segunda-feira, 1 de maio de 2023

DIA DO TRABALHADOR - 1 DE MAIO DE 2023

 

DIA DO TRABALHADOR 


1 DE MAIO DE 2023



Dia do Trabalhador

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Dia do Trabalhador
Mumbaimaydayrally0645.JPG
Dia do Trabalhador na cidade de Mumbai, na Índia
Nome oficialDia Internacional do Trabalhador
Celebrado porMundial
TipoInternacional
Data1 de maio
Dia do Trabalhador,[1] Dia do Trabalho,[2] Dia Internacional dos Trabalhadores ou Festa do Trabalhador[3] é uma data comemorativainternacional, dedicada aos trabalhadores, celebrada anualmente no dia 1 de maio, em quase todos os países do mundo, sendo feriado em muitos deles.
A homenagem remonta ao dia 1 de maio de 1886, quando uma greve foi iniciada na cidade norte-americana de Chicago, com o objetivo de conquistar condições melhores de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária, que chegava a 17 horas, para oito horas.
No período entre-guerras, a duração máxima da jornada de trabalho foi fixada em oito horas, na maior parte dos países industrializados.[4]
No calendário litúrgico, o dia celebra a memória de São José Operário, o santo padroeiro dos trabalhadores.

História[editar | editar código-fonte]

Origens operárias e anarquistas[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Revolta de Haymarket
Nos Estados Unidos, durante o congresso de 1884, os sindicatos estabelecem o prazo de dois anos para conseguir impor aos empregadores a limitação da jornada de trabalho para oito horas. Eles iniciaram a campanha em 1 de maio, quando muitas empresas começavam seu ano contábil, os contratos de trabalho terminavam e os trabalhadores buscavam outros empregos. Estimulada pelos anarquistas, a adesão à greve geral de 1 de maio de 1886 foi ampla,[5]envolvendo cerca de 340.000 trabalhadores em todo o país.
Em Chicago, a greve atingiu várias empresas. No dia 3 de maio, durante uma manifestação, grevistas da fábrica McCormick saem em perseguição aos indivíduos contratados pela empresa para furar a greve. São recebidos pelos detetives da agência Pinkerton e policiais armados de rifles. O confronto resulta em três trabalhadores mortos. No dia seguinte, realiza-se uma marcha de protesto e, à noite, após a multidão se dispersar na Haymarket Square, restaram cerca de 200 manifestantes e o mesmo número de policiais. Foi quando uma bomba explodiu perto dos policiais, matando um deles. Sete outros foram mortos no confronto que se seguiu.
Em consequência desses eventos, os sindicalistas anarquistas Albert ParsonsAdolph FischerGeorge EngelAugust Spies e Louis Lingg, foram condenados à forca, apesar da inexistência de provas. Louis Lingg cometeu suicídio na prisão, ingerindo uma cápsula explosiva. Os outros quatro foram enforcados em 11 de novembro de 1887, dia que ficou conhecido como Black Friday. Três outros foram condenados à prisão perpétua. Em 1893 eles foram inocentados e reabilitados pelo governador de Illinois, que confirmou ter sido o chefe da polícia quem organizara tudo, inclusive encomendando o atentado para justificar a repressão que viria a seguir.[6].[7][8][9][7][10]
Cartaz russo, alusivo ao dia 1º de maio:Trabalhadores não têm nada a perder, a não ser suas correntes ... (1919).
No 20 de junho de 1889, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu convocar anualmente uma manifestação com o objetivo de lutar pela jornada de 8 horas de trabalho. A data escolhida foi o primeiro dia de maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1º de maio de 1891, uma manifestação no norte de França foi dispersada pela polícia, resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serviu para reforçar o significado da data como um dia de luta dos trabalhadores. Meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclamou a data como dia internacional de reivindicação de condições laborais.[7][8][10]
Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratificou a jornada de 8 horas e proclamou feriado o dia 1º de maio daquele ano. Em 1920, a então União Soviética adotou o 1º de maio como feriado nacional, sendo seguida por alguns países.[7]
Até hoje, o governo dos Estados Unidos se nega a reconhecer o primeiro dia de maio como o Dia do Trabalhador. Em 1890, a luta dos trabalhadores norte-americanos fez com que o Congresso aprovasse a redução da jornada de trabalho, de 16 horas para 8 horas diárias.

Dia do Trabalhador em Portugal[editar | editar código-fonte]

1º de maio na cidade do Porto
Em Portugal, só a partir de maio de 1974, após a Revolução dos Cravos, é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio, que passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração era reprimida pela polícia.
O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado em todo o país, com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo, promovidos pela central sindical CGTP-IN (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical) nas principais cidades de Lisboa e Porto, assim como pela central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores).
No Algarve, assim como na Madeira e nos Açores, é costume a população fazer piqueniques, e são organizadas algumas festas alusivas à data.

Dia do Trabalhador no Brasil[editar | editar código-fonte]

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Discurso de Getúlio Vargas no Dia do Trabalho, em 1 de maio de 1940.
Com a chegada de imigrantes europeus no Brasil, as ideias de luta pelos direitos dos trabalhadores vieram junto. Em 1917, houve uma Greve geral. Com o crescimento do operariado, o dia 1 de maio foi declarado feriado pelo presidente Artur Bernardes, em 1925.[7][9][10]
Até o início da Era Vargas (1930–1945) certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não constituísse um grupo político muito forte, dada a incipiente industrialização do país. O movimento operário caracterizou-se, em um primeiro momento, teve influências do anarquismo e, mais tarde, do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, essas influências foram gradativamente dissolvidas pelo chamado trabalhismo.[10]
Até então, o Dia do Trabalhador era considerado, no âmbito dos movimentos anarquistas e comunistas, como um momento de luta, protesto e crítica às estruturas socioeconômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transformou um dia destinado a celebrar o trabalhador em Dia do Trabalho. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas no 1º de maio. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares.
Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em 1º de maio de 1943.[9]

Dia do Trabalhador em Moçambique[editar | editar código-fonte]

Durante o período colonial (até 1975), os moçambicanos estavam proibidos de celebrar o dia do trabalhador em virtude da natureza repressiva do regime colonial português. No entanto, houve manifestações de trabalhadores moçambicanos, em particular em Lourenço Marques (atual Maputo), contra o modo de relações laborais existente naquele período.
Após a Independência Nacional, o Dia do Trabalhador é celebrado anualmente, e com o passar dos anos, com as reformas políticas, econômicas e sociais que o país sofreu a partir de finais da década de 1980, registrou-se um crescimento do movimento sindical em Moçambique. A primeira instituição sindical no país foi a Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM), que veio depois a impulsionar o surgimento de novos movimentos sindicais, cada vez mais específicos de acordo com os setores de atividade.

Dia do Trabalhador na Suécia[editar | editar código-fonte]

Manifestação social-democrata no 1º de maio em 2006 em Estocolmo
O dia foi comemorado na Suécia pela primeira vez em 1890, com manifestações e desfiles em 21 cidades.[11]
Em Estocolmo marcharam 30 000 pessoas de Karlavägen até Hakberget, onde esperavam 20 000 outras pessoas.[12]
Os 50 000 manifestantes escutaram então os discursos de vários líderes social-democratas e liberais, entre os quais August Palm e Hjalmar Branting.[12]
Foi aprovada uma resolução exigindo o dia de trabalho de 8 horas. [13]
É um dia feriado desde 1939.

Dia do Trabalhador no mundo[editar | editar código-fonte]

  Dia do Trabalhador cai ou pode cair no dia 1º de maio
  Outro feriado no dia 1º de maio
  Sem feriado no dia 1º de maio, mas Dia do Trabalhador em outra data
  Sem feriado no dia 1º de maio e sem Dia do Trabalhador
Muitos países em todos os continentes celebram o dia 1º de maio como Dia do Trabalhador, Dia do Trabalho, Dia Internacional do Trabalhador ou Dia de Maio. Em países onde o dia 1º de maio não é feriado oficial, manifestações são organizadas nesse dia em defesa dos trabalhadores.
Alguns países celebram o Dia do Trabalhador em datas diferentes de 1º de maio:
  • Nova Zelândia celebra o Dia do Trabalho na quarta segunda-feira de outubro, em homenagem à luta dos trabalhadores locais que levou à adoção da jornada diária de 8 horas diárias antes da greve geral que resultou no massacre nos Estados Unidos.
  • Na Austrália o Dia do Trabalho varia de acordo com a região.
  • Estados Unidos e Canadá celebram o Dia do Trabalho na primeira segunda-feira de setembro. Alega-se que esta escolha nos Estados Unidos foi feita para evitar associar a festa do trabalho com o movimento socialista, então com alguma relevância no país.[14]

domingo, 30 de abril de 2023

A queda de Bakhmut em câmara lenta - 30 DE ABRIL DE 2023

 

A queda de Bakhmut em câmara lenta

História de André Luís Alves, em Chasiv Yar • Ontem às 18:24

O Grupo Wagner reivindicou a conquista de Bakhmut, mas não há confirmação no terreno e este sábado o seu líder defendeu a necessidade de retirar daquela cidade cidade ucraniana que se tem tornado um enorme cemitério

Soldado ucraniano com contusões provocadas por uma explosão é assistido perto da linha da frente em Bakhmut
Soldado ucraniano com contusões provocadas por uma explosão é assistido perto da linha da frente em Bakhmut© Expresso

O controlo de uma cidade ou parte de um território nem sempre é o objetivo militar predominante. Em Bakhmut, desde a grande pressão exercida a leste e norte pelos mercenários do Grupo Wagner no início de 2023, a luta tão depressa é militar como política. Em vez de recuar ou avançar contra a corrente, a Ucrânia segura Bakhmut com perdas pesadas, visando causar o maior número de baixas (estimam-se em 30 mil) ao inimigo, tenaz até início de março. Desde então a batalha perdeu intensidade, devido ao degelo, à lama, às perdas, à chuva. A Ucrânia responde sobretudo, convida ao assalto e ataca esporadicamente. A alta cota do terreno em Chasiv Yar permite grande apoio de retaguarda de artilharia pesada, com tanques e peças de artilharia Howitzers D-20 e D-30. Do lado russo a munição dos disparadores BM-21 Grad parece infinita na sua cadência.

No terreno não se vê uma arma ocidental, à exceção de Roshel Senator APC e outros veículos blindados leves para retirar militares e civis, como os M113 APC. Portugal irá enviar mais três e dois M577, anunciou a ministra da Defesa, Helena Carreiras. O mais é material soviético, em muitos casos no limite, a acusar mais de um ano de uso intenso. Não obstante, as armas mais eficazes são os lança-foguetes MRLS soviéticos dos modelos Grad e Uragan e os tanques que disparam até quatro quilómetros e causam pânico entre as tropas. Daí que cada pequeno grupo nas trincheiras tenha sempre um míssil antitanque Stugna, Javelin, ou granadas, muitas de fabrico sueco.

Líder do grupo Wagner alerta para necessidade de retirar de Bakmut - 30 DE ABRIL DE 2023

 

Líder do grupo Wagner alerta para necessidade de retirar de Bakmut

História de Fernando Peixeiro • Ontem às 14:48
Ukraine prosecutor general summons Wagner Group head Prigozhin as criminal suspect
Ukraine prosecutor general summons Wagner Group head Prigozhin as criminal suspect© Fornecido por Lusa

Moscovo, 29 abr 2023 (Lusa) - O líder do grupo mercenário russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, alertou para a necessidade de retirar da cidade ucraniana de Bakhmut, um dos atuais epicentros da guerra na Ucrânia, após lamentar as pesadas baixas e a falta de abastecimentos.

"Todos os dias temos pilhas de milhares de corpos que colocamos em caixões para enviar para casa", disse Yevgeny Prigozhin numa entrevista publicada hoje pelo bloguista russo Semyon Pegov, especializado em assuntos militares.

O chefe do grupo Wagner, cujas forças têm vindo a ganhar destaque desde o início da invasão russa, disse que as perdas sofridas em Bakhmut foram cinco vezes mais do que o necessário devido à falta de munições para a artilharia.

Yevgeny Prigozhin confirmou que escreveu ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, a pedir novos fornecimentos. "Se não conseguirmos resolver este défice de munições, teremos de recuar ou morrer para não acabarmos por fugir como ratos", alertou.

O chefe do grupo Wagner acrescentou ainda que está a ponderar abertamente a retirada de parte das suas tropas, o que, na sua opinião, significaria o colapso da frente de Bakhmut, com o consequente impacto em toda a linha de combates na região.

A cidade tem sido disputada há meses e, de acordo com especialistas militares, a defesa ucraniana tem vindo a perder terreno até estar entrincheirada numa pequena parte a oeste da cidade.

A ofensiva militar russa lançada em 24 de fevereiro de 2022 na Ucrânia foi justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 430.º dia, 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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