Escravatura laboral. Detidos cerca de 40 suspeitos em operação da PJ no Alentejo
(em atualização)
Esta operação da Polícia Judiciária centra-se principalmente no Alentejo, nomeadamente na zona de Beja e de Cuba, com vários inspetores. Os detidos já começaram a chegar à instalações da PJ, em Lisboa, e só deverão ser presentes a juíz na quinta-feira.
Segundo a PJ esta rede era formada por estrangeiros, nomeadamente famílias romenas, e alguns portugueses que lhes davam apoio.
"As várias dezenas de vítimas de nacionalidades romena, moldova, marroquina, paquistanesa e senegalesa eram contratadas para explorações agrícolas em Beja, Cuba e Ferreira do Alentejo entre outros locais", avançou a fonte.
Através de um esquema, os suspeitos contariam com a colaboração de uma solicitadora da vila alentejana de Cuba, que ajudava na criação de empresas fantasma e falsificação de documentos.
Nos países de origem, as vítimas seriam atraídas com a promessa de uma vida melhor em Portugal, com direito a casa, condições de trabalho e salários dignos. Mas tudo não passaria de uma armadilha de uma rede organizada, que funcionava a partir do distrito de Beja, com membros do Leste da Europa, mas também da Índia, Paquistão ou Timor.
A investigação da PJ iniciou-se há cerca de um ano e teve como foco a angariação por esta rede criminosa de trabalhadores estrangeiros com a promessa de emprego e habitação.