segunda-feira, 24 de novembro de 2014

NOTÍCIAS - SÓCRATES EM PRISÃO PREVENTIVA - 24 de Novembro de 2014

MSN  -  "JN"

Sócrates em prisão preventiva

Jornal de Notícias
José Sócrates ficou em prisão preventiva, anunciou esta segunda-feira à noite o advogado do ex primeiro-ministro João Araújo.
As medidas de coação serão conhecidas ainda esta segunda-feira, de acordo com o advogado.
Em relação à medida aplicada a José Sócrates, João Araújo já anunciou a intenção de recorrer e considerou-a "injusta".
José Sócrates esteve a ser ouvido, durante a manhã, no Tribunal Central de Investigação Criminal, conhecido por "ticão", em Lisboa, pelo juiz Carlos Alexandre.
Além do ex-chefe de Governo, foram ainda detidos no âmbito da investigação o amigo e antigo administrador do grupo Lena de construção Carlos Santos Silva, o motorista do ex-governante João Perna e o advogado Gonçalo Trindade Ferreira.
José Sócrates foi detido na sexta-feira à noite© Paulo Carriço/LUSA José Sócrates foi detido na sexta-feira à noite
O ex-primeiro-ministro José Sócrates, detido desde sexta-feira por suspeita de crimes corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, começou a ser ouvido novamente em interrogatório cerca das 10 horas desta segunda-feira.
José Sócrates saiu da esquadra de Moscavide da PSP, em Lisboa, às 8.40 horas e escassos minutos depois entrou no "Campus da Justiça", em Lisboa, por uma porta lateral, longe das câmaras, objetivas e microfones dos jornalistas.
A PSP iludiu os jornalistas, ao montar um cordão de segurança à entrada principal da garagem do "Campus da Justiça", mas a viatura que transportou o ex-primeiro-ministro entrou por uma porta lateral, sem ser visto pela Comunicação Social.
________________________________________________________
ANTÓNIO FONSECA

NOTÍCIAS .- OBSERVADOR - MACROSCÓPIO - 23 de Novembro de 2014

Observador (newsletters@observador.pt)
 
 
19:42
 
 Grupos, Newsletters
Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

Macroscópio

Por José Manuel Fernandes, Publisher
Boa noite!

 
O país que não estava acordado na madrugada de sexta para sábado acordou estremunhado na manhã de sábado ao aperceber-se que, horas antes, o anterior primeiro-ministro José Sócrates fora detido para interrogatório judicial. Não é possível neste espaço recapitular todo o abundante notíciário do fim de semana, mas é possível sugerir um bom ponto da situação informativo: O que já se sabe (e falta saber) do caso Sócrates, aqui no Observador.
 
Munidos da informação essencial, passemos aos muitos textos de análise e comentário – o que obriga a um Macroscópio um pouco mais longo do que o habitual. Um primeiro grupo, escrito muito a quente, nas horas imediatas ao momento em que a notícia foi conhecida, põe o ênfase na esperança de que a Justiça esteja a actuar com segurança. Foi o que defendeu Henrique Monteiro, no Expresso, que escreveu ser este caso “um enorme desafio à Justiça. Um erro cometido com Sócrates não é igual a um erro cometido com um cidadão qualquer. Tendo sido primeiro-ministro, a sua detenção é a esta hora notícia em quase todos os jornais internacionais e o seu processo vai ser seguido com atenção redobrada.
 
Numa coluna ao lado, Henrique Raposo seguia uma via semelhante: “uma sociedade deve atacar a jugular dos poderosos, mas convém que a dentada inicial seja logo a dentada fatal. Ou seja, prender alguém implica ter um caso sólido, bem construído e demonstrável. Problema? A nossa justiça abusa da apresentação de casos que não colam em tribunal. A polícia e o ministério público têm revelado uma incapacidade crónica para morder a sério”.

Eu próprio, também na mesma manhã de sábado, disse esperar poder confiar na Justiça. Mas fui um pouco mais longe, reagindo já a alguns dos comentários que tinham sido feitos na noite das televisões e já estavam a inundar as redes sociais. Foi nesse quadro que defendi a ideia de que “a Justiça não se redime nem merece ser condenada só porque deteve José Sócrates para interrogatório. E o regime também não está em causa só porque existe este caso e estas suspeitas”.
 
De facto muitos dos primeiros comentários que foram emitidos a seguir à detenção não referiam o que era conhecido sobre a vida de José Sócrates – “um dos mistérios que ensombrou a nossa vida política recente foi a evidente desproporção entre o estilo de vida de José Sócrates e os rendimentos conhecidos de um deputado, secretário de Estado, ministro, mesmo primeiro-ministro”, escrevi nessa minha coluna – antes se centraram quase exclusivamente nas circunstâncias da detenção, na sua mediatização e no facto de podermos estar a assistir a violações do segredo de justiça. Um dos textos que mais desenvolve essa linha de argumentação é o de Clara Ferreira Alves no Expreso, A Justiça a que temos direito. Nesse texto defende a ideia de que “o processo foi grosseiramente violado” e que já se praticou o “linchamento público”. Criticou os jornalistas do Sol e do Correio da Manhã e concluiu sobre o processo que “ou ele é perfeito, repito, ou é a Justiça que se afundará definitivamente no justicialismo. Na vingança. No abuso de poder. Na proteção própria.” Os comentários nas rádios e televisões de Pedro Adão e Silva e do seu habitual eco do programa Bloco Central seguiram também esta linha de argumentação.
 
Outro expoente destas preocupações foi António Marinho, que apesar de muito falar contra a corrupção achou, desta vez, mais importante criticar os juízes. Eis um pouco do que escreveu no Correio da Manhã: “A raiva com que alguns dirigentes sindicais dos juízes e dos procuradores se referiam ao primeiro-ministro José Sócrates evidenciava uma coisa: a de que, se um dia, ele caísse nas malhas da justiça iria pagar caro as suas audácias. Por isso, tenho muitas dúvidas de que o antigo primeiro-ministro esteja a ser alvo de um tratamento proporcional e adequado aos fins constitucionais da justiça num estado civilizado.”
 
Uma entrevista a Nuno Garoupa, publicada também pelo Expresso, olhava para as circunstâncias da prisão de forma diferente. Primeiro referia que “há uma nova geração de magistrados muito mais sensível à opinião pública”, mas não era isso que fazia deste caso um caso mediático: “Nós é que vivemos num mundo mediático. Em Portugal como em qualquer parte do mundo. Temos sido testemunhas de imensos circos mediáticos semelhantes em Espanha, França e Itália, sem que os comentadores do costume se queixem”. Por fim defendeu a ideia de que existir já um julgamento pela opinião pública não é negativo:
A opinião pública pode e deve fazer um julgamento político, independentemente do julgamento legal e judicial. A política e a justiça não são a mesma coisa. Assim como a justiça deve fazer o seu julgamento sem interferência da política, a política – o governo da polis – deve fazer o seu julgamento. O maior disparate que existiu em Portugal nos últimos anos, e não o ouvi nem em Espanha nem em Itália, é tentar que o julgamento político siga ou esteja sujeito aos mesmos critérios do julgamento penal. (…) A presunção de inocência e o 'in dubio pro reo' são princípios jurídicos, não são, não devem ser e não podem ser princípios políticos. 
 
O director do jornal I, Luis Rosa, foi mais directo nas suas críticas a alguns comentadores. Eis o que ele escreveu na edição de hoje: “O mais extraordinário em toda a argumentação utilizada por boa parte dos comentadores de esquerda é a transformação da detenção de José Sócrates numa violação do Estado de Direito. "Se este exagero judicial acontece com um ex-primeiro-ministro, imagine-se o que pode fazer um juiz ao cidadão comum!". Esta extraordinária inversão das prioridades (como se o juiz ou o procurador fosse mais perigoso que o arguido) pretende, não tenhamos dúvidas, desvalorizar e descredibilizar os indícios que foram recolhidos contra Sócrates.”
 
Já o director do Diário de Notícias, num texto intitulado “Dos escombros”, opta por um tom mais prudente, quase a meio caminho: “Quando acontece lá fora, lamentamos não suceder aqui. Quando acontece, ficamos assustados, desorientados, nalguns casos céticos, embora a dúvida seja sempre uma boa conselheira até à palavra final.
 
Um outro tema em torno do qual rodaram muitas discussões foi o de saber até que ponto o regime pode estar em causa com este processo. Essa foi uma das preocupações de Rui Ramos aqui no Observador, mas uma preocupação que não se centrou no comportamento da Justiça neste caso, antes vem detrás e remete para questões mais substantivas: “O regime sobreviveu a tudo até agora, do BPN à Face Oculta. Mas ninguém sabe ao certo, num copo quase a transbordar, qual vai ser a gota de água a mais.” E explica o porquê dos seus receios:
Não é possível excluir um ajustamento do poder político. Os últimos casos judiciais, com as doses certas de histeria político-mediática, podem servir para muita coisa. Por exemplo, para atear finalmente um surto de populismo contra os partidos e as ideologias tradicionais. O que falta? Que mais gente na classe política sinta que está na altura de apear-se deste comboio e tentar apanhar o próximo. Nesse momento, por pânico ou por oportunismo, os mais inesperados rearranjos poderão tornar-se possíveis.
 
Helena Garrido vê, no Jornal de Negócios, “Um regime em colapso e a renascer”. Mas pede para não se recear a mudança: “A consciência do abalo a que estamos e vamos estar sujeitos não nos deve meter medo. Nem a nós, cidadãos comuns, nem à justiça, nem às lideranças. Não se pode criticar a justiça porque não funciona e, ao mesmo tempo, porque funciona. Se há justiça para fazer, que se faça justiça, sem medo nem enviesamentos. Justiça pura, cega.”
 
João Pereira Coutinho, no Correio da Manhã, também se distancia dos alarmismos: “O regime está a apodrecer e Salazar não tarda? Uma pergunta destas só faz sentido num país onde a justiça era tradicionalmente incompetente para lidar com suspeitas graves sobre políticos e outras figuras maiores. Não quando a separação de poderes funciona – e a justiça também.”
 
De resto há mesmo quem esteja entusiasmado, como Camilo Lourenço, no Jornal de Negócios: “É hora de mandar os políticos dos últimos 40 anos para casa (please "Saiam da Frente!") e dar lugar a uma nova forma de fazer política. Que passa, inevitavelmente, pela emergência das novas gerações. Se tivermos a coragem de fazer essa "revolução", Portugal será um país completamente diferente daqui a 15 anos. Vamos a isso?“
 
Passemos agora a um terceiro conjunto de textos, estes mais centrados na figura de José Sócrates. Nalguns casos percebe-se que os seus autores sentem chegado o momento de recordarem como nunca desistiram de investigar Sócrates, ou de confontrá-lo valentemente com as suas políticas. É o que faz Octávio Ribeiro no Correio da Manhã, elogiando a sua equipa, “um punhado de jornalistas competentes, persistentes, rigorosos e corajosos, manteve hasteada a bandeira da luta pela igualdade perante a lei, pela transparência, por uma democracia mais saudável, em suma, pela Liberdade de Imprensa. Foram anos de chumbo em que só a verdade dos factos nos valia.” No Sol, outro jornal que também publicou muitos textos de investigação, o director, José António Saraiva, num texto intitulado “O Vale e Azevedo da política”, recorda as suas experiências pessoais com Sócrates e os vários casos em que se viu envolvido, para defender que “por estas e por outras, foi-se percebendo que José Sócrates, tal como não distinguia entre a verdade e a mentira, não destrinçava entre o bem e o mal, podendo envolver-se nas maiores trapalhices.”
 
No Expresso, José Gomes Ferreira, depois de recordar como confrontou o antigo governante com algumas das suas políticas, acaba a considerar que “o tempo, esse grande clarificador, faz sempre o seu trabalho”. E que só se “surpreende quem não quis ver os sinais”.

Aqui no Observador João Marques de Almeida foi direito ao assunto: “Um dia, paga-se a factura. Sei que todos hoje dizem que até prova em contrário Sócrates é inocente. Formalmente, é verdade. Mas para mim Sócrates é culpado de muita coisa e de coisas muito graves”. 
 
Helena Matos também olhou para o legado do antigo primeiro-ministro, e fê-lo de uma forma desafiadora: “A culpa não é de Sócrates. É nossa”. Porquê? Porque convivemos e tolerámos muitas coisas que não deviam ser tolerados. Recuando a um passado não muito distante, dá os seguintes exemplos:
Sentados em estúdios de televisão, rádio, nos jornais, blogues… todos os dias dirigentes socialistas e seus compagnons de route repetiam que tendo sido encerrados os processos e investigações só por má-fé se poderia questionar a licenciatura domingueira de Sócrates, a novela das suas duas fichas na Assembleia da República, os projectos para as casas da Covilhã, a nomeação para o Eurojust do procurador sobre o qual recaíra a suspeita de ter transmitido informações processuais a Fátima Felgueiras, o Freeport, a Cova da Beira…
 
Haveria porventura mais textos relevantes a citar, mas esta foi a minha escolha. Mesmo assim, antes de acabar, gostava de referir mais dois textos, ambos com o se quê de surpreendentes e ambos publicados no Diário de Notícias (e, por isso, sem links para o texto completo). O primeiro saiu na sexta-feira, antes da detenção, foi escrito por Fernanda Câncio e começava assim: “Há uma revolução em curso na justiça portuguesa: vai tudo preso. Que é lá isso de fortes indícios e provas inquestionáveis, que é lá isso do in dubio pro reo…” O outro saiu hoje, era assinado por Sérgio Figueirdo, actual presidente da Fundação EDP e futuro director da TVI, e intitulava-se simplesmente “Gosto de Sócrates”.
 
São talvez leituras a mais só para uma noite, mas deixo aos leitores do Macroscópio a selecção. Desejo-vos bom descanso.
 
 
Mais pessoas vão gostar da Macroscópio. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2014 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»

ANTÓNIO FONSECA

MSN - Jornal "I" - 24 de Novembro de 2014

Eleições 2015. Com a detenção de Sócrates voltou tudo à estaca zero

Jornal i
© Fornecido por Jornal i
Pela lógica política, o PS iria ganhar as próximas eleições. Quatro anos de exaustão, de cortes de rendimentos, desemprego e arrogância da coligação PSD-CDS deveriam levar o PS tranquilamente ao poder, pela ordem natural da coisa política. Havia um problema no PS que se revelou na vitória mínima nas eleições europeias e foi resolvido: António José Seguro, cuja falta de eficácia na oposição ao governo era notória, tinha sido substituído na liderança. António Costa, um dos políticos mais experientes e carismáticos do PS, galvanizara militantes e simpatizantes e tinha sido alcandorado a candidato a primeiro-ministro ou mesmo, entre alguns sectores reflectidos nas sondagens, a salvador da pátria.De repente, tudo mudou. Há já algum tempo que Passos Coelho tinha abjurado o seu anterior mantra “que se lixem as eleições” e iniciado a subida da montanha. Ao contrário da lógica, Passos tinha-se convencido e tinha tomado em mãos a tarefa de convencer os sociais-democratas de que era possível ganhar as eleições ou perdê-las com o mínimo de danos possível.Com a eleição de António Costa, a coligação governamental arranjou um argumento novo que não podia utilizar com Seguro: Sócrates, a herança Sócrates, o governo Sócrates que, três anos depois, se mantém com baixa popularidade junto da opinião pública. Com a eleição de Costa nas primárias do PS regressaram à primeira linha do combate político muitos socialistas que tiveram grandes responsabilidades no consulado de Sócrates e que Seguro tinha afastado. No congresso da próxima semana, esse regresso deveria ficar expresso na eleição para os órgãos nacionais do partido.Se o amor a Sócrates é evidente em alguns sectores socialistas, o ódio a Sócrates atravessa amplamente a opinião pública e essa evidência está expressa nas sondagens. Conhecedor deste dado, António Costa não quis a presença de José Sócrates na campanha interna. Mais: procurou distanciar-se do antigo primeiro-ministro socialista nas matérias mais “hardcore” –  da forma como lidou com os professores e as obras públicas até ao facto de ter estado no centro do processo Face Oculta, um processo morto à nascença pelo procurador-geral da República da altura, Pinto Monteiro, e pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça Noronha do Nascimento. Costa fez questão de dizer aos portugueses, no meio da campanha interna, num debate da Quadratura do Círculo: “Não podemos confundir é o alinhamento estratégico [do Estado] com a promiscuidade de interesses. Isso é que é inaceitável. E é inaceitável quer a motivação por parte de um governo para determinado grupo económico comprar ou vender aquele órgão de comunicação social, para determinar a sua linha editorial como é gravíssima a situação existente, e duradouramente existente, do domínio, por exemplo, da imprensa económica pelos grupos económicos”. Pacheco Pereira interrompeu Costa, dizendo: “Está a falar do engenheiro Sócrates, foi o que ele tentou fazer.” E Costa não pestanejou.Agora, ficou tudo muito mais difícil para o PS. Já não se trata de conseguir distanciar politicamente o novo PS da figura de Sócrates: o problema é que já não está em causa o governante polémico e o ex-primeiro-ministro sobre o qual impendiam suspeitas de ordem variada. Agora existe um fantasma da nova direcção socialista que sairá hoje do campus de Justiça com uma medida de coacção que pode ser a prisão preventiva.Se António Costa conseguiu, até ontem, afastar do discurso oficial do PS o caso, a realidade é que será difícil impedir os dirigentes mais próximos de Sócrates e muitos comentadores próximos do PS de reeditarem a teoria da cabala. Dez anos depois do processo Casa Pia, Costa sabe que qualquer discurso que envolva os socialistas a “marimbarem-se” para a separação de poderes será mortal para as aspirações eleitorais do PS. Mas não vai conseguir controlar todos os que não têm a frieza de raciocínio do secretário-geral.O PSD e o CDS obtiveram aqui uma benesse eleitoral inesperada. Se a estratégia de associar Costa a Sócrates já estava em curso, a coisa passou agora a antibiótico de largo espectro. Não foi inocentemente que ontem Passos Coelho proclamou numa sessão partidária que “os políticos não são todos iguais”.A verdade é que o Bloco de Esquerda confirmou ontem estar em frangalhos, o PCP aumenta ligeiramente dentro dos seus limites, o partido Livre é uma incógnita e até agora tem apenas como programa aliar-se ao PS. Existe Marinho e Pinto e uma coligação que depois da tempestade sonha com alguns indicadores económicos de bonança em 2015 e sonha agora mais do que nunca que nem tudo está perdido.
_______________________________
ANTÓNIO FONSECA

domingo, 23 de novembro de 2014

'O padre é só um, Roberto e mais nenhum', gritou-se à porta da igreja de Canelas - Portugal - DN - 23 de Novembro de 2014

'O padre é só um, Roberto e mais nenhum', gritou-se à porta da igreja de Canelas - Portugal - DN



"O padre é só um, Roberto e mais nenhum", gritou-se à porta da igreja de Canelas

por LusaHoje7 comentáriosENTENDEU
O padre Albino Reis deixa a igreja paroquial de Canelas escoltado por elementos da GNR
O padre Albino Reis deixa a igreja paroquial de Canelas escoltado por elementos da GNRFotografia © ESTELA SILVA/LUSA
O novo padre de Canelas, Vila Nova de Gaia, voltou hoje a sair da igreja escoltado pela GNR e sob protestos da população, que quer o regresso do antigo pároco, destituído pela Diocese do Porto.
Desde que o padre Albino Reis tomou posse, a 09 de novembro, centenas de populares concentram-se, domingo após domingo, à porta da Igreja de Canelas, não assistindo à Eucaristia, assobiando e gritando "o padre é só um, Roberto e mais nenhum", obrigando a intervenção policial.
A decisão de afastar o padre Roberto de Sousa da paróquia de Canelas foi tomada em finais de julho pela Diocese do Porto, tendo chegado a haver um recuo a meio de setembro, mas a determinação ficou concretizada no início de novembro.
Por este motivo, a população de Canelas decidiu não assistir às homílias enquanto não obtiver uma explicação "legítima" pela Diocese do Porto e os catequistas, leitores, acólitos e ministros de comunhão demitiram-se das suas funções, afirmou hoje à Lusa o responsável pelo movimento "Uma Comunidade Reage!", Miguel Rangel.
Agora, os habitantes de Canelas estão a recolher testemunhos para um livro a oferecer ao padre destituído, num jantar agendado para 06 de dezembro, numa homenagem aos oito anos de "dedicação" à paróquia.
Ao longo de meses, o movimento "Uma Comunidade Reage!" organizou um cordão humano, uma vigília, uma marcha silenciosa e recolheu 5.800 assinaturas para um abaixo-assinado que, posteriormente, entregou ao bispo do Porto numa reunião.

_________________________________________  

O MEU COMENTÁRIO

É INACREDITÁVEL, COMO É QUE PESSOAS QUE SE DIZEM CATÓLICAS, SE PRESTAM A TÃO TRISTE E ASQUEROSO ESPECTÁCULO.
JÁ O DISSE MAIS DO QUE UMA VEZ, INCLUSIVAMENTE NO FACEBOOK DA SEMANA PASSADA, QUE NÃO ACREDITO QUE AS PESSOAS QUE PROTESTAM PELA SAÍDA DE UM PADRE PARA OUTRA PARÓQUIA E SUA CONSEQUENTE SUBSTITUIÇÃO POR OUTRO PADRE, APENAS PORQUE O BISPO DA DIOCESE ASSIM O ENTENDEU, NÃO POR MERO CAPRICHO, MAS PARA INTERESSE DA IGREJA CATÓLICA, SEJAM AS CAUSADORAS DESTA TRISTE IMAGEM QUE ESTÃO FAZENDO, PARA GÁUDIO DOS NÃO CRENTES E ATEUS QUE VÊM ATACANDO O CATOLICISMO, SEJAM CATÓLICOS A SÉRIO, NA VERDADEIRA ACEPÇÃO DA PALAVRA.
ESTOU CERTO QUE AQUELES QUE PROTESTAM NUNCA OU RARAS VEZES VÃO À IGREJA, A  NÃO SER PARA IR PEDIR PARA BAPTIZAR OS FILHOS, OU PARA OS MANDAR PARA A CATEQUESE (E SÓ ATÉ À 1ª COMUNHÃO), ASSIM COMO AQUELES QUE VÃO LÁ PARA CASAR PARA FICAREM NAS FOTOGRAFIAS, OU SIMPLESMENTE PARA IR A ALGUM FUNERAL DE UM FAMILIAR, AMIGO OU CONHECIDO.
TENHO SINCERA PENA DESTAS PESSOAS E PEÇO A DEUS QUE RECUPEREM O SENSO COMUM, E SE DEIXEM DE FAZER ESTES PROTESTOS E ESTAS MÁS FIGURAS.
SE SÃO VERDADEIROS CATÓLICOS, ACEITEM HUMILDEMENTE O QUE A IGREJA LHES DÁ, PORQUE ELA SÓ QUER QUE AS PESSOAS SE SALVEM EM CRISTO QUE SOFREU POR TODOS NÓS.
LEIAM AS EPÍSTOLAS DE SÃO PAULO; LEIAM A BÍBLIA SAGRADA E CUMPRAM OS MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS, PORQUE ISSO É QUE É SER CATÓLICO.
Um Católico da Comunidade de São Paulo do Viso, da Paróquia da Senhora do Porto.
ANTÓNIO FONSECA


NOTICIAS - OBSERVADOR - HORA DE FECHO - 23 de Novembro de 2014


Hora de Fecho: Sócrates está a ser ouvido no Campus da Justiça

Observador (newsletters@observador.pt)
 
 
17:06
 
 Grupos, Newsletters
Para: antoniofonseca1940@hotmail.com

Hora de fecho

As principais notícias do dia
Boa tarde!
CASO SÓCRATES 
Natural de Mação, Carlos Alexandre é conhecido por "Super Juiz". Em julho, ordenou a detenção de Ricardo Salgado. Este fim de semana está a ouvir o antigo primeiro-ministro.
CASO SÓCRATES 
O líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, disse hoje, na Guarda, que os políticos em Portugal não são todos iguais, dizendo que não se pode hesitar e "andar para trás" à primeira dificuldade.
CASO SÓCRATES 
A Caixa foi o banco que denunciou operações suspeitas nas contas do ex-primeiro-ministro, avançam o Diário e Jornal de Notícias. Transferências da mãe para Sócrates terão feito soar o alarme,
JUSTIÇA 
Ricardo Salgado e José Sócrates são os dois homens mais poderosos a ser apanhados em investigações judiciais em Portugal. Mas houve mais casos e o ano ainda não acabou.
CASO SÓCRATES 
António Costa quer afastar o PS do Caso Sócrates. Promete assumir todo o passado do partido, sem se comprometer com o processo judicial que surja da audição do ex-primeiro-ministro socialista.
PAIS E FILHOS 
A partir de que idade se pode dar dinheiro às crianças? Qual a quantia e onde devem gastá-la? O Observador falou com dois especialistas e preparou um guia sobre o mealheiro do seu filho.
IX CONVENÇÃO BLOCO DE ESQUERDA 
Bloco de Esquerda sai da convenção sem líder confirmado. Catarina e Semedo tiveram mais apoio político, mas Mesa Nacional está empatada e lista B recusa desempatar. Decisão deverá ser tomada domingo. 
Opinião

Rui Ramos
O regime sobreviveu a tudo até agora, do BPN à Face Oculta. Mas ninguém sabe ao certo, num copo quase a transbordar, qual vai ser a gota de água a mais.

José Manuel Fernandes
A Justiça não se redime nem merece ser condenada só porque deteve José Sócrates para interrogatório. E o regime também não está em causa só porque existe este caso e estas suspeitas 

Helena Matos
Isto não tinha ser assim. Não tínhamos de ver um antigo primeiro-ministro a ser levado dentro de um carro pela polícia. Não tínhamos de ver o circo montado novamente à porta do DCIAP.

João Marques de Almeida
Tal como todos os portugueses, acordei hoje com a surpresa da “prisão de Sócrates”. No entanto, se pensarmos bem no percurso do antigo Primeiro Ministro, não é uma verdadeira surpresa.

Gabriel Mithá Ribeiro
As minorias raciais que se filiaram a África vão-se reaproximando de Portugal e do Ocidente, da terra do ancestral pai colonial, até porque a crescente agressivdade das maiorias negras também ajuda.
Mais pessoas vão gostar da Hora de fecho. Partilhe:
no Facebook no Twitter por e-mail
Leia as últimas
em observador.pt
Observador
©2014 Observador On Time, S.A.
Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa

»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»

ANTÓNIO FONSECA

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue