domingo, 25 de setembro de 2022

ZELENSKI ACUSA A RÚSSIA POR NÃO QUERER SABER DOS RUSSOS QUE VÃO PARA A GUERRA - 25 DE SETEMBRO DE 2022

 

Zelensky dirige-se aos russos: "Não querem saber das vossas vidas"

Márcia Guímaro Rodrigues - Ontem às 22:11
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O presidente da Ucrânia deixou várias garantias aos soldados russos que se queiram render na Ucrânia.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, dirigiu-se este sábado aos cidadãos da Rússia e, em russo, afirmou que a “mobilização criminosa” anunciada pelo presidente Vladimir Putin é uma prova de que “os comandantes russos não querem saber" das suas vidas.

No seu habitual discurso à nação, no dia que marca o sétimo mês desde a invasão russa da Ucrânia, o chefe de Estado ucraniano frisou que “as autoridades russas estão bem cientes de que estão a enviar os seus cidadãos para a morte”, uma vez que “não há outras opções”.

“Os comandantes russos não querem saber das vidas - apenas precisam de repor os espaços vazios deixados pelos mortos, feridos, aqueles que fugiram ou os soldados russos que foram capturados”, acrescentou. “O vosso governo não se importa com quem irá ocupar estes lugares”.

Para Zelensky, “neste momento está a ser decidido” se a vida dos russos “vai acabar ou não” e alerta: “é melhor não aceitar uma carta de recrutamento do que morrer numa terra estrangeira como um criminoso de guerra”.

O presidente ucraniano “garantiu” que todos os soldados russos que se rendam “serão tratados de forma civilizada” e que “ninguém saberá das circunstâncias da rendição”. Por último, “se tiverem medo de regressar à Rússia e não quiserem uma troca, encontraremos também uma forma de o assegurar”.

A posição de Zelensky surge no mesmo dia em que Putin assinou emendas ao Código Penal que preveem até 10 anos de prisão para os militares que se rendam ou se recusem a combater em período de mobilização.

Na quarta-feira, no primeiro discurso à nação desde a invasão da Ucrânia, Vladimir Putin anunciou a “mobilização parcial” e garantiu que "apenas os cidadãos que se encontram atualmente na reserva e, sobretudo, aqueles que serviram nas Forças Armadas, têm certas especialidades militares e experiência relevante, serão sujeitos a alistamento".

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de 5.900 civis morreram e oito mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Ucrânia. Lavrov diz que resultados dos referendos serão respeitados

 

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EXTREMA DIREITA ÀS PORTAS DO PODER EM ITALIA - 25 DE SETEMBRO DE 2022

 

Itália vai a votos com a extrema-direita às portas do poder

Andreia Martins - RTP - Há 5 horas

Os italianos vão eleger este domingo, um novo Governo, na sequência da demissão do primeiro-ministro, Mário Draghi, a 21 de julho. O antigo presidente do Banco Central Europeu apresentou renunciou ao governo de salvação nacional devido ao abandono por parte de um dos partidos da coligação governamental, o Movimento 5 Estrelas.

Mais de 46 milhões de italianos elegem este domingo um novo Parlamento a quem caberá nomear um novo Governo. As últimas sondagens disponíveis indicam que o país deverá passar a ser dirigido por uma coligação entre a extrema-direita e a direita com Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, sob a liderança de Giorgia Meloni, do partido "Irmãos de Itália".
Mais de 46 milhões de italianos elegem este domingo um novo Parlamento a quem caberá nomear um novo Governo. As últimas sondagens disponíveis indicam que o país deverá passar a ser dirigido por uma coligação entre a extrema-direita e a direita com Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, sob a liderança de Giorgia Meloni, do partido "Irmãos de Itália".© Yara Nardi - Reuters

Nos inquéritos divulgados até duas semanas antes da eleição, o partido de extrema-direita, Fratelli d’Italia, obteve entre 24 a 25 por cento das intenções de voto. Em segundo lugar surge o Partido Democrático, de centro esquerda, que deverá reunir entre 21 a 22 por cento dos votos.

Logo a seguir, deverá ficar o Movimento 5 Estrelas, com 13 a 15 por cento, muito penalizado pelo papel que desempenhou na queda do executivo de Draghi.

A aliança “fratellista” liderada por Giorgia Meloni conta com os partidos de Matteo Salvini e Sivlio Berlusconi.
Seguem-se os partidos à direita, o Liga e o Força Itália, de Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, com 12 e 8 por cento, respetivamente.
Giorgia Meloni, a mais provável escolha dos italianos para presidente do Conselho de Ministros – como se designa em Itália o cargo de primeiro-ministro – promete revolucionar e reformar vários aspetos da política interna e da própria Constituição do país, ao lado de Salvini e Berlusconi.
Uma das principais propostas dos Irmãos de Itália consiste em fazer com que a eleição do presidente italiano passe a ser feita diretamente por sufrágio universal. Até ao momento, esta eleição sempre ocorreu por votação do Parlamento.
“Faremos uma alteração no âmbito presidencial e ficaremos felizes se a esquerda nos quiser ajudar, mas se os italianos nos derem os números necessários, também a faremos sozinhos”, afirmou em Roma na sexta-feira, no derradeiro comício na Praça do Povo antes da eleição deste domingo.
Por sua vez, o Partido Democrático procura nestas eleições consumar o regresso ao poder. No discurso de encerramento da campanha, Enrico Letta apelou ao voto numa Itália “democrática e progressista”.
Perante as mensagens populistas à direita, o PD não se coíbe a estar do lado das instituições europeias. “Somos a esperança quando combatemos as injustiças, quando não construímos muros”, vincou.
“Viva a Europa, chega desta narrativa antieuropeia. Digo e repito: viva a Europa”, acrescentou o ex-primeiro-ministro no comício que também decorreu em Roma.
Possíveis fendas na coligação
Caso o bloco de direita e extrema-direita consiga uma maioria de dois terços nas duas câmaras do Parlamento italiano, a coligação poderá fazer aprovar várias alterações à Constituição sem necessidade de um referendo.
Essa foi a promessa de Giorgia Meloni aos eleitores, mas que não conta sequer com o apoio dos próprios parceiros de coligação. Matteo Salvini, por exemplo, prefere que a questão seja levada a referendo mesmo que haja uma grande maioria de direita nestas eleições.
“Se eu tiver de mudar a Constituição, prefiro ter um acordo sobre as reformas, porque reformas impostas pela maioria no poder nunca vão longe. (…) Se querem rever a Constituição, é vosso dever envolver todo o país, não apenas os partidos, acrescentou”, observou o dirigente da Liga e antigo vice-primeiro-ministro.

Os três partidos que poderão liderar o país após estas eleições também não se entendem inteiramente no que diz respeito à política externa, nomeadamente em relação ao conflito na Ucrânia.

Na antecâmara da eleição, a coligação tentou mostrar-se unida no apoio às sanções contra Moscovo. Mas nos últimos dias de campanha, o líder do Força Itália, Silvio Berlusconi, acendeu a polémica nos ao ter afirmado que o presidente russo, Vladimir Putin, foi empurrado para a guerra na Ucrânia pelo contexto que encontrou.

"Putin foi pressionado pela população russa, pelo seu partido e pelos seus ministros para inventar esta operação especial", disse numa entrevista à emissora italiana Rai.

O ex-primeiro-ministro italiano sublinhou que o plano das tropas russas era “entrarem, chegarem a Kiev numa semana, fazer cair e substituir o governo de Zelensky por pessoas decentes e, uma semana depois, retirarem e voltarem à Rússia”.
Berlusconi culpou ainda a “resistência inesperada” que foi “alimentada por armas de todo o tipo” enviadas pelo Ocidente.
As declarações de Berlusconi foram de tal forma mal recebidas que o magnata italiano, próximo de Vladimir Putin, se redobrou em esforços para as justificar nas horas seguintes, mesmo perante os parceiros de coligação, empenhados em fazer passar uma imagem mais moderada e conciliadora na reta final da campanha.
Berlusconi esclareceu que as suas palavras tinham sido “simplificadas em excesso” e que “a agressão contra a Ucrânia é injustificável e inaceitável”. O seu partido, garante, estará “sempre com a União Europeia e a NATO”.
Novidades com regresso ao passado
Prevê-se, de novo, mais um governo em Itália com enormes fragilidades. Só nos últimos dez anos, o país conheceu seis primeiros-ministros em governos instáveis com uma duração média de dois anos cada.
Destaque, este ano, para as novas regras em vigor na eleição após as alterações à lei em 2018. O número de deputados na Câmara baixa irá passar de 630 para 400 parlamentares, enquanto o Senado terá 200 representantes, em vez dos habituais 315.
Habitualmente, em eleições legislativas, o território italiano é dividido a distritos pelos quais se dividem os deputados. Os distritos podem ter um sistema uninominal, winner takes all em que apenas vence o partido mais votado mesmo que não chegue a uma maioria - e os ciclos plurinominais, de representação proporcional em relação à percentagem alcançada pelos partidos.
Em Itália, os distritos uninominais representam um terço do total de distritos na nomeação para ambas as Câmaras do Parlamento.
Na eleição deste domingo, Giorgia Meloni poderá fazer história ao tornar-se na primeira mulher a ocupar o Palácio Chigi, a residência oficial do chefe de Governo italiano. No entanto, apesar de potencialmente inédito, este plebiscito poderá representar um regresso aos ideais do passado.
Aliás, uma das frases fortes da carreira política de Meloni soa familiar aos portugueses: “Deus, Pátria e Família”, apanágio do regime salazarista durante o Estado Novo, inspirado no modelo de Il Dulce, Benito Mussolini. 
“Deus, pátria e família, slogan usado pelo fascismo, é uma síntese da visão de Mussolini. Deus como única verdade, país como fronteira a ser defendida, família como monopólio do afeto. Deus, pátria e família, assim declamados, não são valores, são um crime”, critica o escritor italiano Roberto Saviano.

FILIPINAS PREPARAM-SE PARA A PASSAGEM DO TUFÃO "NORU" - 25 DE SETEMBRO DE 2022

 

Filipinas preparam-se para a chegada de "supertufão" Noru

Ana Henriques - Há 3 horas
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Manila, 25 set 2022 (Lusa) – As autoridades filipinas iniciaram hoje trabalhos de evacuação em zonas costeiras e suspenderam o tráfego marítimo de centenas de passageiros, enquanto a ilha de Luzon, onde se encontra a capital, Manila, se prepara para a chegada do “supertufão” Noru.

Typhoon Noru expected to make landfall in Japan by weekend
Typhoon Noru expected to make landfall in Japan by weekend© Fornecido por Lusa

Segundo a Agência de Desastres Meteorológicos filipina, o tufão Noru (Karding, nas Filipinas) entrou na categoria de "supertufão", após um período de "intensificação explosiva", com ventos de até 185 quilómetros por hora.

Espera-se que o supertufão – o décimo primeiro do ano – provoque chuvas torrenciais e ventos fortes na região de Luzon Central, no norte de Manila, que também se prepara para ser atingida pelos efeitos do Noru.

A previsão é que o tufão chegue a terra esta tarde na parte norte da província da província de Quezon, em Calabarzon, ou pelo sul da contígua província de Aurora, situadas na mesma região de Luzón Central, segundo a PAGASA, a Administração de Serviços Atmosféricos, Geofísicos e Astronómicos das Filipinas.

Este serviço havia dito anteriormente que poderia chegar a terra pelas ilhas Polillo, também na província de Quezon, depois do meio-dia.

Noru é o 11.º ciclone tropical que atinge as Filipinas este ano e espera-se que provoque chuvas torrenciais na zona da capital de províncias vizinhas.

"Felizmente, este tufão move-se rápido, apesar de gerar ventos fortes”, disse o porta-voz da Agência Nacional de Desastres, Bernardo Rafaelito Alejandro, ao Canal News Asia.

As autoridades alertaram para possíveis deslizamentos de terra, inundações e ventos destrutivos, enquanto a guarda costeira filipina apontou que mais de 1.200 passageiros e 28 barcos foram parados em portos do sul da capital.

IRÃO ACUSA EUA DE EXPANDIR A INTERNET PARA O PAIS - 25 DE SETEMBRO DE 2022

 

Irão acusa EUA de violação da soberania ao expandir Internet para o país

Lusa - Há 2 horas

Várias empresas norte-americanas expandiram os serviços de internet no Irão depois de Teerão ter restringido o acesso aos dados no país.

Irão acusa EUA de violação da soberania ao expandir Internet para o país
Irão acusa EUA de violação da soberania ao expandir Internet para o país© Bloomberg Creative Photos

O Irão acusou os Estados Unidos de tentarem violar a sua soberania depois de Washington ter autorizado empresas tecnológicas a expandirem os serviços no país em resposta às restrições da Internet para refrear os protestos, que provocaram 50 mortos.

"As tentativas de violar a soberania do Irão não ficarão sem resposta", disse no sábado à noite no Twitter o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani.

O diplomata disse que os motivos dos EUA eram "nefastos" para facilitar as sanções de comunicação, mas mantendo outras, especialmente as económicas.

“É uma provocação”. "Os Estados Unidos há muito que procuram minar a segurança e a estabilidade do Irão, em vão", acrescentou.

Washington autorizou na sexta-feira as empresas tecnológicas a expandirem os seus serviços no Irão em resposta aos cortes na Internet ordenados por Teerão para enfrentar os protestos sobre a morte de Mahsa Amini.

O Governo iraniano está a restringir fortemente a Internet, com as redes móveis desligadas desde o final da tarde até ao início da manhã.

As VPN (redes privadas virtuais que permitem contornar a censura) funcionam mal e de forma intermitente, tal como a muito lenta Internet fixa em casas e escritórios.

Amini foi presa por usar o véu incorretamente na terça-feira da semana passada pela chamada Polícia Moral de Teerão, onde se encontrava de visita, e foi levada para uma esquadra de polícia para "uma hora de reeducação" por usar o véu incorretamente.

Morreu três dias depois num hospital onde chegou em coma depois de sofrer um ataque cardíaco, que as autoridades atribuíram a problemas de saúde, uma alegação rejeitada pela sua família.

A sua morte provocou protestos em massa nos últimos dias, dos quais resultaram pelo menos 50 mortos, segundo organizações não-governamentais, enquanto os números oficiais apontam para 35 mortos.

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