sexta-feira, 13 de setembro de 2024

DIA MUNDIAL DA SEPSE ou SEPSIS ou SEPSIA ou SEPTICEMIA - 13 DE SETEMBRO DE 2024

 

Sepse

Sepse
Frascos de hemocultura: frasco anaeróbico (tampa laranja), frasco aeróbico (tampa verde) e tampa amarela para amostras de crianças[1]
SinónimosSepticemia, sépsis, sepsia
EspecialidadeInfectologia
SintomasFebrepulsação cardíaca aceleradadiminuição da pressão arterialrespiração aceleradaconfusão mental[2]
CausasResposta imunitária desencadeada por uma infeção[3][4]
Fatores de riscoPouca idade ou idade avançada, cancrodiabetestrauma maiorqueimaduras[2]
Método de diagnósticoSíndrome da resposta inflamatória sistémica (SRIS),[3] qSOFA[5]
TratamentoTerapia intravenosaantimicrobianos[2][6]
PrognósticoRisco de morte: 10–80%[5][7]
Frequência0,2–3 em 1000 por ano (países desenvolvidos)[7][8]
Classificação e recursos externos
CID-10A40A41T81.4T88.0
CID-9995.91
CID-11293771399
DiseasesDB11960
MedlinePlus000666
MeSHD018805
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Sepse, também referida como sépsissepsia ou septicemia, é uma condição potencialmente fatal que surge quando a resposta do corpo a uma infeção danifica os seus próprios tecidos e órgãos.[5] Os sinais e sintomas mais comuns são febreaumento do ritmo cardíacoaumento da frequência respiratória e confusão mental.[2] Determinadas infeções podem desencadear sintomas específicos, como tosse no caso de pneumonia, ou dor ao urinar, no caso de uma infeção renal. Nas crianças mais novas, em idosos e em pessoas com o sistema imunitário debilitado, é possível que não se manifestem sintomas de infeções específicas, podendo também apresentar temperatura baixa ou normal, em vez de elevada.[3] Sepse grave é a sepse que causa insuficiências nos órgãos ou na corrente sanguínea. A insuficiência na corrente sanguínea pode manifestar-se por baixa pressão arterial, níveis elevados de ácido láctico ou diminuição da produção de urinaChoque séptico é a baixa pressão arterial que não melhora mesmo após terapia intravenosa.[9]

A sepse é causada por uma resposta imunitária do corpo a uma infeção.[3][4] É mais comum que a infeção seja de origem bacteriana, mas pode também ser causada por fungosvírus ou parasitas.[3] Os locais de infeção primária mais comuns são os pulmõescérebro e órgãos abdominais. Entre os fatores de risco estão idade precoce ou avançada, um sistema imunitário debilitado devido a doenças como cancro ou diabetestraumatismo com gravidade ou ainda queimaduras.[2] Até 2016, o diagnóstico de sepse era determinado quando perante uma infeção se observava pelo menos dois critérios da síndrome da resposta inflamatória sistémica (SRIS). Em 2016, a SRIS foi substituída pelo sistema de avaliação SOFA, devendo-se observar pelo menos dois dos seguintes três critérios: aumento da frequência respiratória, alterações no estado de consciência e baixa pressão arterial.[10] É recomendada a realização de hemoculturas antes da administração de antibióticos, embora a inflamação do sangue não seja determinante para o diagnóstico.[3] Pode ser usada imagiologia médica para determinar a localização da infeção.[9] Entre outras possíveis causas de sinais e sintomas semelhantes à sepse estão a anafilaxiainsuficiência adrenaldiminuição do volume de sangueinsuficiência cardíaca e embolia pulmonar.[3]

A sepse é geralmente tratada com terapia intravenosa e antibióticos.[2][11] Os antibióticos são administrados assim que possível, sendo o tratamento realizado muitas vezes numa unidade de cuidados intensivos. Quando a terapia intravenosa não é suficiente para manter a pressão arterial estável, podem ser administrados medicamentos que a aumentam. Pode ser necessário o recurso a ventilação mecânica e hemodiálise para assistir a função pulmonar e renal, respetivamente.[2] As pessoas com sepse necessitam de medidas de prevenção para evitar tromboses venosas profundas, úlceras de stresse e úlceras de pressão. Em alguns casos a quantidade de glicose no sangue pode ser controlada com insulina.[9] A administração de corticosteroides é controversa.[12] A drotrecogina alfa, embora tenha sido inicialmente comercializada para o tratamento de sepse grave, não demonstrou benefícios, pelo que foi retirada do mercado em 2011.[13]

O prognóstico é influenciado pela gravidade da sepse.[7] O risco de morte por sepse é de até 30%. No caso da sepse grave, este risco é de 50%, enquanto no choque séptico é de 80%.[7] Desconhece-se o número de casos em todo o mundo, uma vez que existem poucos dados de países em vias de desenvolvimento.[7] Estima-se que em cada ano haja milhões de pessoas afetadas pela doença.[9] Nos países desenvolvidos, entre 0,2 e 3 pessoas em cada 1000 são afetadas pela doença anualmente.[7][8] A incidência da doença tem vindo a aumentar.[9] É mais comum em homens do que em mulheres.[3] A sepse tem sido descrita na literatura desde a época de Hipócrates.[14] Tanto "septicemia" como "envenenamento do sangue" são termos em desuso.[14][15]

Sinais e sintomas

Os sintomas comuns da sepse incluem aqueles relacionados a uma infecção especifica, mas geralmente são acompanhados de febre alta (hipertemia), pele quente e ruborizada (sinais flogísticos), elevada frequência cardíaca (taquicardia), hiperventilação, estado mental alterado, inchaço (edema) e queda da pressão sanguínea (hipotensão). Em pessoas mais jovens, mais idosas ou com o sistema imune comprometido o padrão dos sintomas pode ser atípico, com hipotermia e com a infecção pouco evidente.

Causas

A sepse é a designação para o conjunto de manifestações patológicas devidas a invasão, por via sanguínea, do organismo por germes patogênicos provenientes de um foco infeccioso.

A septicemia pode se desenvolver a partir de qualquer infecção sistêmica grave. A grande maioria dos germes responsáveis pela sepse causada na comunidade são bactérias, oriundas das infeções como: pneumonia comunitária adquirida, infecção alta do trato urinário ou meningite. Em caso de pacientes hospitalizados, as causas bacterianas mais comuns são pneumonia por aspiração, pneumonia associada ao respirador, infecção de sutura e abcessos.

A sepse é causada por uma resposta do sistema imune a uma infecção séria, geralmente de origem bacteriana, mas que pode também ser causada por fungos, vírus e parasitas no sangue, trato urinário, pulmões, pele e outros tecidos. A sepse pode ser entendida como um estágio entre a infeção e a síndrome de disfunção múltipla de órgãos (MOFS).

Diagnóstico

Um diagnóstico rápido é crucial para o tratamento da sepse, já que a adoção de uma terapia dirigida antecipada reduz a mortalidade por sepse severa. Dentro das três primeiras horas de suspeita de sepse, os estudos diagnósticos devem incluir a medição dos níveis de lactato sérico e a obtenção de culturas antes da quimioterapia antimicrobiana, desde que não atrase o inicio do tratamento com antibióticos por mais que 45 minutos. Para identificar o microrganismo causador, pelo menos dois frascos de hemocultivos devem ser obtidos (frascos para aeróbicos e anaeróbicos), sendo que pelo menos um deles tenha sido realizado por via percutânea e o outro através de cada instrumento de acesso vascular fixados por mais de 48 horas (como, por exemplo, catéteres intravenosos). Se outras fontes são suspeitas (urinaliquido cefalorraquidiano, feridas, secreções respiratórias), suas culturas devem ser também obtidas, desde que não atrasem o tratamento antimicrobiano.

Em seis horas, caso haja persistência de hipotensão apesar do inicio da reposição volêmica de 30 ml/kg ou se o lactato inicial for maior que 36 mg/dL (4mmol/L), a pressão venosa central e a saturação de oxigênio venosa central devem ser medidas. A medição do lactato deve ser repetida caso o lactato inicial tenha sido elevado.

Em doze horas, é essencial diagnosticar ou excluir qualquer outra possível fonte de infeção que requeira controle emergente, como infecções necrotizantes dos tecidos moles, peritonitecolangite e infarto intestinal.

Definições

De acordo com a American College of Chest Physician a Sociedade de Medicina de Cuidados Intensivos, existem três distintos níveis de sepse:

  • Sepse: é definida como disfunção orgánica potencialmente fatal decorrente da resposta a uma infecção.
  • Choque séptico: é definida por sepse mais hipotensão persistente após a administração de fluidos intravenosos.

qSOFA

Um novo conceito em sepse, denominado Sepsis 3,[16] introduziu uma nova ferramenta de triagem diagnóstica: o Quick Sequential Organ Failure Assessment Score (qSOFA ou quickSOFA). Esse novo consenso define apenas o conceito de "sepse" e "choque séptico", desconsiderando "sepse grave/severa". Os critérios avaliados no qSOFA são:

Esses sinais tem a vantagem por serem rapidamente visualizados no paciente com suspeita de sepse, sem a necessidade de exames complementares. O qSOFA não é um método diagnóstico definitivo, necessitando investigação posterior para classificar um paciente como "em sepse". O escore SOFA é preconizado pelo Sepsis 3 como definidor de diagnóstico.

Infecção

A infecção pode ser suspeitada ou confirmada (por culturas, PCR) ou mesmo por uma síndrome clínica patognomônica de infecção. Evidências especificas para infecção incluem a contagem de leucócitos em fluidos normalmente estéreis (como o LCR); evidência de perfuração visceral (presença de ar na cavidade abdominal; sinais de peritonite aguda); radiografia de tórax anormal consistente com pneumonia (com opacificação focal); petéquiaspúrpuras ou Purpura fluminans.

Segundo o Ministério da Saúde,apresenta sepse um paciente com infecção recente e que evidencie 2 ou mais dos seguintes critérios:

• Temperatura maior do que 38°C ou menor do que 36°C.

• Frequência cardíaca (FC) maior do que 90 bpm (não havendo ritmo fixo de marca-passo (MP) ou uso de drogas que bloqueiem a FC).

• Frequência respiratória (FR) maior do que 20 mrpm ou uso de ventilação mecânica.

• Taxa de leucócitos maior do que 12.000/ L ou menor do que 4.000/ L ou mais de 10% de formas jovens.

• Glicemia maior do que 120 mg/dL.

• Alteração aguda do estado mental (p. ex., delírio).

• Calafrios

Tratamento

A sepse é geralmente tratada com fluido intravenoso e antibióticos. Se a reposição volêmica não for suficiente para manter a pressão arterial, vasopressores podem ser usados. Ventilação mecânica e diálise podem ser necessárias para manter a função dos pulmões e rins, respectivamente. Para guiar a terapia, um cateter venoso central (Swan-Ganz) e um cateter arterial podem ser colocados; medições de outras variáveis hemodinâmicas (como debito cardíaco, saturação venosa mista de oxigênio ou variação do volume sistólico) podem também ser utilizadas. Pacientes com sepse requerem medidas preventivas para trombose venosa profunda, ulceras de stress e ulceras de pressão, a não ser que outras condições previnam isso. Alguns podem se beneficiar de um controle rigoroso dos níveis glicêmicos com insulina (hiperglicemia de stress). O uso de corticosteroides é controverso. Drotrecogina alfa ativada (proteína C ativada recombinante), originalmente comercializada para a sepse severa, foi constatada não ser eficiente e recentemente foi retirada do mercado.

Antibióticos

Na sepse severa, antibióticos de amplio espectro são recomendados dentro da primeira hora a partir do diagnóstico.[17] Para cada quatro horas de atraso na administração há um aumento associado de 6% de mortalidade. Regimes antibióticos devem ser reavaliados diariamente e mais específicos se apropriado (desescalonamento). A duração do tratamento é tipicamente de 7-10 dias, e o antibiótico usado deve ser selecionado diretamente de acordo com os resultados das culturas.

Terapia Dirigida Antecipada

terapia dirigida antecipada (Early Goal-Directed Therapy) é uma abordagem utilizada para o tratamento de sepse severa durante as 6 primeiras horas após o diagnóstico. Se trata de uma abordagem passo a passo, com o objetivo fisiológico de otimizar a pré-carga, pós-carga e contratiilidade cardíaca. Foi constatada diminuir a mortalidade em pacientes com sepse.

A diurese também é monitorada, com o objetivo mínimo de 0,5 ml/kg/h. No ensaio original, a mortalidade foi reduzida de 46,5% para 30,5%. Entretanto, um descenso apropriado do lactato sérico pode ser equivalente a SvO2 e mais fácil de obter.

Fluidos Intravenosos

Na terapia antecipada dirigida (Early Goal-Directed Therapy), fluidos são titulados em resposta à frequência cardíaca, pressão arterial e diurese; o restabelecimento de grandes défices de fluidos podem requerer de 6 a 10 litros de cristaloides. Nos casos em que um cateter venoso central esteja sendo usado para medir dinamicamente as pressões sanguíneas, os fluidos devem ser administrados até que a pressão venosa central (PVC) atinja 8-12 cm de água (ou 10-15 cm de água em pacientes mecanicamente ventilados). Uma vez que essas metas sejam alcançadas, a saturação de oxigênio venosa mista (SvO2), ou seja, a saturação de oxigênio no sangue venoso quando ele volta ao coração (medido na veia cava), é otimizada. Se a SvO2 é menor que 70%, sangue é transfundido para alcançar uma hemoglobina de 10 g/dL e então inotrópicos são subministrados ate que a SvO2 seja otimizada.

Vasopressores

Uma vez que a pessoa tenha passado por uma ressuscitação volêmica suficiente mas a pressão arterial média não seja maior que 65 mmHg, vasopressores são então recomendados. Enquanto as recomendações atuais sugerem noradrenalina (norepinefrina) ou dopamina, a primeira parece ser mais segura. Se um vasopressor não for suficiente, adrenalina (epinefrina) deve então ser adicionada ao tratamento.

 Ventilação

Entubação traqueal eletiva e ventilação mecânica podem ser realizadas para reduzir a demanda de oxigênio se a SvO2 permanece baixa apesar da otimização hemodinâmica. Etomidato não é recomendado como medicação para ajudar na entubação nesta situação porque pode provocar insuficiência adrenal e aumento da mortalidade.

Esteroides

O uso de esteroides na sepse é controverso. Em uma doença crítica, um estado de insuficiência ad-renal e resistência tissular aos corticoesteroides pode ocorrer. Esse fenômeno é chamado de insuficiência corticoesteroide relacionada a doença critica. O tratamento com corticoesteroides pode ser benéfico em aqueles em choque séptico e síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA), enquanto que em outros casos, como o de pancreatite ou pneumonia severa, o seu papel não está bem estabelecido. Entretanto, o modo exato de determinar a insuficiência corticoesteroide permanece difícil. Deve ser suspeitada naqueles que respondem mal a ressuscitação volêmica e vasopressores. O teste de estimulação ACTH não é recomendado para confirmar o diagnóstico. O método de retirada das drogas glucocorticoides é variável e não está claro se deve ser progressivo ou simplesmente abrupto.

Proteína C Ativada Recombinante (Drotrecogina alfa) foi originalmente introduzida no mercado para tratar a sepse severa (com um escore APACHE II alto), quando se pensava que ela pudesse conferir benefícios de sobrevivência. Entretanto, estudos subsequentes mostraram que ela aumentava eventos adversos e não diminuía a mortalidade. Foi deixada de ser vendida em 2011.

Neonatos

A sepse neonatal é difícil de ser diagnosticada clinicamente. Os neonatos podem estar relativamente assintomáticos até que exista um colapso hemodinâmico e respiratório iminente. Se existe ao menos uma suspeita remota de sepse, os neonatos são frequentemente tratados com antibióticos empiricamente até que as culturas sejam comprovadamente negativas.

Prognóstico

Aproximadamente 20-35% das pessoas com sepse severa e 30-70% das pessoas com choque séptico morrem.[18] O lactato sérico é um método bastante útil para determinar o prognóstico, sendo que aqueles que tem um nível maior que 36 mg/dL (4mmol/L) tem uma mortalidade de 40% e aqueles com um nível de lactato menor a 18 mg/dL (2 mmol/L) tem uma mortalidade de menos de 15%.

Existem vários sistemas de estratificação prognóstica, como o APACHE II e Mortalidade de Sepse em Departamentos de Emergência. APACHE II avalia a idade da pessoa, condições subjacentes e variáveis fisiológicas que ajudam a estimar o risco de morte de sepse severa. Destes fatores, a severidade da condição subjacente é a que mais influencia no risco de morte. O choque séptico é também um forte preditor de morte a curto e longo prazo. Taxas de letalidade são similares para culturas positivas e culturas negativas de sepse severa. O sistema de Mortalidade de Sepse em Departamentos de Emergência é mais simples e útil em um ambiente de emergência.

Algumas pessoas podem experimentar declínios cognitivos severos de longo prazo após um episódio de sepse severa, mas a falta de dados neuropsicológicos da maioria dos pacientes com sepse dificulta a quantificação da incidência de esta complicação.

Epidemiologia

A sepse é uma causa importante de internação e a principal causa de morte em Unidade de Terapia Intensiva(UTI) no mundo. Estudos feitos na Europa, Austrália e Nova Zelândia relatam que as taxas de prevalência de sepse em UTI variavam de 5,1% a 30%.[19] Atualmente, a sepse continua a apresentar uma preocupação em saúde. O número de mortes causadas por sepse ainda é elevado, aumentando a permanência dos pacientes na UTI e gerando impacto econômico e social.[19]

História

O termo "septicemia" tem sido substituído por "sepse" ou "sepses", como recomendação da maioria dos autores/infectologistas, isto porque a prioridade tem sido dada à versão dos termos em inglês. Entretanto, a palavra septicemia é tradicionalmente adotada na medicina brasileira.

O termo septicemia, presença de microrganismos ou suas toxinas no sangue, não é mais utilizado.

Referências

  1.  «Blood Culture Collection» (PDF). WVUH Laboratories. 7 de abril de 2012. Consultado em 23 de março de 2020
  2. ↑ Ir para:a b c d e f g «Sepsis Questions and Answers»cdc.govCenters for Disease Control and Prevention (CDC). 22 de maio de 2014. Consultado em 28 de novembro de 2014Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2014
  3. ↑ Ir para:a b c d e f g h Jui, Jonathan (2011). «Ch. 146: Septic Shock». In: Tintinalli, Judith E.; Stapczynski, J. Stephan; Ma, O. John; Cline, David M.; et al. Tintinalli's Emergency Medicine: A Comprehensive Study Guide 7th ed. New York: McGraw-Hill. pp. 1003–14. Consultado em 11 de dezembro de 2012Cópia arquivada em 15 de janeiro de 2014 – via AccessMedicine. (pede subscrição (ajuda))
  4. ↑ Ir para:a b Deutschman, CS; Tracey, KJ (Abril de 2014). «Sepsis: Current dogma and new perspectives». Immunity40 (4): 463–75. PMID 24745331doi:10.1016/j.immuni.2014.04.001
  5. ↑ Ir para:a b c Singer M, Deutschman CS, Seymour CW, Shankar-Hari M, Annane D, Bauer M, Bellomo R, Bernard GR, Chiche JD, Coopersmith CM, Hotchkiss RS, Levy MM, Marshall JC, Martin GS, Opal SM, Rubenfeld GD, van der Poll T, Vincent JL, Angus DC (23 de fevereiro de 2016). «The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)»JAMA315: 801–10. PMC 4968574Acessível livrementePMID 26903338doi:10.1001/jama.2016.0287
  6.  Rhodes A, Evans LE, et al. (março de 2017). «Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock: 2016». Intensive Care Medicine43 (3): 304–377. PMID 28101605doi:10.1007/s00134-017-4683-6Acessível livremente
  7. ↑ Ir para:a b c d e f Jawad, I; Lukšić, I; Rafnsson, SB (Junho de 2012). «Assessing available information on the burden of sepsis: Global estimates of incidence, prevalence and mortality»Journal of Global Health2 (1). 010404 páginas. PMC 3484761Acessível livrementePMID 23198133doi:10.7189/jogh.01.010404
  8. ↑ Ir para:a b Martin, GS (Junho de 2012). «Sepsis, severe sepsis and septic shock: Changes in incidence, pathogens and outcomes»Expert Review of Anti-infective Therapy10 (6): 701–6. PMC 3488423Acessível livrementePMID 22734959doi:10.1586/eri.12.50
  9. ↑ Ir para:a b c d e Surviving Sepsis Campaign Guidelines Committee including The Pediatric Subgroup; Dellinger, RP; Levy, MM; Rhodes, A; et al. (2013). «Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2012» (PDF)Critical Care Medicine41 (2): 580–637. PMID 23353941doi:10.1097/CCM.0b013e31827e83afCópia arquivada (PDF) em 2 de fevereiro de 2015 – via Surviving Sepsis Campaign
  10.  Singer, M; Deutschman, CS; Seymour, CW; Shankar-Hari, M; Annane, D; Bauer, M; Bellomo, R; Bernard, GR; Chiche, JD; Coopersmith, CM; Hotchkiss, RS; Levy, MM; Marshall, JC; Martin, GS; Opal, SM; Rubenfeld, GD; van der Poll, T; Vincent, JL; Angus, DC (23 de fevereiro de 2016). «The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3).»JAMA315 (8): 801–10. PMC 4968574Acessível livrementePMID 26903338doi:10.1001/jama.2016.0287
  11.  Rhodes, Andrew; Evans, Laura E. (18 de janeiro de 2017). «Surviving Sepsis Campaign: International Guidelines for Management of Sepsis and Septic Shock: 2016». Intensive Care Medicinedoi:10.1007/s00134-017-4683-6
  12.  Patel, GP; Balk, RA (15 de janeiro de 2012). «Systemic steroids in severe sepsis and septic shock»American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine185 (2): 133–9. PMID 21680949doi:10.1164/rccm.201011-1897CI
  13.  Martí-Carvajal, AJ; Solà, I; Gluud, C; Lathyris, D; Cardona, AF (12 de dezembro de 2012). «Human recombinant protein C for severe sepsis and septic shock in adult and paediatric patients.». The Cochrane database of systematic reviews12: CD004388. PMID 23235609doi:10.1002/14651858.CD004388.pub6
  14. ↑ Ir para:a b Angus, DC; van der Poll, T (29 de agosto de 2013). «Severe sepsis and septic shock»The New England Journal of Medicine369 (9): 840–51. PMID 23984731doi:10.1056/NEJMra1208623Cópia arquivada em 1 de setembro de 2013Resumo divulgativo (30 de agosto de 2013)
  15.  Bone, R; Balk, R; Cerra, F; Dellinger, R; et al. (1992). «Definitions for sepsis and organ failure and guidelines for the use of innovative therapies in sepsis. The ACCP/SCCM Consensus Conference Committee. American College of Chest Physicians/Society of Critical Care Medicine» (PDF)Chest101 (6): 1644–55. PMID 1303622doi:10.1378/chest.101.6.1644
  16.  Singer, Mervyn; Deutschman, Clifford S.; Seymour, Christopher Warren; Shankar-Hari, Manu; Annane, Djillali; Bauer, Michael; Bellomo, Rinaldo; Bernard, Gordon R.; Chiche, Jean-Daniel (23 de fevereiro de 2016). «The Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3)»JAMA (em inglês). 315 (8). 801 páginas. ISSN 0098-7484doi:10.1001/jama.2016.0287
  17.  Surviving Sepsis Campaign
  18.  Fernando Zanon, ATT (abril–junho de 2008). «Sepse na Unidade de Terapia Intensiva: Etiologias, Fatores Prognósticos e Mortalidade» (PDF). Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Consultado em 20 de março de 2015
  19. ↑ Ir para:a b Júnior, JALS, Cid Marcos David, Rodrigo Hatum, PCSP Souza, André Japiassú, Cleovaldo TS Pinheiro, Gilberto Friedman, Odin Barbosa da Silva, Mariza D’Agostino Dias, e Edwin Koterba10. “Sepse Brasil: estudo epidemiológico da sepse em unidades de terapia intensiva brasileiras”. Rev Bras Ter Intensiva 18, nº 1 (2006): 9–17.

Ligações externas

SANTO EULÓGIO DE ALEXANDRIA - 13 DE SETEMBRO DE 2024

 

Eulógio I de Alexandria

Santo Eulógio de Alexandria
Iluminura de Santo Eulógio.
c. 985, no Menológio de Basílio II.
Patriarca grego ortodoxo de AlexandriaConfessor
Nascimentoséc. VI
Síria
Morte13 de setembro de 608
Veneração porIgreja Católica e Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica13 de setembro
 Portal dos Santos

Eulógio de Alexandria foi o patriarca grego ortodoxo de Alexandria entre 580 e 608. Ele combateu com sucesso muitas heresias então correntes no Egito, principalmente as várias fases do monofisismo. Ele foi um correspondente de São Gregório Magno, de quem recebeu muitos elogios e expressões de admiração.[1]

Vida e obra

Eulógio refutou os novacianos, que ainda mantinha algumas comunidades muito antigas em sua diocese, e justificou a união hipostática das duas naturezas de Cristo (tema que estava no cerne da controvérsia monofisista), contra Nestório e contra Eutiques. O cardeal Baronius[2] afirmou que Gregório desejava que Eulógio sobrevivesse a ele, reconhecendo-o como uma voz da verdadeira fé.

Além dos comentários contra as várias seitas monofisistas (severianos encratitasteodosianoscainitas e os acephali), Eulógio também deixou onze discursos em defesa do papa Leão I e do Concílio de Calcedônia, além de uma obra contra os agnoetae, submetida por ele, antes da publicação, à aprovação de Gregório que, após algumas observações, autorizou que fosse publicada quase que inalterada. Com exceção de um sermão e uns poucos fragmentos, todas as obras de Eulógio se perderam.

Ver também

Referências

  1.  E.g. Gregório, o Grande. «30». Epístolas (em inglês). VIII. [S.l.]: Ccel.org. Consultado em 27 de outubro de 2012
  2.  Ad Ann. 600, nº 5

Bibliografia

Ligações externas

SANTA IRIA DE TOMAR - WIKIPEDIA - 13 DE SETEMBRO DE 2024

 

Iria de Tomar

 Nota: Para outros significados, veja Santa Iria (desambiguação).
Santa Iria
Santa Iria com na mão a palma, sinal do martírio
VirgemMártir
Nascimentoc. 635
TomarPortugal visigótico
Morte653
Escálabis (atual Santarém, Portugal)
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica20 de outubro
Atribuiçõesfreira com a palma do martírio
 Portal dos Santos

Iria de Tomar (também conhecida como Santa Iria, embora este seja igualmente o nome de uma santa de origem grega) é uma mártir lendária da cidade de Nabância (próxima da moderna Tomar).

Não foi possível encontrar muito que verificasse a historicidade do relato de sua vida. Muito do que se segue pode não passar de uma lenda fantasiosa.

Lenda de Santa Iria

Nascida de uma rica família de Nabância, Iria recebeu educação esmerada e professou num mosteiro de monjas beneditinas, o qual era governado pelo seu tio, o Abade Sélio.

Devido à sua beleza e inteligência, Iria cedo congregou a afeição das religiosas e das pessoas da terra, sobretudo dos jovens e dos fidalgos, que disputavam entre si as virtudes de Iria.

Entre estes adolescentes contava-se Britaldo, herdeiro daquele senhorio, que alimentou por Iria doentia paixão. Iria, contudo, recusava as suas investidas amorosas, antes afirmando a sua eterna devoção a Deus.

Dos amores de Britaldo teve conhecimento Remígio, um monge director espiritual de Iria, ao qual também a beleza da donzela também não passara despercebida. Ardendo de ciúmes, o monge deu a Iria uma tisana que se pretendeu embruxada, e que lhe fez surgir no corpo opulência própria da gravidez.

Por causa disso foi expulsa do convento, recolhendo-se junto do rio para orar. Aí, foi assassinada à traição por um servo de Britaldo ou pelo próprio, a quem tinham chegado os rumores destes eventos.

Atirado ao rio Nabão, o corpo da mártir terá seguido pelo Zêzere e a partir deste terá ficado depositado entre as areias do Tejo, aí permanecendo, incorruptível, através dos tempos.

Monumento

A Sancta resiste, elle mata-a.... Litografia de Manuel Macedo e Alfredo Roque Gameiro1904.

Para conservar a sua memória e milagre, a povoação de Escálabis construiu-lhe um sepulcro de mármore. A partir de então, a cidade passou a chamar-se de Santa Iria, mais tarde Santarém. Séculos depois, as águas do Tejo voltaram a abrir-se para revelar o túmulo à rainha D. Isabel, que mandou colocar o padrão que ainda hoje se encontra[1].

Culto

O seu culto foi muito popular durante a dominação visigótica, de tal forma que a velha Escálabis romana passou a ser chamada de Santa Iria (e daí derivou a moderna Santarém, através de Sancta Irene). O culto foi perpetuado através do rito moçárabe, mantendo-se ainda hoje como padroeira de algumas igrejas portuguesas, muito embora não seja considerada uma santa canónica pela Igreja Católica.

Santa Iria é a padroeira principal de Tomar, e as suas festas celebram-se nesta localidade no dia 20 de Outubro.

Lenda alternativa

Outra lenda, corrente no romanceiro popular, refere-se também a uma Santa Iria. A Jovem Iria é raptada da sua casa por um hóspede nocturno e é degolada num outeiro. Sete anos mais tarde, o seu assassino regressa àquele local, onde já se ergue uma ermida em memória da sua vítima. Ele pede perdão mas, a sua vítima nega-lho.

Iconografia

Santa Iria é representada habitualmente segurando a palma do Martírio.

A imagem de Santa Iria da Torre da Magueixa (Batalha) representa-a a segurar uma "panela de manteiga"[2] e a imagem da Faniqueira (Batalha) mostra-a a segurar uma colher de pau, em lugar da palma do martírio. Esta iconografia parece remeter mais para a lenda alternativa do que para a versão mais conhecida de Tomar.

Imagem da morte de Santa Iria. Azulejos da igreja matriz de Santa Iria de Azóia.

Referências

  1.  Lenda de Santa Iria, Infopédia (Em linha), Porto Editora, Porto, 2003-2013 (Consult. 2013-10-20)
  2.  santa Iria segundo narrativas nasceu na aldeia da Torre da Magueixa, concelho da Batalha. Posteriormente partiu para Tomar onde tinha família e onde seguiu carreira religiosa

Bibliografia

  1. OLIVEIRA, P. Miguel de: Santa Iria e Santarém. Lenda e História. Estudos hagiográficos, Lisboa, União Gráfica, 1964
  2. COSTA, P. Avelino de Jesus: Santa Iria e Santarém, revisão de um problema hagiográfico e toponímico. - Coimbra, FLUC, 1972
  3. FERNANDES, A. de Almeida: Considerações acerca de Santa Iria. Identificação, lendas e toponímia. - Tarouca, Separata da Revista Camoniana, Ano VII, Dez 1985, n.º 12
  4. ESPÍRITO SANTO, Moisés: Os mouros fatimídas e as aparições de Fátima. - Lisboa, ISER - Universidade Nova de Lisboa, 1995

Ver também

Ligações externas

Lenda de Santa Iria, Infopédia (Em l

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