Durante a festa de Deméter e Chore, assassinos do grupo de
mercenários de Cálipo entraram nas câmaras de Dião e o mataram conforme
seus próprios guardas fingiram que não viam nada. Cálipo, o tirano,
tomou o poder, mas seu domínio sobre Siracusa durou apenas 13 meses
antes de ele ser expulso, junto com seus assassinos mercenários, da
cidade. Despojado de sua posição e poder, Cálipo marchou por toda a
Itália e assumiu o controle do Régio. Quando maltratou seus assassinos,
porém, acabou morto com a mesma espada que tirou a vida de Dião.
7. Sociedade Assassina de Sarasota
Fundada em 1884 como um clube político, o “Sara Sota Vigilance
Committee” (algo como “Comitê de Vigilância de Sara Sota”) foi
rebatizado como Sociedade Assassina de Sarasota pelo jornal New York
Times. Até então, nove dos 22 membros do comitê estavam em julgamento
por dois assassinatos.
O comitê era marcado pelo desejo de separação entre o Norte e o Sul
dos EUA. Com tantos nortistas resolvendo aproveitar as oportunidades de
negócios no Sul, a finalidade oficial do grupo tornou-se livrar o Norte
daquelas “pessoas desagradáveis”. Não está claro quantas dessas pessoas
desagradáveis foram mortas, mas o assassinato de um agente postal
chamado Charles Abbe fez com que o comitê virasse manchete nacional. O
corpo de Abbe foi despejado no Golfo do México e nunca foi recuperado, e
as penas de prisão entregues aos membros da sociedade foram suficientes
para levar a organização à ruína.
6. A Mão Negra
Quando dez homens da Sérvia formaram A Mão Negra, em 1911, fizeram-no
com um objetivo simples: usar violência e atividades terroristas para
criar uma Sérvia unificada. Eles enviaram assassinos para matar o
imperador Franz Josef e o governador da Bósnia-Herzegovina, o general
Oskar Potiorek. Ambas as tentativas falharam, mas a associação
continuou.
Em 1914, um homem em particular foi alvejado: o arquiduque Franz
Ferdinand. Três assassinos da Mão Negra acompanharam o comboio do
arquiduque para garantir sua morte. Gavrilo Princip teve sucesso onde
Trifko Grabež e Nedeljko Cabrinovic falharam. Todos os três tinham sido
introduzidos ao grupo através do recrutamento em cafés de Belgrado.
5. Sicários
Os sicários eram assassinos judeus nomeados em homenagem a sua arma de
escolha, uma adaga curva chamada sica. Eles receberam esse apelido do
antigo historiador grego Josefo, que escreveu sobre o método preferido
de matar do grupo.
Apesar de serem conhecidos por assassinatos em massa, os sicários são
mais comumente associados com suas táticas simples e ousadas: esconder
suas armas em suas roupas e perseguir seus alvos em locais públicos
bastante inconvenientes.
Os sicários tinham o objetivo de incitar uma rebelião contra Roma.
Uma revolta de fato aconteceu em Jerusalém em 65 aC, mas foi mal
sucedida e iniciou a queda do grupo. Eles fizeram um último ataque
registrado à antiga fortaleza de Massada. Eventualmente, o termo
“sicário” foi ampliado para se referir a assassinos de aluguel, qualquer
tipo de terroristas e homicidas voluntários ou involuntários.
4. Harmódio e Aristogíton, os tiranicidas originais
De acordo com Cícero, o assassinato de um líder político é por vezes
justificado, se esse ato atende a determinados critérios. Por exemplo,
se o líder cometeu atrocidades contra seu povo e contra o bem comum, se
sua morte vai avançar o bem comum, e se o ato é um último recurso.
Aqueles que cometem o assassinato são tiranicidas.
Os tiranicidas originais foram Harmódio e Aristogíton, dois amantes
que assassinaram Hiparco, irmão do tirano ateniense Hípias. Eles queriam
matar ambos, mas não conseguiram. De qualquer forma, suas ações foram
glorificadas pela história, e sua motivação foi elevada a um ideal
ateniense.
Depois de seu martírio, os cidadãos atenienses juraram assassinar
qualquer tirano futuro, e os tiranicidas eram recompensados por sua
coragem: tinham isenções fiscais, refeições gratuitas e assentos de
primeira fila no teatro.
3. Murder, Inc.
Murder, Inc. era uma filial do Sindicato Nacional do Crime (National
Crime Syndicate, no original em inglês), uma confederação de várias
organizações criminosas dos EUA, responsável por 400 a 1.000
assassinatos durante os anos 1930 e 1940. Sua sede era a loja de doces
Midnight Rose, uma loja 24 horas do Brooklyn. Lá, os assassinos
esperavam o telefone tocar com detalhes sobre o próximo ataque.
A maioria das mortes aconteceram ao longo da Costa Leste, e a arma de
escolha era um picador de gelo. Os alvos eram geralmente gângsteres que
geravam problemas a organização ou cidadãos comuns que tiveram a
infelicidade de testemunhar um crime.
Murder, Inc. era dirigido por Louis “Lepke” Buchalter, que morreu na
cadeira elétrica em 1944. Originalmente, sua prisão veio com uma
sentença de 14 anos por tráfico de drogas, e sua execução aconteceu em
meio a teorias da conspiração sobre quem ele tinha matado e a quem
estava realmente conectado.
2. Nokmim
Diferentes termos são usados para se referir aos assassinos judeus que
se dedicaram a matar criminosos de guerra nazistas que saíram impunes.
Alguns chamam o grupo de “Nokmim”, palavra hebraica para “Vingadores”.
O grupo era secreto, e os poucos testemunhos de ex-membros contam
histórias diferentes e não dão estimativas reais de quantos nazistas
foram caçados e mortos pela organização. Um repórter da BBC que escreveu
extensivamente sobre o Nokmim relatou desde atropelamentos até o caso
de um ex-oficial da Gestapo que estava no hospital para uma pequena
operação, quando morreu por ter querosene injetada em seu sangue.
Ninguém sabe dizer por quanto tempo os Nokmim ficaram ativos, mas é
provável que tenham operado bastante na década de 1950. Seu alcance foi
mundial e incluiu não apenas assassinatos individuais, mas operações
maciças destinadas a eliminar dezenas de homens.
1. Os assassinos de Hassan-is-Sabbah
Quando Hassan-is-Sabbah morreu em 1124, ele deixou para trás uma seita
de crentes na fortaleza Alamut, os Assassinos. O grupo durou pelo
próximo século e meio, até ser aniquilado pelos mongóis em 1256.
Um filósofo e pregador também conhecido como O Velho da Montanha,
Hassan ensinou que não havia nada honroso sobre líderes que viviam uma
vida de luxo, enquanto seu povo passava fome.
Seus seguidores mais dedicados eram treinados para matar chefes de
Estado e militares corruptos e poderosos. O primeiro assassinato
registrado foi em 1092, e a organização passou em seguida a eliminar
qualquer pessoa que via como injusta, incluindo aqueles que lutaram nas
Cruzadas. Tiveram sucesso por muito tempo em assassinar qualquer um que
se opusesse a eles. [
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